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10 de março de 2025

A Europa declara guerra à Rússia mais uma vez

 E estão todos contentes! Diz Marco Rubio: Francamente, é uma guerra por procuração entre potências nucleares, os Estados Unidos ajudando a Ucrânia e a Rússia, e precisa chegar ao fim”.

Pelo contrário Macron, tão popular na França quanto as melgas, declarou que a paz na Europa só é possível com uma Rússia “domada” – e que a Rússia é uma ameaça direta à França e à Europa. Sobre a Ucrânia, ele pontificou que a paz não pode ocorrer sob os termos russos ou por meio da – inevitável – rendição ucraniana. A França possui um sistema de dissuasão nuclear – e ofereceu-o ao resto da Europa, insistindo que o futuro da Europa não deve ser ditado por Moscovo ou Washington.

Macon napoleonicamente quase declarou guerra à Rússia. Agora, junte essa farsa com o destino do pan-europeu Novo Exercito Woke, regido pela “Fuhrerin” SS von der Leyen, que supostamente será financiado em 800 mil milhões de euros – dinheiro que ninguém tem e que teria de ser emprestado e depois reembolsado com taxas de juros altíssimas de extorsão para os abutres do sistema financeiro internacional.

Insistem que a Europa está em perigo, portanto, a solução é uma expansão maciça do complexo militar-industrial – na prática, a compra de mais armas americanas superfaturadas e o “rearmamento”. Tudo isso enquanto os fanáticos em Berlim asseguram que querem impedir que o sistema Nord Stream seja reparado, porque ninguém, especialmente o novo chanceler da BlackRock, pode desviar-se da política oficial de destruir a economia alemã por todos os meios necessários.

A propaganda delira com estas bravatas e conta-as como vitórias. Para agravar o cenário kafkiano, o primeiro-ministro da Dinamarca imortalizou-se com as palavras: “a paz na Ucrânia será mais perigosa do que a guerra”. O primeiro-ministro polaco acrescenta que “a Europa é mais forte do que a Rússia e capaz de vencer qualquer confronto militar, financeiro ou económico”.

A noção de que a Europa é capaz de representar uma ameaça militar para a Rússia não se qualifica nem mesmo como propaganda de baixa qualidade. Levaria pelo menos uma década para remilitarizar a Alemanha, já que sua economia está moribunda, com custos incontroláveis de energia. A Rússia, por sua vez, está protegida de um possível ataque nuclear pelo arsenal insignificante de Macon pelas mais sofisticadas defesas antimísseis do mundo.

Os mísseis defensivos Aegis na Polônia são relativamente inúteis – mesmo que seu principal perigo para a Rússia continue sendo o fato de o sistema poder ser convertido para operar com mísseis ofensivos. Como um todo, os sistemas Aegis, Patriot, THAAD-PAC-3, SBIR-HIGH Ground Based Infrared Systems são todos relativamente inúteis. Os mísseis hipersônicos russos não podem ser intercetados.

Sem os EUA, a NATO não tem valor militar. Os Estados Unidos têm sistemas de satélite para direcionamento, mas ninguém mais na NATO os tem. Com a retirada dos EUA, os mísseis russos poderiam derrubar todos os portos, aeroportos, sistemas industriais e de energia europeus.

Putin insiste em falar coisas sensatas aos lunáticos, recentemente ele observou que “algumas elites ocidentais continuam determinadas a manter a instabilidade no mundo, e essas forças tentarão interromper e comprometer o diálogo [com os EUA] que foi iniciado.”.

Como Andrei Martyanov observou, as superpotências têm “apenas duas opções: iniciar a Terceira Guerra Mundial, que terminará com uma troca nuclear, ou encontrar um "modus vivendi”. Essa é uma conversa para adultos que exclui automaticamente o hospício europeu e as birras infantis do ator carrancudo de Kiev.

Zelensky é uma figura patética, dando cambalhotas para se agarrar ao poder (o que aproveitou da corrupção ficaria em risco), sustentado pelo dinheiro, armas e propaganda maciça do (antigo) Ocidente coletivo. A Europa, não tem capacidade industrial, poder financeiro e capacidade militar para impedir o desastre. A Rússia já declarou que todas as tropas europeias de “manutenção da paz” se tornarão imediatamente alvos legítimos.

O Projeto Ucrânia é um fracasso espetacular. Não é de admirar que as “elites” políticas atuais, estejam em pânico total. Sem o Projeto Ucrânia e sem a proteção da Voz do Dono, são geopoliticamente, apenas uma pequena península irrelevante e pós-colonial nas fronteiras ocidentais da Eurásia que está em rápida integração.

Quanto a Washington e o Moscovo já terem chegado a algum tipo de pré-acordo não há evidências que corroborem isso. De acordo com fontes da inteligência russa, o que foi alcançado foi um acordo geral sobre a estrutura das discussões e o que pode ser alcançado na prática. Este estágio inicial durará alguns meses. Tudo depende essencialmente de Trump querer – e ser capaz de garantir – um desfecho rápido na Ucrânia desvinculando-se, lentamente, da NATO.

Considerando o que parece ser a sua direção estratégica, Trump quer ter certeza que não terá que oferecer proteção aos membros europeus da NATO se eles insistirem em continuar com sua guerra eterna contra a Rússia. Está claro que o desligamento do Starlink e do ISR via satélite levaria a um desfecho muito mais rápido no campo de batalha.

Enquanto isso a guerra continuará rolando, como os europeus querem, até ao último ucraniano.

Fonte - https://strategic-culture.su/news/2025/03/07/paralyzed-by-acute-dementia-europe-declares-war-on-russia-all-over-again/ Pepe Escobar



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