Brasil -acção secreta dos militares

 

Dentro de unos años, conoceremos con gran detalle la actuación secreta de los militares, conocida como su “mano oculta” – principalmente de altos mandos del activo y reserva del Ejército brasileño – en la producción del caos permanente que hundió a Brasil en el precipicio actual.

Uniendo información, datos y hechos investigados, ya es posible armar el mural sobre el papel central de los militares en la conspiración que ha evolucionado hacia lo que propagan como su “retorno democrático” al poder.

Esta vez, a diferencia de 1964, durante años las Fuerzas Armadas manejaron la ruptura del estado de derecho y la ruptura del sistema legal de una manera suave, progresiva y constante, sin la necesidad de poner tanques en las calles para violar mortalmente la democracia.

Paso a paso, resguardando y sincronizando las bases legales, políticas y mediáticas con dispositivos de guerra híbrida, los militares extendieron los límites de la institucionalidad hasta instituir como una “nueva normalidad” el régimen de excepción y su equivalente derecho penal del enemigo. Sin disparo de rifle.

Con el tiempo, las dudas sobre el gobierno militar instalado con la elección de Bolsonaro se van disipando. Cada día surgen señales e indicios que confirman que Bolsonaro es una pieza hecha a la medida del engranaje planeado por los conspiradores del cuartel.

Con todos los hechos ya revelados, es posible inferir que Bolsonaro es una pieza que integra el plan de poder de los militares, y no al revés.

Segundo o jornalista argentino Marcelo Falak, o Bolsonaro é o "projeto secreto" da cúpula militar. O ex-capitão foi a "máquina eleitoral" que possibilitou o plano dos quartéis nas últimas décadas pelos setores golpistas das Forças Armadas.

Durante a transição, que estava sob a tutela das Forças Armadas, os militares iniciaram o processo de recomposição de seu papel na política e no esquema de poder do país. E tiveram como grande trunfo a redação do artigo 142 da Constituição de 1988.

Desde meados dos anos 2000, em uma interpretação delirante deste artigo 142, extremistas de direita alardearam o caos social e político para clamar pela restauração da ordem por meio de intervenção militar agora.

A partir de 2013, banners com esses dizeres se tornaram comuns nas manifestações de rua promovidas por vigaristas censurados pela Globo. Mas o que é pior, há vários anos faixas de defesa do golpe militar penduradas permanentemente no gramado em frente ao Planalto, STF, Congresso, a não mais de 300 metros do MPF e da PF!

Diz-se que o trabalho da Comissão Nacional da Verdade (CNV), ao agitar o passado, alimentou o sentimento de vingança “adormecido” dos saudosos dos porões da ditadura.

No entanto, à luz das evidências atuais, o peso dessa questão no espírito golpista dos militares é bastante relativizado. Isso porque a reação à CNV parece ter servido apenas como pretexto para intensificar o processo de doutrinação e politização das tropas. A politização, aliás, que nunca deixou de ocorrer, mesmo com o fim do regime, em 1985.

Os conspiradores nunca abandonaram o proselitismo político com retórica reacionária, do inimigo interno, do anticomunismo / anti-peticismo nos quartéis e instalações militares. A candidatura de Bolsonaro à presidência, aliás, foi lançada pela primeira vez no distante 29 de novembro de 2014, no pátio da AMAN - Academia Militar das Agulhas Negras.

Não é preciso relembrar episódios importantes da atuação dos comandantes militares na política, como os tuítes de Villas Bôas vigiando o STF para manter Lula na prisão política, bem como a nomeação do general Fernando Azevedo e Silva [sucedido pelo General Ajax Porto Pinheiro] assessoria especial do Presidente do STF, com o óbvio propósito de proteger Dias Toffoli e, de certa forma, fechar o STF.

A confissão de Michel Temer (MDB) sobre as articulações com o general Villas Bôas nos meses anteriores ao fraudulento impeachment da presidente Dilma é mais uma prova da intromissão secreta, inconstitucional e ilegal dos militares na política nacional.

Mostra também que ao longo deste longo período de mais de uma década, os militares operam um plano estratégico, ajustado a cada situação específica, mas sem se afastar do objetivo estabelecido de, instalar o caos por eles causado, tomar o poder.

Villas Bôas atuou como seu homólogo chileno Augusto Pinochet, o general que em 11 de setembro de 1973 traiu e derrubou o presidente Allende.

Como Dilma, Allende ingenuamente nomeou Comandante do Exército do país um general que, fingindo ser legalista, revelou-se um miserável traidor e conspirador.

Fonte: jeferson miola