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30 de junho de 2020

Pós Pandemia


https://thenextrecession.wordpress.com/2020/06/29/deficits-debt-and-deflation-after-the-pandemic/
Michael Roberts Blog

Déficits, dívidas e deflação após a pandemia


O grande bloqueio imposto pela pandemia do COVID-19 levou governos em todo o mundo a aplicar extensos programas de resgate e estímulo fiscal. Em média, essas medidas de suplementos salariais, pagamentos por licença, empréstimos e doações a empresas; e gastos emergenciais em saúde e outros serviços públicos, foram pagos por gastos extras do governo, equivalentes a uma média de cerca de 5 a 6% do PIB, com um valor semelhante além das garantias de empréstimos e outros apoios de crédito para bancos e empresas. Isso é pelo menos duas vezes maior que os pacotes de estímulo e resgate fiscal e monetário entregues durante a Grande Recessão de 2008-9.

28 de junho de 2020

As vigarices do sistema financeiro

Cuidado quando a confiança reina


Original e françês  publicado em baixo 
Cegueira, cegueira ou apenas olhando para o outro lado? o caso Wirecard, que sacode a Alemanha das finanças, agora é qualificado pelo presidente do órgão regulador, o BaFin, como um "desastre total", mas teremos que explicar como se chegou lá e como é que esse golpe poderia passar despercebido.
Esta jóia mimada da nova economia foi finalmente arrebatada e teve de declarar falência, mas levou algum tempo desde os primeiros alertas do Financial Times no início de 2019. 1,9 bilhão de euros foram desapareceu pura e simplesmente (porque nunca existiram) e 3,5 bilhões de reivindicações provavelmente farão o mesmo. Ninguém se orgulha de estar entre os perdedores, mas sabemos que os bancos franceses BNP Paribas, Crédit Mutuel, Société Générale e Crédit Agricole estão nas fileiras. Nesse sistema financeiro interconectado - diz-se que é sistêmico a partir de agora - sempre há vencedores e perdedores, os primeiros se gabam disso, os outros ficam calados.  
Estes últimos foram vítimas notáveis ​​de um desses acordos financeiros de que tanto gostam, aos bons cuidados do Credit Suisse. Após uma parceria com a Wirecard, o japonês SoftBank investiu 900 milhões de euros na empresa na forma de ações conversíveis, que agora não valem nada. Mas estes foram imediatamente vendidos, em particular aos fundos de pensão do BNP Paribas e do Crédit Mutuel, segundo o Wall Street Journal. Boas finanças e nada ilegal, mas parece furiosamente o jogo da batata quente, esse investimento ocorrido após o alerta ter sido dado! Quanto ao Crédit Agricole, ele participou de um pool bancário que abriu um crédito rotativo para o Wirecard de 1,75 bilhões de euros, segundo Agefi. 
Identificar um fabricante de lâmpadas não será suficiente neste momento. Todos são responsáveis ​​e culpados, o regulador, os auditores e as agências de classificação, bem como os analistas financeiros! Quando essa coleção é montada, é porque o sistema financeiro como tal está em questão, desta vez da Alemanha.
Que o regulador e as agências de notificação tenham sido enganados, isso dificilmente pode surpreender, mas esses guardas do templo, que são analistas financeiros, não relataram nada. É explicado que a profissão não é mais o que costumava ser, que suas fileiras são escassas desde que seus serviços são pagos e que seria necessário ter capacidades de investigação que não precisam detectar. tal engano que, além disso, ocorreu nas Filipinas. A verdade era muito perturbadora.

LOS MILLONARIOS VUELVEN CON LA MASCARADA DEL «CAPITALISMO CON ROSTRO HUMANO»
Por Franco Vielma, sociólogo investigador 

Indiscutiblemente, uno de los ámbitos en los que la pandemia Covid-19 está remodelando el mundo es el económico. Es este quizá el mayor nudo crítico que deja la crisis sanitaria y sus formas de “normalidad” como factor que acompañará a las subsecuentes crisis de gobernanza en todo el mundo.
El escenario al corto plazo sigue siendo incierto. En abril pasado y antes de que la crisis escalara a los niveles actuales con más de 9 millones de contagios confirmados en el mundo, la Organización Mundial del Comercio (OMC) estableció la previsión de que el comercio mundial retrocediera entre un 13 y un 32% en 2020.
Para el momento, la organización refirió que la crisis sería superior a la de 2008 y 2009, pero que recuperaría su ritmo en 2021.
Sin embargo, la nueva “normalidad” económica mundial impuesta por la pandemia tiene el concomitante de que cada vez las previsiones están más en desfase acorde al desarrollo de los eventos. Ya la previsión de una recuperación económica similar a los niveles previos a la pandemia ha quedado atrás y en el año 2021 la economía global seguirá lidiando los espasmos de esta coyuntura.
Un informe del Centro de Comercio Internacional (ITC, por sus siglas en inglés) titulado “Perspectivas de la competitividad” ha presentado una evaluación del impacto de la pandemia en el comercio mundial en 2020, incluidas las pequeñas y medianas empresas. Acorde al estudio, la economía mundial perdió al menos unos 126 mil millones de dólares en 2020 debido a la interrupción global de las cadenas de suministro en EEUU, la UE y China a causa del virus.
Esto ha tenido lugar luego de las interrupciones parciales y temporales en las cadenas de valor en dichos países a causa de las restricciones por cuarentenas. El ITC destaca que “en conjunto, esos países representan el 63% de las importaciones mundiales y el 64% de las exportaciones de las cadenas de producción y venta”.

