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31 de março de 2017

Avanços importantes , algumas ilusões - uma opinião

França. Eleições . Intervenção de um candidato à esquerda com posições bem diferentes das do candidato socialista , mas também com algumas ilusões e falta de clareza m relação ao Euro :
https://republiquesocialeblog.wordpress.com/2017/03/25/imposer-un-changement-de-cap-en-europe/

" Comme cela a déjà été dit à maintes reprises, je ne m’étendrais pas sur la nécessité qu’il y a à changer nos institutions en vue d’une VIème République véritablement démocratique, participative, sociale, et écologique (1). Ce changement apparaît comme nécessaire si nous ne voulons pas aller droit dans le mur et laisser le pouvoir à des personnes aux idées dangereuses. Pour autant, transformer nos institutions en France et changer de cap politique ne suffira pas. Il faudra que nous arrivions à imposer un rapport de Force au sein de l’Union européenne, hostile à tout changement démocratique et/ou politique.
Comme le spécifie le programme l’Avenir en commun, nous pensons en effet, qu’il est possible d’imposer une nouvelle Europe par la sortie et la renégociation des traités actuels en vigueur, véritables carcans qui nous obligent à adopter des mesures économiques absurdes et inefficaces. Pour preuve, il n’y a qu’à observer les exemples irlandais, italiens, grecs, espagnols, chypriote ou portugais. Partout où des mesures drastiques d’austérité ont été appliquées, les résultats ont été désastreux pour les économies et pour les peuples. A un point tel qu’en Grèce le nombre de suicides a augmenté, tout comme la mortalité infantile.

Mais um crime

O resultado das privatizações está à vista com enormes prejuízos para a economia nacional e para o povo.Grandes negociatas . Ao longo destes anos houve quem ganhou  e muito com o Espirito Santo e com o Novo Banco . 
Há pouco no telejornal José Rodrigues dos Santos perguntava : Se o comprador espera ter lucros já para o ano por que é que o Estado não fica com ele durante mais um ano ? Resposta de André Macedo : Bruxelas não deixa " ! E nenhum fez mais comentários . Lapidar.
 António Costa lá veio com o truque do Fundo de Resolução para nos dizer que isto nada custa aos contribuintes , tal como o fez o anterior Governo . Admirável é ouvir o PSD e Assunção Cristas principais responsáveis políticos pelo processo da Resolução do Espírito Santo , juntamente com Carlos Costa .
 Falam como se nada tivessem a haver com o caso . Grande cinismo e hipocrisia.
Intervençao de A. Costa :

António Costa garantiu, esta sexta-feira à tarde, que a venda do Novo Banco à Lone Star "não tem impacto nas contas públicas ou para os contribuintes", sendo uma "solução equilibrada".

Numa conferência de imprensa em São Bento para esclarecer os contornos da venda do Novo Banco, António Costa afirmou que o negócio só avançou depois de uma negociação que cumpriu três pontos essenciais.
O primeiro ponto referido por Costa é o facto de se ter evitado a liquidação do Novo Banco, que vai continuar o serviço de "financiamento da Economia, principalmente as Pequenas e Médias Empresas, com proteção integral dos depositantes e sem novos sacrifícios involuntários dos detentores das obrigações" da instituição financeira.

O primeiro-ministro garante ainda que a venda "não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes", já que não é concedida qualquer garantia pelo Estado ou qualquer entidade pública, sendo o Fundo de Resolução responsável por alguma capitalização futura....

O PSD , O CDS eo PS não mudaram de natureza , só a correlação de forças foi alterada o que tem permitido que algunas políticas desastrosas tenham sido contidas e outras , poucas , invertidas , mas não esta como se vê

Montepio

Há muito que o regulador tinha informação e documentos para intervir , mas mais uma vez deixou a situação apodrecer . Carlos Costa é sem dúvida um dos grandes coveiros da banca nacional.
Publicamos a intervenção de Eugénio , uma peça importante para se avaliar a situação :

"ASSEMBLEIA GERAL (Ordinária) DO MONTEPIO GERAL-ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA REALIZADA NO COLISEU EM LISBOA NO DIA 30-3-2017
Estiveram presentes 1.418 associados INTERVENÇÃO FEITA POR EUGÉNIO ROSA NA ASSEMBLEIA
Associadas e associados
O Montepio enfrenta uma situação difícil. É necessário haver muita serenidade mas é também muito necessário falar com verdade aos associados. A cortina de mentiras que a administração tem envolvido a gestão do Montepio tem que ser afastada para se poder ficar a conhecer a verdadeira situação, pois só assim é que poderemos, em conjunto, resolver os problemas que enfrentamos.
Desde 2012, tenho alertado os associados para os atos de má gestão. Muitos, na altura, não acreditaram nos meus alertas, mas as consequências estão agora à vista para todos.
Tomás Correia tem procurado desvalorizar a importância das contas consolidadas com o objetivo de assim ocultar aos associados as consequências da sua gestão desastrosa. Chegou mesmo a recusar cumprir a lei que o obrigava a publicá-las durante mais de um ano, perante a passividade do supervisor que nada fez.

30 de março de 2017

Chamavam-lhe política de austeridade

As políticas do Bloco Central chamadas  políticas de austeridade foram como os factos o provam , no essencial. políticas de concentração de riqueza .
"OIT: Portugal é dos países onde o peso dos salários na economia mais diminuiu

Portugal foi um dos países em que a proporção dos salários no rendimento nacional mais diminuiu, passando de 60% do total do rendimento nacional em 2003 para os 52% em 2014, refere o relatório da OIT sobre Portugal."
" De acordo com o Relatório Global da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Salários, que foi hoje apresentado em Lisboa, Portugal foi um dos países em análise onde mais caiu a proporção dos salários no rendimento nacional, "com consequências sociais e económicas negativas". 
Perante isto Cavacos, Passos . Cristas ,  Portas, Marias Luís . vão desconversar e Marcelo também. 

