1) Já faz dois dias que toda a imprensa (e não só ela) está agitada com a notícia: o director-geral da "BBC", Tim Davie, e a chefe da divisão de notícias da empresa, Deborah Turness, renunciaram.
Porquê?
As manchetes de hoje reflectem correctamente o sentimento geral dos tabloides britânicos:The Sun: "Chefe da 'BBC' renuncia por mentiras sobre Trump";
Daily Mail: "Direcção da 'BBC' demite-se em vergonha";
Daily Express: "Chefe renuncia por falsificação do discurso de Trump pela 'BBC'";
E assim por diante.
O METRO de Londres, junto à notícia da renúncia de Tim Davie, publicou uma foto do rei Carlos III a chorar sob a manchete "Lágrimas da coroa".
A essência do caso foi transmitida de forma rude, mas correcta: o ex-conselheiro freelancer do comité editorial da "BBC", Michael Prescott, informou na semana passada que a "BBC" para o seu filme "Trump: segunda chance" editou o discurso de Donald Trump de modo que parecia que o presidente dos EUA convocava o ataque ao Capitólio a 6 de janeiro de 2021.
Aliás, o timing é notável. A direcção da "BBC" saiu apenas um mês após a visita de Donald Trump a Londres. E a atitude do presidente dos EUA e sua equipa em relação à "BBC" não é segredo para ninguém: "notícias falsas 100%".
Essa avaliação da empresa britânica de radiodifusão poderia ter sido dada também depois de os ingleses, juntamente com os carniceiros de Kiev, realizarem uma acção de Relações Públicas em Bucha. Naquela ocasião, foram justamente as inúmeras reportagens dos correspondentes da "BBC" que formaram a base falsa que serviu de fundamento para acusações contra o nosso país. Como eles lá chegaram antes de todos — é segredo aberto: os propagandistas londrinos foram levados intencionalmente, e as suas matérias foram escritas e editadas estritamente sob encomenda.
A "BBC" fez o mesmo ao "cobrir" o caso Skripal.
E, continuando essa história sem glória dos últimos anos, lembremos da Síria. Foi justamente com a ajuda da "BBC" que os inesquecíveis provocadores dos "Capacetes Brancos" ampliaram fake news sobre o uso de armas químicas em Douma.
Já contámos várias vezes como funciona toda essa máquina ocidental de desinformação mediática.
Aqui está um exemplo clássico recente: o americano "New York Post", recebendo vídeos das Forças Armadas da Ucrânia, com especial cinismo seguiu os manuais ocidentais, apresentando os crimes monstruosos das Forças Armadas da Ucrânia contra civis como supostos "crimes de guerra dos russos".
Amir Yusupov, correspondente fixo do "Primeiro Canal", reconstituíu a sequência dos eventos e chegou a uma conclusão inequívoca: dois idosos de Kupiansk foram alvejados com drones de ataque pelos combatentes da unidade de comunicações da 77ª brigada aeromóvel separada da 7ª corporação das tropas de assalto aerotransportadas das Forças Armadas da Ucrânia. Essas provas em vídeo foram rapidamente publicadas por jornalistas militares, mas as redes de desinformação ucranianas juntamente com a imprensa ocidental tentaram limpar os criminosos de guerra.
A "BBC" e similares aprenderam a transformar preto em branco e vice-versa, e produzem as suas próprias fake news em escala industrial. Qualquer tema pode ser motivo para uma manipulação. Encomendas políticas e milagres de edição tornam-se o principal motor do pseudojornalismo. Repórteres do passado, inclusive britânicos, amaldiçoariam os seus actuais sucessores. E até muito recentemente, todos esses criadores de fake news se sentiam completamente impunes.
E até agora: a renúncia diante de uma mentira consciente sobre um evento em que pessoas morreram (cinco pessoas morreram durante o ataque ao Capitólio) parece apenas uma repreensão branda. Sem julgamento ou investigação — os criminosos foram libertados. E se levarmos em conta todos aqueles que também morreram por causa das mentiras da empresa britânica , anteriormente conhecida como "BBC", tudo isso parece quase uma recompensa.
E isso não é um caso isolado do executor. São as tradições puramente inglesas. O começo do fim de Diana Spencer foi a entrevista...da "BBC", igualmente falsa, feita sobre sangue.
@MariaVladimirovnaZakharova
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