Os srs. comentadores andam distraídos e desatualizados nas versões que dão da guerra. Cuidado, vejam se mantêm lá a sinecura que sempre vai ajudando a combater a inflação provocada por aquele malvado Putin... Claro que a acreditar (há quem acredite?) no sr. Milhazes ou no Rogeiro (!!!) falta pouco para o Putin ser corrido do Kremlin.
Um artigo do Artigo do Washington Post de 26/5, relatava que contrariamente às narrativas triunfantes que têm sido difundidas muitas tropas ucraniana têm sobrevivido com uma batata por dia e desertado dos seus postos sentindo que os seus líderes lhes voltaram as costas e os enviaram para uma morte certa. Anichados em trincheiras, sujeitos a artilharia e mísseis na linha da frente, os homens rezavam para que a barragem de fogo parasse, citava o W. Post citando múltiplas fontes. Enquanto isto, "os líderes ucranianos, projetam uma imagem de invulnerabilidade militar das suas forças, aguentando triunfantes os ataques."
Numa companhia de 120 homens restavam 54 devido a mortes, feridos e deserções, relataram sobreviventes, que se sentem abandonados pelos superiores e enviados para uma morte certa. "Não somos os únicos a estar assim, somos muitos." A catastrófica condição das forças ucranianas e o colapso moral na frente" foi comentado por outros jornalistas. Foi também salientado que "dois comandantes foram presos depois de terem falado pata o W. Post."
Em contrate a Newsweek escrevia que "os soldados de elite de Putin têm estado a ser varridos à medida que a Rússia comete erros", isto segundo o ministro da defesa britânico, cuja fonte era um Institute for the Study of War... Diz Cathlin Johnstone que é assim que "os bravos guerreiros de sofá continuam a pedir nos media para os ucranianos lutarem... desperdiçando vidas nas engrenagens da máquina de guerra imperial, numa guerra por encomenda, entre potências nucleares, que ameaça a vida de todos." (1)
O New York Times também mudou a sua versão anterior. Em março declarava-se que a Ucrânia seria vencedora, não importava quanto tempo levasse. (!?) Em 11 de maio um artigo documentava que tudo não ia bem para os EUA na Ucrânia salientando que uma mudança de orientação era necessária. Em 19 de maio em Editorial, era declarado que uma "vitória total" sobre a Rússia não era possível e que a Ucrânia tinha que negociar a paz de forma que refletisse uma "avaliação realista" da situação e os "limites" do comprometimento dos EUA. O NWT reflete normalmente a opinião das elites.
Agora considera-se que o objetivo delineado não pode ser alcançado, e que "não é do melhor interesse da América mergulhar numa guerra de total esforço com a Rússia, mesmo que negociar a paz possa exigir aos ucranianos tomarem decisões difíceis". "Uma vitória decisiva para a Ucrânia na qual retome todo o território que a Rússia tomou desde 2014 não é um objetivo realista, a Rússia permanece muito forte..." O NYT prossegue: "Os Estados Unidos e a NATO estão profundamente envolvidos, militar e economicamente. Expectativas irreais podem arrastá-los ainda mais para uma guerra cara e demorada"
Após sete anos de carnificina no Donbas e três meses de guerra no sul da Ucrânia, o conselho editorial do NYT de repente teve uma onda de compaixão por todas as vítimas da guerra e da destruição da Ucrânia e mudou de opinião? Claro que não, primeiro a Rússia lidou com a situação inesperadamente bem, apesar do que os estrategas do ocidente previam. O apoio a Putin, excede 80%. Das 195 nações da ONU, 165, incluindo Índia e China, recusaram-se a aderir a sanções contra a Rússia, deixando os EUA, não a Rússia, relativamente isolados do mundo.
O rublo, que Biden disse que ficaria em "escombros", está em alta. A Rússia espera uma colheita abundante e o mundo está ansioso pelo seu trigo, fertilizantes, petróleo e gás. A UE sucumbiu em grande parte à exigência da Rússia de ser paga pelo gás em rublos. Nos EUA, há quem alerte os europeus suicidas que um embargo ao petróleo russo prejudicará ainda mais as economias do Ocidente. As forças russas fazem um progresso lento, mas constante, na Ucrânia depois de vencer em Mariupol, uma derrota desmoralizante para a Ucrânia. Nos EUA, a inflação atingiu mais de 8%, com o FED lutando para controlá-la aumentando as taxas de juro. O mercado de ações está em baixa. Prevê-se um período de alto desemprego, alta inflação e baixo crescimento - estagflação
Internamente, há sinais de deterioração do apoio à guerra: 57 republicanos da Câmara e 11 do Senado votaram contra o mais recente pacote de armamento e "auxílio à Ucrânia". A opinião pública dos EUA permanece a favor do envolvimento na Ucrânia, mas diminuiu de março a maio. À medida que mais estagflação se instala o descontentamento crescerá. Finalmente, à medida que a guerra se torna menos popular e cobra seu preço, um desastre eleitoral aproxima-se em 2022 e 2024 para o Partido Democrata e para Biden.
Como vários jornalistas observaram, falcões como o Secretário de Estado Antony Blinken, a Subsecretária Victoria Nuland e o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, não atendem aos interesses da humanidade nem atendem aos interesses do povo americano. Eles devem ser expostos, desacreditados e deixados de lado. Nossa sobrevivência depende disso. (2)
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