A propaganda do "way of life” dos EUA que o império e seus apaniguados procuram tornar global não passa de uma refinada e hipócrita mistificação.
Mais de 100 milhões de
habitantes dos EUA vivem no limiar da pobreza; 46 milhões
vivem na pobreza, dos quais 14 milhões de crianças. Os baixos
salários forçam 52 por cento dos trabalhadores das cadeias de comida rápida nos EUA a recorrerem à assistência
pública. Não esqueçamos que estes baixos salários representam aumento de lucros
para a oligarquia e perdas para o Estado por via dos impostos e aumento dos
custos sociais, que são materiais e imateriais.
Diariamente
são encarceradas 50 000 menores; por ano morrem 1 297 crianças por
ferimentos com armas de fogo; 20 milhões de crianças recebem ajuda alimentar.
Quanto à mortalidade infantil os EUA ocupam o 20º lugar em 35 países da OCDE e
quanto à pobreza infantil o 29º lugar.
Segundo
estimativa do National Runaway Switchboard o número de jovens fugitivos,
desaparecidos ou sem abrigo poderia atingir os 2,8 milhões.
Há
44,2 milhões de jovens com dívidas estudantis, cujo valor astronómico
ultrapassa 1,4 milhões de milhões de dólares. https://studentloanhero.com/student-loan-debt-statistics/
Quase um terço da população não tem instrução ou é escassamente instruída, número que cresce
2 milhões por ano, escreve Chris Hedges em America the
Illiterate.
O 1% dos mais
ricos confiscou 95% do crescimento económico a seguir a crise, após 2009,
enquanto que 90% empobreceu. Nos últimos 5 anos o 1% mais rico ganhou pelo
menos 6,1 milhões de milhões dedólares. (3 Shocking Ways Inequality Keeps Getting Worse in
America, Paul Buchheit)
O governo dos EUA enterra
centenas de milhares de milhões dedólares em programas militares, ao mesmo
tempo que corta na assistência social á pobreza, aos que não têm habitação,
cuidados de saúde, escolas, ou alimentação. A solução da oligarquia e do
Congresso ao seu serviço perante a abissal dívida do Estado é: vão buscar aos
pobres.
Congress'
Solution: Take from the Poor, AndreDamon.
Os
EUA são na realidade uma sociedade disfuncional. Um conceito distorcido de
liberdade – que cessa à porta das empresas e nos media – baseado no
individualismo e na alienação, cortou os laços sociais designadamente no
trabalho ao atacar o sindicalismo, desconstruindo a natureza gregária do ser humano.
Os massacres que se repetem, as centenas de cidadãos mortos anualmente pela
polícia, os 2 milhões de presos, os 6,8 milhões de "convicted felons", os 60 000 mortos por overdose em 2016 (numero
que aumenta que nem as séries já escondem é profundamente destrutivo.
Eis
o que o capitalismo tem para oferecer aos povos e que indiferente à vontade dos
cidadãos se quer aprofundar até ao limite na UE.
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