ATENÇÃO
Este Orçamento «não tem execução possível» e as “metas” do
défice são «absolutamente inviáveis», é um “assalto à mão
armada”, «esta carga fiscal pode gerar uma septicemia na
economia»!
Quem
o afirma, atenção, não é o PCP mas figuras gradas do PSD e do CDS
(Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix, Marques Mendes...).
E
quais as soluções para estes doutos responsáveis no passado pela
política orçamental, fiscal e económica?
Emagrecer
o Estado, leia-se, mais uma machadada no Estado Social!
Para
eles a questão é sempre entre a receita e a despesa e não entre o
capital e o trabalho, entre o poder financeiro e os contribuintes
trabalhadores por conta de outrem.
Nunca
falam dos juros da dívida pública, porque teriam de enfrentar a
banca nacional e estrangeira. Ficam por isso no saldo primário do
Orçamento (sem juros) que já está esmagado.
Não
esquecer que os juros da dívida pública representam cerca de um
terço do que o Estado gasta num ano com os vencimentos dos
trabalhadores da Função Pública. São mais de 60% do défice do Orçamento!
Em
2013, os encargos com a dívida pública vão absorver mais de metade
do dinheiro que o governo prevê arrecadar com o forte agravamento do
IRS!!!
É por isso que agora o S.G. do PS diz que é necessário
diminuir "os custos de financiamento" da economia portuguesa e Victor
Gaspar também o disse em conferência de imprensa.
Mas
como diminuir os ditos custos de financiamento se não se negociar com a
Banca, com a troika, com a Comissão Europeia, com o FMI, com o BCE?
Como
diminuir os custos de financiamento sem exigir do BCE, no mínimo, a
continuação da compra da dívida pública no mercado secundário,que o governo se opunha.
Por
último, como diminuir os custos de financiamento sem se negociar a
dívida pública?
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