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9 de março de 2025

A desinformação queixa-se de não poder desinformar

 O Washington Post lamenta que cortes na ajuda externa pelos EUA ameacem impedir que relatórios sobre o Irão sejam produzidos. De facto, as intenções de cortes ao USAID e outras ONG financiadas pelos EUA e dedicadas a "promover a democracia" e os "direitos humanos", embora de caminho lancem os povos no caos, "revoluções coloridas", conflitos militares e mesmo assassinato de líderes - sempre com as melhores intenções dado que são "totalitários", isto é, anti neoliberalismo. Estão neste caso ou estiveram Fidel, Maduro, Putin, etc. (1)

O artigo lamenta que o declínio no financiamento de grupos iranianos, grupos de propaganda liderados por exilados iranianos tenham, sob o governo Trump, perdido os fundos de que precisam para realizar campanhas de propaganda contra o Irão. Contudo, a remoção do financiamento dos EUA para esses grupos não afeta as informações do Irão. Há muitas informações vindas do governo iraniano e de todos os tipos de pessoas que vivem no Irão. O que é bloqueado é a distribuição de informações altamente selecionadas (ou mesmo inventadas) por grupos anti-iranianos em Londres ou Los Angeles. O próprio artigo admite isso.

As organizações apoiadas pelos EUA estão em grande parte sediadas fora do Irão e enquadram-se na "promoção da democracia". Eles incluem meios de comunicação, programas de apoio à sociedade civil e observadores que coletam informações sobre violações de direitos humanos.
A maior parte do apoio dos EUA a esses grupos vem do Fundo para a Democracia Regional no Médio Oriente do Departamento de Estado, conhecido por sua sigla NERD, que foi criado após os protestos organizados em 2009 contra o governo iraniano. Em 2024, o governo Biden solicitou 65 milhões de dólares para o NERD. (...)
A maioria das organizações que recebem apoio dos Estados Unidos opera inteiramente fora do Irão. "A maior parte de seu trabalho é coletar estatísticas e dados de outras organizações. Eles não têm suas próprias fontes dentro do Irão", disse Arsalan Yarahmadi, fundador da Organização Hengaw para os Direitos Humanos, uma das organizações de direitos humanos mais importantes do Irão, que opera com uma rede de fontes dentro do país. 

Arsalan Yarahmadi é um iraniano de origem curda que deixou o Irã há oito anos e agora vive em Erbil, na região curda do Iraque. Ele parece saborear a competição entre os meios de propaganda financiados pelos EUA. Sua organização Hengaw está registrada na Noruega. Seu site não dá nenhuma indicação de seus patrocinadores.

Susannah George, editora do Washington Post, também lamenta que a falta de informações de fora do Irã esteja afetando o trabalho dos "meios de comunicação" que escrevem sobre o Irão. Ela está admitindo que parte de seu trabalho como editora do Washington Post para o Oriente Médio é copiar e colar os comunicados de imprensa de grupos anti-Irão financiados pelo governo dos EUA? De que outra forma isso pode ser interpretado?

Fonte - Le Washington Post se plaint de la perte d’informations en provenance d’Iran

1 - Dissidentes políticos europeus enfrentam mortes inexplicáveis. Viktor Orban, sugeriu que o atentado contra a vida do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, enquadra-se no contexto dos preparativos ocidentais “para participar diretamente no conflito da Ucrânia”. Tentativas de assassinato semelhantes e “mortes estranhas” de políticos não convencionais já aconteceram antes, mas foram todas abafadas pela imprensa. O assassinato frustrado da francesa Marine Le Pen em 2017. Dois “suicídios” repentinos do vice-chanceler alemão de longa data, Jürgen Möllemann, e do vice-primeiro-ministro polaco, Andrzej Lepper. Nenhum devidamente investigado. Möllemann, um paraquedista experiente, morreu em 5 de junho de 2003, devido ao mau funcionamento de seu para-quedas durante o salto. Pouco antes, o político havia sido acusado de antissemitismo por suas críticas a Israel. Por sua vez, Lepper, ex-vice-primeiro-ministro da Polônia e líder de um partido “pró-Rússia” Samooborona (Autodefesa), foi encontrado enforcado em seu escritório em 5 de agosto de 2011. Meses antes, Lepper visitou o presidente bielorrusso, Lukashenko, e falou a favor de bons laços com Moscovo e Minsk. Geopolítica ao vivo – Telegram 18/05/2024

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