A reunião da NATO formalizou a instituição da guerra contra a Rússia, além de ameaçar a China. Na reunião, Biden afirmou que "a Rússia não pode vencer". Mas "não vencer" não é o mesmo que ser derrotado". De facto, para além do que a propaganda tente iludir os povos para que aceitem os sacrifícios a bem da manutenção do poder oligárquico, vozes mais racionais - por espantoso que seja - vêm dos EUA até de gente ligada à CIA e militares.
O New York Times revela que a CIA e forças especiais dos EUA apoiam as operações militares na Ucrânia e coordenam o envio e operação do armamento. Segundo Caitlin Johnstone este facto desmente Biden e representa a admissão de que a NATO está envolvida "numa guerra por procuração total com a Rússia", isto é, em operações contra uma superpotência nuclear com todos os seus perigos. Falcões como o congressista Seth Moulton dizem coisas como: "Não estamos em guerra apenas para apoiar os ucranianos. Estamos fundamentalmente em guerra, embora um pouco por meio de um proxy, com a Rússia, e é importante que vençamos.”
Larry C. Johnson ex-analista da CIA, dá-nos uma perspetiva realista desta guerra: Descrever a Rússia como uma força “vazia" é um absurdo sem fundamento. Os russos realizam complexas operações militares numa frente de 1 500 km que se estende de Kharkiv no norte, através do Donbas até Odessa. Além de fornecer munições, combustível, comida e assistência médica às forças terrestres, os russos também estão a alimentar centenas de milhares de civis sem abrigo por causa dos combates. Depois, há a coordenação de artilharia e mísseis de cruzeiro baseados no mar, juntamente com apoio aéreo de aeronaves de asa fixa e de asa rotativa. Ao contrário dos pronunciamentos triunfalistas de Washington, a Rússia está ganhando a guerra, a Ucrânia perdeu a guerra. Infelizmente para Washington, quase todas as suas expectativas sobre esta guerra mostram-se incorretas. E a maior parte do resto do mundo – América Latina, Índia, Oriente Médio e África – encontra poucos interesses nacionais nesta guerra fundamentalmente americana contra a Rússia.
Scott Ritter, ex-oficial dos marines e ex-inspetor de armamento, enumera o material que a Ucrânia dispunha no início do conflito, incluindo "540 canhões de artilharia autopropulsados de 122 mm, 200 obuses rebocados de 122 mm, 200 sistemas de lançamento de foguetes múltiplos de 122 mm, 53 canhões autopropulsados de 152 mm, 310 obuses rebocados de 152 mm e 96 autopropulsados de 203 mm." A Rússia alegou que havia destruído "521 instalações de múltiplos sistemas de foguetes de lançamento" e "armas, morteiros e artilharia de campo".
Perante a destruição deste equipamento e doutro entretanto entregue, "a Ucrânia solicita 1.000 peças de artilharia e 300 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, mais que o disponibilizado pelo exército e marines dos EUA, e 500 tanques de batalha principais – mais do que Alemanha e Reino Unido têm em conjunto. Deve-se ainda considerar as perdas sofridas pela Ucrânia e o facto da Rússia parecer capaz de sustentar o seu atual nível de atividade de combate indefinidamente. Mas há outra conclusão que esses números revelam: não importa o que os EUA e a NATO façam em termos de servir como arsenal da Ucrânia, a Rússia vencerá a guerra. A questão agora é quanto tempo o Ocidente pode dispor para a Ucrânia, e a que custo." "A feia verdade sobre a Ucrânia é que quanto mais a guerra continuar, mais ucranianos morrerão e mais fraca a NATO se tornará."
Diz ainda Scott Ritter: "As tentativas da Ucrânia em retardar o avanço russo, são feitas com sacrifício em grande escala dos soldados na frente, milhares de pessoas atiradas na batalha com pouca ou nenhuma preparação ou equipamento, trocando suas vidas por tempo para que os negociadores ucranianos possam tentar convencer os países da NATO" a hipotecar a sua viabilidade militar na falsa promessa de uma vitória militar ucraniana."
A TASS, informou que desde o início, as Forças Armadas da Ucrânia perderam pelo menos 50 000 soldados mortos sem contar os feridos e os que se renderam. ( Intel Slava Z – Telegram em 27/6)
Na Fox News afirmou o tenente-coronel na reserva Daniel Davis: A Rússia tem uma vantagem "esmagadora" na guerra na Ucrânia, não apenas tomando território, mas destruindo a sua capacidade de defender o país em qualquer lugar. E mesmo todas as armas que prometemos fornecer dificilmente são um décimo do que seria o mínimo necessário. E se você olhar apenas para estas duas coisas, então não há caminho racional para a vitória para da Ucrânia." (Intel Slava Z – Telegram em 24/6)
1 comentário:
Mais do mesmo:
- inúmeros focos de tensão (revoluções/guerras) fabricados pelo Ocidente XX-XXI... culminaram exactamente, inevitavelmente, fatalmente, no mesmo resultado: a exploração de riquezas passou a ficar na posse de multinacionais Ocidentais.
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Não é a Russia que pretende cercar a NATO...
... a NATO é que pretende cercar a Russia com focos de tensão (mercenários de Zelensky, Lituânia, etc).
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O cidadão da NATO sonha com uma Russia ao nível do Iraque, Líbia, etc, isto é, sonha com uma Russia no caos... e... multinacionais Ocidentais a fazerem compras no caos.
[mais: o Ocidente ambiciona fazer aos russos aquilo que foi feito a povos autóctones da América do Norte, do Sul, etc]
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Adiante;
Nós não nascemos ontem... toda a gente sabe como é que vai ser:
-> os mercenários de Zelensky vão estar na gestão da venda das riquezas da Ucrânia a multinacionais.
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Os boys e girls da União Europeia estão ao nível... daqueles europeus vendidos aos construtores de caravelas.
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I.
-> Querem dinheiro da União Europeia (querem dinheiro de impostos das multinacionais)... pois é: têm de ser uns vendidos às negociatas da máfia do armamento, e das multinacionais.
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II.
No passado:
- querem industria de construção de caravelas... pois é: têm de ser uns vendidos às negociatas de índole esclavagista (existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil), e às negociatas de índole colonialista (substituição populacional de povos autóctones).
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Pois é, pois é, o cidadão da NATO recusa:
-> discutir a criação de condições... para que os povos não interessados em vender as suas riquezas a multinacionais... possam viver em segurança no planeta.
-> a introdução da Taxa Tobin: seriam empresas autóctones, e não as multinacionais Ocidentais, a explorar as suas riquezas.
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