Los problemas con la producción y el suministro de bienes también afectaron negativamente a los países en desarrollo, especialmente a los exportadores de materias primas en África, Latinoamérica y el Sudeste Asiático. Es sabido el impacto que la crisis ha tenido en el sector energético que, aunque se encuentra en una etapa de estabilidad por el momento, no queda exento a las contradicciones de la turbulencia económica en vigor.
Adicionalmente, el impacto de la crisis según el ITC está afectando a los más pequeños del espectro económico mundial. Señalan que en los primeros meses, más del 55% de todas las pequeñas y medianas empresas se vieron gravemente afectadas por la pandemia. Dos tercios de las micro y pequeñas empresas reconocen que la crisis afectó fuertemente sus operaciones comerciales, mientras solo el 40% de las empresas más grandes han señalado verse afectadas.Quedan expuestas con ello las asimetrías persistentes en el sistema económico.
“El Gran Reinicio” y la nueva estrategia de reacomodo del gran capital
El Foro Económico Mundial de Davos, Suiza, prevé organizar su cumbre de 2021 acorde a una premisa que han denominado “The Great Reset” o “El Gran Reinicio”, donde desarrollarán las nuevas directrices sobrevenidas por la pandemia y el estado de la economía mundial.
Klaus Schwab, fundador y presidente ejecutivo del Foro Económico Mundial, ha dejado claras las líneas que van a caracterizar a este reformado sistema económico, basado en “construir de manera conjunta y urgente las bases de nuestro sistema económico y social para un futuro más justo, sostenible y resistente”.
La orientación “progresista” de Davos en 2021 no es una novedad, si se sopesa desde el engranaje del “capitalismo verde” y los paradigmas de sostenibilidad y equidad que han caracterizado a las formas políticas socialdemócratas, especialmente en Europa, en las últimas décadas. Formas de organización económica que, debemos entender, han sido reformulaciones del “rostro humano” del capitalismo y sus mecanismos para rentabilizarlo política y económicamente.

O novo D. Dinis deve continuar confinado


TRÊS ANOS DEPOIS
Agostinho Lopes
«Estas circunstâncias justificam que, três anos após 2017, o País não se possa sentir ainda satisfeito pelo muito quanto foi feito, mas antes que se concentre, com considerável e avisada humildade, no muito que está ainda por fazer» Observatório Técnico Independente (OTI)/«Nota Informativa 2/2020 – Três anos após Pedrogão: onde estamos e onde queremos chegar?» 09JUN20.

As sábias e contidas palavras do Relatório do OTI têm pouco a ver com a gabarolice bacoca do MAI sobre a redução de ignições e área ardida e com a pesporrência do MAAC, que na reacção à Nota do OTI afirma: «não faz sentido fazer projecções especulativas» e «cá estaremos em Outubro e Novembro a fazer, com a mesma transparência, o balanço de 2020» (1). 
Outros o disseram depois de 2003. E depois de 2005! E até depois de Monchique em 2018 e de Vila do Rei/Mação em 2019! Aliás, como o fizeram depois de Pedrogão e Beiras em 2017! Balanços de gente morta e devastação económica. Há quem nunca aprenda!
Mais uma vez se tentam enganar e enganar o País com as médias estatísticas convenientes! Torçam os números, torçam que eles confessarão a mentira adequada! Bastaria um incêndio como o de Monchique, em 2018, depois de Pedrogão e Beiras, em 2017, para haver pudor em contar historietas estatísticas... com ignições, área ardida e comparações de períodos temporais que dêem jeito…

