No
original “The muppet show” - famoso e divertido – onde
apareciam no final dois prof. que diziam mal de tudo. Aqui
(permanente e convidado) se não fosse a tristeza do seu
fundamentalismo neoliberal, apenas convocavam o ridículo.
O
défice e a dívida pública aumentam, não há crescimento, levamos
uma década perdida, etc. etc. O carpir ou denunciar de desgraças é
quase exaustivo. O que é espantoso é que o governo está a fazer o
que os prof. sempre defenderam. De desgraça em desgraça, agora
pedem mais.
Soluções:
cortar despesas sociais, cortar no dinheiro para a adm. central e autarquias. Contudo, tanta sabedoria e não dizem quanto nem o quê.
Serão mais despedimentos? Serão mais cortes nos salários? Diz-se que 70% da despesa do Estado são salários. Falso, em 2012 são, 21,3%. É
melhor a “rua” não saber, enquanto os “sábios” se refugiam
na cornucópia dos números da desgraça, atribuídos sempre ao
Estado Social que “tem de acabar”.
Privatizações
de empresas e funções do Estado que geraram monopólios e rendas,
não incomodam. O neoliberalismo ignora as lições liberais.
Não
temos moeda própria, lucros e rendimentos saem do país sem
controlo, a economia estagna há 12 anos dominada por monopólios,
fuga de capitais e pelos pactos do euro. Da especulação não se
fala. Fraudes e corrupção, existem, mas são como o mau tempo, não
há nada a fazer. Acaso os preocupa a política do BCE ? Não. E quanto à
transferência do fundo de pensões da banca para o Estado que carrega a
despesa em 2013? Calados, na banca não se toca!
Então
o que está mal? As despesas sociais. Que em 2010 sem prestações
sociais, 43% da população ficasse abaixo do nível de pobreza, não
lhes parece relevante Também não o era no tempo da ditadura.
Os prof. têm uma indisfarçável admiração pelos orçamentos
equilibrados de “há 50 anos”, os do mesquinho ditador de Santa
Comba, do país mais atrasado da Europa, do país da tuberculose, do
analfabetismo, da mortalidade infantil e maternal, da miséria e das
barracas – que ressurgem.
É
para onde nos querem levar à “marretada”. Querem alguém que
mande, que dê ordens e o país obedeça para mais medidas de
recessão e decadência, para depois dizerem que é pouco, até vir o
seu tão desejado “homem forte”. Tudo
isto condimentado com uma cornucópia de números – que só
comprovam a falência do que defendem.
Ah!
Mas são a favor da democracia! A democracia oligárquica, em
que os oligarcas sabem sempre o que é “melhor para o povo”
(como o ditador) e se entendam acerca da maneira de melhor explorar
quem trabalha (mesmo MPM Empresários) e quem trabalhou.
Por
fim, continuar a passar para a opinião pública que “todos os
políticos” são desonestos ou incompetentes – do PR ao da junta
de freguesia - sem apresentar argumentos contra, e têm todo o tempo
para isso -é pura desonestidade intelectual.
Já
aqui dissemos que que o neoliberalismo é escolástica em termos de
pensamento, neofascismo em termos políticos.
Os
“marretas” não sabem propor mais que isto. É o seu "paradigma"...
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