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23 de outubro de 2012

ÀS 2ª FEIRAS NA TVI 24: PROGRAMA DOS “MARRETAS”


No original “The muppet show” - famoso e divertido – onde apareciam no final dois prof. que diziam mal de tudo. Aqui (permanente e convidado) se não fosse a tristeza do seu fundamentalismo neoliberal, apenas convocavam o ridículo.
O défice e a dívida pública aumentam, não há crescimento, levamos uma década perdida, etc. etc. O carpir ou denunciar de desgraças é quase exaustivo. O que é espantoso é que o governo está a fazer o que os prof. sempre defenderam. De desgraça em desgraça, agora pedem mais.
Soluções: cortar despesas sociais, cortar no dinheiro para a adm. central e autarquias. Contudo, tanta sabedoria e não dizem quanto nem o quê. Serão mais despedimentos? Serão mais cortes nos salários? Diz-se que 70% da despesa do Estado são salários. Falso, em 2012 são, 21,3%. É melhor a “rua” não saber, enquanto os “sábios” se refugiam na cornucópia dos números da desgraça, atribuídos sempre ao Estado Social que “tem de acabar”.
Privatizações de empresas e funções do Estado que geraram monopólios e rendas, não incomodam. O neoliberalismo ignora as lições liberais.
Não temos moeda própria, lucros e rendimentos saem do país sem controlo, a economia estagna há 12 anos dominada por monopólios, fuga de capitais e pelos pactos do euro. Da especulação não se fala. Fraudes e corrupção, existem, mas são como o mau tempo, não há nada a fazer. Acaso os preocupa a política do BCE ? Não. E quanto à transferência do fundo de pensões da banca para o Estado que carrega a despesa em 2013? Calados, na banca não se toca!
Então o que está mal? As despesas sociais. Que em 2010 sem prestações sociais, 43% da população ficasse abaixo do nível de pobreza, não lhes parece relevante Também não o era no tempo da ditadura.
Os prof. têm uma indisfarçável admiração pelos orçamentos equilibrados de “há 50 anos”, os do mesquinho ditador de Santa Comba, do país mais atrasado da Europa, do país da tuberculose, do analfabetismo, da mortalidade infantil e maternal, da miséria e das barracas – que ressurgem.
É para onde nos querem levar à “marretada”. Querem alguém que mande, que dê ordens e o país obedeça para mais medidas de recessão e decadência, para depois dizerem que é pouco, até vir o seu tão desejado “homem forte”. Tudo isto condimentado com uma cornucópia de números – que só comprovam a falência do que defendem.
Ah! Mas são a favor da democracia! A democracia oligárquica, em que os oligarcas sabem sempre o que é “melhor para o povo” (como o ditador) e se entendam acerca da maneira de melhor explorar quem trabalha (mesmo MPM Empresários) e quem trabalhou.
Por fim, continuar a passar para a opinião pública que “todos os políticos” são desonestos ou incompetentes – do PR ao da junta de freguesia - sem apresentar argumentos contra, e têm todo o tempo para isso -é pura desonestidade intelectual.
Já aqui dissemos que que o neoliberalismo é escolástica em termos de pensamento, neofascismo em termos políticos.
Os “marretas” não sabem propor mais que isto. É o seu "paradigma"...

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