A UE ENSAIA MAIS UMA FARSA, A QUESTÃO É QUE SE TORNOU UM DRAMA
A recente reunião magna da UE trouxe à memória as cenas do sr. José Sócrates na AR, então primeiro-ministro. Quinzena após quinzena de forma triunfal eram apregoadas medidas que tudo resolveriam. Aumentava o desemprego e a pobreza; acentuava-se a estagnação económica. Que importava! Quinzenalmente com mais “medidas” era prometido o paraíso. Manipulavam-se estatísticas e prometiam-se …medidas. Muitas delas não passaram do anúncio e noutras a realidade pouco tinha que ver com as promessas. O líder parlamentar declamava objurgatórias para a sua esquerda e incensava o líder. A sua bancada aplaudia de pé. Claro que hoje fazem por esquecer que tão querido líder tenha existido e contam com a lavagem ao cérebro diária na comunicação social controlada e com as desgraças que o atual governo promove afincadamente para, ao estilo do que consideram o “jogo democrático”, voltarem a fazer mais do mesmo e distribuir cargos entre si.
Pois bem, a UE caiu neste estilo de decadência em termos políticos, económicos, sociais. Quando se recorre à ilusão, à manigância propagandista como forma de governar é já o pré-anúncio da imparável incapacidade de um sistema para resolver problemas.
Eis a última invenção de 27 primeiros-ministros e chefes de Estado: dentro de um ano não haverá desemprego jovem! Cada jovem ou estará empregado, ou a estudar ou em formação. Como se o problema da UE fosse de natureza tecnológica!
Todos sabemos que o problema começa na finança, mas aí não se toca. Por isso as inúteis “medidas” do governo do sr. José Sócrates vieram á lembrança. Úteis apenas para prepara o caminho à atual direita e extrema-direita.
Aqueles 27 não são capazes de tirar a Europa da estagnação, de controlar a finança especuladora que asfixia os Estados, de resolver o problema dos endividamentos. Nada alteram das razões que levaram a UE para a situação em que se encontra, mas prometem acabar com o desemprego jovem. É caso para perguntar: e o não jovem?
O mais curioso é que até são capazes de o querer fazer à sua maneira. Como? É fácil, é barato, e dá milhões (como dantes o totobola). Despedem-se os mais velhos – ou menos jovens – com direitos laborais e contratos colectivos, legislação para isso aí está, ao nível da arbitrariedade patronal, pois é mais fácil e mais barato despedir. As austeridades ao sabor dos “mercados” fazem o resto da função. Depois admitem-se jovens no âmbito da precariedade e do salário de subsistência.
Diz-nos a psicologia que a melhor forma de compreender os comportamentos futuros é analisar os comportamentos passados.
Se os trabalhadores, se toda a força de trabalho, não impedirem que o padrão vigente se altere é aquela a via que se preparam para prosseguir. Generalizar a precariedade e os salários de subsistência.
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