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31 de maio de 2020

Para os vendedores de ilusões e de banha da cobra

(...) Para M Sousa Tavares  esse grande economista e  especialista no cálculo do "défice estrutural " e que no Expresso desta semana considera fantástica a "ajuda " da UE.

De economista post Keynesiano N. Kaldor que não pode ser considerado comunista ou "anti - europeu"
"Segunda-feira, 18 de maio, Angela Merkel e Emmanuel Macron apresentaram um dispositivo para ajudar os Estados, territórios e setores de atividade mais afetados pela pandemia. Em resumo: no âmbito do orçamento plurianual da União, 500 milhares de milhão de euros seriam emprestados pela UE nos mercados financeiros, depois redistribuídos como ajuda direta aos gastos. Os reembolsos do empréstimo seriam efetivamente realizados conjunta e solidariamente pelos 27 Estados-Membros, e não apenas pelos consumidores desses créditos.
Este primeiro passo em direção a uma política de transferências é analisado como uma importante concessão por parte de Berlim. No entanto, na escala do PIB europeu e  num período que vai de 2021 a 2027, ainda estamos longe de valores que seriam realmente significativos. Se não é tarde demais, é pouco para a resposta necessária. Além disso, nada ainda está consolidado. O projeto, embora apoiado pela Comissão, ainda pode estar sujeito a vetos ou alterações, em particular por parte dos executivos austríacos, finlandeses e dinamarqueses, hostis em princípio a "doações" incondicionais. Em resumo, um processo "tortuoso" , como Politico escreve modestamente .   (...)

Factos que eles fazem o possível para que não se saiba

Crema é uma comuna italiana da região da Lombardia, província de Cremona, com cerca de 32.913 habitantes. Estende-se por uma área de 34 km², tendo uma densidade populacional de 968 hab/km².

Stefania Bonaldi, prefeito de Crema, para os cubanos: "Naufragamos e vocês nos ajudaram, sem nos pedirem  nada"

Caros amigos cubanos,
Serei muito breve porque, melhor do que minhas palavras, nossa imensa gratidão já é visível nos rostos das autoridades aqui presentes, a quem agradeço de todo o coração, com uma emoção particular pelos companheiros prefeitos e administradores de Crema, que representam d 'outros rostos, tantos outros rostos, os de todos os habitantes de Crema, sem exceção, que  vos abraçam  num abraço afetuoso e sincero, mas também cheio de nostalgia, porque temos certeza de que sentiremos a vossa falta, como irmãos.
Sabemos disso muito bem, porque nós, italianos, somos um povo migrante e conhecemos os sentimentos que acompanham a desorientação. Sentiremos a vossa falta, mas vocês não desaparecerão, porque nossas consciências vos preservarão ...
https://www.legrandsoir.info/stefania-bonaldi-maire-de-crema-aux-cubains-nous-etions-naufrages-et-vous-nous-avez-aides-sans-rien-nous-demander.html