Podiam e deviam fazer o balanço sério que se impunha, mas não. Mais uma vez a mentira e a propaganda de milhões e manipulações estatísticas para ocultar o que não fizeram, os atrasos existentes, e a decisão de não responderem a questões cruciais da problemática florestal e dos incêndios florestais. Mais uma vez a tentativa de transferir responsabilidades e atribuir culpas sobre a matéria.
Ninguém, de boa fé, julga possível ou acredita que em três anos fosse possível (des)fazer, corrigir, na floresta portuguesa o que a política de direita do PS, PSD e CDS lhe fez em décadas. Coisa bem diferente seria avaliar com rigor os caminhos desencadeados após Pedrogão de 2017 e o estado das promessas feitas. Era o que se exigia. E não as lérias do costume com os resultados do costume, anos após anos de incêndios catastróficos. Que é o que está em marcha.    
O pobre do cadastro, mesmo na sua versão simplificada, arrasta-se, acabando agora, ao que parece e aparece no Programa de Estabilização Económica e Social RCM n.º 41/2020, por ser transferido para os municípios financiado pelo FSE (Fundo Social Europeu)! O mesmo para «Faixas de Interrupção de Combustíveis (FIC)» e «mosaicos de gestão de combustível», agora misturadas com a «mobilidade sustentável» num programa de 40 milhões de euros, suportados pelo (reforço) do Fundo Ambiental. O que é que disto está dotado no Orçamento Suplementar, não se sabe. Como é que obras essenciais de defesa e prevenção estrutural da floresta aparecem como adjacências da estabilização económica e social pós-Covid é um mistério! O Covid 19 é mesmo pau para toda a colher... Das faixas de gestão de combustível primárias da responsabilidade do Estado é que não há balanço! Do programa de «fogo controlado» também não. O problema do mercado e preços do material lenhoso, não é com o Governo! Da «maior revolução que a floresta conheceu desde os tempos de D. Dinis» (2) também nada se sabe. Nem sequer por que razão tendo havido decisões orçamentais e compromissos políticos solenes (em 2017, 2018, 2019) de se atingirem as 500 equipas de sapadores florestais (ESF) até 2020, ainda estamos, no balanço do DCIR/DON 02/2020, nas 375 (330 mais 45 integradas em 16 brigadas) (3). Ou, o que é feito da também decidida recomposição do corpo de Guardas Florestais? 

Um dia destes alguém vai dizer mais uma vez que o «Estado falhou». Só nunca falha com o Novo Banco (e a banca em geral!). Aí nunca falham os «centenos» com centenas de milhões. Aí nunca atiram a responsabilidade para cima de quem manda e gere, os «proprietários» do banco.

(1) Conferência de Imprensa de 16JUN20 do MAI Eduardo Cabrita e do Ministro do Ambiente e Acção Climática Matos Fernandes na apresentação do PNGIFR (Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais).

(2) O novo D. Dinis (o ex-Ministro Capoulas Santos) foi apeado, mas que se saiba a sua «obra legislativa» não. 

(3) Pode haver aqui algum lapso na contagem exacta das ESF, porque há lapsos na matéria nos documentos oficiais, mas tal não altera a reflexão feita.   

25 de junho de 2020

A nova e obscura normalidade laboral


https://www.pagina12.com.ar/274178-la-nueva-y-oscura-normalidad-laboral
Javier Lewkowicz

A pandemia gerou maior flexibilidade no emprego e perda de direitos dos trabalhadores. O debate sobre o bónus de Natal.

"O imposto sobre grandes fortunas está diminuindo", reclamou Yasky, um dos participantes.

"De fato, existe uma flexibilidade trabalho e, em nome da pandemia, há setores concentrados que se aproveitam para violar direitos", foi uma das conclusões que o encontro virtual entre representantes do CTA e da CGT com seus pares da Espanha lançou. Existem setores do sindicato que entendem que o andamento das coisas, a saída da pandemia ou o "novo normal" visa aprofundar a pressão das grandes empresas para aumentar a produtividade, reduzindo as condições de trabalho, em vez de estabelecer novos valores melhor convivência social e reavaliação do papel dos trabalhadores e do Estado. Eles analisam que, em um contexto de desmobilização da força de trabalho, existe uma profunda crise para a qual o capital precisa recompor sua taxa de lucro.

A Santa Banca e o Regulador

Carlos Costa o dito independente governador do BP , fiel servidor dos ditames de BCE e de Bruxelas e ligado, com grandes responsabilidades , a decisões ruinosas para o sistema financeiro português e à dependência do nosso país

1) "As medidas dos reguladores para os bancos
O BCE e o Banco de Portugal têm adotado várias medidas para apoiar o setor financeiro, seja flexibilizando os requisitos de capital ou as recomendações macroprudenciais."
Injecções de liquidez  e fechar os olhos às exigências de de capital. Depois venham se queixar.
O Unico banco que o governo português deve apoiar é a Caixa. Os outros são estrangeiros os seus governos que os apoiem.
Faria de Oliveira ganha bem , mas isso não lhe dá razão para se intitular Presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Associação estrangeira.!

2) Retirada de apoios brusca pode atacar estabilidade financeiraOs desafios da pandemia são grandes e, por isso, o banco central, no seu relatório de estabilidade financeira, deixa o alerta de que as medidas de apoio devem ser retiradas com cautela. Por outras palavras , preparar a opinião publica para se continuar a privilegiar a banca

3)Rui Fontes, que foi diretor de risco do BES entre 2012 e agosto de 2014, e que assumiu as mesmas funções no Novo Banco, foi convidado em 2016 pelo Banco de Portugal para assumir as funções de administrador do Novo Banco, com o pelouro do risco, informava  ontem o jornal Público.

