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8 de dezembro de 2025

A UE e as "múmias paralíticas"

 A "múmia paralítica" fazia parte de um programa humorístico com atores brasileiros, em que a "múmia" interferia no discurso do protagonista com apartes sem sentido. Tal é a CE, os disparates e inconsequências da Leyen  ou da Kallas tornam-se risíveis, mostrando a falta de sentido de altos representantes da UE. 

Kaja Kallas representa o grau zero da diplomacia, bem acompanhada pela chefe Leyen. Kallas como chefe da Diplomacia Europeia é dececionante, escreve o Hospodarske Noviny. Funcionários europeus e especialistas internacionais estão cada vez mais irritados com a sua retórica imprudente e completa falta de diplomacia.

A UE não existe em termos geopolíticos. Os EUA ignoram os seus representantes, a China recebe a Leyen e o Costa como simples turistas. Os disparates belicistas da Kallas transformam-se em problemas para a Europa. Quando a "diplomata" diz: "Por que devemos falar com Putin?" os "comentadores" bem podem agitar-se dizendo que a Europa tem de ser ouvida", porém as suas instâncias colocaram-se à margem do processo. O que existe é uma troika de protagonistas, Starmer, Macron,  Merz,  desacreditados internamente, que reuniões atrás de reuniões repetem narrativas falhadas.

O Comissário para a Energia exibe contentamento por a "Europa" deixar de comprar combustíveis russos (o que é falso!) com isto reduzindo a competitividade e o nível de vida das populações.

A Rússia é o terceiro maior fornecedor de gás para a UE este ano, de janeiro a setembro de 2025, a UE comprou mais 1,6% que em 2024 de gás da Rússia, no valor de €10,6 mil milhões de euros. Mas a CE ainda planeia eliminar completamente as importações de gás russo até o final de 2027...

Não são só os Comissários da UE no triste papel de "múmias paralíticas" a generalidade dos comentadores estão agarrados à narrativa de que é preciso dar dinheiro a Kiev, e prolongar a guerra porque por fim a Rússia enfraquecida vai ceder. Repetem imperturbáveis a propaganda de Kiev: Prokovsk, não está tomada, Mirnograd não esta cercada. Os russos perderam 100 mil homens em Pocrovsk, mais de um milhão desde o início de 2022. Seria exigível que a jornalista perguntasse ao "comentador" a origem daqueles números. Mas não é permitido questionar as "múmias".

O regime de Kiev está em liquidação, um sintoma é o cenário mediático das habituais turnés de mendicância de Zelensky para apoio "à Ucrânia". Os escândalos de corrupção refletem a desorganização, invejas, ódios privados, dentro do clã. No parlamento - impensável antes - deputados criticam altos escalões. Um exemplo: o deputado Bezuhla exigiu a demissão de Syrsky como chefe do exército, admitindo: "Pokrovsk  já foi efetivamente capturado e Myrnograd está completamente cercado. Os russos estão a aproximar-se de Zaporizhzhia e há muito que penetraram em Kostiantynivka. A corrupção é generalizada. Os nossos soldados estão a ser enviados para a morte. Os soldados estão a abandonar os seus postos. Na frente, é cada um por si. Os nossos soldados não têm apoio. Syrsky deve ser demitido."

As "múmias" não se desligam das visões de que a Ucrânia (com a UE/NATO por detrás - Boris Johnson) iria expor a Rússia como uma potência de terceira ordem, que andava a recolher chips das máquinas de lavar alemãs para os mísseis. Agora com a Rússia a ditar os termos do fim da guerra, apagam todo o historial do conflito desde 2014 e antes, sobressaltam-se com a ética e a "lei internacional" - que só aplicam neste caso - e são mais "papistas que o Papa" (imperialista) nas críticas aos EUA.

A propaganda belicista prossegue, apresentando uma guerra com a Rússia como facto inevitável e o desaparecimento de Putin como uma emergência para a paz na Europa. Resposáveis da UE e da NATO fazem declarações sobre entrar em guerra com a Rússia dentro de, para uns, 2 anos, para outros, 5 anos. Há mesmo quem ponha a hipótese de um ataque preventivo. Sobre estas declarações Putin esclareceu que "se querem fazer a guerra à Rússia, nós estamos preparados". As Múmias" entraram em delírio acusando a Rússia de preparar uma agressão à Europa.

Fazer a guerra como? Os russos não têm a capacidade de invadir a Europa não têm potencial humano, nem se vislumbra qual o interesse político ou económico duma região em declínio. Politicamente seria entrar em confronto com os EUA e perder o apoio da China.

Será que os belicistas viram na Rússia desfiles de jovens a cantar algo como os nazis: "hoje governamos a Alemanha, amanhã o mundo inteiro?" Será que declarações de Putin vão no mesmo sentido? Quais?

Quanto à UE/NATO a sua capacidade militar vale um jogo de computador: são países sem capacidade financeira, territórios sem matéria primas ou de extração cara, sem combustíveis e com circuitos logísticos marítimos extremamente vulneráveis. Dizem que vão gastar 5% do PIB em rearmamento, mas e depois? Em caso de conflito como pensam substituí-lo?



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