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18 de outubro de 2012

Serão os credores que imporão a renegociação da dívida?


ATENÇÃO

Este Orçamento «não tem execução possível» e as “metas” do défice são «absolutamente inviáveis», é um “assalto à mão armada”, «esta carga fiscal pode gerar uma septicemia na economia»!
Quem o afirma, atenção, não é o PCP mas figuras gradas do PSD e do CDS (Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Marques Mendes...).
E quais as soluções para estes doutos responsáveis no passado pela política orçamental, fiscal e económica?
Emagrecer o Estado, leia-se, mais uma machadada no Estado Social!
Para eles a questão é sempre entre a receita e a despesa e não entre o capital e o trabalho, entre o poder financeiro e os contribuintes trabalhadores por conta de outrem.
Nunca falam dos juros da dívida pública, porque teriam de enfrentar a banca nacional e estrangeira. Ficam por isso no saldo primário do Orçamento (sem juros) que já está esmagado.
Não esquecer que os juros da dívida pública representam cerca de um terço do que o Estado gasta num ano com os vencimentos dos trabalhadores da Função Pública. São mais de 60% do défice do Orçamento!
Em 2013, os encargos com a dívida pública vão absorver mais de metade do dinheiro que o governo prevê arrecadar com o forte agravamento do IRS!!!
 É por isso que agora o S.G. do PS diz que é necessário diminuir "os custos de financiamento" da economia portuguesa e Victor Gaspar também o disse em conferência de imprensa.
Mas como diminuir os ditos custos de financiamento se não se negociar com a Banca, com a troika, com a Comissão Europeia, com o FMI, com o BCE?
Como diminuir os custos de financiamento sem exigir do BCE, no mínimo, a continuação da compra da dívida pública no mercado secundário,que o governo se opunha.
Por último, como diminuir os custos de financiamento sem se negociar a dívida pública?

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