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8 de junho de 2017

De Dócil a hostil

EDP dócil com o anterior governo... e Mexia faltou ao encontro de Bildberg.
Hoje na A.R :
 "Jerónimo de Sousa, reivindicou hoje do Governo socialista que acompanhe as suas propostas para acabar com as "rendas excessivas" do sector energético e invista em melhores transportes públicos.

No debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro, António Costa, o secretário-geral do PCP perguntou ao chefe do Governo "por que têm de ser os consumidores a suportar esses milhões de lucro das grandes empresas de energia e a pagar a electricidade mais cara da Europa", referindo-se aos CAE (Contratos de Aquisição de Energia) e CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual).

"São uma imensa fraude que tem valido milhões de lucros monopolistas. São o resultado do que foi feito por sucessivos governos: superlucros, derivados da posição monopolista da EDP. Nos últimos 10 anos, os portugueses desembolsaram a mais, só em CMEC, 2.500 milhões de euros, número que haveria de chegar, em projecções de 2011, aos 4.000 milhões de euros em outras prebendas. O Governo vai acompanhar o PCP, procurando acabar com este escândalo inaceitável em que quem paga são as famílias e as pequenas e médias empresas?", perguntou.

António Costa afirmou partilhar da "preocupação de todos em reduzir o custo da energia e os encargos para o Estado" e exemplificou-o com "o menor aumento de sempre [do preço da eletricidade], desde que o mercado foi liberalizado", conseguido este ano e o alargamento da tarifa social de 60 mil para abranger 800 mil famílias.

"Conforme os contratos forem sendo concluídos, temos as condições para serem renegociados, tendo em conta nova realidade. É por termos bem presente a situação desproporcionada de encargos e responsabilidades no quadro da energia que temos mantido a contribuição extraordinária do sector energético, não obstante a conflitualidade judicial de que temos sido objecto, em particular da EDP, que tinha posição dócil e passou a ser hostil desde que o Governo mudou", declarou António Costa.

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