Bem fala Frei Tomás


Teixeira dos Santos .

Enquanto ministro das Finanças nacionalizou o BPN.Concedeu um aval ao BPN. Fez o frete aos banqueiros Agora é contra a nacionalização do Novo Banco e não tem dúvidas de que, direta ou indiretamente, serão os portugueses a pagar a fatura.
Pois é .
A vossa Europa manda o grande capital toca , Vossas Ex.as dançam  e o povo paga a factura. 
E pelo lugar que hoje ocupa dança bem !
Carlos Carvalhas

29 de março de 2017

Leituras

1. O modelo federal-neoliberal europeu
Comemora-se este mês o 60.º aniversário do Tratado de Roma. Ou, como muitos acrescentam, os 60 anos da União Europeia, anteriormente designada como Comunidade Económica Europeia (CEE).
Nada mais errado que este acrescento. De facto, a União Europeia não é um mero prosseguimento da CEE sob outro nome. A União é algo de novo, e o seu estabelecimento, em 1992, com a ratificação do tratado de Maastricht, representou um corte em relação ao que tinha sido até aí a evolução da integração europeia ocidental pós-II Guerra Mundial. Por isso, mais do que a comemoração dos 60 anos da CEE, o que deveríamos estar a assinalar (não a comemorar) são os 25 anos do Tratado de Maastricht.

Leituras

Em 1970, Henry Kissinger interrogava-se em tom de ironia: «A Europa, que número de telefone?».
Hoje, já não podia repetir a ironia, bastava telefonar para a Senhora Merkel ou para o seu intratável ministro das Finanças, de tal modo a «Europa» se tornou alemã. E para saber os números dos telefones podia dirigir-se à CIA, que os tem registados e vigiados.
Os profissionais do europeísmo podem continuar a falar numa União entre iguais, podem continuar a contar a «sua» história da construção europeia e a repetir o catecismo dos seus mitos que não alteram a realidade de uma Europa cada vez mais comandada por uma só potência e cada vez mais desigual.

Leituras

O projecto do mercado comum, tal como nos foi apresentado, é baseado no liberalismo clássico do século XIX, segundo o qual a concorrência pura e simples resolve todos os problemas. A abdicação de uma democracia pode ser conseguida de duas formas, ou pelo recurso a uma ditadura interna, concentrando todos os poderes num único homem providencial, ou por delegação desses poderes numa autoridade externa, a qual em nome da técnica, exercerá na realidade o poder político, que em nome de uma economia saudável facilmente irá impor uma política orçamental, social e finalmente uma política.»

Leituras do sítio Abril Abril

. O ideal pan‑europeu não é uma questão recente.1 Há quem fale do mito da Europa. E há quem vá buscar as origens da ideia de Europa à Idade Média. Outros recuam até ao século XVIII. Se ficarmos pelo século XIX, poderemos referenciar a Liga Internacional da Paz e da Liberdade, organização pacifista fundada em 1867, em Berna, por Charles Lemmo­nier. Esta organização publicou em 1869 um Manifesto em que defendia a criação dos Estados Unidos da Europa, projeto que teve a oposição de Karl Marx, porque ele escapava à ação da Associação Internacional dos Trabalhadores e porque o internacionalismo não devia confinar‑se à escala europeia.

28 de março de 2017

Quanto custa o Euro ...


Um artigo interessante
Le coût d’un maintien dans l’euro
PAR JACQUES SAPIR · 28 MARS 2017

L’Union européenne traverse aujourd’hui crise majeure. Ceci a pu être constaté dans l’absence total d’enthousiasme avec lequel furent célébrés les soixante ans du Traité de Rome. L’union européenne ne fait plus recette.
A l’origine de cette crise on trouve l’Euro, qui déséquilibre économiquement l’UE et la rend incapable d’intégrer au moins une partie des réfugiés qui se pressent à ses portes. Pourtant, la monnaie unique se voulait le couronnement de la construction européenne. En réalité, elle cause son déclin, elle provoque sa ruine et elle pourrait la conduire à la mort. Elle corrode les fondations économiques et sociales des pays qui l’ont adopté, elle met à mal le modèle social et elle s’avère contradictoire avec la démocratie. La monnaie unique suscite aussi, peu à peu, la montée de comportements tyranniques, un gouvernement de règles qui s’oppose au gouvernement des lois votées par les Parlements. C’est cela qui produit en réaction, mais qui aussi justifie, une vague dite « populiste » sans précédent et sans égal.

Leituras dos 60 Anos do Tratado de Roma

Na passada semana o sitio AbrilAbril convidou cinco personalidades da economia e do jornalismo a pronunciarem-se sobre os 60 anos do Tratado de Roma. Chamou a esse textos de opinião "Dossiê 60 anos do Tratado de Roma:«um passado sem futuro».
São cinco textos de leitura obrigatória da autoria de: Avelãs Nunes, Carlos Carvalhas, José Goulão, João Ferreira do Amaral e João Rodrigues.

Os famintos da terra

https://www.lautre-afrique.com



AFRICA


Alors que, de par le monde, tous les médias s'accordent désormais pour voir advenir une famine gigantesque sur l'ensemble du continent, les causes, largement connues, sont non seulement passées sous silence, mais pire, préservées comme pour leur permettre de continuer de sévir.
FMI et Banque Mondiale à la manoeuvre
Jusque vers la fin des années quatre vingt dix, l’agriculture africaine était structurée sur la base de l’organisation familiale, voire artisanale ou associative. En tout cas, à l’inverse des exploitations agricoles des pays riches, toujours à dimension humaine.
Lorsque les pays occidentaux, souvent menés par les ex puissances coloniales telle la France et son réseau Françafrique*, décidèrent d’accélérer la spoliation du continent, ils firent intervenir, en même temps, leurs deux armes de destruction massive que sont d’un côté la Banque Mondiale et le FMI de l’autre.
Ce fut alors, comme on disait auparavant "le bon temps des colonies", le temps de la néocolonisation, ou "recolonisation", ouverte.

