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1 de junho de 2024

A Ucrânia e os seus amigos (da onça)

 Os objetivos de derrotar a Rússia no plano económico, militar, político-social com mudança de "regime", falharam totalmente. Mais de 20 000 sanções prejudicaram sobretudo a UE/NATO. Independentemente do que os "comentadeiros" dizem, a Rússia não está isolada internacionalmente, muito pelo contrário. É a "comunidade internacional" do ocidente que encolhe a olhos vistos. Todas as estratégias "que iam fazer a diferença" levaram à derrota da Ucrânia/NATO.

A decisão da NATO poder atacar a partir da Ucrânia território russo, é um patamar da guerra que os vassalos da UE/NATO aceitam como facto consumado, intensificando o que vinha já a ser praticado. Parte do princípio que: a Rússia não vai em represália atacar nenhum país da NATO; a Ucrânia vai ser sujeita mais duramente a perdas humanas e destruição de infraestruturas, mas isso não é um problema para os "amigos" da Ucrânia uma vez que desgasta o potencial russo.

É neste quadro que os "amigos" da Ucrânia, recebem Zelensky como uma festa. (?) Saberão na AD quantos militares ucranianos já morreram e que país meio destruído é hoje a Ucrânia?

Pepe Escobar salienta que não há razão para pensar que estes ataques sejam limitados a alvos sem importância. Em vez disso, que é provável que infraestruturas de segurança críticas russas venham a ser atacadas, provocando uma resposta análoga da Rússia, sendo depois invocado o Artigo 5.º do Tratado da NATO, abrindo caminho para a Terceira Guerra Mundial.

Lavrov, lembrou recentemente que a Rússia considerará a implantação de F-16 com capacidade nuclear na Ucrânia – de facto operados por pilotos da NATO – como “um sinal da NATO quanto ao domínio nuclear em relação à Rússia.” A plutocracia atlantista que detém o poder real, meios financeiros e controlo dos media não quer ouvir.

Mas que capacidade tem a NATO para arriscar uma guerra em grande escala com a Rússia ? Ao que parece o bom senso evaporou-se, não tendo em conta as perdas e destruições que a UE/NATO poderiam sofrer. Podiam ouvir Robert Kennedy Jr.: "O Departamento de Defesa dos EUA há alguns anos concluiu que as armas defensivas da Rússia excediam a eficácia das dos EUA. O Departamento de Defesa também conduziu um estudo sobre o que aconteceria numa troca nuclear direta com a Rússia, concluindo que 90 milhões de americanos poderiam morrer nos primeiros 20 minutos." Recordou ainda a linha de comunicação direta entre Joseph Kennedy e o líder soviético Khrushchev.

Na realidade a defesa aérea da NATO na Europa Oriental é essencialmente inexistente, tem “menos de 5%” da capacidade necessária para proteger o seu flanco oriental de ataques aéreos e mísseis no caso de uma escalada “em grande escala” com Moscovo, segundo admitido por funcionários da NATO. Revelações semelhantes foram feitas no Senado dos EUA de que a América do Norte está virtualmente indefesa contra mísseis hipersônicos russos, mas até mesmo contra um ataque convencional de mísseis e drones como o que o Irão realizou contra Israel em retaliação ao ataque de Telavive.

O estado aparentemente caótico das defesas aéreas da NATO também é algo surpreendente quando se considera que a aliança gastou em defesa 1,3 milhões de milhões de dólares em 2023 – mais de 13 vezes o que a Rússia gastou no mesmo período.

Diz a tenente-coronel da Força Aérea dos EUA, reformada , Karen Kwiatkowski, ex-analista do Departamento de Defesa. "A Rússia pode ver os ataques de longo alcance como precursores do ataque nuclear dos EUA. Biden ouvindo conselheiros neocons, aproximou muito mais o risco de um conflito nuclear, dando luz verde para as armas da NATO atacarem o interior da Rússia." “Não sei se os conselheiros de Biden têm noção disso, porque não há militares que estejam falando com Biden sobre isso, mas é uma situação muito perigosa."

"A Rússia e os EUA têm as suas próprias doutrinas relativas à implantação de armas nucleares, as pessoas que aconselham o Presidente Biden devem certamente estar cientes do seu conteúdo." “Se eles estão a manipular o sistema e dizem " podemos fazer isto, porque não provocará a doutrina estratégica de defesa nuclear da Rússia", não sei como explicar. É chocante e assustador”, enfatizou Kwiatkowski.

Para os súbditos do hegemónico isto é uma festa. "Sieg Heil" (viva a vitória) e "Viva la muerte", são gritos fascistas. Sim, é chocante e assustador.

Fonte: Geopolítica ao vivo – Telegram

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