30 de maio de 2020

Como idoso acho repugnante

Agostinho Lopes
Como idoso acho repugnante


Ou a suma hipocrisia. Há coisas que fazem revolver as tripas, sem ser comida estragada. No Público de 02MAI20 vem publicada a Opinião colectiva de um conjunto de ilustres personalidades sob o título «Sem os idosos não há futuro». Para lá do exagero da negação, mas que se percebe para dar força à mensagem a transmitir pelo texto, acoberta-se uma hipocrisia imensa. Tão vasta como as últimas décadas de neoliberalismo galopante e militante.  
Subscrevem a dita Opinião, para lá de cidadãos respeitáveis, de cuja boa fé não duvido, outros com responsabilidades directas e indirectas em todas as situações e problemas sofridos pelos idosos no contexto da pandemia. De facto, inaceitáveis.
Mas ver gente como Romano Prodi, Filipe González, Hans Gert Pöttering e outros, lamentar, choramingar pela situação dos «idosos» – arrepiados pelo «número dramático de mortes nos lares», «preocupados com as tristes histórias dos massacres de idosos nos lares» –, advogar a necessidade de «superar» a «institucionalização» e exigir a revisão dos «sistemas públicos de saúde», para impedir o surgimento de «um modelo perigoso que favorece um «serviço de saúde selectivo» que considera a vida do idoso como residual», e etc. (que as citações podiam continuar) – daria uma enorme vontade de rir se não fosse tão horrorosamente lamentável.
Não é que os responsáveis pelos baixos salários e pensões de reforma, colocando no limiar da pobreza e da sobrevivência milhões de habitantes da população europeia, e por políticas de urbanismo e habitação subordinadas à especulação imobiliária e financeira, impedindo que milhares de famílias tenham os rendimentos e a casa com meios e condições para albergar e cuidar dos seus ascendentes, «choram» pela «institucionalização»!?
Não é que os responsáveis por políticas sociais de orçamentos mínimos e que promoveram (e promovem) a privatização, tanto quanto possível, de funções sociais dos Estados a favor do capital privado e de instituições ligadas às cadeias de caridade assistencial das igrejas, ou seja, de lares que são na sua maior parte «armazéns de idosos» (por contraposição aos hotéis residenciais de idosos onde vivem os da minoria que têm grossos rendimentos ou patrimónios, reforçando na 3ª idade a já fortíssima desigualdade social existente na população activa), «choram» pelas coisas horríveis que aconteceram nos lares com a pandemia!? 
Não é que os responsáveis pela mercantilização da saúde, pelas restrições financeiras dos serviços públicos de saúde, como o SNS, pela privatização realizada (e em curso) de áreas completas de serviços médicos e hospitalares – ver a ofensiva do grande capital em Portugal – «choram» pela adopção (inaceitável, ilegal e imoral) de critérios de valorização mercantil dos utentes e hierarquização correspondente no acesso aos tratamentos!? (Esqueceram-se de dizer que com os doentes ricos não terão dilemas morais nem necessidade de optar, porque haverá sempre um lugar num hospital privado... onde serão tratados).
Não é que os responsáveis pela troika que cá chegou e todas as outras troikas, os responsáveis pelos Pacto de Estabilidade, Pacto Orçamental, pelos Tratados de Maastricht e de Lisboa, pelo Euro e os seus dogmas monetaristas e neoliberais, pelos seus mandamentos do défice e da dívida pública, responsáveis pela desvalorização salarial, pelo congelamento das reformas, por políticas sociais anémicas e estrangulamento dos serviços públicos de saúde, acabam a chorar lágrimas de crocodilo pelos «velhinhos»!? É demais.
Idoso que sou, quero declarar repugnante, não a Opinião, mas a lata política de alguns dos que a assinam. Mas se insistirem em publicitá-la, juntem à subscrição, pelo menos, os nomes de Blair, de Merkel, de Delors e outros franceses e alemães e de outras nacionalidades... e, já agora, de uma lista imensa: Cavaco Silva, Guterres, Durão, Portas e sucessores

Hipócritas quando não são ignorantes

Não é hora dos líderes políticos europeus aprenderem como funciona o sistema económico que eles acreditam defender? Colados aos seus preceitos, eles multiplicam os obstáculos à sua redenção quando vêem melhor o que está acontecendo do outro lado do Atlântico.
A Fed não tem as pequenas preocupações que o BCE encontra e está resolutamente comprometido em apoiar o crédito em todos os seus aspectos. Ela implementou uma ampla gama de 11 programas de compra de dívida que o Financial Times chama de "uma sopa de siglas em alfabeto". Não estando sujeito às injunções de juízes duros e doutrina intransigente, tudo ao seu pragmatismo, o Fed é perfeitamente credível ao assumir o agora famoso "o que for preciso" de Mario Draghi quando ele tinha a mão livre.  

Uma pequena Ilha sujeita ao bloqueio do Império

Nova molécula mostra resultados promissórios perante a Covid-19 

Comprometido na luta contra a Covid-19 desde o começo da pandemia, o Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) pôs à disposição do sistema nacional de Saúde, não somente sua capacidade para produzir o Interferón Alfa 2B Humano Recombinante, mas também analisou e submeteu à consideração dos especialistas médicos cubanos as pesquisas ligadas ao desenvolvimento de novas moléculas que tinham lugar nessa instituição científica, que pertence ao grupo empresarial BioCubaFarma.
O Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, inaugurado em 1º e julho de 1986 pelo Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz, converteu-se em uma das fortalezas do país para fazer face à pandemia da Covid-19. Foto do Autor

29 de maio de 2020

Escoamento de produção espanhola

Esperemos que desta vez não apareça nenhum ministro na inauguração com loas ao investimento...
Uma boa notícia para a produção espanhola e má para o comércio local
O 12.º supermercado que a Mercadona vai abrir em Portugal fica em Santo Tirso, na Rua dos Trabalhadores do Arco, e já tem data de abertura: 25 de junho.

Será o segundo supermercado da retalhista espanhola a abrir este ano em Portugal - depois de ter comunicado que o de Aveiro abrirá a 16 de junho - dos 10 que pretende inaugurar em 2020 no nosso país.

Haircut


A Cabelte tem fábricas em Gaia e em Famalicão, emprega 521 pessoas e é a maior produtora portuguesa de cabos elétricos e telefónicos.


Afinal o corte na divida (haircut) não é assim tão abominável.
 E a "mão invisível " precisa de ajuda !!!


A banca perdoa 100 milhões de euros pra salvar a maior produtora de cabos


O Fundo de Reestruturação Empresarial (FRE),
que é gerido pela "private equity" OxyCapital e
para onde bancos como a CGD,
o Novo Banco
ou o BCP transferiram ativos problemáticos, em troca de unidades de
participação nesse fundo, é dono da
Cabelte e, de longe, o seu principal credor, detendo 138 milhões dos 194,5
 milhões de euros de dívida com que a maior produtora nacional
 de cabos elétricos e telefónicos entrou
 em Processo Especial de Revitalização (PER), no princípio deste ano.

