Editado em 2016 . O autor Frederico Duarte Carvalho sustenta toda a sua investigação com provas documentais, comprovada por documentos oficiais reproduzidos em larga medida no próprio livro, e originários de «fontes de indiscutível credibilidade, de que são exemplo o Arquivo Salazar, na Torre do Tombo, e o Arquivo Histórico-Diplomático» do Ministério dos Negócios Estrangeiros, entre outros.
Inclui em anexo datas e locais de todos os encontros Bilderberg, desde 1954 até à actualidade e um elenco de todos os participantes portugueses, com pequenas biografias, desde 1956, com Rui Ennes Ulrich, até 2016, com Maria Luís Albuquerque e Carlos Gomes da Silva*
Um livro que será fundamental e incontornável para quem quiser saber mais, ou aprofundar, a história, a influência e a responsabilidade do Clube Bilderberg no rumo que o mundo tem levado, e leva. Em Portugal tem se destacado Francisco Pinto Balsemão .O pano de fundo de BILDEBERG é o anti comunismo o que ajuda a explicar a linha editorial do Expresso e o seu aparente pluralismo...Como Balsemão confessou em recente entrevista a seguir á Revolução dos Cravos deu guarida a muitos MRPPs , os melhores aliados anti PCP...
*ULRICH Apareceu por estes dias nos noticiarios a procurar demonstrar , com alguma arrogância , que não houve entendimento entre bancos na fixação das taxas de juro nomeadamente no crédito à habitação.... Ulrich ficou conhecido dos portugueses com o" Ai aguentam , aguentam . ..." no período da Troika.*
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* Fernando Ulrich assumiu a presidência executiva do Banco BPI em 2004, mais de duas décadas depois de ter entrado para o Grupo BPI, em 1983, como diretor-adjunto da SPI - Sociedade Portuguesa de Investimentos. Com frequência no Curso de Gestão de Empresas no Instituto Superior de Economia de Lisboa, mas sem terminar a licenciatura, Ulrich chegou a ser chefe de gabinete dos ministros das Finanças e do Plano do governo de Francisco Pinto Balsemão. Este o grande homem de Bildeberg.
Antes, em 1973/1974, foi responsável pela secção de Mercados Financeiros do Expresso. Ulrich passou o testemunho a Pablo Forero a 26 de abril de 2017, passando a exercer o cargo de chairman.
Ainda liderado por Ulrich o Banco BPI a comissão executiva do banco, liderada por , que cessava as funções de presidente executivo, na sequência da tomada de controlo do BPI pelo grupo espanhol ‘Caixabank.convocou a assembleia-geral de accionistas, que serviu para aprovar as contas de 2016 (ano em que teve lucros de 313,2 milhões de euros, mais 32,5% do que em 2015) e a aplicação de resultados, uma reunião que teve ainda um ponto respeitante à remuneração variável a ser paga à comissão executiva que terminava mandato.
Segundo a proposta feita pela comissão de remunerações e disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o maior valor proposto é para Fernando Ulrich, de 465,5 mil euros. Já António Domingues, que foi vice-presidente do BPI durante parte do ano de 2016, antes de assumir funções como presidente da Caixa Geral de Depósitos (num curto e polémico mandato de quatro meses), receberá 106,7 mil euros.
O tio-avô do banqueiro, Ruy Enes Ulrich (1883-1966), enquanto académico das Faculdades de Direito de Coimbra e de Lisboa, foi um importante teórico da colonização e dos conceitos que levaram ao “Estatuto do Indígena”9. Ruy Enes Ulrich foi também presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa10, fez parte da administração do Banco de Portugal, foi dirigente da Companhia de Moçambique e ainda presidente da Companhia Nacional de Navegação11
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1"O colonialismo, o racismo e, em alguns casos, a escravatura foram importantes formas de acumulação concreta da riqueza atual de muitos dos Donos de Portugal1. O passado familiar do banqueiro Fernando Ulrich - fundador do Banco Português de Investimento (BPI), defensor acérrimo da precariedade laboral e homem próximo do PSD - é um exemplo disso. A riqueza, influência e poder acumulados ao longo do tempo pelos seus antepassados, contam uma história de brutalidades. Hoje, desenterrar este passado é essencial para o importante debate sobre reparações históricas2.
Fernando Ulrich é trisneto de João Henrique Ulrich (1815-1885), um homem que enriqueceu com o tráfico de pessoas negras escravizadas e que a partir daí construiu o vasto império empresarial da família. Nascido em Portugal, este homem sinistro enriqueceu na costa Angolana e no Rio de Janeiro com a venda clandestina de pessoas, quando já era proibida a entrada de novos escravizados no Brasil3. De regresso a Portugal, passou a dominar diversas empresas, ligou-se à banca e foi deputado da monarquia.
O filho deste escravocrata e bisavô de Fernando Ulrich, João Henrique Ulrich Jr. (1851-1895), numa polémica com Ramalho Ortigão em 1873, escrevia o seguinte sobre a suposta benevolência da escravatura no Brasil, quando esta se mantinha ainda neste país e estava prestes a acabar nas colónias portuguesas:”[…] nunca encontrámos, nem ouvimos falar desses “negros famintos”. Antes, bem pelo contrário, vimos em todas ou quase todas as plantações os escravos tratados o mais humanamente, tendo boa habitação e excelente alimento - farto e substancial - pois é do próprio interesse do dono cuidar bem dos seus escravos e, cuidando-se até já bastante da educação das crianças escravas, pois que em algumas fazendas vimos o capelão dar-lhes lição de leitura de catequismo. […] os escravos são tratados com cuidado e até desvelo.”5O homem que cito anteriormente foi fundador da Companhia Nacional de Tabacos e um destacado dirigente da Sociedade de Geografia de Lisboa6, instituição central para a colonização efetiva dos territórios africanos. A sua mulher, Maria Cristina de Orta Ennes (1856-1884), era irmã de António Ennes (1848-1901). Este tio-bisavô de Fernando Ulrich foi Ministro da Marinha e do Ultramar, Comissário Régio em Moçambique e fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa. Foi o responsável pela campanha de Mouzinho de Albuquerque contra Ngungunhane, e também por episódios de repressão sobre os povos da Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe7. A sua estátua em Maputo foi removida da via pública depois da independência do país."A históriaA história colonialista e escravocrata dos Donos de Portugal: o caso dos antepassados do banqueiro Fernando Ulrich
O que muitos não sabem é que RUI Ennes Ulrich foi o primeiro português a pertencer ao grupo BILDEBERG ,ainda no tempo do Fascismo agora chamado pudicamente de Estado Novo ,e foi indicado pelo então ministro Paulo Cunha
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