Ainda sobre o silêncio

" Daqui a cem anos um historiador, ao descrever o capitalismo globalizado do sec 21 , irá sentenciá-lo com este número:50 mortes à fome por dia , só em Africa , na época  mais rica e produtiva de todo o percurso da humanidade...E nós , cegos pela efémera fumaça mediática , nem damos por isso ! "
Pedro Tadeu D.N.28 de Março

Silêncio sobre o Yemen a imprensa e o dolar

Chamamos a atenção para estes sitios :

By Prof. John McMurtry, March 27 2017
The ruling big lies of the US money party and corporate globalization have divided into opposing camps. The Press and the President denounce each other non-stop on the public stage, while US dark state agents take sides behind the scenes.

By Mark Taliano, March 26 2017
To counter the conspiracies against truth and justice, open debates about “forbidden topics” need to be amplified, not suppressed. Taboos need to be shattered. Hasty conclusions need to be rejected. And the modern-day Inquisition needs to be dismantled. Failing this, the “consensus of ignorance” will prevail, and humanity will continue on its downward spiral of death and destruction, as it rejects trajectories of Life and Prosperity.

By Soraya Sepahpour-Ulrich, March 26 2017
What is undeniable is the fact that those who ‘promote human rights’ are the perpetrators of the most heinous crimes, including the Genocide in Yemen. To deny their complicity is to deny humanity.

27 de março de 2017

Silêncio vergonhoso sobre o terrorismo de Estado

Não há guerra em Mossul . Um silêncio vergonhoso , que revela  o poder do Império sobre os médias na desinformação da opinião pública

Three confessions: how Washington backs ISIS / DAESH

https://www.liveleak.com/view?i=0c1_1402073211




A querida U E e o Novo Banco

Sim  o Estado pode entrar com a massa, mas com o Estado fora da gestão !
Um tratamento como se Portugal fosse um protectorado . E o PR não diz nada ? E o governo nada diz ?  E o PSD  e o CDs e o Portas não estão no país ? E os evangelistas do europeísmo acham tudo normal ?
O que diz Bruxelas  melhor, o que diz a Alemanha que é quem manda :

"Para manter 25% do capital do banco, Portugal terá de assumir "outros compromissos", disse comissária, sem explicar quais
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu hoje a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.

Numa conferência de imprensa em Bruxelas, Vestager, questionada sobre notícias que apontam para a hipótese de a Comissão permitir que um quarto do capital do Novo Banco se mantenha no setor público, mas sob a condição de o Estado ficar fora da gestão do banco, disse que o executivo comunitário admite estudar alterações ao compromisso inicial (de venda de 100% do Novo Banco), mas salientou que a solução final deve ser "equilibrada".
Que querida U.E.!

Luis Amado e a querida U.E.

                                               
                                  UM ROLO COMPRESSOR
Luís Amado ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Sócrates conhecido pelas suas posições de fé europeístas  afirmou em entrevista ( transcrita no Negócios ,27 de Março ) que "A União Bancaria é um rolo compressor " que ignora os interesses nacionais em favor de uma estratégia global.
Quem diria que ainda ouviríamos Luís Amado a proferir estas blasfémias ?
BES e BANIF são os  exemplos apresentados por Luís Amado que afirma ainda : O caso Banif não foi bem acautelado " se tivermos em consideração a grande exposição que as duas Regiões Autónomas tinham com o Banif , especificamente a quota de mercado..." e que no fim do processo o que prevaleceu foi "claramente " o " apoio a uma instituição ibérica "...
Pois foi Luís Amado pena é que só agora tenha dado conta de como funciona a nossa querida União Europeia.
Carlos Carvalhas

26 de março de 2017

Um simbolo dum naufrágio

Na celebração com pompa e circunstância do Tratado de Roma .


"On ne pourrait trouver meilleur symbole d’un naufrage, le 60ème anniversaire du Traité de Rome va être célébré en grande pompe tandis que des réfugiés encore par centaines viennent de mourir cette semaine noyés pour avoir tenté de se réfugier en Europe. L’un d’entre eux sera-t-il nommé citoyen d’honneur à titre posthume ?"... F. L 

A correspondente da RTP em París

Na estação pública paga com o nosso dinheiro a correspondente da RTP comentando o debate dos cinco candidatos às presidenciais  na TF1 teve a distinta lata de falar de quatro omitindo ostensivamente um candidato , precisamente o mais à esquerda . A senhora jornalista pode ter todas as preferências e preconceitos que quiser , mas não há nenhum critério jornalístico que justifique a sua opção e ainda por cima numa Televisão Pública . 
Sondage présidentielle : Mélenchon en grande forme, Hamon déprime

Paris Match| Publié le 24/03/2017 à 17h55

Inaceitável

Fundo de Resolução um biombo para se entregar dinheiro à Banca
Podem dizer que foi a pressão do BCE , que é o custo para se ter a aprovação da capitalização da Caixa ou outras desculpas , Isto é inaceitavel e mostra-nos o que seria um governo do PS com as mãos totalmente livres . Podemos não ter força para o evitar mas o nosso desacordo e denuncia tem que ser claro .

" O Fundo de Resolução foi criado pelo Decreto-Lei n.º 31-A/2012, de 10 de fevereiro, que veio introduzir um regime de resolução no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro.


Neste contexto, a principal missão do Fundo de Resolução consiste em prestar apoio financeiro à aplicação de medidas de resolução adotadas pelo Banco de Portugal.

