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31 de outubro de 2017

Retirar poderes a Carlos Costa

Reforma & Crise
Na abertura de uma conferência na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) sobre a reforma da supervisão financeira, a que quer dar tradução legislativa até ao final do ano, Ricardo Mourinho Félix aproveitou para justificar a polémica retirada dos poderes de supervisão macroprudencial e de resolução bancária ao Banco de Portugal (BdP), os dois temas "marcantes" do novo modelo desenhado por um grupo de trabalho liderado por Carlos Tavares, que esteve em consulta pública até 20 de Outubro.

O relatório que serve de base à reforma, elaborado pelo ex-líder da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e pelo agora ministro Pedro Siza Vieira, passa esses poderes para o novo Conselho de Supervisão e Estabilidade Financeira, com administração própria e que agrega os três supervisores – BdP, CMVM e Autoridade de Supervisão dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF) – e que "deve ter a capacidade de ter um conhecimento transversal e integrado dos problemas do sector financeiro, bem como a capacidade de coordenar a actuação dos diferentes supervisores sectoriais".

"Importa ter presente que as nuvens podem surgir em qualquer um dos sectores – seja no bancário, no segurador ou no mercado de capitais –, e que só a detecção e o confronto das variáveis dos diversos sectores poderá permitir uma compreensão clara de um determinado fenómeno", referiu o governante, salientando de seguida que "mesmo que um dos sectores tenha mais instrumentos para actuar, essa actuação provoca inevitavelmente efeitos nos outros sectores".
 Para o membro da equipa das Finanças, esta reforma surge naquele que classificou como um momento crucial: "na saída de uma crise financeira que não vamos esquecer, e antes de outra que todos queremos evitar". Frisando que "as crises financeiras não surgem sem aviso", contrapôs que "são grandes tempestades que, com o conhecimento e as ferramentas adequadas, é possível antecipar e, senão evitar, pelo menos mitigar os seus efeitos sobre a economia e a vida dos cidadãos"

Pobreza


Tribuna viento sur
Pobreza laboral y degradación del empleo
 | Mikel de la Fuente 
El riesgo de pobreza y/o exclusión social se mide en la Unión Europea a través del indicador AROPE. Según este indicador una persona está en situación AROPE cuando cumpla al menos uno de los siguientes tres criterios: 1. Estar en Riesgo de Pobreza, lo que se produce cuando viva en un hogar con una renta inferior al umbral de pobreza, que se define como el valor que corresponde al 60% de la mediana del ingreso estatal equivalente. 2. Estar en situación de Privación Material Severa: cuando no viva en un hogar que no disponga de al menos cuatro de nueve conceptos de consumo básico. 3. Vivir en hogar con baja intensidad de trabajo, que se mide como la relación entre el número de meses trabajados por todos los miembros del hogar y el número de meses que podrían trabajar teóricamente como máximo todas las personas en edad de trabajar.
Según el VII informe de la Red Europea de Lucha contra la Pobreza y la Exclusión Social (EAPN), El Estado de la Pobreza. Seguimiento del indicador de pobreza y exclusión social en España 2008-2016, en el Estado Español ese riesgo abarcaba en 2016 al 27,9% de la población total (12,9 millones de personas), siendo la tasa más alta la correspondiente al grupo de personas adultas jóvenes, de 16 a 29 años, con un 37,60%. Según el INE en el 2015 el 58,0 de las mujeres y el 70,4 de los hombres en paro se encontraban en esa situación de riesgo. En hombres, el porcentaje más alto en el año 2015 corresponde a los hombres parados (70,4%) y el segundo lugar a los hombres inactivos (46,1%). Según un informe del Observatorio Empresarial contra la Pobreza de enero de 2017, el riesgo de pobreza alcanza el 60% entre los jóvenes desempleados. El desempleo, especialmente el de larga duración (más de un año en paro), se mantiene en el elevadísimo porcentaje del 58% en el segundo trimestre de este año, siendo llamativo un porcentaje superior y en aumento, del 65%, en una Comunidad Autónoma “rica”, como la del País Vasco. El 40,7% de las personas paradas, 1,59 millones, llevan desempleadas más de 24 meses, seis veces más que en 2008.

30 de outubro de 2017

EUA e democracia

EUA: Simulacro de democracia

John Steppling


Traduzido por Coletivo de tradutores Vila Vudu



… país no qual 87% dos cidadãos de 18-25 anos (segundo pesquisa National Geographic Society/Roper Poll de 2002) não conseguem encontrar Irã ou Iraque num mapa mundi, e 11% não conseguem localizar os EUA onde nasceram e vivem, não é só "intelectualmente preguiçoso". Mais acuradamente é país de imbecis, que podem ser enganados por qualquer um, para crer em qualquer coisa…" — Morris Berman
Não me lembro de outro momento em que a cultura dos EUA estivesse tão gravemente ferida por efeito do que faz a classe dominante. Hollywood só distribui filmes e shows de TV racistas, militaristas e de nacionalismo doentio, cada um mais pervertido que o outro. A mídia-empresa está completamente controlada pelas mesmas forças que controlam Hollywood. Os liberais capitularam completamente aos interesses de uma elite cada dia mais fascista e fascistizante. E não começou com Donald Trump.

Não há dúvidas de que o que hoje se vê nos EUA começou antes, no mínimo ao tempo de Bill Clinton, mas com certeza já aí estava nos anos finais da 2ª Guerra Mundial. A trajetória ideológica que se configurou sob os irmãos Dulles e o complexo industrial-militar – representante de interesses comerciais dos EUA e exibindo-se como aspirante a hegemon global. Mas depois da autodissolução da União Soviética, o projeto foi acelerado e intensificado.

