A Alemanha acaba de dar um tiro no próprio pé.
Berlim passou anos tratando a China como um "rival sistêmica", bloqueando investimentos, ecoando a retórica de Washington sobre redução de riscos e apoiando investigações comerciais contra Pequim.
Quando a China congelou suas exportações de terras raras — essenciais para a fabricação de veículos elétricos, turbinas eólicas e eletrônicos — a Alemanha repentinamente voou para Pequim para implorar por negociações.
A China recusou.
Sem reunião. Sem diálogo. Sem favores.
Isso não foi um acidente diplomático.
Foi uma lição intencional.
Não se pode demonizar um fornecedor estratégico e depois exigir materiais essenciais quando o seu setor-chave está sufocado.
A Alemanha entrou em um confronto econômico sem qualquer meio de alavancagem.
Sacrificou sua autonomia estratégica em prol da ideologia e descobriu tarde demais que as cadeias de suprimentos são poder.
Isso não prejudica a China.
Isso evidencia a dependência da Europa — e a falta de estratégia de Berlim.
Em geopolítica, não há concessões morais. Apenas consequências.
Marco Orio
Sem comentários:
Enviar um comentário