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5 de março de 2013

Camilo Loureço avaliado na SIC – Not.: “imbecil” e “atrasado mental”


A jornalista Clara Ferreira Alves, “não sabia quem era Camilo Lourenço até vocês (colegas seus) começarem a fazer crónicas sobre ele, apresentando-me mais um imbecil que eu não precisava de conhecer”, acrescentando “não pretendo perder mais tempo com atrasados mentais”. (Eixo do mal – SIC – Notícias – 2 de março).
O que motivou esta referência, como foi esclarecido no programa, foi o sr. Camilo Lourenço ter afirmado – presumo que na TVI, onde tem lugar cativo – que os professores de história deviam deixar de existir, era bom que nos deixássemos disso.
Este senhor faz parte daquele grupo de comentadores permanentes que se dedicam a ensinar ensinar os portugueses a serem pobres, que só o são por sua exclusiva culpa, e a “explicar” a bondade das medidas do governo, que “as pessoas não entendem”.
Tem lugar cativo na TVI onde difunde disparates e faz propaganda do governo e “dos mercados” sem contraditório em programas de entretenimento perante audiências impreparadas.
Registe-se que a avaliação da jornalista foi aparentemente consensual entre os colegas de painel.O sr. Camilo Lourenço lançou em finais do ano passado um livro sobre economia (!) cuja sessão de lançamento foi notícia na TVI (pelo menos) com a assistência do primeiro-ministro e de outros elementos da fina flor do entulho neoliberal.
Portanto, Passos Coelho: “diz-me com quem andas dir-te-ei quem és”…
A propósito de imbecilidades: por que não pegar no exemplo da jornalista Clara Alves e fazer a avaliação dos comentadores avençados que poluem o espaço mediático?
Sugestão, começando pelos srs. professores-comentadores: João César das Neves e Marcelo Rebelo de Sousa.
Mimos de JCN:
- “a austeridade leva as pessoas ao essencial (claro, mais fome mais espiritualidade…)
- “no país existe uma maioria que vive de rendas” (?!) Saberá este prof. de economia o que é uma renda?
- “os 4 000 milhões têm de ser tirados de uma só vez. Aos poucos não se vai lá, os poderes são muito fortes”. No fascismo era tudo mais simples –e por certo mais cristão – não era sr. professor? De facto estávamos todos reduzidos ao essencial: derrubar o fascismo! Tal como agora perante as tentativas disfarçadas de “democracia neoliberal”.
Mas não se diga que não há pluralismo na TV. O prof. Marcelo tem opinião muito diferente: “os 4 000 milhões têm de ser tirados aos poucos, não tudo de uma vez. Tem de ser se não o país não aguenta”.
Ou seja, o fundamento da questão, a própria questão não é sequer discutida ou posta em causa. Perante o público é um facto consumado, depois são jogos florais e pirotecnia verbal, chamam a isto “explicar as medidas”.
Para eles que se lixe o povo, mas o povo já disse “que se lixe a troika” – e com ela estes mixordeiros da economia-política.

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