Outro ponto daquele início foi o fiasco da Baía dos Porcos em 1960, ou o assassinato em 1961 pela CIA (e MI6) de Patrice Lumumba. Ou o discurso de Kennedy, em 1962, na American University, clamando pelo fim da Pax Americana. Sabemos o que aconteceu a Kennedy pouco depois. Pode ter sido qualquer desses incidentes. Mas foi o fim da URSS que demarcou, para a classe governante, a classe proprietária, que o último real obstáculo para a dominação global havia sido afastado. Nesse meio tempo, há o caso Irã/Contra, e a invasão do Iraque. Acho que, hoje, já ninguém se lembra do significado real e simbólico da URSS. Do que significou especialmente para o mundo em desenvolvimento.

Depois, o balão de ensaio seguinte, ação consciente, foi o ataque de Clinton à ex-Iugoslávia. Um teste, para a OTAN em expansão. E funcionou. A máquina de propaganda jamais tivera tanto sucesso como quando demonizou os sérvios e Milosevic. Depois, veio o 11/9.

Dois democratas


Um mural com a imagem do presidente dos EUA, Donald Trump, compartilhando um beijo com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apareceu na barreira de segurança de Israel em torno da cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada.
Inspirados pelo moral, alguns turistas tiraram fotos em frente à pintura no ultimo domingo, imitando o beijo dos líderes norte-americano e israelense.
O autor do mural foi um artista de rua australiano conhecido como Lushsux. Em entrevista à Agência Reuters,  disse que, ao criar a obra de arte, queria chamar a atenção para o facto de os palestinianos estarem detidos  "numa prisão interna".SPT

29 de outubro de 2017

A Agência Internacional de Energia Atómica

O que irá inventar o Sionismo e Trump para violarem o acordado ?
O director-geral da agência, Yukiya Amano, visitou Teerão duas semanas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçar abandonar o acordo assinado em 2015 pelo Irão e pelo grupo composto pelos Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha.

"A agência esteve a supervisionar e verificar de maneira imparcial, objectiva e rigorosa" o acordo desde a sua entrada em vigor em Janeiro de 2016, afirmou, sem comentar a posição de Trump, que quer rever os mecanismos de inspecção, retirar prazos às restrições impostas e acabar com o programa de mísseis balísticos iraniano.

No parlamento iraniano, o Presidente, Hasan Rohaní, afirmou que o Irão "fabricou, fabrica e fabricará mísseis, porque com isso não está a violar leis internacionais", considerando ridículo rever o acordo porque os Estados Unidos violam eles próprios acordos, incluindo alguns aprovados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A hipocrisia no PE

En 2007, Robert Ménard qui n’était pas encore maire FN de Béziers, mais secrétaire d’une fausse ONG (RSF) subventionnée par des officines écrans de la CIA, trimbala dans les couloirs du parlement européen à Strasbourg le patron de RCTV, une télévision vénézuélienne qui avait joué un rôle actif dans le putsch d’avril 2002 qui destitua (brièvement) le président élu : Hugo Chavez.
Les parlementaires européens votèrent une motion condamnant le Venezuela pour atteinte à la liberté de la presse. Pourquoi ? Le CSA de ce pays autorisait toujours RCTV à émettre par trois canaux, mais ne renouvelait pas le droit pour le quatrième (l’hertzien), arrivé à expiration au bout de vingt ans.
Les médias enfumeurs crièrent à la « fermeture »de RCTV (1).
En 2017, les parlementaires européens, toujours aussi inspirés, accordent le prix Sakharov à l’opposition « démocratique » (sic) vénézuélienne, un quarteron de putschistes qui avaient compté sur la violence insurrectionnelle pour empêcher toute élection. Tel était leur slogan : Assez de votes : la « salida » (« sortie » de Maduro).
Interrompu par des sifflets et des rires, le député européen qui rapporta à ses confrères que ces factieux étaient primés se fâcha : « Il n’y a pas de quoi rire quand on parle de millions de personnes et d’enfants qui meurent de faim » (à 0mn42).
Il aurait pu dire « des dizaines de millions »sans que le parlement européen rectifie et sans que nos médias ne bougent un cil.
Théophraste R.
(1) Dix ans plus tard, personne plus ne parle de « fermeture ».

Para que conste

Perguntas que as celuloses não responderão .
E verdade ou não que as celuloses em 15 de Outubro tinham boa parte das suas equipas de sapadores desativadas por se considerar já não ser época de fogos ?
É verdade ou não que tal como ao Estado e aos particulares os eucaliptais  das celuloses também arderam ?
É verdade ou não que as celuloses fogem sempre a informar quantos hectares lhe têm ardido nos fogos ?
É verdade ou não que o preço que pagam a madeira - em cartel - é uma das causas do abandono das florestas ?

28 de outubro de 2017

" Que prudente é a prudencia "


Crescimento deste ano não se repete. É imprudente gastar o dinheiro todo"

O santíssimo défice


Arde tudo menos o défice .
Jorge Cordeiro


Ainda crepitava o rasto de destruição deixado pela tragédia florestal e já se ensaiava, sem decoro e a seu pretexto, uma operação política e ideológica cujo fim está para lá dela. Segundo os seus promotores a resposta plena que é necessário dar, desde logo na indispensável mobilização de recursos e meios financeiros, teria de ser encontrada não nas opções orçamentais que soberanamente o País tem de assumir, mas na sua acomodação a partir do colete de forças imposto pela estratégia do défice, da dívida ou do Tratado Orçamental. Ou seja, a opção com que nos depararíamos seria a de responder ao que a tragédia e a política florestal exigem ou ter de regressar à intensificação da exploração e empobrecimento dos trabalhadores e do povo português. Essa mesma política que, década após década, está na origem da dimensão dos acontecimentos sobre os quais alguns derramam lágrimas de crocodilo.