Bons Padrinhos

Para uns a execução pura e simples que o digam as muitas familias que ficaram sem casa , para outros a ley off...mas para " reis" com bons padrinhos outro galo canta. O Novo Banco o tal que tem gestores de ouro...Eles perdoam , nós pagamos...

"Já está! Assinada a salvação do rei dos cogumelos com perdão de 54 milhões

A escritura de venda dos créditos das instituições bancárias no grupo Sousacamp à capital de risco Core Capital, que conta com a participação da produtora de tomate Sugal, foi finalmente assinada esta quinta-feira, 28 de maio.

Em causa estava a venda dos créditos do Novo Banco e do Crédito Agrícola, os maiores credores da Sousacamp, que inicialmente tinham concordado em perdoar cerca de 37 milhões de euros, mas que entretanto acordaram em fazer um "haircut" adicional de dois milhões de euros.
Depois de ter aceitado perdoar 24 milhões dos mais de 34 milhões de euros que tinha a haver no grupo, o Novo Banco aceitou perdoar mais 1,4 milhões, enquanto o grupo Caixa Agrícola Mútuo, que já tinha feito um desconto de 11 milhões dos 15,9 milhões que reclamava, acabou por perdoar mais 700 mil euros.
Contas feitas, a Core Capital e a sua parceira Sugal irão ficar com o maior produtor nacional de cogumelos 

O grupo Sugal, um dos maiores produtores mundiais de tomate concentrado, que é detido pela família Ortigão Costa, já é acionista da Core Capital e terá uma participação direta de 10% no grupo Sousacamp.

O Novo Banco e o Crédito Agrícola aceitaram, também, apoiar a tesouraria do grupo Sousacamp com linhas de créditos de dois milhões de euros.

Fundamental para o acordo final de recuperação do maior produtor nacional de cogumelos, para cumprir a tal condição precedente à homologação do plano, foi o papel do credor público IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas), que aceitou suspender uma garantia bancária, de 5,2 milhões, por conta do financiamento de 17milhões de um projeto da Sousacamp que parou a meio."


28 de maio de 2020

Avivar memórias na informação

 O Observador
Dos meninos do dinheiro  & do J.Manuel Fernandes
"A publicação online é detida pela empresa Observador On Time,  tem no empresário português Luís Amaral o seu grande acionista. Através da Amaral e Hijas Holdings, o dono do grupo polaco Eurocash (uma das maiores empresas a atuar no país de leste  controla mais de 45,6% da dona do Observador que, de resto, conta com vários empresários portugueses no seu capital. É o caso de António Carrapatoso, ex-presidente da Vodafone Portugal, que através da Orientempo tem uma participação de 9,96%, e de António Alvim Champalimaud que controla 6,1% da Observador On Time (adquiridos pela Holdaco). A Ardma SGPS (de Pedro de Almeida, com 6,05%) e a Atrium Investimentos (de João Fonseca, com 5,44%) têm posições acima dos 5%. Entre os acionistas de referência da empresa destaque ainda para a Merino Investimentos (de Alexandre Relvas), a Lusofinança (de Filipe de Botton), António Viana Baptista, a Ribacapital (de João Talone) e Pedro Martinho." CM
 Luís Amaral, ex-quadro da Jerónimo Martins. 
 António Pinto Leite, destacado advogado da MLGTS e presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores 
 António Viana Batista, membro da administração da Jerónimo Martins 
 Pedro de Almeida, dono da Ardma, holding do mercado de contentores, 
 João Fonseca, ex-diretor do Deutsch Bank e acionista de referência da Atrium, sociedade gestora de grandes fortunas. 
 António Champalimaud (filho), dono da Holdaco....E nesta lista  imcompleta não podiam faltar  meninos que lançaram o Compromisso Portugal no Beato : Alexandre Relvas, Filipe de Botton, António Carrapatoso e Rui Ramos, quatro militantes do PSD .
A 10 de fevereiro de 2004 o Publico noticiava com fanfarras a reunião de centenas de empresários e gestores  no Beato que inclusivamente queriam debater a importancia de os centros de decisão de empresas estratégicas a privatizar ou privatizadas ficarem em mãos nacionais...
Num saboroso artigo de opinião no semanário Sol – «Compromisso Portugal»: o nome diz-lhe alguma coisa? – de 27 de Maio de 2017, Filipe Pinhal, número dois de Jardim Gonçalves e sucessor, durante escassos meses, de Paulo Teixeira Pinto no BCP, lembra-nos esse movimento – a nova geração de gestores – lançado a 10 de Fevereiro de 2004, no Beato, que prometia tirar Portugal da cauda da Europa nos «próximos dez anos».
Contrariando as promessas, dez anos depois, em 2014, diz Filipe Pinhal «Portugal não tinha saído da cauda da Europa. Infelizmente estava ainda mais atrasado e a braços com o desmoronamento do BES e da PT, duas tragédias com a impressão digital da gente do Beato, que tinha jurado que o seu grande desígnio era a defesa dos interesses de Portugal e das empresas portuguesas». Azar dos azares, logo a seguir ao termo dos trabalhos, um dos mais activos organizadores vendeu a Somague a capitais espanhóis... A transferência dos centros de decisão para o estrangeiro apenas começava. E iria acelerar por obra e graça dos «comprometidos». 
A verdade estava à vista: a «nova geração de ouro» que proclamava «somos os melhores, dêem-nos os lugares no governo e nas empresas e nós salvaremos a Pátria», afinal estava ali para tratar da vidinha. Portugal teria de esperar outros salvadores... e tinham tanta pressa, tanta que, com a sua imparável dinâmica ajudavam a colocar no pipe-line das privatizações as empresas públicas mais valiosas, que acabaram vendidas a estrangeiros. Caía a máscara aos «patriotas» 
Será de estranhar o anti comunismo visceral desta gente ? será de estranhar  os dislates de José Manuel Fernandes sobre o PCP por celebrar Lenine ? O JMF ex- UDP... O dinheiro , o ...manganão é tão bonito o Ladrão...