De acordo com o jornal, Rui Fontes foi nomeado diretor do departamento de risco do BES, onde esteve entre 2012 e agosto de 2014, já depois da resolução, pela equipa de Ricardo Salgado...Tudo boa gente
"O departamento é responsável pela avaliação de riscos de crédito. Depois da venda do Banco ao Fundo Lone Star foram descobertas imparidades adicionais."Pequena coisa que o Governador e a sua equipe de técnicos pagos a peso de ouro não viram. A direita exigiu que se conhecessem  os grandes devedores à Caixa , mas não exige que se saiba quem são os do Novo Banco. As ditas imparidades , popularmente conhecidas por calotes e na linguagem mais polida da contabilidade por "devedores de cobrança duvidosa "!!!
A ficção do Fundo de Resolução agravou o saldo negativo para 7 mil milhões de euros no ano passado, refletindo as injeções no Novo Banco. Mas que grande pandemia ....

22 de junho de 2020

Mais Valia Relativa

Original
https://rolandoastarita.blog/2020/06/16/plusvalia-relativa-en-eeuu/

Rolando Astarita   é professor de economia na Universidade de Buenos Aires. 

Uma conseqüência da tese da estagnação crónica é a tendência a subestimar ou ignorar o papel da mais-valia relativa em sustentar ou aumentar a exploração do trabalho (e, portanto, na lucratividade do capital). Nesta entrada, reviso brevemente a teoria de Marx da mais-valia relativa; Apresento então a evolução da produtividade e dos salários nos Estados Unidos nas últimas sete décadas; E termino com algumas conclusões.
Ganho de capital relativo
A mais-valia relativa é explicada por Marx no capítulo X do volume 1 do  capital . É o resultado de inovação tecnológica em busca de ganhos de capital extraordinários. A sequência é: a) um capitalista inovador obtém uma mais-valia extraordinária aumentando a produtividade, ou seja, diminuindo o custo de produção; b) pressionadas pela concorrência, as demais empresas adotam a nova tecnologia (ou desaparecem); c) à medida que a nova tecnologia se torna geral, o valor da mercadoria diminui; se o último entrar, direta ou indiretamente, na cesta de salários, a mais-valia (e a parcela da mais-valia) aumentará, enquanto o trabalhador continuar recebendo a mesma cesta de mercadorias.
Para ver isso, suponha que os trabalhadores que executam tarefas simples gerem US $ 60 em valor por dia, dos quais US $ 30 são salário (o que permite a aquisição de uma cesta salarial específica) e US $ 30 em excesso. A taxa de mais-valia é, logicamente, 100%. Agora, suponha que, como resultado de uma melhoria tecnológica, a mercadoria X, que faz parte da cesta salarial, se torne mais barata. Consequentemente, suponha que o preço da cesta salarial caia 2%, de US $ 30 para US $ 29,4. Se o capitalista reduz o salário nominal em 2%, o ganho de capital passa de US $ 30 para US $ 30,6 e a taxa de ganho de capital de 100% para 104%.
Em outras palavras, a  exploração aumenta com salários reais constantes . Se, por outro lado, o salário nominal permanece constante, o salário real aumenta e a taxa de mais-valor permanece constante. Obviamente, pode haver casos intermediários. Por exemplo, se no nosso exemplo o salário nominal caísse apenas 1%, o salário real aumentaria e também a mais-valia. Por esse motivo, em  Salário, Preço e Lucro,  Marx contemplou a possibilidade de que a resistência dos trabalhadores à queda relativa dos salários pudesse resultar em uma participação "na maior produtividade de seu próprio trabalho e em manter uma posição na escala social correspondente com a qual anteriormente ocupado ".

Bricolage

(...)
A mesma tentação de bricolage prevalece em outras áreas onde é a única opção disponível. Vamos citar para registrar o regulamento financeiro, que recentemente relaxou e ignorou a banca sombra. Assim como a reconfiguração da globalização, que se resumirá essencialmente à sua fragmentação, além de algumas áreas emblemáticas da atividade. E vamos à eterna questão do endividamento e ao método que o torna sustentável, apesar de tudo.
Sabemos que os bancos centrais estão realizando uma nova missão bem-sucedida no combate à inflação, contendo taxas de títulos para permitir que a dívida seja rolada em favor de uma taxa preferencial. É mais discreta do que as medidas iconoclastas de criação monetária que abundam, prestando mais ou menos o mesmo serviço, porque a dívida se torna quase perpétua.
A Europa está, como vimos, seriamente abalada e ameaçada de desmantelamento, o que dá aos nossos entusiastas do bricolage outra oportunidade de brilhar. Presos entre esse risco e a continuação de sua construção que o evacuaria, eles se mostram incapazes de se engajar no último e se contentam com a falta de melhores pedaços de barbante. O momento "hamiltoniano" (*) do acordo franco-alemão sobre um plano de recuperação está se esvaindo, dificilmente permitiu respirar aliviado. A União Européia continuará cahin-caha, seus líderes não tendo escolha a não ser encontrar um compromisso marcado pelo provisório, adotando um plano de recuperação mal adaptado. Para que seja dado um passo decisivo, os recursos próprios da Comissão terão que saltar adiante, ainda não estão lá.
O pragmatismo, por padrão, é a nova religião em voga, cujo princípio fundamental é "amanhã será outro dia".