O respeito devido à perda de vidas e de bens, a dor de muitos e o desamparo de tantos outros face ao drama deixado pelo fogo sucumbiu à instrumentalização de alguns para alcançar o que há muito prosseguem. A moção de censura do CDS é, tão só, a corporização de uma operação de maior alcance. Não se questiona o uso de um direito constitucional e parlamentar para expressar um juízo político face a um qualquer governo. Nem se iludem os erros  e responsabilidades do governo PS neste processo. Nem tanto o facto de ter sido apresentada em período de luto nacional. O que merece denúncia é o facto de a sua apresentação, à boleia de um legítimo sentimento de comoção nacional, visar, em nome do que não a move, o propósito indisfarçável de ajustar contas com um passado recente com que o CDS não se conforma. Embora destinada ao destino que teve e devolvida ao regaço de quem a concebeu, o pressuposto da iniciativa está longe de ter sucumbido.


Perdura o elemento essencial que lhe estava subjacente. O uso dos fogos florestais para ajustar contas, reverter avanços e reposições de direitos, justificar o regresso ao caminho de assalto a salários e rendimentos. Sem rodeios, ei-los a recolocar todo o argumentário que acompanhou a política nacional na primeira metade da actual década. O “não há dinheiro” que justificou o que se conheceu tem agora na versão “folga orçamental” o seu sucedâneo. Uns, a contrapor as medidas imediatas, necessárias e inadiáveis, às soluções de fundo que dêem resposta estrutural, sem a qual novas tragédias se repetirão. Outros, a contrapor os problemas da floresta ao OE e aos direitos sociais do povo português. Como se a destruição dos serviços públicos como os Florestais não fossem causa da tragédia. Já os conhecemos, os mesmos que justificaram o roubo aos trabalhadores do sector público em nome dos direitos negados a todos ou que defenderam a precariedade e baixos salários porque os desempregados nem isso tinham. Para uns e outros, intocáveis apenas os interesses da banca privada, a trajectória do défice, os encargos de uma dívida insustentável. Pode arder tudo menos o défice!


Portugal tem o dever de cuidar do que é seu e dos seus. O que se exige das instituições nacionais é que assumam as opções que correspondam prioritariamente aos interesses do País e não que os subordinem a regras e imposições externas. Não é preciso semear uma mão cheia de investigadores em busca da “folga orçamental”. Mais expeditamente se esbarrará com ela do que com o armamento de Tancos. Ajuste-se em termos exigíveis o valor do défice projectado para 2018 – fixado por opção do governo do PS nuns injustificados 1,0 – e libertar-se-ão por cada décima que se lhe acresça um fracção de 200 milhões de Euros. Opte-se por não derreter uma parcela do saldo orçamental primário – estimado para 2018 em mais de cinco mil milhões de Euros – em juros da dívida e encontrar-se-ão recursos para acudir à floresta e para financiar serviços públicos e funções sociais como a saúde.


Na edição de há uma semana deste jornal lia-se num artigo de opinião que se estava «confrontado com o fim da ficção que é possível distribuir tudo a todos, sem faltar dinheiro noutros lados, como se este proviesse de uma arca sem fundo». A resposta a esta interpelação acabou dada nas páginas deste mesmo jornal na mesmíssima edição numa peça titulada “Bancos falidos vão custar ao Estado mais de mil milhões em 2018.” Nela se ficou  a conhecer que neste Orçamento do Estado a despesa com veículos financeiros saídos dos escombros do BPN, BES e BANIF, e acumulados durante anos, ascendia a esse valor. Fica assim peremptoriamente provado que entre ficção e realidade há toda uma diferença que se teima em não querer ver. Aquela realidade que persiste na sucção de recursos de todos para cobrir os desmandos fraudulentos da banca privada e essa ficção, há décadas por realizar, de uma política que responda plenamente ao direito do povo português de acesso aos direitos sociais e económicos constitucionalmente consagrados.  

Notinhas

1) Qual a razão por que o PSD e o CDS pediram a cabeça da Ministra da Ad .Interna e não pediram a demissão do Ministro da Agricultura que inclusivamente deixou arder o pinhal de Leiria ?
Capoulas faz do ministério uma extensão da  CAP , tal como A .Cristas .

2) Louçã diz que o golpe de Marcelo a Costa não tem importância , Uma guerra de alecrim...
Se o Boco não apoiasse parlarmentarmente este governo a música seria diferente...
Agora branqueiam a atitude inaceitável do "Selfie de Belém " . Se este vier a  criar um movimento ou um partido tipo Macron ou Eanes os que andaram a branquear as suas atitudes e imagem talvez se arrependam, mas já será tarde.

26 de outubro de 2017

A vichyssoise está de volta

Alguém tem dúvidas que o " selfie de Belém "  deu o golpe ao Costa ? 
 O mestre da intriga , o falso senhor dos afectos , mas bom actor veio-nos lembrar que está sempre pronto a servir a sua vichyssoise
"O episódio da «vichyssoise» fica para os anais. Este prato ficou mais conhecido quando, há uns anos atrás, Paulo Portas resolveu contar na televisão uma história sobre Marcelo Rebelo de Sousa. Rezava então o jornalista do «Independente» que certo dia procurou saber junto do professor como havia decorrido determinado jantar restrito. Marcelo descreveu-lhe todos os pormenores: quem lá estava, o que haviam falado, até o que haviam comido. Dizia Paulo Portas que Marcelo chegou ao ponto de lhe referir o detalhe da refeição ter começado por uma «vichyssoise». Afinal, soube-se mais tarde que o jantar fora adiado e que não houve «vichyssoise» alguma. Assim acabou a segunda AD, mesmo antes de ter sido constituída."