O Fundo de Resolução é uma pessoa coletiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira, tem a sua sede em Lisboa e funciona junto do Banco de Portugal.
As condições de pagamento ao Estado pelos bancos no  Fundo de Resolução têm sido alteradas várias vezes e sempre no interesse da banca , isto é dos banqueiros e  sempre à custa dos contribuintes . 
Agora foi feita mais uma alteração . Os partidos de esquerda não podem deixar de criticar e de mostrar o seu total desacordo com esta , tal como fizeram com as outras . Esta alteração tal como as anteriores procura dar a ideia que a operação é neutra para o contribuinte  , o que é completamente falso . É por isso que Passos E Cristas nada disseram . Fizeram o mesmo  e para entregar dinheiro público aos grandes senhores do dinheiro que representam estão sempre de acordo desde que a opinião pública não  dê pela aldrabice.
“" A decisão do Governo de alargar o prazo de amortização do empréstimo, aplicando taxas de juro mais baixas que as atuais, pode resultar numa redução para cerca de metade do valor presente da dívida assumida pelo Fundo de Resolução junto do Estado para financiar as injeções de capital no Novo Banco e no Banif.


Ao permitir um prazo de amortização superior ao que estava inicialmente previsto, o que o Estado está a fazer é a assumir uma perda, uma vez que o mesmo montante pago agora vale em teoria mais do que quando é pago 10, 20 ou 30 anos mais tarde. Além disso, uma vez que não tem poupanças disponíveis, o Estado, para poder emprestar este dinheiro ao Fundo de Resolução por este período de tempo, tem por sua vez de se endividar nos mercados, a taxas de juro elevadas.”

Até que enfim !

Continuamos a trabalhar para a banca e como ela está cada vez mais nas mão dos estrangeiros
trabalhamos  para os banqueiros estrangeiros .
É através dos impostos , das isenções fiscais , do Fundo de resolução , das Comissões ...
Já aqui tínhamos denunciado o escândalo das Comissões e estranhado que nenhuma associação de defesa do consumidor viesse a terreiro .
A DECO veio agora . Até que enfim !

"A Deco acusa a banca de cobrar comissões aos clientes sem prestar qualquer serviço, como por processamento de prestação de crédito ou manutenção de conta, e de querer compensar as perdas da intermediação financeira com a atividade de comissionamento.
Segundo a associação para a defesa dos consumidores Deco, há mesmo uma “alteração do paradigma” da atuação dos bancos:

Estamos a assistir a uma transferência da atividade bancária, da intermediação financeira — isto é, compra e venda de dinheiro, que foi a atividade que deu origem aos bancos –, para uma atividade de comissionamento”, disse o economista Nuno Rico, da Deco/Proteste, em declarações à Lusa.
Em Portugal, a cobrança de uma comissão bancária só pode acontecer quando há prestação de um serviço pelo banco, caso contrário é ilegal, lembra o economista, invocando a lei de 2015 que estabeleceu os requisitos da cobrança de comissões.
“As comissões e despesas cobradas pelas instituições de crédito têm de corresponder a um serviço efetivamente prestado”, lê-se no articulado do diploma de 2015, que criou também os serviços mínimos bancários.

O problema, explica o economista, é a lei não definir o que é um serviço bancário, possibilitando assim ao Banco de Portugal, e outros responsáveis, “assistir passivamente” à cobrança de comissões pelos bancos mesmo quando não é prestado, efetivamente, um serviço ao cliente. "
E o governo fica calado ?

21 de março de 2017

Os bancos comerciais devem ser públicos

Os bancos criam moeda que é um bem  público .  Este bem público não pode estar à mercê dos interesses privados , egoistas e especulativos dos banqueiros .
John Kenneth Galbraith, un economistas del siglo XX,  firmó en 1975 una de las obras clave sobre el funcionamiento del sistema financiero; Dinero
Uma das suas afirmações :
 ‘El proceso de creación de dinero por los bancos es tan simple que repugna a la mente.’

Um oportunista encartado

Porque é um reaccionário e porque quer agradar 
a Schauble  pois quer continuar na presidência do Eurogrupo  :
" O ainda ministro das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, acusou os europeus do Sul de gastarem o seu dinheiro “em copos e mulheres” e “depois pedirem que os ajudem”.




Numa entrevista na edição de segunda-feira ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, Dijsselbloem é questionado sobre a posição do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, que diz que a responsabilidade da Comissão Europeia também deveria ser assegurar-se de que as regras orçamentais são cumpridas.

  • Dijsselbloem responde que também ele pensa que é importante este assegurar das regras. Questionado sobre a razão, explica que a União Europeia deve mostrar para o exterior que é capaz de aplicar o Pacto de Estabilidade e Crescimento com consistência, e, segundo, que assim poderia aumentar a confiança dos países no interior da UE. "

O grande casino europeu



O grande casino europeu  dedicado a todos os beatos e beatas do europeismo , quando se ce celebra o tratado de Roma



http://vimeo.com/15248048

20 de março de 2017

BPN / EFISA / Relvas ...

Quem vai pagar ?
O Zé mais uma vez ?
E o Banco de Portugal, a Maria Luís e Passos não dizem nada ?
A A. Cristas ainda se percebe , as questões dos bancos não eram debatidas em Conselho de Ministros..
                                                 EFISA
Já se sabia  que o negócio de venda do banco EFISA à Pivot SGPS, de Miguel Relvas tinha se saldado  por um enorme prejuízo para o Estado. Mas há dados novos que revelam perdas ainda maiores.
Não foi só a venda com prejuízo . O Estado assumiu também duas acções judiciais que corriam contra a Efisa no valor de 70 milhões de euros que acabaram agora por ser resolvidas  por acordo extra judicial. não tendo o governo revelado ainda quanto custou o acordo aos cofres do Estado .
Isto acontece calmamente fora dos olhares do público e como são uns  cêntimos ninguém fica a contas com a justiça ?
E o Banco de Portugal ainda não decidiu sobre a Idoneidade de Miguel Relvas . O governador está a ganhar coragem para lhe dar a resposta na cara ?
O povo a apertar o cinto e outros a encher os bolsos à sombra do Orçamento .

