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13 de junho de 2011

CRIMES DE GUERRA DA OTAN NA LÍBIA  – por Susan LINDAUER (1)
(Traduzimos apenas parte de um importante artigo sobre a situação na Líbia. A idoneidade da autora e do site de onde foi retirado, não nos oferece contestação. Referem-se os crimes dos rebeldes apoiados pela OTAN que a comunicação social ignora e passou a acusar as tropas governamentais. O artigo refere ainda a reunião de 2000 chefes tribais em Tripoli para elaboração de uma nova Constituição e o apoio ao governo bem como a resistência à ocupação e ao terrorismo dos mercenários às ordens da OTAN. Apenas uma questão: que é feito do humanismo social-democrata do PS? Terá naufragado na Jugoslávia, ou no Iraque, ou nos voos com prisioneiros da CIA, por exemplo?)
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É uma história que a CNN não vai cobrir. Tarde na noite pontapés na porta na cidade de Misurata. Soldados armados arrancam jovens líbias da cama com as suas armas. Embarcam as mulheres e as adolescentes em camiões, os soldados atiram estas mulheres para sessões de violações colectivas por rebeldes da OTAN – ou então violam-nas perante os seus maridos ou pais. Quando os rebeldes OTAN acabam o seu desporto de violação, cortam as gargantas das mulheres.
Segundo relatos de refugiados as violações são além disto actos correntes nas cidades sujeitas aos rebeldes e fazem parte de uma estratégia militar organizada.
Joanna Moriarty que faz parte duma delegação de investigação internacional, visitando Tripoli esta semana relata igualmente que os rebeldes da OTAN foram de casa em casa em Misurata, perguntando às famílias se apoiam a OTAN. Se as famílias respondem pela negativa são mortas logo ali. Se as famílias respondem que querem alinhar no combate, os rebeldes da OTAN adoptam para os aterrorizar uma atitude diferente. As portas das “casas neutras” são completamente fechadas e soldadas, relata Moriarty, ficando as famílias reféns no seu interior. As casas líbias são tipicamente protegidas por grades. Assim quando as portas são soldadas os habitantes líbios são encerrados nas suas próprias casas onde as forças da OTAN podem estar seguras que famílias inteiras morrerão lentamente de fome.
Isto passa-se diariamente. Não são acontecimentos isolados. E os soldados de Kadhafi não são responsáveis. Na realidade, as famílias pró-Kadhafi e “neutros” são a presa destes ataques. É provável que a OTAN tenha pretendido tirar partido destes acontecimentos na esperança de os imputar às forças de Kadhafi. Estes ataques contudo começam a ter um efeito contrário.
(…)
Os refugiados observaram soldados dos Estados Unidos, britânicos, franceses e israelitas na proximidade dos soldados rebeldes atacando civis.
“As sessões de violação” são os exemplos mais obscenos da perda de controlo moral da OTAN. Um pai em lágrimas disse à delegação de investigação como há cerca de duas semanas os rebeldes da OTAN tinham visado sete famílias diferentes, raptando uma jovem virgem em cada família pró-Kadhafi. Os rebeldes foram pagos por cada jovem raptada da mesma forma que são pagos por cada soldado líbio que matem – como soldados mercenários. Meteram as jovens em camiões e levaram-nas para um edifício onde foram fechadas em compartimentos separados.
Os soldados da OTAN continuaram a beber álcool e a embriagar-se. Então o líder disse-lhes para irem violar as virgens segundo o modo de violação colectivo. Quando acabaram de violar as jovens, o líder da OTAN disse-lhes para lhes cortarem os seios e trazerem-nos. Assim o fizeram enaunto as jovens estavam vivas e gritando de dor. Todas as jovens morreram de morte atroz.
(…)
O pai desolado falou numa convenção de operários, assistida pela delegação de inquérito internacional. Chorava abertamente, como qualquer de nós o faria.
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1 - Susan Lindauer - ex-correspondante américaine pour la Libye aux Nations Unies.
Article paru 7 juin 2011 sur http://www.veteranstoday.com/2011/0...
Traduction copyleft Jean-Luc Guilmot - 11 juin 2011
Susan Lindauer a couvert la Libye aux Nations Unies comme correspondante américaine de 1995 à 2003 et a initié des pourparlers pour le Procès de Lockerbie. Lanceuse d’alertes sur les événements du 11-Septembre, au même titre que la turco-américaine Sibel Edmonds, elle est l’auteur du livre Préjudice Extrême : L’histoire terrifiante du Patriot Act et les dissimulations du 11/9 et de l’Irak qui relate son calvaire en tant que deuxième Américaine non arabe à avoir été inculpée au travers des lois Patriot Act, et à avoir dû faire face à des accusations secrètes, des preuves secrètes, des témoignages secrets d’un jury d’accusation, ainsi qu’à des menaces de détention illimitée.
URL de cet article 13964 12 juin 2011

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