A Grécia e os seus salvadores...
Uma Opinião
01/06 17:00
Grécia: a esperança de uma ajuda financeira relança o euro
Na Quarta-feira, parecia que a Grécia se aproximava de um acordo com a Europa e o FMI tendo em vista uma nova ajuda financeira, que lhe permitiria no imediato evitar a cessação de pagamentos.
Fontes próximas das discussões entre representantes da Grécia, do Fundo Monetário Internacional, da Comissão e do Banco Central Europeu, declararam que a última estimativa da situação orçamental grega poderia ser alcançada até Sexta-feira.
Um responsável grego diz-se optimista em ver a "troïka" a autorizar uma nova fatia de 12 mil milhões de euros, adiantados no seguimento do programa de assistência financeira de 110 mil milhões de euros acordados há um ano com o FMI e a União Europeia.
"Haverá maneira de aprovar o pagamento da quinta fatia. As negociações com a troïka serão concluídas hoje (Quarta-feira) ou amanhã, ou no mais tardar na Sexta-feira", declarou esse responsável sob anonimato.
O ministério alemão das Finanças por seu lado acalmou as inquietações dos que temiam ver o FMI arrastar os pés para pagar a sua parte da ajuda e deixar a Europa preencher a diferença.
"Parece que todo o mundo chega progressivamente a um consenso que envolverá provavelmente uma mistura de ajuda suplementar, de austeridade acrescida e de implicação do sector privado", comentou Gilles Moec, economista na Deutsche Bank.
Estes sinais tranquilizadores permitiram ao euro subir ao ponto mais alto de quatro semanas face ao dólar, que por seu lado estava penalizado pelas más estatísticas americanas.
EM DIRECÇÃO A UMA AGÊNCIA DE PRIVATIZAÇÃO
O governo alemão disse que esperava que as discussões se completassem até ao fim de semana, o mais tardar no início da semana seguinte.
Numa deslocação em Singapura, a chanceler alemã Angela Merkel sublinhou que a estabilidade da zona euro era primordial, mas acrescentou que Berlim decidirá apenas depois de estar publicado o relatório dos inspectores europeus destacados na Grécia.
Um novo plano de ajuda de alguns 65 mil milhões de euros, foi igualmente debatido para responder às necessidades da Grécia até 2014.
Segundo a edição alemã do Financial Times, os bancos centrais da zona euro estão prontos a abrandar a sua posição sobre a maturidade da dívida grega, na condição de os investidores fazerem voluntariamente o mesmo.
O jornal acrescenta que os bancos centrais não afastam a possibilidade de uma extensão dos vencimentos da dívida grega mas ignora-se se são unânimes neste ponto.
Por seu lado o Handelsblatt relata que as discussões são igualmente sobre a formação de uma agência de privatização independente do governo.
O quotidiano financeiro alemão, que não cita as suas fontes, ajunta que não está ainda decidido se o FMI, a UE ou o BCE estariam implicados no funcionamento desta nova instituição.
A Grécia prevê entre outras, fundir ou fechar 75 instituições públicas que actualmente recebem 2,7 mil milhões de euros de subvenções por ano, anunciou o vice-Primeiro-ministro Theodoros Pangalos.
O risco de contágio da crise grega na zona euro mantém-se em contrapartida presente nos espíritos.
Na Qurta-feira, uma adjudicação de 850 milhões de euros de dívida portuguesa a quatro meses foi marcada por uma forte alta das taxas de juros, a 4,967%, ou seja mais 30 pontos de base do que para uma adjudicação de obrigações a três meses efectuada em Maio. Les E.
1 comentário:
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Encontrei este trabalho esclarecedor (documento algo longo, mas necessário) sobre a chamada dívida ilegitima que também nos querem exigir.
Qual a vossa opinião sobre a necessidade de uma auditoria às contas publicas nacionais e a recusa em pagar o que apenas beneficiou as grandes corporações.
O que devemos fazer para impedir a destruição do social em nome do honrar de compromissos...
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