                                                     ____________
O ESTADO INJECTOU 90 MILHÕES EM BANCO QUE VENDEU POR 38 MILHÕES.  E SOUBE-SE AGORA QUE ASSUMIU RESPONSABILIDADES POR ACÇÕES JUDICIAIS QUE Á DATA SUPERAVAM OS 77 MILHÕES
E ninguém vai para a cadeia !!!!

A quem souber

Perguntas inofensivas
 Banif , Banif ... Espírito Santo ... Ricardo Salgado....Sócrates...
Muito se tem falado destes casos apagando outros não menos graves
Alguém nos pode informar como estão os processos do BPN o banco do PSD e dos amigos de Cavaco que nos custou os olhos da cara ? Há alguém preso para além do presidente da instituição ?
Plantam notícias para que não se fale deste ?
Estão à espera que caduque ?

Lex Monetae


Lex Monetae et droit européen
PAR JACQUES SAPIR · 19 MARS 2017

On se souvient de ce que certains opposants à une dissolution de l’Euro, ou une sortie de l’Euro, opposent à ceux qui sont convaincus que c’est la seule solution aujourd’hui pour l’économie française, l’argument des dettes. Selon ces opposants, les dettes de la France seraient multipliées du simple fait de la dépréciation du Franc retrouvé. Ils affectent de ne pas croire en ce principe du droit international, la Lex Monetae, ou Loi Monétaire, qui indique précisément que toute dette émise dans le droit d’un pays peut-être re-dénominée dans une nouvelle monnaie, si ce pays se décide à changer de monnaie. Un ancien président de la République, Nicolas Sarkozy pour le nommer, s’était fait la spécialité de discours apocalyptiques sur cette question. L’Institut Montaigne avait repris ce thème, et affectait de ne pas croire en l’existence de la Loi Monétaire.

O MORDOMO... da BANCA

 NÃO ESQUECER

"Há 14 anos, na base das Lajes, teve lugar a cimeira da guerra onde, em macabra encenação, foi anunciada a invasão do Iraque.

George W. Bush, Tony Blair e José Maria Aznar foram recebidos pelo mordomo luso, que fora a Londres ver as provas das armas químicas de Saddam Hussein, mentira que serviu de pretexto à agressão

Os sinistros cruzados já antes tinham decidido a invasão que ali fingiram acordar. Isso mesmo veio a ser confirmado num

relatório parlamentar britânico.

Na Assembleia da República, em Portugal, o PSD e o CDS, então maioritários, votaram a participação no crime. Só não seguiu uma força militar, com desgosto de Paulo Portas, então ministro da Defesa, por oposição do honrado PR, Jorge Sampaio, invocando a sua qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas. 

A direita parlamentar e o seu governo avançaram então com um contingente da GNR.

Barroso, esse gigante da ética, videirinho e vil, havia de dizer, muito depois, que teve o apoio do PR, reincidindo em mais uma mentira que apenas reforçou a pusilanimidade do cúmplice.

Volvidos 14 anos, centenas de milhar de mortos e milhões de deslocados, são as vítimas desse crime cujos autores ficarão impunes.

A luta contra o esquecimento exige que se recordem os autores amorais da invasão que destruiu um país, destabilizou o Médio Oriente e perturba o Mundo.

Não podemos esquecer. " H . A.


19 de março de 2017

Cavaco e Marcelo

Telegraficamente que hoje é domingo e está um dia bonito
Marcelo diz que Portugal tem de crescer muito mais ... Mas não explica como... Talvez a Teodora faça um milagre.
Com o garrote da dívida , as imposições do Tratado Orçamental e um Euro caro como crescer muito mais ? Uma sugestão . O presidente que chame a Belém os empresários do PSI 20 e que lhes diga que não é bonito nem aceitável terem as suas " holdings " na Holanda. Chame os responsáveis das grandes distribuidoras LIDls ALDI s Continente s...  e diga-lhes que não é bonito nem aceitável que vendam leite , carne de porco , ... do estrangeiro quando há excesso no país..
A Cavaco que tantos elogios faz ao euro seria interessante que nos explicasse qual a razão por que no quinquénio anterior à entrada no euro crescemos em média cerca de 4,5% e desde que estamos no euro temos uma taxa de crescimento médio perto do zero !

18 de março de 2017

A Itália e o euro

A Itália deve adoptar duas moedas....

"L’Italie, l’Euro et Berlusconi

Les récentes déclarations de Silvio Berlusconi sur la nécessité pour l’Italie d’adopter « deux monnaies »[1] ont relancé les spéculations sur l’attachement de ce pays à l’Euro[2]. La montée de « l’euroscepticisme » est flagrante aujourd’hui en Italie. Or, une crise en provenance de l’Italie aurait des conséquences bien plus importantes qu’une (probable au demeurant) en provenance de la Grèce, du fait de la taille et du poids de l’économie italienne."...

O Anticomunismo



Comment affranchir la société du marxisme ? Isoler et éliminer le « gène rouge ». L’anticommunisme « scientifique » des franquistes.
Le marxisme est une maladie génétique que l’on pourra guérir lorsque l’on parviendra à isoler « le gène rouge ». Le socialisme ne serait quant à lui qu’une « maladie mentale contagieuse ».
Ainsi raisonnaient, pendant la Guerre d’Espagne et les années de l’après guerre, Franco et le Chef des services psychiatriques militaires des armées franquistes, le « doctor » Antonio Vallejo Nágera, psy officiel des fascistes espagnols, nommé, par télégramme de Franco, le 27 août 1938. Et ce « médecin fou »... non ! ce facho, qui n’a rien à envier aux nazis, créa le « Cabinet d’investigations psychiatriques » pour étudier « les racines psychophysiques » du marxisme.

