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20 de novembro de 2020

Amigo do crescimento ou amigo dos agiotas ?


O euro e as políticas da nossa estagnação . 
Um dos porta vozes do vírus da ortodoxia do neo liberalismo e dos interesses do capital financeiro alemão vai deixando cair a mascara do combate pandémico.
Na conferência de imprensa de apresentação do pacote de política económica do Outono, o vice-presidente executivo da Comissão, Valdis Dombrovskis,voltou a referir que o controlo Orçamental" é amigo do crescimento.." No fundo a dizer gastem pouco ,  pois estas medidas são temporárias e terão de voltar rapidamente aos critérios da ortodoxia do défice.
 Mesmo numa situação de emergência sanitária, social e económica com riscos de um agravamento brutal e de  falências em série , a mentalidade agiota destas almas não tem recuo.
 Por alguma razão os Estados não têm recorrido às linhas de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade relativos ao coronavírus , pois mesmo nesta situação grave, se recorressem, continuariam sujeitos a "condicionalidades restritas " eufemismo para dizer ingerências e imposições da ortodoxia neo liberal.
As actividades especulativas  e as  aplicações ruinosas da banca nestes últimos anos tem sido amparadas pelo financiamento a taxas negativas ou próximas do zero pelo BCE e pelas políticas ditas de austeridade que no fundo serviram para os salvar.
Não arrepiaram caminho e continuaram a actuar como habitualmente. A crise da dívida privada e as consequências da especulação bolsita no capital financeiro com uma nova crise , foram disfarçadas pela pandemia , com o BCE a injectar dinheiro , multiplicando o capital ficticio .
 Mas estas medidas de estabilização dos bancos e as moratórias que estes foram forçados a fazer, no estilo  de que se vão os anéis e salvem se as mãos e que ajudaram empresas e devedores a sobreviver não poderão durar sempre .
 Com o que já vem de trás , o agravamento da pandemia e os atrasos na aprovação da dita bazuca , a mutação da crise pandémica numa crise bancária de grande envergadura e com explosões várias é muito real.
Não venham depois e de novo com as ficções dos "Bancos Maus ", dos "Novos Bancos " dos"Fundos de Resolução " com o estafado argumento de que os bancos são vitais para a economia .
 E, no caso portugês , o único banco que nos interessa é a Caixa , mais um Montepio, e umas banquetas. 
Os bancos  estrangeiros que sejam problema dos governos dos respectivos países a que pertencem e para onde têm ido os respectivos lucros e chorudos dividendos .
Não julguem que não encontrarão resistência e luta , com ou sem estados de emergência , ao tentarem de novo passar a factura aos trabalhadores e ao povo.
Os bancos serão necessários , mas não os banqueiros que nunca deixaram de encher a marmita.

 









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