O investimento Público

Investimento Público, o lado desconhecido do Orçamento de Estado

Existe uma quase unanimidade quanto à importância que o investimento público e em particular o investimento em infra-estruturas, tem no crescimento e desenvolvimento económico do nosso país. São muitos os exemplos ilustrativos dessa importância, desde investimentos em infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias, em produção de energia, transporte e sua distribuição, em infra-estruturas básicas de água e saneamento, em infra-estruturas de comunicações e telecomunicações e em equipamentos de saúde, educação e desporto, investimentos que o Estado foi assegurando a um ritmo aceitável até ao início deste século e que alavancaram muito do investimento privado realizado, que proporcionaram benefícios às famílias e às empresas e que se traduziram no aumento do bem-estar das populações e num aumento da produtividade do tecido produtivo, estimulando-se desta forma muito do crescimento económico verificado.
Apesar de todas estas evidências, ao longo dos últimos anos o investimento público tem vindo a ver a sua importância cada vez mais reduzida. Se no início deste século representava 4,6% do PIB hoje o seu peso está reduzido a cerca de 1,7% do PIB.
O investimento público há muito que deixou de ser para os diferentes governos PSD/CDS e PS uma variável fundamental para o crescimento e desenvolvimento económico do país e em vez disso está agora transformado numa das principais variáveis de ajustamento.

25 de outubro de 2017

Antecipação de pagamentos

Com a ameaça real de aumento das taxas de juro devido à provável alteração da política do BCE, redução das medidas ditas convencionais , o governo procura libertar se  antecipadamente  da divida  do FMI que tem juros mais altos
O Governo anunciou que completou esta quarta-feira, 25 de Outubro, o reembolso de mais mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo que, com o pagamento desta verba, fica cumprido o pagamento de 66% do empréstimo que o país recebeu em 2011.

"Portugal reembolsou hoje, antecipadamente, mais uma parcela do empréstimo ao FMI, equivalente a 1.000 milhões de euros, que se vencia entre Maio e Junho de 2020", refere um comunicado do ministério das Finanças, acrescentando que com este pagamento "estão liquidados 66% do empréstimo do FMI".

De acordo com o gabinete de Mário Centeno, até ao final do ano serão reembolsados mais 2 mil milhões de euros ao FMI, ficando assim a faltar o pagamento de menos de um terço do empréstimo de 26,3 mil milhões de euros que Portugal recebeu em 2011.

Estes valores já estão contemplados na proposta do Orçamento do Estado para 2018, onde o Governo revelou que os reembolsos antecipados irão totalizar 8,37 mil milhões de euros este ano. Este valor excede em mais de três mil milhões de euros o valor pago até 10 de Outubro (5,3 mil milhões de euros), pelo que já se sabia que os reembolsos antecipados até ao final deste ano iriam totalizar 3 mil milhões de euros. Mil milhões de euros foram reembolsados hoje e o restante seguirá para Washington até ao final do ano.

OTAN-NATO


Brève histoire de l’OTAN de 1991 à nos jours.

L’Otan, fondée le 4 avril 1949, comprend pendant la guerre froide seize pays : Etats-Unis, Canada, Belgique, Danemark, France, République fédérale allemande, Grande-Bretagne, Grèce, Islande, Italie, Luxembourg, Norvège, Pays-Bas, Portugal, Espagne, Turquie. A travers cette alliance, les Etats-Unis conservent leur domination sur les alliés européens, en utilisant l’Europe comme première ligne dans la confrontation, y compris nucléaire, avec le Pacte de Varsovie. Ce dernier, fondé le 14 mai 1955 (six ans après l’Otan), comprend Union Soviétique, Bulgarie, Tchécoslovaquie, Pologne, République démocratique allemande, Roumanie, Hongrie, Albanie (de 1955 à 1968).
DE LA GUERRE FROIDE À L’APRÈS-GUERRE FROIDE
En 1989 survient l’ « écroulement du Mur de Berlin » : c’est le début de la réunification allemande qui se réalise quand, en 1990, la République Démocratique se dissout en adhérant à la République Fédérale d’Allemagne. En 1991 se dissout le Pacte de Varsovie : les pays de l’Europe centre-orientale qui en faisaient partie ne sont alors plus alliés de l’URSS. Dans la même année, se dissout l’Union Soviétique : à la place d’un unique état s’en forment quinze.
La disparition de l’URSS et de son bloc crée, dans la région européenne et centre-asiatique, une situation géopolitique entièrement nouvelle. Dans le même temps, la désagrégation de l’URSS et la profonde crise politique et économique qui frappe la Russie signent la fin de la superpuissance en mesure de rivaliser avec celle des Etats-Unis.

22 de outubro de 2017

Desconfortavelmente alta

A presidente do FED, o Banco Central dos EUA, disse que a probabilidade de as taxas de juros de curto prazo precisarem ser reduzidas para o  seu limite inferior  é alta.
Os decisores de políticas financeiras dos EUA podem ter que empregar mais uma vez ferramentas financeiras não convencionais para evitar outra grande recessão, disse a presidente do Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos (FED), Janet Yellen ao Clube Nacional de Economistas na passada sexta feira.
"A probabilidade de as taxas de juros de curto prazo precisarem ser reduzidas ao seu limite mínimo é desconfortavelmente alta", disse Yellen.
"Muitos analistas financeiros têm advertido que a Economia dos EUA já ultrapassou a fase de" pre´bolha " e que o negócio dos derivados voltou ao esplendor do passado"

Os dominantes não gostam do projecto de OE

Jorge Cordeiro
O OE no tabuleiro dos desesperados


Nem o anúncio da chegada de Belzebu, príncipe dos demónios,  causaria a agitação que a proposta de Orçamento do Estado causou em conhecidos círculos da opinião que por cá levitam.


