A
Máfia
Apanhar
as pulgas para deixar passar os
elefantes. Circulam por aí e-mails com despesas inaceitáveis da
Administração Pública e outras muito discutíveis.
Mas os grandes prosélitos dos cortes
das despesas avançam com a reaccionária medida da diminuição do
número de deputados, afirmando também nesses e-mails que os
trabalhadores da Função Pública nada fazem, etc,etc.
Convenientemente não falam das PPPs ,
nem das rendas excessivas, nem dos juros da dívida pública, nem do
que o Estado tem dado aos bancos através dos benefícios fiscais,
etc.,etc.
A isto chama-se procurar as pulgas
para deixar passar os elefantes.
A
redução do número de deputados
Aproveitando a indignação dos
cidadãos contra esta política de assalto à mão armada (Marques
Mendes (dixit) alguns «espertos» como o Secretário geral do PS
vêm defendendo a redução do número de deputados para se
perpetuarem no poder.
Vejamos, por exemplo , para se perceber
melhor o que aconteceria em relação à representação democrática com a redução do número de deputados.
No distrito de Portalegre o PCP teve à volta de 15% dos votos e não elegeu nenhum deputado. Isto distorce a representação democrática na Assembleia da República. Uma força com 15% dos votos num distrito não elege ninguém porque esse distrito só elege dois deputados.
No distrito de Portalegre o PCP teve à volta de 15% dos votos e não elegeu nenhum deputado. Isto distorce a representação democrática na Assembleia da República. Uma força com 15% dos votos num distrito não elege ninguém porque esse distrito só elege dois deputados.
Então a população de Portalegre que
votou na CDU são representados por quem? Pelo PS? Pelo PSD?
A última redução do número de
deputados levou a este “entorse” na representação democrática.
Atente-se que uma força política no
distrito de Portalegre que tenha 30% dos votos não elege ninguém!
Isto está certo? Isto é democrático?
A democracia tem custos e não é a
diminuição do número de deputados que resolve o problema das
despesas do Estado
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