( *) Nomeado em homenagem a Alexander Hamilton, o secretário do Tesouro que reuniu as dívidas dos estados americanos em 1790 após a Guerra da Independência.

Noticias " Frescas "

1)Boa descoberta :

António Seladas: “Houve uma confiança excessiva nos mercados”O antigo diretor de “research” do Millennium IB acredita que o mercado acionista norte-americano está sobreavaliado e não está a descontar qualquer notícia negativa na economia.

2) Quem diria 
O presidente executivo da EDP, António Mexia, e o presidente executivo da EDP Renováveis, João Manso Neto, são suspeitos de terem corrompido, em conjunto, um ministro, um secretário de Estado, um assessor governamental e um director-geral.
Os dois responsáveis são suspeitos também de terem corrompido João Conceição, antigo assessor do então ministro da Economia Manuel Pinho e que desde 2009 faz parte da comissão executiva da Redes Energéticas Nacionais (REN).
3) Malparado vai superar o da crise anterior.
A Bain defende que vem aí um “tsunami”
 A que há que juntar o anterior e a dívida privada. Negócios
Conclusão : preparar o terreno para mais dinheiro para a banca


malparado provocado pelo impacto da pandemia na economia global.

21 de junho de 2020

O lucro corrompe a ciência

Original em inglês .Michel Chossudovsky
Em francês
Le Guardian a révélé le scandale de l’étude sur l’hydroxychloroquine qui avait pour but de bloquer la HCQ comme remède à la COVID-19. « Des dizaines d’articles scientifiques co-rédigés par le directeur général de la société technologique américaine à l’origine du scandale de l’étude sur l’hydroxychloroquine de Lancet sont maintenant en cours d’audit, dont un qui, selon un expert en intégrité scientifique, contient des images qui semblent avoir été manipulées numériquement. L’audit fait suite à une enquête du Guardian qui a révélé que la société, Surgisphere, a utilisé des données suspectes dans des études scientifiques majeures qui ont été publiées puis rétractées par des revues médicales de premier plan, dont le Lancet et le New England Journal of Medicine. ….
Selon The Lancet:
… plusieurs inquiétudes ont été soulevées quant à la véracité des données et des analyses effectuées par Surgisphere Corporation et son fondateur et notre co-auteur, Sapan Desai, dans notre publication. Nous avons lancé un examen par les pairs de Surgisphere par une tierce partie indépendante … Nos examinateurs n’ont donc pas été en mesure de mener un examen par les pairs indépendant et privé et nous ont donc notifié leur retrait du processus d’examen par les pairs.
L’étude était apparemment basée sur une analyse des données de 96 032 patients hospitalisés avec la COVID-19 entre le 20 décembre 2019 et le 14 avril 2020 dans 671 hôpitaux du monde entier. Selon le Guardian, la base de données était fausse.
« Je suis vraiment désolé »
Le Dr Sapan Desai, PDG de Surgishpere, n’était pas responsable de l’étude. L’auteur principal était le professeur Mandeep Mehra de la Harvard Medical School : « Je n’ai pas fait assez pour m’assurer que la source de données était appropriée pour cette utilisation. Pour cela, et pour toutes les perturbations – directes et indirectes – je suis vraiment désolé ». Le PDG, le Dr Sapan Desai, a pris le blâme. Qui était derrière lui ?
L’arnaque scientifique de Surgisphere. Qui était derrière ? Qui a « commandé » ce rapport ?
Sans aucun doute, l’industrie pharmaceutique et le groupe de pression pour les vaccins étaient derrière cette initiative. The Lancet reconnaît que l’étude a été financée par la chaire William Harvey de médecine cardiovasculaire avancée du Brigham and Women’s Hospital, dont le titulaire est le Dr Mandeep Mehra.

No grande capital não se toca nem com uma flor

Com uma formula, embora, mais inteligente que Faria de Olveira , Artur Santos Silva lá vem defender a dama da banca..."espanhola". Mas tem razão , o imposto não devia ser só para a banca
"Na Conversa Capital, espaço de entrevista conjunto do Negócios e Antena 1, o presidente honorário do BPI e curador da Fundação La Caixa, defende que a solidariedade deve ser pedida às grandes empresas e não só aos bancos que vão ser o "primeiro sofredor" da crise." mas também são os que mais  têm recebido do BCE e indirectamente e directamente dos nossos impostos

Lembra que "é a terceira vez que há um imposto dirigido para os bancos" e que faria mais sentido ir buscar receita às grandes empresas, mediante critérios a definir e que poderiam passar pela dimensão do capital ou dos lucros."

