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8 de dezembro de 2021

A perversidade do vírus

Elizabeth Martens é uma une bióloga belga, especializada em medicina tradicional chinesa e autora de obras sobre a China. No texto em referência (1) aborda vários temas que merecem a nossa reflexão. Comecemos pela sua visão acerca do Covid-19, esclarecendo que: "não entraremos na discussão de lóbis farmacêuticos que orquestram a vacinação com milhões de dólares." Diz-nos então:

Claro, tudo isso (menciona várias situações de âmbito ecológico) é muito triste, ainda mais triste do que esses vírus com os quais nos enchem os ouvidos. Eles sabiamente detetaram esses vírus! A pandemia Covid-19 tem-se mostrado benéfica para nossos governos. Será que ainda nos lembramos que em 2019, o movimento dos coletes amarelos denunciava condições de trabalho deploráveis, insegurança profissional e salarial, aumento das despesas domésticas essenciais, desemprego sem perspetivas, impostos que se sobrepõem, etc.? Esse movimento de raiva social diminuiu durante 2019, mas o clima de insegurança persistia.

O Covid-19 então veio em auxílio de nossos governos, finalmente havia algo mais para contar aos cidadãos. Haveria até mesmo o suficiente para mantê-los ocupados por mais alguns anos, e isso era bom. A insegurança social transformou-se em insegurança de saúde... pelo menos os pacientes não fazem muito barulho!

Então, a controvérsia sobre as vacinas também se tornou uma bênção para nossos governos. Os antivacinas afirmam que a vacinação é desnecessária ou mesmo prejudicial, as consequências a longo prazo são desconhecidas e podem até desencadear doenças. Quanto ao mundo científico e médico, ele entende-se sobre sobre a eficácia vacinal. Não entraremos na discussão de lóbis farmacêuticos que orquestram a vacinação com milhões de dólares.

Oh, grandes deuses, até parece que poderia tornar-se obrigatório... que afronta às liberdades fundamentais! Onde nos situamos nesta bagunça sanitária? Existe um labirinto onde o Polegarzinho perdeu todas as suas pedras? A perversidade do Covid-19, de todas as suas variantes e sucessores - porque as pandemias do século XXI pairam sobre nossas cabeças - não é a doença em si. Combate-se isso, seja promovendo métodos preventivos, aprimorando remédios ou buscando novos.

A perversidade desses novos vírus é que eles estão a ser usados como uma arma para nos dividir. Entre os provacinas e os antivacinas, estabelece-se a discussão, os cuidadores não querem mais cuidar de pacientes não vacinados, os vacinados ficam longe dos não vacinados. A perversidade destes novos vírus é aumentar o clima de insegurança, desconfiança e até denúncia, um clima doentio que está se espalhando, tornando-se comum e infiltrando nas nossas casas.


1 - Les grandes questions que nous pose la Chine -- Élisabeth MARTENS (legrandsoir.info) 

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