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24 de setembro de 2017

Os EUA governados por uma junta militar

Trump só não é atacado e ridicularizado quando faz estúpidas ameaças a outros países, mas nem por isso menos perigosas. É a fase em que ao império enredado nas suas contradições e limitações nada mais resta senão o poder ser suportado pela sua “guarda pretoriana” e legiões. Já o era com Obama e mesmo pelo menos desde que Eisenhower denunciou o poder do complexo militar industrial.  Mas Trump é um mero fantoche que se senta na Casa Branca para receber ordens dos seus generais.
Os elementos desta “junta militar” são: John F. Kelly, Jim “Mad” Mattis, H.R. McMaster, generais com experiência de guerra, que são respetivamente chefe do pessoal da Casa Branca, Secretário da Defesa e consultor para a Segurança Nacional. Mais generais ocupam lugares de relevo, como o diretor da CIA, o Procurador-Geral da República, o Secretário do Interior, o secretário para a Energia, o presidente do gabinete de administração das prisões federais, o líder do National Security Council.
O império atingiu o limite talvez não das suas forças, mas certamente da sua sanidade. Roma conseguiu manter o império ao levar para as províncias algum progresso: a direito romano, a cidadania, indústrias, comércio e também paz. As guerras eram nas fronteiras e as perturbações na sucessão de imperadores resolvidas entre as legiões.
Os EUA apenas conseguem levar o caos às sociedades que querem controlar, impor o retrocesso civilizacional do neoliberalismo e a ditadura das transnacionais. Ameaçam e conspiram contra tudo e todos que não se submetem, da Venezuela à Síria, da Rússia à China, do Irão à Coreia do Norte.
O jornalismo acabou, existe apenas propaganda de guerra difundida a partir das centrais de desinformação internacionais. Tal é visível pelos conteúdos rigorosamente iguais do “pluralismo” mediático. Eles só dizem mentiras – escrevia, Paul C. Roberts.
Desde o fim da I Guerra Mundial, os EUA registam-se 108 intervenções militares diretas ou de comandos da CIA, e nelas não houve nem paz nem progresso, mas sim destruição, repressão aos patriotas, fascismos, imposição dos interesses das transnacionais.
A questão que se põe hoje a toda a humanidade é como e quando vai isto parar. Porém o objetivo da propaganda não é só mentir: é distrair do essencial. A defesa da paz foi arredada do grande público constantemente intoxicado com as “ameaças” de países que insistentemente reclamam negociações e tratados de paz.
A luta pela paz e pelo socialismo como a única saída para a sobrevivência e o progresso da Humanidade é assim cada vez mais uma evidência.

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