19 de junho de 2020


Da dívida quase perpétua

"Banca nacional agarra 13 mil milhões do BCE"

A necessidade de reforçar o capital ou as condições favoráveis do financiamento do BCE levaram os bancos europeus a irem buscar 1,3 biliões de euros na mais recente operação conhecida como TLTRO III. Deste total, cerca de 1% terão ficado do lado da banca nacional, diz o "Negócios " . Mas qual nacional se esta  é quase toda estrangeira.
"Um sistema parasitário.
(...) " A Bolsa de Valores é uma loteria armadilhada, onde os vencedores são os investidores" informados "e os perdedores, os que não são. O resultado são avaliações da bolsa de valores baseadas em areia, não relacionadas à Desempenho econômico esperado: isso não é exclusivo para todo o sistema financeiro hoje?
Os " hedge founds " que encontraram alguns problemas têm a esperança de recuperar a sua saúde com o levantamento da proibição de venda a descoberto promulgada em grande parte da Europa. Isso lhes permitiu apostar imediatamente na queda de " patos coxos", especialmente nos setores de transporte aéreo e automotivo, quando os governos apoiaram esses setores para evitar falências. Os fundos de hedge não são os únicos envolvidos, no entanto, porque eles não poderiam prosseguir com suas especulações se não encontrassem os titulares dos ativos sujeitos às suas apostas que os emprestassem para financiamento. Fundos de investimento como BlackRock e State Street não se importam, seus empréstimos lhes permitem levantar bilhões de dólares a cada ano. A venda a descoberto é uma aposta baseada no colapso económico, a ilustração bem-sucedida da natureza parasitária do sistema financeiro. Seus ferozes defensores o justificam, explicando que eles escolhem aqueles que são condenados como alvos, empreendedores de todo tipo. Não podemos dizer melhor.
Mas a venda a descoberto não é mais o que costumava ser. O comércio de alta frequência que cresceu em força nas bolsas de valores está estragando o comércio. Nunca curto, os financiadores dão-lhe um papel positivo, alegando que promove "liquidez". Sobre o que é isso ? facilitar as compras e vendas de ativos no mercado, encontrando sempre uma contraparte (vendedor ou comprador), ou seja, para alimentar especulações financeiras.
Também aprendemos que os bancos franceses gostariam de descarregar seus créditos garantidos pelo Estado securitizando-os, desde que encontrassem compradores (porque essas reivindicações perderiam sua garantia). No entanto, seu risco é muito limitado para os bancos e esses créditos não lhes custam quase nada em patrimônio. O motivo é que eles antecipam um boom nas falências corporativas, bem como perdas em créditos concedidos anteriormente, e buscam desenvolver um mecanismo para se proteger, reativando a securitização que é em baixa água..."L.C Décodages

A economia neo liberal

Francisco Muñoz Gutiérrez

O primeiro que no século 20 disse na Espanha que a justiça é uma piada foi um prefeito de Cádiz que decretou três sentenças. No entanto, neste ponto do século XXI, o que é verdadeiramente paradoxal talvez seja que ninguém ainda tenha dito que a economia está brincando, apesar da proliferação de crises e bolhas. Por quê?
Não é uma piada cínica que liberais, neoliberais e conservadores - supostos inimigos teóricos do estado intervencionista - defendam constantemente o forte intervencionismo estatal sempre em favor das pessoas mais ricas e poderosas; por exemplo, o resgate bancário de Rajoy, ou a expansão quantitativa do BCE, além de uma tributação florida de privilégios?
E não é menos macabro que, ao mesmo tempo, imponham austerridade ao resto dos mortais, invocando a ortodoxia económica da dívida, a privatização de recursos públicos e a insegurança no emprego?
Sem dúvida, as semelhanças entre a economia convencional e a história de Christian Andersen Keiserens nye Klaeder (O rei nu) são enormes de acordo com os fatos objetivos. É por esse motivo que hoje em dia, poucas dúvidas podem ser consideradas "a economia" como um projeto de natureza política e não econômica (1). Um projeto cujo objetivo principal é desenvolver um programa de destruição sistemática de toda racionalidade coletiva em favor de um tipo de "racionalidade instrumental egocêntrica" ​​ou "racionalidade individualista" (2), cujo único axioma doutrinário estabelece a lei do lucro privado acima de todas as coisas; seja investimento, produção, emprego, saúde e até o próprio equilíbrio ambiental do planeta.

18 de junho de 2020

Pandemia logistica




Cada crisis -ya sea económica, política o sanitaria- agrava y hace visibles las estructuras, las lógicas profundas y las contradicciones de una sociedad dada. En la que estamos viviendo, la logística se está afirmando una vez más como ámbito estratégico y como talón de Aquiles de la economía globalizada. Desde los trabajadores de los almacenes catapultados a la primera línea a las cadenas de suministro globales que difunden el virus, desde los aviones de carga que transportan mascarillas desde China a los escándalos sanitarios en los almacenes, el sector de la logística asume alternativamente la imagen del salvador y del culpable. Con el objetivo de identificar líneas de análisis y perspectivas de intervención política, a mediados de marzo se inició una investigación colectiva, mediante la creación de un Grupo de Investigación Logística (Groupe d’Enquête Logistique, G.E.L). Este texto es la primera síntesis de un trabajo colectivo todavía en curso.
Pandemia just in time
Más que nunca, la actual crisis sanitaria pone en evidencia la logistización del mundo. La pandemia sigue la ruta del comercio mundial y forma parte de una generación de virus cuya nocividad no se debe tanto a nuevas formas biológicas como a modalidades aceleradas de transmisión y circulación. Viajando en seres vivos u objetos, en camiones, autobuses, aviones o cargueros, en los mercados, en los aeropuertos y en las metrópolis, la Covid-19 se introduce en cada poro (y puerto) de las economías globalizadas. Confiriendo a las infraestructuras del capitalismo una impronta viral, exacerba y hace visible su carácter nocivo.

