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23 de março de 2013

Ninguém os demite ? Será preciso correr com eles a pontapé


Mais uma confirmação do caminho do desastre . O que é preciso mais para se correr com eles?

Execução Orçamental dos dois 1ºs meses do ano

1. A Síntese da Execução Orçamental dos dois 1ºs meses do ano divulgada hoje pela

Direcção Geral do Orçamento permite constatar já um claro desvio entre as previsões

de evolução da Receita e da Despesa inseridas no Orçamento para 2013 e a execução

verificada em Janeiro e Fevereiro. Dois meses passados desde o início do ano e o

fosso entre as previsões e a realidade começa desde já a crescer de forma muito

preocupante.

2. A evolução verificada ao nível da Receita Efectiva da Conta Consolidada da

Administração Central e da Segurança Social em que se previa um crescimento de

2,7% nos dois 1ºs meses do ano e a queda foi de 3,5%, e na Despesa Efectiva em que

se previa um aumento de 2,9% e o que se verificou foi um aumento de 4,4%, são bem

elucidativas do impacto negativo que a situação recessiva em que vivemos tem na

arrecadação da receita.

3. A receita fiscal, principal componente da receita efectiva, apesar do forte aumento do

IRS que incide sobre os trabalhadores por conta de outrem estagnou, devido à queda

das receitas do IVA e do ISP, as receitas das Contribuições para a Segurança Social

caíram em vez de aumentar como se previa no OE 2013 e as despesas com o subsídio

desemprego dispararam 21,1% nos dois 1ºs meses do ano, não obstante a redução

do valor do subsídio de desemprego e os obstáculos cada vez maiores no seu acesso,

quando no OE para 2013 a previsão de crescimento é de apenas 3,8%.

4. Os dados da execução orçamental mostram claramente a necessidade de se

interromper rapidamente as políticas que têm vindo a ser seguidas sob pena da

espiral recessiva em que estamos metidos se vir a aprofundar ainda mais, com

mais desemprego, mais recessão, mais défice orçamental e mais dívida pública a

sucederem-se uns atrás dos outros.

5. O PCP reafirma uma vez mais que só com a rejeição do Pacto de Agressão, só com a

ruptura com a política de direita, só libertando o país dos interesses do grande capital,

só com a urgente demissão deste Governo e a com a devolução da palavra ao povo,

Portugal poderá ter futuro. O país precisa de uma outra política, de uma política

patriótica e de esquerda.

PCP, 22 de Março de 2013

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