Março Marçagão

Actualização do aforismo popular à atenção do " Borda de Agua "

Março Marçagão
De manhã no Espírito Santo
à tarde nas ilhas Caimão !

"Na lista relativa a Portugal, compilada pelo Dinheiro Vivo com base na classificação oficial das Finanças de "territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada claramente mais favoráveis", dos 78 offshores possíveis, só foram detetados patrimónios em 12 deles.
Os territórios offshores mais apetecíveis nestes últimos 17 anos (a lista do FMI começa em 2001 e termina no primeiro semestre de 2016) são claramente as ilhas Caimão, a ilha de Jersey (que só deixou de ser offshore neste ano) e as Ilhas Virgens Britânicas.
Panamá quase invisível
Curiosamente, uma das regiões que mais têm dado que falar nos últimos meses, o Panamá, é quase irrisória. As autoridades e entidades nacionais não têm informação para enviar de forma "voluntária" ao FMI. Segundo a instituição de Washington, os portugueses só tinham cinco milhões de euros no Panamá. Antes disso, esse país da América Central só aparece três vezes (2001, 2005 e 2006), com valores parqueados na casa dos dez a 20 milhões de euros.
Números magros que contrastam com informações recentes, que apontam o Panamá como destino preferencial do BES para drenar fundos de Portugal e que acabaram por não ser declarados ao fisco. Em causa estão dez mil milhões de euros não tratados pelas Finanças, dos quais 7,8 mil milhões terão saído do BES para o Panamá "entre 2012 e 2014", e seria dinheiro das vendas de petróleo da companhia estatal Petróleos de Venezuela. A transferência de valores do BES para offshores acontece "nos dois anos antes da resolução do banco", escreveu há duas semanas o Jornal Económico.
Em março de 2015, sete meses depois do colapso do BES, Carlos Tavares, na altura presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi à comissão parlamentar de inquérito à Gestão do BES e do GES dizer que "foram identificados praticamente todos os comitentes [os que mandaram fazer os negócios] das operações realizadas na última semana antes da resolução", adiantando que seriam "80 investidores que fizeram vendas expressivas de ações do BES", onde "predominam os institucionais estrangeiros". "Os particulares são sobretudo nacionais e há investidores permanentes, ou seja, ligados ao BES, designadamente através de offshores. Muitos tinham adquirido ações após o aumento de capital", explicou Carlos Tavares, hoje consultor da CGD.
Bomba só rebenta em 2017
Já neste mês, Helena Borges, a diretora-geral dos Impostos, foi ao Parlamento mostrar uma lista de 20 declarações de transferências para offshores com divergências enormes entre o que foi declarado e o que efetivamente foi canalizado para os ditos paraísos. Até abril de 2016, os valores declarados a título de transferências para offshores totalizavam 658 milhões de euros, mas depois de corrigidos os erros (só em janeiro deste ano), o valor real dispara para 10,5 mil milhões de euros. É a tal discrepância de 9,8 mil milhões de euros (quase dez mil milhões) que foram para os paraísos fiscais, mas que ficaram ocultos até agora.
Na lista das 20 declarações submetidas, a maior em discrepância é uma no valor de três mil milhões de euros entregues a 29 de julho de 2014, faltavam cinco dias para o BES implodir. Ao longo de 2015, sucederam-se as declarações de transferências de capitais (subavaliadas) entre 8 de junho e 6 de novembro. O Banif seria resolvido no mês seguinte. O total de erros ocultados em 2015 ascende a 3,4 mil milhões de euros, valores que entretanto foram para offshores.
"Toda a gente sabe que foi muito dinheiro para lá antes da resolução do BES, mas as coisas podem não estar necessariamente ligadas, nem têm de estar. A carga fiscal tem subido muito e nesses anos continuava a haver um sentimento de risco em Portugal, isto é, quem tinha dinheiro podia não estar a querer fugir aos impostos, não queria era perder capital se houvesse um bail in [resgate interno], queria otimizá-lo", afirma Filipe Garcia, gestor da consultora Informação de Mercados Financeiros.
"Eram os bancos que, em boa medida, estavam a fomentar, a propor essas soluções de investimento aos clientes empresariais e particulares, não o contrário", acrescenta o economista.
...... Os particulares, que até 2013 não reportavam patrimónios, tinham 234 milhões de euros. As empresas não financeiras só declararam 82 milhões ao FMI. " 






17 de março de 2017

O todo poderoso :Wolfgang Shauble


A grande democracia europeia .


A derrota do partido de Jergen Dijsselbloem foi estrondosa , mas não é certo  que este perca o lugar de presidente do Eurogrupo . Nesta farsa de democracia que é a UE no essencial quem manda é a Alemanha e no eurogrupo o intratável Sr Wolfgang Shauble. O holandês sabia isso e foi um fiel servidor de Shauble que certamente tudo fará para o manter . A ver vamos .
O eurogrupo é uma instância informal , não está enquadrada nos tratados , apenas considerada no terceiro protocolo do Tratado de Lisboa que afirma que " os ministros das Fnanças dos Estados cuja moeda é o euro se reúnem entre eles de maneira informal " e que elegem um presidente pela maioria dos seus membros por dois anos e meio . Uma das instituições mais importantes e poderosas da U.E. não é escrutinada e é " informal " . 
 Como é  informal decide das suas regras de funcionamento . Foi assim que em junho de 2015 na cimeira da crise Grega o servil Jeroen Dijsselbloem pode decidir a exclusão do Eurogrupo do ministro das finanças Yanis Varoufakis um dos seus membros...
Sobre este funcionamento mui democrático  os zelotas do Euro e os devotos do  "europeísmo  " fazem silêncio .