Seria de um simplismo errado e inocente, lendo o azedume que por aí transborda, levar a sério tudo o que se lhe atribui quanto a um qualquer desvio “esquerdizante” do seu conteúdo. O OE para 2018 é no essencial um orçamento do governo do PS moldado pelos seus compromissos e opções com o que acarreta de sérias limitações e condicionamentos.


Imagine-se o que para aí se veria, entre defenestrações e emalar de trouxas, se o OE atingisse seriamente os interesses que servem. A corte de serviçais  dos centros de dominação monopolista, de analistas a comentadores, vinda a terreiro para zurzir no documento revela uma curiosa noção de democracia. Ou é como está escrito nas estrelas que assim tem de ser – cortar direitos e salários, empobrecer o povo – ou então é o que se vê.


Olha-se para eles e vêm-nos à cabeça aqueles jogadores de xadrez que, prescindindo há muito de pensarem, e optando por abrir com peão de rei, ao terceiro movimento, já se sentem perdidos porque o guião que lhes mandaram empinar se alterou. Ainda que a analogia peque por exactidão, é como não tendo os peões assegurado a estratégica conquista do centro do tabuleiro, essa falta do “centrão” os deixe num vazio. Não os subestimemos que já por aí se mexem peças para o controlo desse centro.  

21 de outubro de 2017

Os Estados Unidos da Europa

Para o fim de semana recordar Lenine diabolizado por todos os reaccionários e  pela esquerda "faz de contas" !
" Em capitalismo , os Estados Unidos da Europa ou serão utópicos ou reaccionários"escrevia Lenine em 1916

Zangam se as comadres

Ergdogan diz que os EUA não são uma democracia
A crise entre Ankara e Washington tem-se agudizado depois de as autoridades turcas terem prendido dois funcionários consulares dos Estados Unidos, ambos cidadãos turcos. Em maio, um tradutor no consulado na província do sul de Adana foi preso e, há duas semanas, um agente da Drug Enforcement Administration (DEA) foi detido em Istambul.
Ambos são acusados ​​de ligações com o golpe de Estado fracassado do ano passado. A embaixada dos EUA diz que as acusações são infundadas.

Foi dito em 2003

Os defensores do Estado mínimo , da sacralização do défice  e das políticas ditas de austeridade para encherem banqueiros e grandes accionistsas é que deviam pedir desculpa aos portugueses .


Intervenção de Carlos Carvalhas na Comissão Permanente da AR
Quarta, 13 Agosto 2003
Sr. Presidente
Srs. Deputados
Ao iniciarmos  esta intervenção queremos desde já reafirmar os nossos pêsames às famílias das vítimas e a nossa homenagem às populações, à sua luta solidária, bem assim como aos bombeiros, aos autarcas, à GNR e às forças militares.
Anteontem o sr. primeiro-ministro afirmou que os bombeiros têm sido verdadeiros heróis, o que é verdade. Mas queremos aqui recordar que o Projecto de lei que o PCP apresentou reforçando os direitos da Liga dos Bombeiros Portugueses foi chumbado pela maioria. Agora temos boas palavras, mas na altura funcionou a arrogância, o desinteresse e a incompreensão.
Do mesmo modo nos poderíamos referir aos parques florestais para a madeira ardida e as respectivas medidas de apoio aos proprietários, que a maioria chumbou e o primeiro-ministro agora propõe. Mais vale tarde do que nunca...
Durante esta tragédia, que infelizmente ainda decorre, entendemos os apelos do Senhor Presidente da República à unidade nacional como sendo no sentido da convergência de esforços, vontades e energias, com o objectivo de combater os incêndios, prestar socorro às populações, minorar prejuízos, levar uma palavra de conforto às vítimas. Não entendemos as palavras do Senhor Presidente da República nem no sentido da diluição das responsabilidades, nem no sentido da suspensão do direito de crítica e de discordância. Nem aceitamos a treta de outros de que somos todos culpados.
A vastidão e a intensidade dos incêndios deste ano tem causas climatéricas excepcionais, atrasos nas respostas, insensibilidade face aos avisos meteorológicos, descoordenação nos combates, mas tem também outras causas mais distantes e mais próximas.
Há responsabilidades graves que dizem respeito a este Governo e aos sucessivos governos do PSD e do PS, designadamente no protelamento de uma política florestal há muito identificada e aprovada.
Responsabilidades do governo PS nos atrasos sucessivos na implementação da Lei de Bases da Floresta aprovada na base de um projecto do PCP, nos atrasos da concretização dos planos regionais de ordenamento florestal, na instituição do Fundo Financeiro Florestal, no levar à prática a Resolução do Conselho de Ministros de Abril de 1999: o dito Plano Sustentável da Floresta Portuguesa. 
Responsabilidades ainda no desmantelamento dos meios de combate aos fogos da Força Aérea. A privatização, a delegação para os privados, mostrou agora as suas fragilidades e vulnerabilidades. Os privados e a «indústria do fogo» têm interesses próprios, nem sempre coincidentes com o interesse geral.
E sobre tudo isto temos autoridade para  o referir e sublinhar. Por várias vezes aqui chamámos a atenção para os erros que estavam a cometer-se.
Mas há também as responsabilidades graves não só do PSD e da maioria, como deste Governo.
No Outono do ano passado, depois de várias iniciativas (Lousã, Almoçageme,...), afirmámos aqui que era no Inverno que se devia tratar dos incêndios de Verão. Apresentámos nesta Assembleia da República, em 27 de Novembro, uma Resolução sobre a prevenção e combate aos fogos florestais, que foi aprovada por unanimidade. Porque é que não foi levada à prática?
Ao longo do ano alertámos por várias vezes o Governo para a necessidade de dar cumprimento à Resolução e, designadamente, em relação ao reforço dos meios de vigilância neste Verão. E porquê? Porque é que o PCP, tanto na Resolução aprovada na Assembleia da República como noutras intervenções, chamou a atenção com veemência para o reforço da prevenção e vigilância este ano? Porque tínhamos tido um ano muito húmido, o que fazia prever a acumulação de muito silvado e material lenhoso, que seria pólvora sobre pólvora, tornando este Verão particularmente perigoso.
Estes avisos e alertas estão vertidos nos Diários desta Assembleia da República.

