Acreditem: o Mexia é uma vítima das circunstâncias. Como o Catroga…e o Manso, & C.ia, puras vítimas das circunstâncias…
No pântano eléctrico (negociatas, corrupção, promiscuidade) produzido pelo desmembramento da EDP, da sua privatização e da liberalização de uma coisa a que chamam “mercado” da electricidade, de vez em quando vem à tona um OVNI, por exemplo um CMEC. Por vezes, mesmo um OVI, um Objecto Voador Identificado, como por exemplo, a rolha da garrafa de champanhe que o António abriu, quando determinado Secretário de Estado também voou! E voou em vez dos CMEC que queria fazer voar!
E quando tal acontece, a comunicação social dominante, descobre novamente a pólvora, e desfaz-se numa diarreia de comentários e debates sobre o que durante anos não viu, ou fez de conta que não existia, quando não fez pior…
Ora os CMEC, os ditos cujos “Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual”, e o resto da selva legislativa e do monstro empresarial, criados pelo desmembramento (o tal unbundling da EDP, de que o Pinho tanto gostava!), privatização e liberalização do Sistema Eléctrico Nacional, não são filhos de pais e avós incógnitos. A sua mãezinha é a política de direita, como se sabe filha dilecta de sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Sempre abençoada e abençoados pelos santos de Bruxelas e Estrasburgo.
Os CMEC são parte do sistema “complexo, opaco e rígido”, atreito a manipulações contabilísticas e legislativas do processo regulatório, que garante que o sobrecusto sistema, é transferido para os consumidores finais de energia. Sobrecustos que como referiu, há anos, alguém (Prof IST, Pedro Sampaio Nunes), “ora é escondido em défices tarifários, ora é enviado para custos de acesso às redes, até ser um cadáver demasiado grande para se poder esconder no armário”! E de facto, 2,544 mil milhões de euros em 10 anos (2007/2017), não é um cadáver, é um cemitério!
A. Lopes publicado em Abril ,Abril
A. Lopes publicado em Abril ,Abril
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