Eleições Holandesas

Na bolsa quando se quer fazer ilusionismo , os jornalistas do "em linha com " , do " aliviou ", do "segue a tendência " com que nos enchem os ouvidos todas as manhãs , como se a esmagadora maioria da população jogasse na bolsa e se interessasse pelo sobe e desce , como se interessa pelo chove não chove , faz ou não faz frio , quando querem fazer ilusionismo , dizia eu , costumam afirmar que tais ou tais cotações subiram não pela actividade especulativa mas porque os resultados foram superiores ao esperado e vice versa . Como se o que realmente contasse não fossem os resultados efectivos mas sim as espectativas !
 Nas eleições as "vitórias " e " derrotas " são também aferidas para esta fauna de escribas em função de terem ou não derrotado as espectativas e sondagens que eles mesmos criaram ou forjaram.
Nas eleições holandesas a boa notícia foi a derrota esmagadora do partido do presidente do Eurogrupo , DijsselBloem esse magnífico socialista e homem de recados do ministro das finanças alemão . A outra foi a subida significativa dos partidos da esquerda e a descida dos partidos ditos do centro .
Já em relação à extrema direita não nos alegra o facto de esta ter ficado abaixo das espectativas e das sondagens pois na realidade subiu mais uma vez e teve mais quatro deputados . Já se sabia que mesmo que fosse o Partido mais votado não tinha hipótese de formar governo pois lá como cá o que conta não é o saber quem é o partido mais votado mas sim as maiorias que se formam,.
Já era tempo dos ilusionistas saberem isso ou pelo menos deixarem de acreditar ou fazerem que acreditam na fantasia que foram tecendo  e impregnando na opinião publica se tivessem uma réstia de pudor Ainda hoje dizem que contrariamente à nossa tradição não foi o partido mais votado que formou governo . Para estes as suas fantasias e a tradição deviam substituir a Constituição quando lhes conviesse
Esperemos que a primeira "vitima" destas eleições seja de facto a perda da presidência do Eurogrupo por parte de JEROEN DijsselBOEM mesmo que para lá vá outro estupor







Um Estoiro em grande






Nos EU tudo se prepara para uma
enorme desregulamentação do sistema financeiro.

Sabendo-se a influência que exerce os E.U. nos meios financeiros internacionais não tardara que também na Europa se venha a assistir a uma significativa pressão para que a desregulamentação também aqui se faça com o velho argumento de que se tal não acontecer a banca os seguros e as instituições financeiras ficam numa situação de inferioridade concorrencial
Se isto avançar a tendência imediata será para a euforia especulativa nos dois lados do Atlântico. O rebentamento da crise pode ser adiado , pois com a animação especulativa mais poupanças e aplicações financeiras se deslocarão para o sector bancário e diversos fundos . As entradas serão durante mais tempo superior às saídas .
 A "D .Branca internacional" pode continuar com o festim no grande casino mundial da finança.Mas a manterem-se os mesmos vectores  actuais : excesso de liquidez , divida privada e pública colossais , dinâmica da actividade especulativa em contraste com a anemia  da actividade produtiva , estagnação ou mesmo diminuição em termos reais do poder de compra dos trabalhadores e de largos sectores das camadas médias o que se está a  preparar é um estoiro em grande . Adia-se mas criam se as condições objectivas  para , se não se verificarem mudanças significativas, um estoiro com consequências desastrosas incalculáveis.
O vice presidente do comité dos serviços financeiros da Câmara dos representantes numa carta dirigida à presidente da FED Janet YeLLen põe em causa a participação da FED no Comité de Basileia ...
Vão ser alteradas as leis que obrigavam à separação dos depósitos dos bancos das actividades especulativas - LeiDodd- Frank e a regulamentação Volcker...
Os banqueiros argumentam que o sistema está suficientemente estável para se aligeirar a regulamentação que "trava a dinâmica bancária " e para se permitir uma maior e mais "generosa " distribuição de dividendos. Onde já vimos e ouvimos isto ?


15 de março de 2017

O que eles disseram ! E não coram de vergonha

Bom e útil trabalho de João Ramos de Almeida no Blog Ladrões de Bicicletas
Que credibilidade podem ter os comentadores que escreveram o que escreveram e que continuam sem vergonha a sentenciar inclusive em órgãos de comunicação públicos
                                                                               ________


"Há muita vontade de confundir temas e não há qualquer responsabilidade política do Dr. Paulo Núncio em transferências para fora do país que, aliás, são transferências legais."

"No limite, se nós acharmos que ninguém pode ter uma vida profissional antes de ter cargos governativos, então vamos ter um problema muito grande, porque só podem ser governantes professores, académicos – por acaso é o meu caso, mas poderia não ser – professores de liceu e gente que não tem uma vida privada ou funcionários públicos."

A estranha citação é de Assunção Cristas, ex-ministra do anterior governo PSD/CDS e presidente do CDS. Foi um comentário à actividade de Paulo Núncio, enquanto advogado de uma sociedade de advogados que criou dezenas de sociedades offshore que estiveram sob os holofotes da polícia italiana (vidé livro Suite 605).

Olhando o comportamento de Paulo Núncio na questão da publicação das estatísticas sobre as transferências para offshores - as três diferentes explicações em menos de uns dias -, isso deve obrigar-nos a rebobinar as suas declarações quanto à paternidade da lista VIP.

