Israel prende jornalista dos EUA, atira em soldados da paz da ONU, bombardeia Beirute, mata mais crianças, etc. Nenhum comentador se atreve a considerar o partido no poder em Israel terrorista, porém ouvimos (gen. Isidro Morais) considerar o Hezbollah o maior agente terrorista não estatal. Errado, o Hezbollah é um partido estatal, tal como o de Netanyahu, tem milícias tal como os sionistas que aterrorizam desde há muito os palestinos. Enfim, assim se desviam atenções e se pensa defender o imperialismo. A impressão que deixam é que é para isso que lá estão.
Escreve a dra. Fátima Bonifácio: O último agredido foi Israel. É mais que certo que vai ripostar. O Irão é o grande desestabilizador do Médio Oriente. Há anos que se comprometeu com os Estados Unidos a cessar o enriquecimento do urânio, que iniciara para adquirir a bomba atómica. Previsivelmente, não cumpriu o compromisso e está à beira de se tornar uma potência nuclear – um estatuto que Israel já possui. Se lhe derem tempo, o Irão pode desencadear uma guerra nuclear no Médio Oriente. É urgente travá-lo. Talvez Israel preste o serviço à Humanidade de destruir todas as suas instalações nucleares.
Portanto, Israel tem direito a matar quem quer que seja - não ignoremos as crianças - à bomba, a tiro, pela fome ou doença... contudo, para alguns, talvez seja necessário para prestar um serviço à Humanidade.
Cathlin Jonhstone escreve sobre a criminalidade de Israel. Cita o caso do jornalista americano Jeremy Loffredo que Israel prendeu em 8 de outubro. Atualmente está fora da prisão, mas não pode deixar o país. Tinha feito reportagens sobre os ataques dos mísseis iranianos. As acusações incluíam “ajudar o inimigo durante a guerra e fornecer informações ao inimigo”, o que, tal como o seu colega repórter Kit Klarenberg, pode ser punido com pena de morte em Israel.
Loffredo no relatório sobre os ataques com mísseis apresenta imagens de explosões na Base Aérea de Nevatim das FDI e fotos do local onde um míssil caiu perto da sede da Mossad. Imagine se um míssil iraniano caísse bem ao lado da sede da CIA e os EUA dissessem que um jornalista estava proibido, sob pena de morte de relatar qualquer coisa sobre essa ocorrência.
As mesmas coisas foram relatadas noutras notícias estrangeiras sem que nenhuma prisão tenha sido feita. Talvez Loffredo esteja sendo atacado mais pelos seus relatos das mentiras e criminalidade de Israel no The Grayzone do que por aquele caso.
Um inquérito da ONU acusou Israel de “extermínio” por causa destruição sistemática do sistema de saúde de Gaza através de “ataques implacáveis e deliberados contra pessoal e instalações médicas”. “O relatório concluiu que as forças de segurança israelitas mataram, detiveram e torturaram deliberadamente pessoal médico e atacaram veículos médicos, ao mesmo tempo que reforçaram o cerco a Gaza e restringiram as autorizações para sair do território para tratamento médico”. Num Comunicado da ONU: “Estas ações constituem crimes de guerra de homicídio intencional, maus-tratos e destruição de propriedade civil protegida e crime contra a humanidade de extermínio.” Se o comportamento passado for um indicador confiável, os EUA rejeitarão estas acusações e Israel acusará as Nações Unidas de antissemitismo.
Forças israelitas dispararam repetidamente contra as forças de paz da ONU no sul do Líbano, ferindo dois funcionários da ONU. Mas o número de trabalhadores humanitários da ONU que Israel matou em Gaza, é de tal forma que permanece indeterminado. Os ataques à Força da ONU no Líbano são uma significativa adição à lista de criminalidade israelita.
Recentemente, referem-se os ataques aéreos israelitas a áreas residenciais densamente povoadas do centro de Beirute. Em Gaza Israel matou pelo menos 28 pessoas num ataque aéreo a uma escola onde muitas mulheres e crianças estavam abrigadas. Relatórios dizem que há problemas em identificar e contar os mortos porque os corpos estão irreconhecíveis e destroçados. Dezenas de outros foram mortos noutros lugares em Gaza no mesmo período.
Apresentámos (Cathlin) montanhas de evidências que as forças israelitas estão deliberadamente, disparando contra crianças palestinas na cabeça em Gaza. Há evidências demais de que isso está acontecendo para que alguém o possa negar legitimamente.
Se Israel pode prestar um serviço à Humanidade, para quê, negociações, compromissos no CS da ONU, sanções se não cumprir o direito internacional? "Sieg Heil" ou "Viva la muerte", como diziam sabemos quem.
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