Empresas de portas Giratórias

Duas das empresas do regime do Bloco Central de interesses e que mais políticos e ex membros de governo têm nas suas fileiras , no sistema de portas  giratórias são noticia.
"No início deste mês, a Martifer anunciou ao mercado que a I'M SGPS, empresa dos irmãos Carlos e Jorge Martins, e a Mota-Engil não tinham concretizado o objetivo de realizar até 30 de abril prestações acessórias de capital no montante de até 40 milhões de euros, com quase metade deste montante a ser utilizado para cobrir os prejuízos acumulados de 19,2 milhões de euros da sociedade.

Objetivo falhado, quando o mesmo e o respectivo prazo de execução tinham sido aprovados em assembleia geral de accionistas em dezembro passado, a I’M SGPS e a Mota-Engil voltam à carga, disponibilizando-se agora para fazer uma operação semelhante em junho."
Entretanto, "quando se previa que 2020 seria o ano da consolidação" do novo ciclo do grupo, com a implementação do seu plano estratégico iniciado em 2018, "o mundo foi afetado pela pandemia covid-19", lamenta a Martifer.
                         O Tubarão que utilizou a Ley Off  e  quer ser dono daTVI
"Contudo, a força da estratégia que vinha a ser implementada desde 2018, permite olhar para este período com o discernimento necessário para poder tomar as decisões mais assertivas e, deste modo, poder sair desta crise ainda mais reforçados", avança a companhia que tem Pedro Duarte como CEO.

Nesse sentido, pretende este ano "reforçar o peso do segmento naval no volume de negócios do grupo em linha com a estratégia de diversificação".

"Aliás, a carteira de encomendas da Martifer é "a mais robusta dos últimos seis anos", com o segmento da indústria naval a representar 72% do total.

No negócio que tem como base os ex- estaleiros navais de Viana do Castelo, o grupo turístico de Mário Ferreira aparece como "a trave-mestra", como Carlos Martins, o chairman da Martifer, já reconheceu, em declarações ao Negócios.


Ainda em janeiro passado, o "tubarão" dos cruzeiros fluviais adjudicou à West Sea, participada da Martifer, a construção de mais quatro navios oceânicos, no valor de 286,7 milhões de euros."
Tudo Ligado.
A 14 deste mês o empresário Mário Ferreira fechou o acordo assinado a 24 de abril com a Prisa para comprar 30,22% da Media Capital, proprietária da TVI, TVI24, Rádio Comercial e a produtora Plural. As negociações entre Mário Ferreira e o grupo espanhol Prisa tinham um prazo de exclusividade até esta sexta-feira, 15 de maio. Por estes 30,22% o dono da empresa turística Douro Azul vai desembolsar 10,5 milhões de euros.

