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12 de maio de 2017

Custa-lhes a engolir

A reposição do poder de compra que é uma das componentes da animação da economia pela via da procura continua a criar engulhos aos ortodoxos do défice e do neo liberalismo . Portugal continua a ser um mau exemplo !

Por isso a Comissão utiliza o enigmático e subjectivo défice estrutural para pressionar. Numa altura em que Portugal já tem um défice nominal abaixo dos 3%,  é exigido que tome mais “medidas de forma atempada e duradouras” que mantenham o défice a descer nos próximos anos, disse  ontem o comissário da Economia, Pierre Moscovici. “A trajetória divergente em termos estruturais resulta da materialização de pressões orçamentais tendentes a aumentar a despesa e/ou reduzir a receita num cenário sem novas decisões de política orçamental que contrariem essas pressões”, diz a seráfica Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). “Uma das principais pressões identificada é a que resulta da reposição salarial ocorrida gradualmente em 2016.” O défice público português deve descer de 2% do PIB em 2016 para 1,8% neste ano, diz a Comissão Europeia nas previsões da primavera. O governo confia chegar a 1,5%. No entanto, embora Moscovici tenha dito que estão “satisfeitos” com os “bons resultados de 2016”, Bruxelas acusa o governo de ter “medidas de consolidação insuficientes” já em 2017 e 2018, o que fará o défice estrutural subir em vez de descer, como está combinado. . Centeno  segundo a imprensa desvalorizou as críticas e garantiu que o governo “assegurará o cumprimento rigoroso dos objetivos orçamentais e que está “seguro de que a Comissão irá convergir para uma projeção orçamental alinhada com a execução, como confirmado pelos resultados do primeiro trimestre”, reiterando “a criação de condições para saída do procedimento dos défices excessivos”. - Ninguém os manda àquela parte..

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