Grandes incendios de 2003 e 2005

Fogos florestais - Intervenção de Agostinho Lopes na AR
Balanço da política de combate aos fogos florestais

Sr. Presidente, 
Sr. Deputado Carlos Lopes, 
A sua intervenção vem hoje aqui repetir - diria, até, ampliar - a avaliação que os Srs. Ministros da Agricultura e do Ambiente trouxeram ontem e hoje à Assembleia.
O Sr. Deputado vem, pois, aqui ampliar a propaganda do Governo, procurando transformar o balanço dos fogos florestais em 2006 e 2007 num grande êxito do Governo.
Desta vez, é esquecido o clima, são esquecidos os incendiários e há, apenas, a política do Governo.
Sr. Deputado Carlos Lopes, algumas melhorias no combate aos fogos florestais, aliás implementando propostas e projectos há muito apresentados nesta Assembleia pelo Grupo Parlamentar do PCP, constando inclusive de projectos de resolução aprovados por unanimidade aqui, na Assembleia, são agora transformados no êxito único do actual Governo.
Esquece-se a situação estrutural da floresta, onde, por responsabilidade do problema, questões de ordenamento, de silvicultura preventiva, de limpeza, a situação permanece, para usar uma linguagem florestal, «mato rasteiro».

Grandes fogos de 2004

Está registado senhores comentadores de tudo e de nada .

30.07.2004 Agostinho Lopes

Em conferência de imprensa, a propósito dos fogos florestais que assolam o país, Agostinho Lopes, da Comissão Política do PCP, depois de salientar que «o PCP tem em matéria de incêndios florestais uma reconhecida autoridade política decorrente de uma continuada, coerente e rigorosa intervenção e proposta» responsabilizou a maioria PSD/CDS-PP pela gravidade da situação que atravessamos, em resultado «das suas opções políticas estratégicas» nomeadamente «da sua política orçamental fundamentalista de redução da despesa pública e cumprimento do PEC» e da «sua visão neoliberal do Estado mínimo, de ataque descabelado á função pública e ao seu estatuto, de redução cega do número de funcionários». Na sua declaração, o dirigente do PCP acusou ainda o Governo da maioria de «incompetência e incapacidade na operacionalização e concretização de medidas e legislação, inclusive das que ele próprio ia produzindo em catadupa». Esta conferência de imprensa realizou-se após uma visita à zona ardida da Serra da Arrábida, visita em que participaram também os deputados do PCP Bernardino Soares, António Filipe, Odete Santos e Bruno Dias.
+TEXTO 
 
    
 Bernardino Soares no encerramento
do debate sobre o Programa do Governo 
( 28.07.2004)

No encerramento do debate sobre o Programa do Governo, o líder parlamentar do PCP afirmou ser este «um Governo de continuação, um Governo que sofreu uma remodelação que incluiu o Primeiro-Ministro», com uma herança de dois anos e meio de mandato e a responsabilidade «pelo meio milhão de desempregados, pelas 150 mil pessoas em lista de espera, pela baixa sistemática dos salários, ao mesmo tempo que as 4 maiores instituições bancárias do país aumentaram os seus lucros no primeiro semestre em 12,8%». Bernardino Soares, depois de destacar o facto de nem o Primeiro-ministro nem o Ministro da Defesa terem «dito uma palavra sobre a situação das forças da GNR no Iraque expostas ao urânio empobrecido», abordou a questão dos fogos florestais reafirmando que o PCP tinha razão «quando denunciou no orçamento o corte de 50% no parque da Arrábida» e «quando disse que as medidas do Livro Branco e do relatório desta Assembleia estavam por implantar». +TEXTO
 
   

Para que não se esqueça


Q
Fogos Florestais - Intervenção de Agostinho Lopes na AR (Comissão Permanente)
Quarta, 26 Julho 2006
Relatório da Comissão Eventual para os Fogos Florestais