O BCE e a Banca


Encaminhar para dívida quase perpétua


Após a dívida pública, o BCE está mais uma vez a mostrar as suas melhores intenções em relação ao sistema bancário. Uma terceira iniciativa, estimada em 1.000 bilhões de euros em empréstimos, chamada TLTRO III, será destinada á banca sob o pretexto de aumentar o crédito bancário para empresas e indivíduos. Na realidade, o objetivo é bem diferente.
As motivações dadas pelo banco central aos seus vários programas definitivamente não devem ser tomadas pelos seus títulos. Recentemente, Le Monde publicou uma entrevista com Fabio Panetta, um de seus governadores, que teve o grande cuidado de combinar suas tentativas de aumentar a taxa de inflação com todas as suas decisões, a fim de permanecer dentro da estrutura de sua missão. . Na realidade, o principal objetivo de suas compras de títulos soberanos é manter as taxas nesse mercado muito baixas ou até negativas, a fim de ajudar na sustentabilidade de uma dívida pública explosiva.  
O BCE mantém intacto o nível de suas compras de títulos, renovando-os quando os títulos vencem. Entre as obrigações perpétuas, às quais Dominique Strauss Kahn acaba de se juntar em Les Échos, e as obrigações quase perpétuas de seu artifício, a distinção é mantida.  
O que se espera desses novos empréstimos massivos de taxa negativa para bancos, que, portanto, serão pagos para emprestar? Oficialmente, deixa-los manter o nível de suas operações de crédito ao nível de março passado, enquanto nas duas vagas anteriores da TLTRO eles tiveram que aumentá-las! Na realidade, eles serão capazes de realizar um “carry-trade”, emprestando capital a taxas negativas para investir em ativos a taxas positivas, por exemplo, compensando as baixas taxas no mercado de dívida pública. Os bancos dos países mais afetados pela crise poderão comprar títulos emitidos pelo governo de seu país, reforçando o famoso nó górdio que precisou ser desatado no episódio anterior.
Mas não para por aí. Boa parte dos 1.000 bilhões de euros - 400 bilhões segundo as estimativas - permitirá a rolamento da dívida contraída pelos bancos durante a operação anterior da TLTRO. Novos créditos possibilitarão o reembolso dos anteriores. Ainda não é uma dívida perpétua, mas pode acabar parecendo.
Nos dois casos, o BCE parece fascinado por sua política e condenado a encadear seus programas. O que pode tornar supérfluas as discussões sobre o alargamento da sua missão, uma vez que de fato ele interveio…

17 de junho de 2020

O capital só olha para o seu umbigo

https://www.eldiario.es/economia/Miles-millones-empresas-empleados-Alemania_0_1037297048.html


Miles de millones de dinero público salvan a grandes empresas en Alemania pero no a sus emplead

La crisis económica que han generado las medidas para hacer frente al SARS-CoV-2, el virus de la COVID-19, será la peor que se recuerda en generaciones. Esto parece estar fuera de toda duda. Sí parece más cuestionable, sin embargo, el comportamiento de algunas grandes empresas que, en Alemania, han recibido ayudas por valor de miles de millones de euros y que, pese a ello, ahora quieren despedir a miles de empleados.
Alemania pasa por ser uno de los países que primero se ha movido para proteger su tejido empresarial. La semana pasada se planteaban a las empresas ayudas en forma de rebajas fiscales, algo que se suma a los miles de millones en ayudas o créditos garantizados por el estado que ya han recibido grandes y pequeñas compañías necesitadas de liquidez en pleno parón económico por culpa del coronavirus.(...) Ver Link em cima

16 de junho de 2020

O Facebook circunda a Africa

Muitas indústrias e empresas de serviços estão a falhar ou a redimensionar-se devido ao ‘lockdown’ e à crise consequente. Ao contrário, existe quem ganhou com tudo isto. O Facebook, Google (proprietário do YouTube), Microsoft, Apple e Amazon – escreve o New York Times – “estão a fazer agressivamente novas apostas, visto que a pandemia do coronavírus os tornou serviços quase essenciais”.
Todos estes “Tech Giants” (Gigantes da Tecnologia) são dos Estados Unidos. O Facebook – não mais definido como rede social, mas como “ecossistema”, do qual fazem parte o WhatsApp, Instagram e Messenger – ultrapassou os 3 biliões de utilizadores mensais. Portanto, não é de admirar que, em plena crise do coronavírus, o Facebook lance o projecto de uma das maiores redes de cabos submarinos, a  2Africa: com 37.000 km de comprimento (quase a circunferência máxima da Terra), que rodeará todo o continente africano, ligando-o a norte à Europa e a leste ao Médio Oriente.