Exército USA retoma as grandes manobras na Europa

Manlio Dinucci
O Exército dos EUA na Europa, “após cuidadosa avaliação e planificação”, decidiu que efectuará na Polónia, de 5 a 19 de Junho, o exercício  Allied Spirit , no âmbito da grande manobra estratégica Defender-Europe 20 (Defensor da Europa 2020). Participarão 4.000 soldados americanos de unidades blindadas e de infantaria, apoiados por 2.000 polacos.
O exercício, que deveria ter acontecido em Maio, foi adiado porque, devido ao Covid-19, o Defender-Europe 20 foi parcialmente modificado. Mas, especifica o US Army Europe, quando em Março, foi suspenso o envio de forças dos Estados Unidos, “mais de 90% dos equipamentos destinados ao Defender-Europe 20 já estavam a bordo de aviões e navios com destino à Europa”.
No total, chegaram mais de 3.000 equipamentos, a começar por tanques, aos quais foram adicionados mais de 9.000 veículos blindados e outros veículos provenientes dos depósitos “pré-posicionados” que o Exército USA mantém na Alemanha. Dos Estados Unidos chegaram mais de 6.000 soldados, incorporados por milhares de outros estacionados na Europa.
Apesar do “ajuste devido ao Covid-19”, comunica o Exército o US Army, “muitos dos objectivos de prontidão estratégica foram ralizados”. Anuncia portanto, que, para compensar o tempo perdido, “o US Army Europe está a planear exercícios complementares nos próximos meses, baseados em muitos dos objectivos originais do Defender-Europe 20 para aumentar a prontidão e a interoperabilidade das forças USA e aliadas”.
O Allied Spirit   faz parte de uma série de exercícios nesse quadro estratégico de nítida função anti-russa. Não é por acaso que ocorre na Polónia. Segundo, o que se estabeleceu na Declaração Militar assinada pelo Presidente Trump e pelo Presidente Duda da Polónia, em Setembro passado – os Estados Unidos estão a aumentar fortemente a sua presença militar. O número de soldados que mantém em permanência, através de um sistema de rotação, foi acrescido de 4.500 para 5.500.
Em Poznan, o US Army instala um verdadeiro quartel general de divisões numa base avançada.
Em Drawsko Pomorskie, as forças armadas USA abrem um Centro de Treino de Combate.
Em Wrocław-Strachowice, a US Air Force constrói um grande aeroporto de desembarque.
Em Lask, a US Air Force transfere uma equipa de aviões pilotados remotamente, incluindo drones Reaper.
Em Powidz, uma brigada aérea de combate.
Tanto em Powidz como em Lubliniec, as Forças USA de Operações Especiais estabeleceram as suas bases.
Num localidade ainda a ser determinada, será destacada em permanência a equipa de combate de uma brigada blindada USA. Todo o equipamento já está armazenado em Bergen-Hohne, na Alemanha. O US Army Europe também comunica que a 173ª Brigada Aerotransportada, com sede em Vicenza, está a planear operações nos Balcãs e na região do Mar Negro, enquanto o 10º Comando de Defesa Aérea e de Mísseis participará em exercícios no Báltico.
A US Air Force comunica que os três tipos de bombardeiros estratégicos convencionais e nucleares de dupla capacidade USA – B-2 Spirit, B-1B Lancer e B-52H – realizaram em Maio, missões na Europa, a partir dos Estados Unidos. O que demonstrou que “a pandemia do Covid-19 não comprometeu a prontidão e o alcance dos bombardeiros estratégicos dos EUA”.
Estes factos, ignorados pelo principais meios de comunicação social que tinham anunciado o cancelamento do Defender-Europe 20 devido ao Covid-19, confirmam que os USA não cancelaram, mas remodelaram, apenas, a operação estratégica, prolongando-a.
Permanece o objectivo de Washington de aumentar a tensão com a Rússia, usando a Europa como primeira linha do confronto, o que permite aos Estados Unidos reforçar a sua liderança sobre os aliados europeus e orientar a política externa e militar da União Europeia, na qual 22 dos 27 membros pertencem à NATO, sob comando USA.

Anuncios e realidades


Como no poker

Em Bruxelas, não há clareza! Os 1.000 bilhões de euros em subsídios são apenas metade, além de 250 bilhões de empréstimos. Para pressionar, Ursula von der Leyen lembra o risco de fratura permanente da Europa.
A Grécia não é mais a única ovelha negra, agora é acompanhada pela Itália, Espanha e Portugal, sem mencionar o caso da França por decência ... E sua proposta chega no dia seguinte ao aviso de Christine Lagarde, que anuncia uma recessão duas vezes mais profunda do que na crise anterior de 2008.
No entanto, restam duas grandes áreas cinzentas a serem resolvidas. Em que condições e com que finalidades serão concedidas as subvenções, como a Comissão as reembolsará? Portanto, ainda há matéria para partir pedra, se os recalcitantes, agora chamados de "frugal", continuarem a opor se . As discussões serão difíceis de acordo com o ministro francês que, nesta fase, não quer ouvir falar de condicionalidades. Já está previsto que a próxima cimeira convocada em 18 de junho não seja concluída, sendo necessária unanimidade, que retornará em julho para saber o final da história…

27 de maio de 2020

Problemas estruturais do capitalismo

Cinco problemas estructurales del Capitalismo agudizados por la crisis sanitaria
José Luis Ríos Vera Iván Montero Gabino Javier Ángeles Calderón


