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23 de março de 2018

A CIA e o negócio da droga



O Grande Negócio do Tráfico de Drogas da C.I.A.
Friba, representante da RAWA que não menciona o nome real já que as mulheres revolucionárias do Afeganistão atuam na clandestinidade em território afegão, diz em entrevista exclusiva que a C.I.A. continua liderando o tráfico de drogas de seu país, para o exterior “As drogas foram vistas como a maneira mais rápida e fácil de ganhar dinheiro para financiar as actividades da C.I.A. e forças paramilitares, em diferentes países do mundo“. E a líder afegã acrescenta: “Graças à invasão dos EUA, o Afeganistão é  hoje um narco-estado ”.
O envolvimento direto da C.I.A. no tráfico de drogas remonta há muito tempo, não só no Afeganistão mas também em todo o mundo, como no escândalo Irão-Contras. O agora morto governador da província de Kandahar, Wali Karzai, um dos maiores traficantes de drogas do Afeganistão, esteve há muito tempo na folha de pagamento da C.I.A. Wali era irmão de Hamid Karzai, ex-presidente do Afeganistão escolhido pelos EUA pouco depois do início da ocupação, em outubro 2001.
Desde que os EUA invadiram este país da Ásia Central, tem havido um  aumento meteórico da produção de opio no Afeganistão. Quando os “libertadores” norte-americanos invadiram – contra toda as leis internacionais e contra a própria Constituição dos EUA – o território afegão há 16 anos e meio, a produção do mesmo ópio que Tio Sam prometia erradicar no país passou a crescer imediata e vertiginosamente: desde 1994, quando o regime  Taliban assumiu o poder num vácuo político deixado por EUA e a URSS, o número de hectares da produção de ópio vinha caindo ano a ano, chegando a apenas 8 mil em 2001. No ano seguinte, já subiu para 74 mil para não mais parar de crescer, assustadoramente.
De acordo com UNODC, a área total no cultivo de papoila do opio (de cuja planta se produz a heroína) no Afeganistão foi estimada em 328 mil hectares em 2017. Vale a pena lembrar que diante desses fatos,  a sociedade dos Estados Unidos é, de longuíssima data, a maior consumidora mundial de drogas. No caso particular da heroína, havia nos EUA 189 mil toxi dependentes ; em 2016, este número subiu para nada menos que 4,5 milhões (...)

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