O ”Belt and Road Initiative” tem o objetivo de
ligar por cinco corredores, dois deles marítimos, a Ásia central, do sul e
sudoeste ao Médio Oriente, Europa, África, Oceania. Os seus objetivos incluem a
coordenação de facilidades de comércio e integração financeira. Setenta e sete
países estão ou propõem-se estar ligados a esta iniciativa, aliás muito
diferentes quanto a posicionamentos políticos e alianças, como a Austrália, e
países da UE.
Se a liderança financeira e
económica é chinesa, Putin no seu discurso pretende uma ligação
política mais aprofundada: uma colaboração económica, financeira, social e
política à margem dos EUA e do FMI, com instituições financeiras de apoio como
o Banco de Desenvolvimento dos BRICS e o Banco Asiático de investimento e de
infraestruturas. A China anunciou o reforço do fundo para a “iniciativa” com
mais 100 mil milhões de Yuan.
Uma ameaça ao dólar à qual os
EUA atulhados em dívida, só têm como resposta a militar, ingerências e
conspirações pagas a peso de ouro aos seus mercenários e fantoches como na
Ucrânia, na Venezuela, Síria, etc., criando o caos por todo o lado, incluindo
em países como a Argentina e o Brasil ou as intermináveis guerras no Médio Oriente
e Afeganistão, saudadas pelos papagaios da TV como luta pela democracia.
Vladimir Putin declarou que o
futuro pertence à Eurásia. Trata-se melhorar as relações entre Estados e o desenvolvimento
económico e social. A Eurásia, disse, deve ser um exemplo de um futuro
coletivo, inovador e construtivo, com base na justiça, igualdade e respeito
pela soberania nacional, o direito internacional e os princípios inabaláveis
das Nações Unidas.
Além dos elogios à China, Putin
salientou que a Rússia não só está disposta a ser um parceiro comercial
confiável mas também pretende investir na criação de joint-ventures e em
parcerias com Estados, para investir em serviços, vendas e instalações
industriais. Com uma localização geográfica
única, a Rússia está disposta a exercer esta atividade conjunta, estando a atualizar
a marinha, as infraestruturas ferroviárias e rodoviárias com os países da União Econômica
Eurasiática (Bielorrússia, Cazaquistão, Rússia, Quirguistão, Tajiquistão).
A Eurásia, “não é um arranjo
geopolítico abstrato mas um projeto de toda a civilização olhando para o
futuro. Mantendo o espírito de cooperação, nós podemos alcançar esse futuro. Esta
parceria deve mudar a paisagem política e económica dos continentes e trazer a
paz, estabilidade, prosperidade e uma nova qualidade de vida para a Eurásia”.
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