O essencial vai manter se mas...Bolsonario sem Trump

 

Bolsonaro já disse num de seus tweets nestes dias que há uma tendência de fortalecimento da esquerda na América Latina, alertando que o fenómeno pode chegar ao Brasil. O governo brasileiro demorou, mas cumprimentou o novo presidente da Bolívia. Deve ser moderada a sua posição em relação à Argentina, não necessariamente em relação a Cuba e Venezuela.

O vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, tentou mitigar os efeitos da previsível deterioração das relações com os Estados Unidos, alegando que as relações de Bolsonaro e seus filhos com Trump seriam pessoais, mas que espera que a relação Estado-Estado continue. preservando os interesses fundamentais de ambas as partes. Os acordos econômicos recentemente assinados entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil podem ser revistos, assim como outros acordos, dependendo da postura que o governo Biden venha a ter em relação ao Brasil. Por enquanto, o retorno dos Estados Unidos aos organismos multilaterais também condicionará o isolacionismo do governo brasileiro.

Bolsonaro aderiu ao estilo e atuação de Trump para construir seu discurso e projetar sua imagem como o novo líder da extrema direita no Brasil. Seu governo e seu discurso tomaram o tom dos ataques aos meios de comunicação - considerados seus inimigos -, bem como ao Congresso e ao Judiciário. Negador de ciência, movimentos sociais, democracia e direitos humanos, com linguagem agressiva,

Bolsonaro teve um momento de crise em seu segundo ano de mandato, antes mesmo da derrota de Trump. Mas agora, sem seu grande líder e inspiração, além de sua referência de política internacional, o que será do Bolsonaro sem Trump?

Para Bolsonaro, a derrota do estilo de governo de Trump, um dos poucos presidentes dos Estados Unidos que não foi reeleito, é um golpe muito duro. Sua primeira reação pode ser a consolidação do pragmatismo que passou a seguir, baixando o tom ideológico e fundamentalista de seu discurso, fazendo alianças com o Congresso e o Judiciário.

---O Bolsonaro foi escolhido, de forma fraudulenta, pela necessidade imperiosa da direita brasileira de impedir que o Partido dos Trabalhadores (PT) voltasse ao governo brasileiro. Semelhante à necessidade da direita americana derrotar os democratas em 2016, dois anos antes da eleição de Bolsonaro no Brasil.

Mas Bolsonaro manteve o estilo e a atuação de Trump para construir seu discurso e projetar sua imagem como o novo líder da extrema direita no Brasil. Seu governo e seu discurso tomaram o tom dos ataques aos meios de comunicação - considerados seus inimigos -, bem como ao Congresso e ao Judiciário. Negador de ciência, movimentos sociais, democracia e direitos humanos, com linguagem agressiva,

Bolsonaro teve um momento de crise em seu segundo ano de mandato, antes mesmo da derrota de Trump. Mas agora, sem seu grande líder e inspiração, além de sua referência de política internacional, o que será do Bolsonaro sem Trump?

Para Bolsonaro es un golpe muy duro la derrota del estilo de gobierno de Trump, uno de los pocos presidentes norteamericanos que no ha sido reelegido. Su primera reacción puede ser la consolidación del pragmatismo que ha comenzado a seguir, rebajando el tono ideológico y fundamentalista de su discurso, haciendo alianzas con el Congreso y el Poder Judicial.

Pero ello no basta, porque con el nuevo gobierno en Washington, habrá temas sobre los que el gobierno brasileño sufrirá una fuerte presión, especialmente en relaciones exteriores, medio ambiente y derechos humanos. En el tema de la Amazonía, ya es posible ver el remanido argumento de la defensa de la soberanía nacional, denunciando ambicion norteamericana sobre la Amazonía.

Pero eso no tendrá mayor efecto. Ya se contempla el traslado del ministro de Medio Ambiente, Ricardo Salles, a otro sector del gobierno. También es poco probable que el canciller, Ernesto Araujo, permanezca en el cargo, además de los cambios en el ministerio de Ciudadanía, a cargo de los temas de derechos humanos.

El canciller había asumido, antes de las elecciones estadounidenses, que Brasil pretendía ser un “paria”. Pero una cosa es ser paria teniendo como socio a Estados Unidos y otra ser paria con gobiernos aislados y sin ningún prestigio internacional. Es probable que el gobierno brasileño cambie su postura externa, incluso en las organizaciones internacionales y en las relaciones con los países vecinos.

Bolsonaro ya dijo en uno de sus tuits de estos días que hay una tendencia de fortalecimiento de la izquierda en América Latina, advirtiendo que el fenómeno puede llegar a Brasil. El gobierno brasileño tardó mucho, pero saludó al nuevo presidente de Bolivia. Debe bajar el tono en relación con Argentina, no necesariamente en relación con Cuba y Venezuela.

El vicepresidente brasileño, Hamilton Mourão, trató de paliar los efectos del previsible deterioro de las relaciones con Estados Unidos, alegando que las relaciones de Bolsonaro y sus hijos con Trump serían relaciones personales, pero que espera que la relación de Estado a Estado se mantenga, preservándose los intereses fundamentales de ambas partes. Los acuerdos económicos firmados recientemente entre los gobiernos de Estados Unidos y Brasil pueden ser revisados, así como otros acuerdos, dependiendo de la actitud que el gobierno de Biden tendrá hacia Brasil. Por de pronto el regreso de Estados Unidos a los organismos multilaterales también condicionará el aislacionismo del gobierno brasileño.

No entanto, o maior golpe para o Bolsonaro é a compreensão de que o trumpismo falhou como forma de governo. Ele não conseguiu a reeleição - meta fundamental do presidente brasileiro. É difícil saber como o Bolsonaro assimilará esses efeitos. Se ele vai buscar alguma explicação aleatória, tirada do próprio discurso de Trump - como a de que houve fraude em sua derrota -, como já aparece em um dos tuítes do presidente brasileiro, ou se ele vai fingir que nada aconteceu.

Em todo caso, como o Trumpismo mostra seus limites, a derrota de Trump é muito séria para o presidente brasileiro. A transformação das eleições em um referendo sobre Trump funcionou e marca o caminho que a oposição brasileira deve seguir para derrotar o trumpismo de Bolsonaro aqui também.