A burocracia da UE sob a batuta alemã, ignora eleições,
repreende e ameaça os povos no caso de alterarem as políticas que ela determina
(caso recente da Itália, como antes da Grécia) trata como lacaios partidos que
sempre aplaudiram e se subordinaram a “mais Europa” como no caso da carta a pedir
batatinhas do sr. J. Seguro).
Passos Coelho feito primeiro-ministro na base da mentira e do
ludíbrio em nome da oligarquia nacional e estrangeira, é o género de político
que lhes interessa e que ouve elogios. Assim que assumiu o cargo mandou lixar o
eleitorado: “que se lixem as eleições”.
O hábito da mentira política e do ludíbrio tornou-se uma
segunda natureza deste governo. Diz-nos que o objetivo é poder “regressar aos
mercados para reestabelecer a soberania monetária” (AR 03.março). Falso.
Regressar aos mercados é justamente a entrega da soberania monetária aos
interesses dos bancos privados e da especulação, que absorvem a função soberana
de qualquer Estado de criar moeda.
São ditos os maiores disparates como se de verdades
indiscutíveis se tratasse, no interesse dos lucros e rendas monopolistas e
financeiros.
Afirma-se que “o desemprego estrutural não é combatido com
medidas ativas, mas com medidas estruturais”. Isto dito por um governo que
desde que tomou posse não fez outra coisa senão as tais medidas “estruturais” –
tal como o anterior - aumentando o desemprego oficial de 12,1 para os 17,3%
atuais. A sua submissão à dogmática neoliberal é tão desconforme que nem sequer
a CGD está autorizada a intervir ativamente na economia. Todos os recursos são para
a especulação, como tributo de guerra, a partir do pacto de agressão e
ocupação.
O ministro Gaspar, executante primeiro desta política de
destruição do país, não passa de um obtuso e ultrarreacionário burocrata ao
serviço da finança internacional. Isto mesmo confirma-se nas suas palavras: - É
mais importante ouvir elogios dos parceiros europeus que os protestos dos
portugueses.
Pierre Laval – primeiro-ministro da França no tempo da
ocupação nazi – não diria muito diferente. Gaspar ficará na História como outro
Miguel de Vasconcelos deposto – por uma janela – em 1640.
Que vai fazer o PS? Que cosmética verbal usará para ceder
relativamente aos 4 000 M€ de cortes? Ou se for um pouco menos já está bem?
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