Os belicistas europeus alojados na CE e NATO caracterizam-se pelo cinismo, hipocrisia, mas também cobardia, porque para além das palavras sabem que não podem vencer a Rússia sem os EUA se envolverem numa destruição mútua em que a Europa seria a mais castigada. Ou seja, as lideranças europeias mergulhadas na irracionalidade não medem as consequências dos seus atos e do que pretendem.
Segundo Goebbels, o Reich não podia tolerar um Estado tão vasto na sua vizinhança. Este sentimento forjou a atual russofobia alinhada com os neocons dos EUA. O fim da União Soviética não os satisfez, a Rússia levantara-se de novo após a catástrofe económica e social do neoliberalismo, 2014 foi a primeira fase da guerra contra a Rússia, alimentando grupos neonazis. A ocupação da Crimeia bloqueou o que tornaria Sebastopol (nunca pertenceu à Ucrânia) uma base da NATO.
Os ataques aos dissidentes do clã de Kiev e população de origem russa prosseguiram até 2022. No meio de grandes promessas de pertencer ao grupo de amigos da UE e NATO e apoio "até onde for preciso", centenas de milhares de homens foram enviados para mortes inúteis. Parte da população fugiu para caindo na exploração de mão de obra barata, enquanto o país entregava a riqueza agrícola e mineral à BlackRock e outras transnacionais "amigas".
Indiferentes às consequências para a Ucrânia, a que não deram nem podiam dar defesa adequada e suficiente, os "amigos" levaram Kiev a atacar infraestruturas russas, sofrendo os ataques retaliatórios que semearam ruínas pela Ucrânia.
Quando um dia esta guerra estúpida - como a da Crimeia em 1853/1856 - acabar, vai mergulhar a Europa no caos. Centenas de milhares de soldados das FAU serão desmobilizados e não encontrarão ajuda, empregos ou uma visão para o futuro, tornando-se terreno fértil para o extremismo e o crime organizado. O que restar da Ucrânia construída sobre trauma e corrupção não terá estabilidade. Corre o risco de se tornar um país onde a violência e o crime se tornam comuns e uma ameaça para toda a Europa, exportando agitação e pobreza. A Europa não estará então lutando contra a Rússia, mas contra as consequências da sua irracionalidade.
Na UE/NATO mesmo sem os custos da reconstrução da Ucrânia (quem paga?) com a guerra e as estúpidas sanções, os países foram colocados perante inflação, aumento de custos, níveis de vida mais baixos. A perda do gás russo levou ao declínio industrial e da competitividade. Os gastos militares e o endividamento crescem, os investimentos caem.
Gastaram-se centenas milhares de dólares/euros numa guerra que apenas os enfraqueceu. Impostos dos trabalhadores estão a ser queimados no conflito na Ucrânia porque os líderes da UE/NATO caíram na psicose da guerra, cortando canais diplomáticos de comunicação com a Rússia.
A maioria dos ucranianos (71%) acredita que o nível de corrupção no país aumentou desde fevereiro de 2022. Graças aos "amigos" o país está destruído e o povo leva uma vida de pobreza e mortes, mas o fantoche promovido a líder mentindo, construiu uma fortuna enorme para si e para o seu clã. Zelensky admitiu numa entrevista à AP que a Ucrânia não conseguiu contabilizar 102 mil milhões da ajuda militar dos EUA. O parlamentar da oposição Oleksandr Dubinsky acusou Zelensky e seus comparsas de acumular uma fortuna de 100 mil milhões.
A Ucrânia não é a democracia que a Van der Leyen e o Costa dizem querer salvar. Os direitos humanos não são respeitados, opositores políticos são perseguidos e silenciados, a Igreja Ortodoxa Ucraniana perseguida, eleições canceladas.
Mas "amigos amigos, negócios à parte". A UE reduz as cotas de importações agrícolas, Kiev procura dinheiro para a guerra, o OE, a eletricidade e o gás, mas os europeus têm dificuldade em abrir suas carteiras e o FMI ameaça parar de financiar a Ucrânia se a UE não confiscar as reservas de ouro e moeda estrangeira da Rússia.
A UE/NATO é dominada por indivíduos mentalmente instáveis, com obsessões e preconceitos de superioridade, incapazes de conviverem com a realidade e medir as consequências do que fazem. O comandante das forças terrestres da NATO, General Donahue, apresentou em Bruxelas um documento de 4400 páginas, chamado "Fase Zero", de preparação para a guerra que descreve como agir em caso de conflito com a Rússia, detalhado cenários, o uso generalizado de drones, o desdobramento de equipamentos pesados e o fortalecimento da inteligência "em rede" entre os países.
O SG da NATO Rutte, quer que os países se prepararem para uma “confrontação de longo prazo” com a Rússia, abrindo dezenas de novas linhas de produção bélica e expandindo as existentes. "Quanto ao futuro, a Rússia continuará sendo uma força desestabilizadora na Europa e no mundo. E a Rússia não está sozinha em suas tentativas de minar as regras globais. (!!) Ela está cooperando com a China, Coreia do Norte, Irão e outros". Isto dizem os que sabotaram acordos de paz e recusaram um tratado de segurança coletiva na Europa.
Líderes enlouquecidos na UE/NATO estão a empurrar o mundo para uma guerra global. Forças da NATO são reforçadas ao longo das fronteiras da Rússia criando pontos de tensão, com o pretexto de "fortalecer a segurança na região". Será que, nestas democracias, os povos nada têm a dizer sobre isto?
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