A ser verdade aquilo que o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos denunciou – que se trata de uma lista com políticos (Cavaco, Passos Coelho, Portas e ele próprio Núncio), mas também empresários e responsáveis do sector financeiro, do BES –, então devem suscitar-se outras dúvidas que talvez permitam compreender a rapidez com que Núncio deixou a sua cabeça no cepo.
Quantas pessoas estavam nessa lista VIP? Qual foi o primeiro funcionário da AT que teve conhecimento dessa lista? E através de quem? Quem instalou informaticamente esse filtro?
Ao contrário de Assunção Cristas - que confunde "vida privada" com práticas na fronteira da legalidade - há todo o interesse em misturar os elementos que, diariamente, surgem fragmentados na vida retratada pela comunicação social.

Comecei a fazê-lo para mostrar como o governador do Banco de Portugal juntou - de modo feliz para ele e infeliz para o interesse nacional - a falta de vontade de enfrentar um dos maiores grupos financeiros com a pressão do Governo para adiar tudo no BES.

Mas depois achei que devia juntar os elementos recolhidos sobre os processos envolvendo o BES/GES, sobre Paulo Núncio, os dados sobre as transferências para offshores, a criação da lista VIP que impediu funcionários tributários de ter acesso a dados de uma lista considerável de políticos e empresários - inclusivé do GES - e, finalmente, opiniões de alguns jornalistas. Tudo ordenado cronologicamente.

Nem fiz uma grande "investigação": juntei uns artigos da Cristina Ferreira no jornal Público, mais uns posts do Ladrões de Bicicletas.

A cronologia deve, aliás, ter imensas lacunas. Mas o que sobressai dela é muito mais interessante.

É apenas um exemplo daquela ideia de Karl Marx, no seu prefácio da Contribuição para a Crítica da Economia Política, quando defendeu que, sobre a estrutura económica da sociedade, a base concreta, "se eleva uma superstrutura jurídica e política à qual correspondem determinadas formas de consciência social". Um círculo que Gramsci acharia essencial para conseguir aquela hegemonia na sociedade, que Chomsky defende ser a armadura que viabiliza que uma sociedade assente na exploração se mantenha sem necessidade de ditadura.

Fica a lista de factos para os mais corajosos.


2003

É lançado o concurso público para a compra dos veículos anfíbios pelo Governo Durão Barroso (empossado a 6/4/2002), com Paulo Portas como ministro da Defesa.

2004

15/1/2004: Ricardo Salgado promove um encontro com jornalistas em Megève, nos Alpes franceses. As suas observações aparecem na imprensa do dia seguinte.

O consultor Miguel Horta e Costa da Escom (Grupo Espírito Santo) estuda e alicia o seu parente Luís Horta e Costa, gestor da Escom para o tema das contrapartidas a prestar pelos vendedores de equipamento militar a prestar ao Estado português. Paulo Núncio - advogado fiscalista, dirigente do CDS e conselheiro de Paulo Portas - surge como representante do fabricante austríaco Steyr (firma mais tarde comprada pela norte-americana General Dynamics).

21/4/2004: O ministro da Defesa Paulo Portas despacha a compra de dois submarinos para a Marinha portuguesa à empresa alemã German Submarine Consortium. A Escom assessora o consórcio alemão, tentando cobrar cerca de 3% sobre 769 milhões de dólares do valor total da venda dos submarinos. O Governo assina um contrato de financiamento (para o Estado pagar os submarinos aos alemães) com um consórcio bancário formado pelo Crédit Suisse e pelo BES. Os alemães impõem que o contrato seja certificado por uma entidade europeia. A Escom cria a Escom UK. Esta transacção vai gerar prisões na Alemanha. Em Lisboa, a polémica comissão de inquérito parlamentar (CPI) é encerrada, em Outubro/2004, de forma apressada pelos PSD e CDS.

Nazi


O ministro alemão das Finanças voltou esta quarta-feira a falar da economia portuguesa, e a manifestar preocupações. “O meu alerta para Portugal é: garantam que não precisam de um novo resgate”, declarou Wolfgang Schauble, durante uma conferência que teve lugar em Berlim. - Veja mais em: https://www.dinheirovivo.pt/economia/schauble-volta-a-alertar-portugal-garantam-que-nao-precisam-de-novo-resgate
As taxas de juro a dez anos começaram de imediato a subir . Ninguém lhe manda a factura? Não se chama o embaixador alemão ? 

14 de março de 2017

Montepio

O que diz o Governador do Banco de Portugal ? Não sabia ? Não foi alertado ?
Desconhece os relatorios de Eugénio Rosa ?
Considerara que o Presidente tem idoneidade para continuar à frente da instituição ?


" O presidente da associação mutulaista Montepio, dona da Caixa Económica Montepoio Geral (CEMG), convocou uma conferência de imprensa para afastar eventuais interpretações de que a associação a que preside se encontra em falência. Em causa está uma notícia do Público segundo a qual a auditora KPMG refere a existência de capitais próprios negativos nas contas consolidadas da Mútua em 2015.

Tomás Correia que acumulou durante sete anos a presidência da associação e do banco Montepio, até agosto de 2015, desvalorizou a questão das contas consolidadas - as que refletem todos os ativos detidos pela mútua, desde os seguros, o banco, residências entre outros ativos "

Que candura

A. Cristas ao Público : "BES , BANIF e CGD . O Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca "
Que governo era aquele em que as gravíssimas questões da banca que os portugueses estão a pagar com língua de palmo nunca nunca foram discutidos em Conselho de Ministros ? E A . Cristas como ministra  considerou isso natural e normal ? Nunca teve um sobressalto ? Nunca se preocupou em pedir um debate em questões de tal relevância ? 
A A Cristas pode querer passar por entre os pingos da chuva , mas dá de si um retrato muito pouco bonito .
Também ao querer desculpar Paulo Núncio por este ter começado por culpar a Autoridade Tributária e só depois reconhecer , quando ficou entalado , que tinha sido por sua decisão que as listas das transferências para offshores não tinham sido publicadas , A. Cristas com toda a candura disse que isso tinha sido "um problema de memória " 
Falta de  "Memofante "!