A finales de 1960, el filósofo húngaro István Mészáros señaló que el Capitalismo había llegado a su límite histórico y, con ello, los ciclos largos de la economía se habían agotado. Afirmó que estábamos frente a la crisis estructural del capital.1
Estas ideas se verificaron décadas más tarde, con el auge del parasitismo financiero y el estallido de la crisis de 2008. El pensamiento marxista redobló entonces la discusión sobre la crisis del sistema capitalista mundial.2 Por ejemplo, para Samir Amín se trataba de una época que experimenta el “agotamiento histórico del sistema”.3
Ahora, con la pandemia global causada por el SARS-CoV-2, la crisis del capitalismo se ha agudizado y manifestado en múltiples dimensiones, entre las que destacan la económica, energética, ecológica, sanitaria, financiera y del mundo del trabajo encabezado por el desempleo y la precarización del trabajo. Elementos que se articulan entre sí y ponen en entre dicho el orden “civilizatorio” del capital. A continuación, esbozamos algunos de sus elementos.
1. El nulo crecimiento de la economía
Después de que en 2019 se presentó el menor crecimiento de la década, el FMI estimaba que la economía mundial crecería 3.4 % este 2020; sin embargo, las estimaciones presentadas se desplomaron en las últimas semanas a causa de la pandemia mundial. En abril el mismo organismo estimó que la economía mundial va a contraerse en -3 %. Estados Unidos será quien más contribuya a esta recesión mundial, con el 31 %, muy por arriba del segundo y tercer lugar, Alemania con 7.7 % y
1 Mészáros, Itsván, La crisis estructural del capital, Publicaciones MINCI (2009), Venezuela.
2 Cfr., Foro de elaboración y debate: Capitalismo en trance, Revista Herramienta, disponible en: https://www.herramienta.com.ar/articulo.php?id=656 y Observatorio Internacional de la Crisis, http://www.observatoriodelacrisis.org/.
3 Samir Amín, Entrevista, 14/10/2016: https://rebelion.org/la-afirmacion-de-la-soberania-nacional- popular-frente-a-la-ofensiva-del-capital/
2

Japón 7.1 %, respectivamente. Más atrás le siguen Brasil con 4.5% y México con 4.3%, ocupando el noveno y décimo lugar.4
A esto se agrega la reciente contracción de la gran fábrica mundial, China, con - 6.8 % en el primer trimestre del año. Sin duda, esto no le permitirá empujar a la economía mundial como lo hizo en la post-crisis del 2008-2009.
Analistas optimistas hablan de una recuperación económica en forma de “V”, esto es un fuerte descenso y una recuperación rápida, así como también prevén un manejo “equilibrado” del endeudamiento global; no obstante, la vuelta a la “normalidadno ocurrirá. La pandemia ha detonado la contracción económica, ha agudizado los problemas de estancamiento estructural de la economía mundial durante las últimas décadas, que en promedio ha girado en torno al 3% y aún menor ritmo en la última década (ver gráfico).
El capitalismo ya no es capaz de crecer a ritmos acelerados de manera generalizada como en el pasado. Por el contrario, nos encontramos ante una crisis económica mundial de dimensiones históricas.

Uns mais iguais do que outros

Os ditos mercados continuam a especular . Os juros da economia portuguesa só agora se aproximam dos da Espanha ...que tal como a França tem quebras de produto superiores e em que a situação sanitária foi e é bem pior. Mas os Centenos deste país consideram tudo isto natural e bom para o país...
Desde o início do descon fi namento, a atividade começou "com cautela, mas claramente" na França, segundo o INSEE. Apesar dessa recuperação, o produto interno bruto (PIB) ainda deve cair "em torno de 20%" no segundo trimestre, após a queda de 5,8% registrada no primeiro e em mais de 8% no total do ano em um cenário otimista ", disse o Instituto na quarta-feira." A atividade econômica em junho pode ficar cerca de 14% abaixo do normal (após -25% em média em maio e -35% em média, em abril) ", estima o INSEE. Cerca de 12,9 milhões de funcionários foram objeto de uma medida de desemprego parcial, a pedido de mais de um milhão de empresas.

25 de maio de 2020

Um bem público

La eventual vacuna para Covid-19 debería ser considerada como un bien público mundial: sobre el Proyecto de Resolución de la 73 Asamblea Mundial de la SaludEl pasado 19 de mayo, la OMS publicó un Proyecto de resolución firmado por varios países –entre los que no se encuentra EEUU, aunque sí China y la Unión Europea-, luego de haber examinado el discurso del Director General (A73/3) sobre el curso actual de la pandemia del Covid-19. No es extraño que no esté incluída la firma de los EEUU en el proyecto, entre otras cosas porque hace unos pocos días un directivo de la farmacéutica Sanofi, empresa líder en fabricación de vacunas, dijo públicamente que “Estados Unidos tendría acceso preferencial a su vacuna contra la Covid-19, por haber contribuído económicamente en la búsqueda”. Finalmente la compañía tuvo que rectificar, luego de que el Presidente Macron –no precisamente un socialista ni mucho menos un tercermundista- organizara una reunión con el Presidente de la empresa y se anunciara que Sanofi “comparte el planteamiento de Francia sobre el acceso universal a la vacuna con el objetivo de hacer que la eventual vacuna sea considerada un bien público mundial”. En este momento la Unión Europea y China, entre otros, parecen compartir tal iniciativa.

