O regime de apartheid de Israel quebrou o frágil cessar-fogo de dois meses de Gaza com bombardeamentos implacáveis. A nova onda de agressão brutal, que veio sem aviso prévio, levou a um dos maiores números de mortes num único dia.
De acordo com o Dr. Zaher Al-Wahidi, diretor da Unidade de Informação do Ministério da Saúde em Gaza, os ataques indiscriminados mataram pelo menos 174 crianças, 89 mulheres, 32 idosos e 109 homens. O ministério prevê que o número de mortos aumentará, já que muitos ainda estão presos sob os escombros. Famílias inteiras foram exterminadas, deixando as autoridades locais numa situação crítica devido à necessidade urgente de doações de sangue para cuidar de sobreviventes em hospitais superlotados e com poucos recursos.
O regime israelita foi forçado a aceitar um acordo de cessar-fogo com o movimento de resistência palestino HAMAS em 15 de janeiro, após 15 meses de uma guerra devastadora, tendo falhado em seus objetivos de eliminar o HAMAS ou garantir a libertação de prisioneiros.
Quando a primeira fase do acordo terminou, Netanyahu quebrou o pacto recusou-se a continuar as negociações, violando descaradamente os termos previamente acordados e impondo um bloqueio total de ajuda por mais de duas semanas. Gaza foi mais uma vez envolvida em bombardeios implacáveis e deslocamentos em massa, à medida que moradores traumatizados enfrentam ataques aéreos crescentes. Os mais afetados são as crianças, contradizendo as alegações de que os ataques foram dirigidos contra o HAMAS.
Os media sociais está inundada de fotos e vídeos de crianças enlutadas e suas famílias. Imagens angustiantes mostrando civis procurando desesperadamente seus entes queridos desaparecidos em necrotérios e sob os escombros. A maioria crianças.
"Israel pode matar-nos à vontade, queimar-nos vivos e separar-nos, mas nunca conseguirá arrancar-nos de nossa terra", escreveu no X, Ramy Abdu presidente do Observatório Euro-Mediterrâneo para os Direitos Humanos, sua irmã, Nesreen, e toda a sua família foram mortos no bombardeamento em Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que mais de 48 577 palestinos foram mortos e 112 041 feridos desde o início da guerra genocida de Israel em outubro de 2023. O Gabinete de Media do Governo de Gaza atualizou seu número de mortos, para 61.700 vítimas, considerando milhares que ainda estão desaparecidos, sob os escombros de edifícios destruídos.
Francesca Albanese, Relatora Especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos Ocupados: "À medida que o mundo acorda - novamente - com imagens arrepiantes de crianças mortas por bombas israelenses em toda a Faixa de Gaza, não podemos mais testemunhar como os líderes globais simplesmente NÃO FAZEM NADA".
Assal Rad, um estudioso americano especializado em história da Ásia Ocidental, criticou duramente as narrativas enganosas dos media, escondendo a gravidade da crise humanitária em Gaza e o massacre de crianças: "Novamente imagens horríveis de crianças palestinas sendo massacradas por Israel, enquanto os media manipulam com manchetes como "Israel ataca o Hamas em meio a um frágil cessar-fogo". "Sem comida, sem água, sem evacuações, apenas um massacre em Gaza. Isso é genocídio", alertou.
A Amnistia Internacional criticou a ausência de qualquer referência a Israel nas conclusões do Conselho Europeu sobre o cessar-fogo em Gaza, quebrado por Telavive, considerando tratar-se de uma “tentativa vergonhosa” de justificar um genocídio: “Depois de 17 meses do genocídio de Israel em Gaza, é extraordinário que a UE recuse referir-se a Israel, condenar os bombardeamentos que aniquilaram famílias inteiras ou o bloqueio de ajuda humanitária".
Quanto ao Conselho Europeu deplorou a quebra do cessar-fogo em Gaza, lamentando o “grande número de vítimas nos recentes bombardeamentos” realizados por Israel, “deplora a quebra do cessar-fogo em Gaza, e a rejeição por parte do Hamas de entregar os reféns restantes”.
A investigação da AI encontrou bases suficientes para concluir que Israel cometeu e continua a cometer genocídio contra os palestinianos na Faixa de Gaza ocupada, afirmou a organização num novo relatório da Amnistia Internacional demonstrando que "Israel desencadeou o inferno e a destruição contra os palestinianos em Gaza de forma descarada, contínua e com total impunidade. Levou a cabo atos proibidos pela Convenção sobre o Genocídio, com a intenção específica de destruir os palestinianos em Gaza. Estes atos incluem assassinatos, causar lesões corporais ou mentais graves e infligir deliberadamente aos palestinianos em Gaza condições de vida calculadas para provocar a sua destruição física."
Pelos vistos tanto o Costa do CE, como o Guterres SG da ONU estão associados à "tentativa vergonhosa" de disfarçar o genocídio palestino, com "libertação incondicional dos reféns" (Guterres). Quanto a Costa diz-se "chocado e triste" com notícias que chegam de Gaza.
Por memória, segundo Putin, foram impostas à Rússia, 28.595 sanções contra pessoas físicas e jurídicas. Israel zero sanções, os atos a que se refere a AI, põem os líderes europeus tristes e chocados quando têm que se dedicar a criar um "exército europeu" para ir para a Ucrânia...
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