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20 de março de 2018

A 19 de Março de 2011 a Libia era invadida

Fez ontem sete anos . Sete anos de caos . Aniversário passado sobre o silêncio
Mas hoje com a detenção de Sarkozy o crime foi recordado... 
O antigo Presidente da República de França, Nicolas Sarkozy, foi detido esta manhã pela polícia francesa para interrogatório, avança o jornal gaulês Le Monde.
Em causa está uma investigação sobre um eventual financiamento ilícito da sua campanha eleitoral vitoriosa de 2007 e as possíveis ligações à Líbia. A investigação foi desencadeada em abril de 2013, na sequência de um inquérito judicial criado após a divulgação, em maio de 2012 pelo site Mediapart, de um documento líbio a atestar as contribuições do regime de Mouammar Khadafi.
Essas informações surgiram já depois das denúncias do filho do antigo líder líbio, Saif Al-Islam, em entrevista à euronews em 2011, que marcaram o início das longas polémicas em torno do financiamento das campanhas do antigo presidente.
Lembrar :
1 - O PCP deplora a aprovação no Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas de uma Resolução que preconiza a agressão militar estrangeira à Líbia. 
Longe de corresponder a qualquer genuíno sentimento de solidariedade para com o povo da Líbia e de defesa dos seus legítimos direitos, a Resolução adoptada pelo CS da ONU visa dar cobertura aos objectivos das grandes potências ocidentais de intervenção directa nos assuntos internos deste Estado soberano e de controlo geoestratégico e dos recursos naturais da Líbia. 
2 - O PCP reitera a sua oposição a qualquer acto de agressão à Líbia que, a concretizar-se, agravará o conflito interno e provocará ainda maior instabilidade em toda a região do Magrebe e Médio Oriente.
3 - O PCP condena a atitude do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do Secretário Geral da ONU de apoio a uma estratégia que visa iniciar mais uma guerra imperialista de agressão em detrimento do que deveria, à luz da Carta das Nações Unidas, ser a sua actuação: promover e apoiar iniciativas diplomáticas de países como a Venezuela e de organizações, como a União Africana, visando uma resolução pacífica do conflito interno na Líbia.
O PCP denuncia a profunda hipocrisia e a campanha de desinformação desencadeada para sustentar os intentos belicistas da NATO e das suas potências, bem patente no facto de o Conselho de Segurança da ONU ter acabado de aprovar uma agressão militar a um País soberano, em nome da “defesa dos direitos humanos”, ao mesmo tempo que mantém um silêncio de chumbo sobre recentes e gravíssimos acontecimentos que constituem inequívocas violações do direito internacional e dos direitos dos povos como os sucessivos crimes, provocações e ilegalidades de Israel ou a invasão do Bahrein por forças militares da cruel ditadura saudita (com o prévio conhecimento da Administração Norte-americana) com o intento de esmagar as revoltas populares neste País. 
4 - O PCP deplora a posição assumida pelo Governo português no Conselho de Segurança, mais uma prova da sua subserviência e seguidismo relativamente à estratégia das grandes potências imperialistas e da NATO. Reafirma a sua frontal oposição à participação de Portugal na agressão à Líbia, seja pelo envolvimento directo de forças ou meios militares, seja por envolvimento indirecto ou apoio logístico a quaisquer operações militares conexas com essa agressão. 

5 - O PCP apela à memória colectiva dos trabalhadores e do povo português e expressa o seu apoio às iniciativas em preparação contra a agressão militar à Líbia que, na sua essência, objectivos e campanha mediática e ideológica que a sustenta, é em tudo similar às agressões contra a Jugoslávia, o Iraque e o Afeganistão. O PCP apela à unidade na acção das forças da paz, democráticas e progressistas em torno da consigna da rejeição da intervenção militar na Líbia e da solidariedade para com os povos que no Médio Oriente prosseguem a luta pelos seus direitos sociais e laborais, pela democracia, a liberdade, a paz e a soberania.

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