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7 de dezembro de 2017

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a rever em alta as suas previsões de crescimento da economia portuguesa para este ano e o próximo e tem agora as mesmas projecções que o Governo português. Embora haja ainda obstáculos a ultrapassar - com a dívida pública no topo da lista de prioridades -, a situação melhorou e o Fundo parece estar a afrouxar a vigilância.

Há pouco mais de um ano, o FMI esperava que Portugal crescesse uns desapontantes 1% e 1,1% em 2017 e 2018. Hoje, prevê 2,6% e 2,2%, respectivamente. Uma diferença da noite para o dia, que alinha as previsões do Fundo com aquelas que o Governo inscreveu no Orçamento do Estado para este ano e acompanha uma mudança de perspectiva da instituição sobre o país.

"As perspectivas de curto-prazo para Portugal continuam favoráveis, apoiadas numa recuperação do investimento e na continuação do crescimento das exportações e do consumo privado. Os objectivos orçamentais para 2017 e 2018 parecem estar ao alcance e os spreads das obrigações caíram substancialmente, ao mesmo tempo que a estabilidade e a confiança no sistema bancário melhoraram, à medida que os bancos reforçaram o capital", pode ler-se no mais recente comunicado de final da missão de avaliação pós-programa de ajustamento, publicado esta tarde.

A revisão em alta que é hoje anunciada (0,1 pontos em 2017 e 0,2 pontos em 2018) é explicada essencialmente por dois factores: o arrefecimento do terceiro trimestre foi menos pronunciado do que o FMI esperava; e a Zona Euro está a acelerar mais do que as anteriores projecções antecipavam.

Em específico, o FMI destaca o desempenho positivo do investimento este ano, especialmente a construção, que está a ser puxada pelo turismo. Ao mesmo tempo, o consumo das famílias continua forte, com o emprego a manter uma trajectória de recuperação.

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