Entre el articulado del Proyecto de Resolución de la OMS figura de manera explícita la misma idea. El artículo OP6, en efecto, “reconoce la función de la inmunización extensiva contra el Covid-19 como un bien de salud pública mundial…una vez que se disponga de vacunas seguras, de calidad, eficaces, efectivas, accesibles y asequibles”. (A73/CONF/1.REV.1)  Sin duda alguna la profusión de adjetivos no es inocente, dada la confusión que crean algunos líderes mundiales incluso en momentos de crisis de sus sistemas de salud. Por otro lado, y si bien en el articulado del Proyecto de Resolución hay inconsistencias peligrosas, lo cierto es que declarar que una vacuna es un bien de salud pública mundial tiene consecuencias muy interesantes y cuasi revolucionarias para el planeta en su conjunto en tiempos de pandemia, pues entraña desconocer los derechos de propiedad intelectual, privilegiando la salud de todos los seres humanos que pueblan nuestra tierra.
El tema no es nuevo y la propia OMS lo había abordado anteriormente, y muy especialmente por parte de  Germán Velasquez, el exdirector de medicamentos de la OMS, quien  fue uno de los que comenzó un estudio sobre el impacto de los nuevos medicamentos comerciales sobre la salud y sobre el acceso a ellos, especialmente en relación con los derechos de propiedad intelectual y con el acuerdo sobre los mismos ADPIC (El Acuerdo sobre los Aspectos de los Derechos de Propiedad Intelectual relacionados con el Comercio) que mantiene la Organización Mundial del Comercio (OMC).

Em jeito de honenagem


Um discurso de Julio Anguita
https://www.youtube.com/watch?time_continue=94&v=OVvsbVibMvQ&feature=emb_logo


Sua bússola está fora de controle, mas nem todos perdem o norte


Eles não sabem mais onde estão, apenas o instinto de conservação os guia! Alguns brandam o espectro do retorno da inflação, outros o da "japonização". Todos adiam o momento em que será necessário traduzir seus pensamentos nos fatos.
No entanto, na OCDE acaba de soar o sinal da morte anunciando que a dívida pública dos países ricos aumentou em US $ 17 trilhões devido às medidas de apoio que já foram tomadas. Um valor provisório, é especificado.  Um rácio de referência aponta para os 137% do PIB, pulverizando o limiar de 90% que não deveria ser excedido de forma alguma. Isso leva a OCDE a questionar a sustentabilidade da dívida pública e privada, uma questão que se pensava ser reservada para países menos virtuosos e a perspectiva de recuperação económica em  V deixou de ser notícia.
Pior, a organização chega ao ponto de perspectivar que muitos países podem ter que enfrentar "um ambiente económico semelhante ao vivido pelo Japão desde o estouro de sua bolha financeira no início dos anos 90". nunca se recuperou, o que é considerado com referência a Keynes como uma "armadilha da liquidez", um "buraco negro" nas finanças do qual não saímos,  provavelmente diria ele hoje. Seria  o horror, porque líderes políticos e banqueiros centrais estão desamparados diante desse avatar definitivo do sistema financeiro!
Para escapar a isso, os doutrinadores que não desistem de suas certezas brandam com toda a probabilidade o retorno da inflação para justificar o fechamento das torneiras. Eles querem acreditar que, apesar da recessão e da previsível queda prolongada no consumo, os preços começarão a subir novamente, o que os líderes japoneses esperavam nos últimos 40 anos ...

A mafia da Banca e a Banca da mafia

Máfia em socorro de empresas italianas em dificuldades

As organizações criminosas prosperam em crises, como a que está ocorrendo hoje. Elas são capazes de emprestar dinheiro às empresas imediatamente, o  que os bancos recusam ou não o fazem com rapidez suficiente. A oportunidade, então, de assumir o seu controle
Postado em 25 de maio de 2020 
A máfia  é o primeiro banco da Itália, alarma se a associação SOS Impresa. Um "banco" que tem muito dinheiro e pode emprestar dinheiro imediatamente. Tentação para empresas em dificuldade que enfrentam lentidão burocrática e extrema cautela nas instituições de crédito ao solicitar um empréstimo.
Um benefício para as organizações criminosas que, assim, podem se infiltrar em novos setores da economia ou fortalecer seu domínio sobre as muitas PME que já lhes são devidas. Eles os esmagariam com 100 bilhões de euros em taxas ilegais, ou 7% do PIB. Cerca de um quinto dos empresários italianos são, portanto, vítimas de extorsão, extorsão e outros empréstimos usurários - correspondendo a uma taxa 50% superior à aplicada em média pelos bancos.
Geralmente, os credores de agiotas aplicam taxas de juros de pelo menos 10% ao mês e exigem reembolso do dobro do valor adiantado em um ano. O desgaste totaliza uma faturação anual de quase 100 bilhões de euros. Na época da crise de 2008, de acordo com um relatório do Instituto Italiano de Estudos Políticos, Económicos e Sociais (Eurispes), uma em cada dez empresas do setor agrícola, comercial e de serviços preferia recorrer a agiotas sem escrúpulos  do que recorrem a banqueiros relutantes.