Sr. Presidente,
Srs. Membros do Governo, 
Srs. Deputados, 
Debatendo- se ou legislando-se nesta Casa sobre a floresta e os incêndios florestais, há sempre uma pergunta que não pode ficar sem resposta: porque é que, depois dos 146 000 ha de área ardida em 1985, dos 126 000 ha em 1989, dos 137 000 ha em 1990, dos 182 000 ha em 1991, dos 170 000 ha em 1995, dos 158 000 ha em 1998, dos 159 000 ha em 1999, dos 160 000 ha em 2000, dos 111 000 ha em 2001 e dos 124 000 ha em 2002, em 2003 atingimos os 426 000 ha e repetimos a dimensão da tragédia em 2005, com 338 000 ha de área percorrida por incêndios florestais?! 
Como é que isto foi possível?! Não há alterações climáticas nem incendiários que respondam a esta questão.
E não é também, certamente, uma fatalidade! Outros, por exemplo os nossos vizinhos da Galiza, reduziram drasticamente o número de incêndios e a área ardida entre 1988 e 1991.
Mas esta é uma pergunta que pode ter outras formulações. Porque é que, até hoje, não foi concretizada a Lei de Bases da Política Florestal, que faz, no dia 17 de Agosto, 10 anos? Porque não foram concretizadas as 17 recomendações e a proposta de resolução desta Assembleia da República aprovada, por unanimidade, a 13 de Março de 2003? Porque não foram levadas à prática as três medidas conjunturais e as restantes 37 medidas propostas no Relatório da Comissão Eventual dos Incêndios Florestais desta Assembleia, aprovado em 31 de Março de 2004?
A resposta é uma questão central da vida desta Assembleia, que é a questão da responsabilidade política, a responsabilidade política das orientações e decisões dos governos deste País e das maiorias que os suportam e a responsabilidade política dos partidos políticos, que nesta Casa afirmam e confrontam a diferença e a semelhança, a convergência e a divergência de projectos políticos, e fazem a avaliação, oposição ou aprovação/suporte das políticas concretas, actos de governação em que os projectos se transformaram.
Não somos todos, não são todos os partidos, responsáveis pelos incêndios florestais! O «todos somos culpados» — e poder-se-ia fazer um rol imenso de quantos, depois de um Verão de fogo, se pronunciam neste sentido — tem grande e boa serventia, porque, se somos todos culpados, então, ninguém é responsável, diluindo-se toda a responsabilidade concreta de quem governou e governa este País e assumiu orientações e políticas agroflorestais e de protecção civil em funções executivas.
(...)
Permitam-me, por exemplo, reverter ao debate que se acabou de travar nesta Câmara hoje mesmo.
Uma das resoluções desta Assembleia recomendava a reposição do efectivo dos guardas florestais. Os governos fizeram exactamente o contrário, porque os 1500 que existiam foram reduzidos a 400, e este Governo prepara-se para acabar com eles.
Quem são os responsáveis por esta situação?
Srs. Deputados, a abstenção do Grupo Parlamentar do PCP na votação global e final do Relatório da Comissão Eventual para os Fogos Florestais, na terça-feira, tem um significado preciso: o nosso acordo geral às 45 recomendações e propostas, para a formulação das quais demos a nossa contribuição, com reparo crítico à ausência ou presença de algumas, nomeadamente a ausência da necessidade de o Orçamento do Estado disponibilizar os meios financeiros para a sua concretização e da intervenção do Estado na regulação do preço da madeira e a presença, como instrumento de política florestal, dos fundos de investimento imobiliário florestal; e o nosso profundo desacordo pela falta no relatório de conclusões políticas. Ainda e sempre a questão da responsabilidade política, nomeadamente a falta de resposta a três quesitos: sobre as causas políticas da dimensão, impactos e consequências dos incêndios florestais do Verão de 2005, sobre as orientações e decisões governamentais, tomadas ou em curso, para atenuar/ debelar os incêndios florestais e sobre as medidas e acções concretizadas pelo actual Governo no período de Outubro de 2005 a Maio de 2006.
O Grupo Parlamentar do PCP tem posições claras: a fundamental responsabilidade política dos governos anteriores, mas também do actual na resposta ao 1.º quesito; o erro da estratégia, a desadequação da maioria das medidas e a insuficiência do esforço financeiro público na resposta ao 2.º quesito; e a insuficiência e desarticulação das medidas e acções no 3.º quesito.
Teria sido oportuno que todos os partidos tivessem respondido, mas o relatório a isso não obrigou.
Julgo que todos estamos conscientes do significado das expressões «É imprescindível», «É imperioso», «É fundamental» e «É necessário» com se iniciam as propostas e recomendações do relatório. 

Todos estamos conscientes do significado político de mais uma resolução desta Assembleia da República que não seja suficientemente concretizada e da responsabilidade política que assumimos.
É a responsabilidade política que esperamos que o Governo e esta Assembleia venham a assumir já no próximo Orçamento do Estado, no tratamento desta matéria


Relembrar


Bombeiros Mortágua 2015-03-13 1
No sábado 14 de Março, os deputados do PCP ao Parlamento Europeu, João Ferreira, Inês Zuber e Miguel Viegas, promoveram em Viseu, no Hotel Durão, uma Audição Pública sobre o tema: «Uma floresta ao serviço do País e do progresso social». 
Inserida nessa actividade, no dia 13 de Março e na manhã do dia 14, Inês Zuber, cumpriu em diversos concelhos do Distrito um programa específico de contactos com entidades ligadas ao sector da floresta. 
Caramulo 2015-03-13

Assim no dia 13 foi recebida na LusoFinsa, em Nelas, unidade industrial que utiliza processos pioneiros de transformação da madeira. No mesmo dia realizou-se uma reunião com os Bombeiros Voluntários de Mortágua, corporação que actua na mais densa mancha de floresta de eucalipto da Península Ibérica. Os contactos de Inês Zuber terminaram, no Caramulo, ouvindo a Associação dos Produtores de Mel da Serra do Caramulo sobre as consequências para o sector melífero dos devastadores incêndios que dizimaram a Serra em 2013.