O mito do défice

Michael Roberts
Stephanie Kelton  é professora de economia e políticas públicas na Stony Brook University, ex-economista-chefe do Comité de Orçamento do Senado dos EUA (equipe democrata) e foi consultora de política económica do senador Bernie Sanders, a esperança presidencial americana de esquerda. Kelton é um expoente e popularizador de destaque do que é chamado de Teoria Monetária Moderna (MMT).
 Num novo livro O mito do déficit , Kelton explica qual é a conclusão mais importante a ser tirada do MMT - a saber, é um mito que se o governo executar grandes déficits orçamentais (ou seja, gastar mais do que obtém na receita tributária) e emprestar a diferença , eventualmente, a dívida do setor público se tornará insustentável (ou seja, o pagamento da dívida e os juros se tornarão demais para o governo controlar), levando a aumentos acentuados da tributação ou cortes nos gastos públicos e, possivelmente, uma corrida à moeda nacional por credores estrangeiros. 

O descaramento não é só com o Novo Banco é também com os que estão nos paraísos fiscais

A proposta do PCP e do PEV para excluir dos apoios as entidades sediadas em paraísos fiscais foram chumbadas com os votos contra do PS,PSD ,CDS e Iniciativa Liberal. O deputado do Chega não estava presente
O governo defendeu que  impor limitações a empresas controladas a partir de  paraísos fiscais ou donas de empresas aí sediadas colocaria "constrangimentos " na resposta à crise.
Argumentou também que estas empresas criam emprego...

Esta ficção é um argumento muito usado e está na cabeça de muita boa gente. Ninguém quer a destruição de empresas , mas é preciso também que se saiba que as empresas não criam emprego. Bem gostariam . Quem cria emprego é a procura . Sem procura , sem clientes, sem poder de compra , as empresas encerram como se viu no confinamento. 
Depois dizer que estas grandes empresas , que têm tido grandes lucros , dividendos e prémios aos seus gestores se deixassem de ter  os apoios da Covid19  não criavam emprego , é um argumento mais que esfarrapado.
Vejamos dois exemplos . O grupo SONAE ,Continente  e o Pingo Doce que pagam os impostos  das suas holdings em paraísos fiscais , se tivessem ficado excluídas dos apoios , deixavam de criar mais emprego por isso ? 
Diminuiriam talvez os próximos dividendos , talvez...
A questão é outra. Não esquecer entre outras razões que
são os grandes grupos económicos que financiam as campanhas eleitorais dos "seus" partidos e  que são eles que detêm ou determinam com a publicidade os principais meios de comunicação social que influenciam , criam correntes de opinião e apagam quem não lhes interessa . Por isso os "seus" deputados votam em conformidade...
E é esta gente que ainda se atreve a falar nos desempregados , nos pequenos e médios empresários ...e nos pobrezinhos e sem abrigo... 
Será que o de Belém também ficou perplexo(estupefacto) com isto? 

Colombia, Uribe e os esquadrões da morte

La Corte Suprema de Justicia considera que existen pruebas que involucrarían al senador Uribe Vélez en el caso de las interceptaciones ilegales por parte del Ejército contra más de 130 personas en Colombia.
La Sala de Instrucción de la Corte Suprema de Justicia, anunció este martes una investigación preliminar contra el senador colombiano, Álvaro Uribe Vélez, por el caso de las interceptaciones ilegales de inteligencia militar.
Según la Corte Suprema de Justicia, los hechos investigados se remontan al 2019. Esta indagación se inició luego de que a la Corte llegó un correo, que indicaba que la información recaudada por la inteligencia militar en procedimientos irregulares, presuntamente tenía como destinatario al senador Álvaro Uribe Vélez. 
Con base en denuncia , de @CorteSupremaJ abre indagación previa contra el senador @AlvaroUribeVel, como posible destinatario de la información de seguimientos ilegales de inteligencia militar en 2019.
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Después de que un anónimo llevara información a la Corte sobre el caso, la magistrada Cristina Lombana dio la orden hace un año la inspección al Batallón de Ciberinteligencia del Ejército colombiano, situado en Cundinamarca, la cual originó que 13 militares fueran a juicio disciplinario ante la Procuraduría General de la Nación. 
El pasado 4 de mayo la Procuraduría envió a la magistrada Lombana un informe que detalla los hallazgos en el Batallón. El suceso se dio luego de la investigación de la Revista Semana que reveló seguimientos por parte del Ejército a más de 130 personas.
Escuadrones de la muerte en Colombia
Por otro lado, el mercenario israelí Yahir Klein reveló, en una entrevista a un medio, que Uribe Vélez habría pagado para formar los escuadrones de la muerte en Colombia.
Según Klein, Uribe habría pagado a la organización en la que él participaba para tal fin. «En Colombia nadie tenía interés en escuchar la verdad, no les valía la pena, empezando por Uribe cuando era presidente», dijo.