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12 de setembro de 2019

As eleições na Rússia, o antes e o depois

Temos o antes e o depois. Antes a (des)informação social exultava com as manifestações em Moscovo, exemplo da luta contra a ditadura de Putin. Entrevistados escolhidos eram considerados representantes do sentimento geral, além dos repórteres  como o inefável Eugeni Moravitch (peço desculpa se o nome estiver incorretamente escrito) da RTP 1.  Como essas manifestações foram convocadas já foi descrito (1) . Houve também tentativas de apresentar violações no processo eleitoral, mas de tão canhestras não tiveram seguimento, o que não quer dizer que mais tarde não venham a ser apresentadas como factos incontestáveis.
Porém, depois o silêncio foi quase absoluto. com uma referência de fugida em que os resultados não foram divulgados.
 
O partido Rússia Unida de Putin manteve apenas uma pequena maioria passando de 45 lugares no Conselho da cidade para 25. Ora, na única noticia dita de fugida apresentou-se de forma falseada a oposição como um bloco eventualmente liberal ligado às manifestações. Nada mais errado. Em segundo lugar, ficou o Partido Comunista da Federação Russa que subiu de 5 para 13 lugares. Enquanto o Yabloko, o partido liberal que sonha ressuscitar os tempos de Yeltsin vestindo as coloridas vestes da "democracia" e "direitos humanos" tão abastardadas então, teve 4 lugares e a Fair Rússia, dita social-democrata, conquistou três.
A Rússia Unida é penalizada pela corrupção de figuras destacadas em lugares públicos. 
De qualquer forma, embora perdendo no conjunto muitos votos, além das eleições na capital, os russos votaram em 84 (ou 85) regiões e cidades, escolhendo membros do Conselho Municipal, Presidentes de Câmara e Governadores. A Rússia Unida teve um desempenho muito melhor nas eleições para Governador e Presidentes de Câmara, com todos os representantes do partido a ganharem as eleições.
 

 

 


 

 


 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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