24 de maio de 2020

Quem paga é o dinheiro dos trabalhadores

O silêncio é a alma do negócio
Foi em março que o Governo abriu a porta ao lay-off simplificado, regime destinado aos empregadores mais afetados pelo surto de Covid-19 e que lhes permite suspender os contratos de trabalho ou reduzir os horários dos trabalhadores. Além disso, as empresas que recorram a este mecanismo passam a receber da Segurança Social um apoio para o pagamento dos salários dos trabalhadores, que também ficam reduzidos.
Os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) mostram que mais de 500  empresas com mais de 200 trabalhadores recorreram à lei muitas delas tendo tido nos últimos anos elevados lucros , distribuido chorudos dividendos e prémios aos seus gestores...E fazem -no com todo o descaramento . Sobre isto o Patrão da CIP e da confederação do comércio nada dizem , nem Costa e o de Belém , nem  os moralistas do PSD (Rui Rio ) , CDS e toda a direita

Tomem nota A gripe espanhola ..e o nazismo

Hospital militar de emergencia durante la epidemia de Gripe Española, en Camp Funston (Kansas, EEUU) FOTO: Museo Nacional de Salud y Medicina
Os estudos científicos  que mostraram a alta correlação entre a deterioração da vida económica e a ascensão da extrema direita são muito abundantes.
Mais especificamente, alguns fatos estão demonstrados e devem ser levados muito a sério por nossos políticos e líderes.
Antes de tudo, sabemos que a ascensão da extrema direita não ocorre como consequência de todos os tipos de crise, mas das financeiras, e quando o período de recessão pós-crise é duradouro.
Também sabemos que políticas de austeridade, cortes nos gastos públicos que levam a reduzir benefícios sociais  e  a deterioração dos serviços públicos estão altamente correlacionados com a ascensão da extrema direita. Algo que foi perfeitamente demonstrado no caso alemão: depois das políticas de grandes cortes realizadas entre 1930 e 1932, o partido nazista multiplicou seu voto, passando de pouco mais de 2% em 1928 para quase 45% em 1933.

Hoje , sabemos um pouco mais sobre a ascensão do nazismo na Alemanha, desde que uma economista do Federal Reserve de Nova York, Kristian Blickle, publicou um estudo, ainda na versão preliminar, que mostra a grande influência que a pandemia  da gripe espanhola teve sobre o sucesso subsequente de Adolf Hitler (pode ser lido aqui ).

Uma banca ao serviço dos banqueiros

O comentador de Belém não quererá receber os banqueiros outra vez?
O s empréstimos da banca são hoje mais caros do que antes da pandemia mesmo com as linhas de crédito garantidas pelo Estado.
Os pequenos empresários de vários sectores queixam -se mas da parte do governo e do regulador não se vê nada


AHRESP acusa banca de dificultar crédito à restauração

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) diz que os bancos estão a exigir às microempresas valores de spread mais elevados do que os definidos pelo Governo para o acesso às linhas de crédito

Segundo a porta-voz da associação que representa os restaurantes, os bancos estão a dar preferência a empresas "mais robustas". Às microempresas, os bancos impõem valores de spread mais elevados do que os definidos pelo Governo e exigem "garantias bancárias, patrimoniais e pessoais", que o Executivo já disse não serem devidas mas nada faz.
A banca está ainda a "extravasar todos os prazos de resposta", acrescenta Ana Jacinto. A AHRESP criou uma plataforma para monitorizar o andamento dos processos junto da banca e tem recebido relatos "extraordinário", revela a porta-voz da associação. Segundo Ana Jacinto, "a maior parte das empresas" do setor "não foram financiadas".

A responsável adianta também que associação escreveu a todos os bancos, reportando a situação, e que apenas obteve resposta de um, que disse à AHRESP estar a agir no cumprimento das regras.


23 de maio de 2020

O Relançamento

O “relançamento”, de fato, ignora uma reflexão sobre o motor, a finalidade da produção econômica e o papel atribuído ao mercado. O conceito de "bens comuns" está sendo usado para todos os fins, como tem sido o da renda universal básica para afogar peixes. Mesmo alterada na margem de certos setores produtivos, a globalização confirma a distribuição desigual de lucros que resulta de uma divisão do trabalho que resulta na organização de "cadeias de valor" que serão retomadas apenas.
O capitalismo financeiro é, sob todos os aspectos, um sistema predatório prejudicial, tanto para o planeta quanto para seus habitantes. Mas outra de suas características apareceu, se considerarmos a desproporção entre os efeitos fatais diretos da pandemia e suas gigantescas consequências económicas e sociais: o sistema provou ser muito frágil. Sabíamos que a dívida era o seu calcanhar de Aquiles, mas ignoramos sua natureza sistémica, que não é reservada à esfera financeira.