O dia 14 iniciou-se com a visita de Inês Zuber ao Baldio de Routar, Torredeita, Aí a deputada pode verificar no terreno o trabalho desenvolvido e como as receitas foram e são investidas na melhoria da Floresta, na criação de infra-estruturas de prevenção e combate aos incêndios e numa vastíssima obra de desenvolvimento económico, social e cultural. Na reunião que se seguiu com a Direcção da Balflora, Secretariado dos Baldios do Distrito de Viseu, foram elencados os efeitos da nova lei aprovada pelo Governo PSD/CDS, para a posse e gestão destes terrenos comunitários.
Audição 2015-03-14 3

Da parte da tarde a Audição Pública, presidida por Inês Zuber, contou com a presença de várias dezenas de pessoas. O deputado Miguel Viegas introduziu o debate, salientando a importância da floresta para a nossa economia e o desenvolvimento do País.

Os convidados durante mais de 2 horas relataram, com exemplos vivos, a realidade da agricultura familiar e dos pequenos e médios agricultores. Centradas na problemática da floresta, as intervenções abordaram temas tão diversos como a cartelização da madeira, a eucaliptização, a política de preços, os incêndios, as pragas, o ordenamento do território, o cadastro, os fundos nacionais e europeus de apoio à floresta.

Pelos intervenientes foi sublinhada a falta de capacidade de resposta a todos estes problemas por parte dos sucessivos governos de PS, PSD e CDS, e em particular do Ministério da Agricultura. Foi ainda referida a implementação de políticas que favorecem os grandes proprietários agrícolas e industriais ligados ao sector, bem como a falta de transparência que acompanham muitas das decisões dos governantes.

No encerramento dos debates o deputado João Ferreira fez um balanço da actividade dos deputados na CDU no Parlamento Europeu sobre a Floresta.

Na intervenção final, João Frazão, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, começou por salientar que a floresta portuguesa ocupa 3,1 milhões de hectares (35% do território nacional), mais de 117 mil postos de trabalho directos, representa 1,8% do PIB, e apresenta um saldo da balança comercial positivo de 2,5 mil milhões de euros.

«Não foi e não é por falta de legislação que não há apoios e há atrasos na resolução de problemas sérios da Floresta Portuguesa. O que falta é vontade política de, com os proprietários florestais, com os compartes dos Baldios, com os Conselhos Directivos, com os que intervêm no sector, apoiar e financiar uma política florestal.», sublinhou o dirigente do PCP.

Também neste sector, disse a concluir João Frazão, é necessária uma ruptura com as políticas seguidas pelos Governos nos últimos 38 anos. O PCP tem propostas para uma estratégia florestal. Propostas essas que deverão estar no centro de um debate plural e aberto com todos os democratas e patriotas empenhados nessa ruptura e na construção de uma política patriótica e de esquerda que o PCP defende e propõe para Portugal.

Viseu, 16/03/2015

Mário Viegas

Para o fim de semana :

"Perguntas de um operário letrado" dito por Mário Viegas" no YouTube





https://youtu.be/w9YqrGydZbQ

Brecht

Bertolt Brecht - "Perguntas de um operário letrado" dito por Mário ...

https://www.youtube.com/watch?v=w9YqrGydZbQ
30/12/2011 - Carregado por DoTempoDosSonhos
Piano-José Calvário e José Luis Tinoco Viola acústica e direcção musical-José Niza Pintura de Victor ...

20 de outubro de 2017

Contradições e limitações do império – 4

Como afirmou Marx nenhum povo pode ser livre se o seu país oprimir outros povos. É o que acontece com nos EUA, que se evidencia como um Estado policial.
Os cidadãos tornaram-se súbditos, um indicador do colapso social. Escreveu Paul Craig Roberts.  As punições recaem mais pesadamente sobre os inocentes, os jovens e os pobres do que sobre os banqueiros fraudulentos (banksters) que vivem dos subsídios da Federal Reserve, o “quantitative easing”. Mães solteiras abandonadas e deprimidas são presas por uso de drogas. seus filhos apreendidos por uma Gestapo, a Child Protective Services e acabam num orfanato, onde muitos são abusados. (http://www.informationclearinghouse.info/article37258.htm)
Na América de hoje, a lei serve os poderosos, não a justiça. Com efeito, aqui não há lei e não há justiça. Só poder arbitrário. Nos EUA de hoje, o poder do dinheiro domina. Nada mais figura na equação. http://resistir.info/eua/roberts_24out12.html
A dissidência política é criminalizada. Um estudante Massachusetts, foi preso e acusado pos atos 'terroristas', simplesmente por ter colocado letras das músicas no Facebook, que referiam os tiroteios de Boston. Ele enfrenta 20 anos na prisão. Uma série de processos semelhantes ocorrem através do país com processos que anulam o direito constitucional de liberdade de expressão política. (Tom CARTER )
Participantes da Occupy Wall Street e de manifestações anti-NATO foram acusados como sendo "terroristas". Ao abrigo das leis contra o 'terrorismo' comandos, fortemente armados tomaram casas levando todo o material ou literatura antigovernamental ou “anarquista”. http://www.legrandsoir.info/la-criminalisation-de-la-dissidence-politique-aux-etats-unis.html
“Nos EUA a resposta policial a livre expressão é a força bruta esqueçam tudo o que lhestiverem dito sobre livre expressão nos EUA. É tudo mentira. (John W. Whitehead)
Para aplicar o Patriot Act,, o Estado Federal criou um novo departamento, a segurança interna (Homeland Security). a "Segurança Nacional", falsa uma designação que para espiar 315 milhões de cidadãos, segundo o Washington Post, empregou em 2010 pelo menos 850 000 novos funcionários. http://www.voltairenet.org/article193182.html

E não se diga que são coisas do Trump, pois tudo isto é já do tempo do Bush e do Obama. Políticos vêm e vão, a oligarquia essa comanda, e os media mascaram tudo isto de democracia...