Do ponto de vista dos investidores M.W.uma opinião: (...)Les Irlandais ont voté pour un gouvernement qui va renégocier la dette et les conditions de l'aide de l'Union européenne. Pas un euro de plus dans les banques sans restructuration de la dette. "Restructuration", c'est le terme élégant pour dire "nous ne vous paierons pas tout ce que nous devons".
5,8% c'est un taux d'intérêt "punitif" a dit Enda Kenny, le nouveau Premier ministre. Ce sont les conditions qu'a accordées la grande et généreuse Europe à l'Irlande. Ne croyez pas qu'Enda Kenny soit une cigale celtique. Il avait soutenu les quatre plans de rigueur imposés en trois ans.
Enda Kenny veut faire payer les détenteurs de dette senior des banques. "Bien fait", pensez-vous, "que les banques payent donc pour leurs méfaits ; ces Irlandais ont bien raison". Pour rappel, les détenteurs de dette senior sont, en principe, des créanciers privilégiés, de premier rang.
Quand trois fois rien finit par devenir gênant
A première vue, les banques françaises ne risquent pas grand-chose en Irlande. L'Agefi dans son quotidien électronique du 28 février donne les montants suivants :
Exposition à la dette souveraine irlandaise
Etablissement Montant en millions d'euros
BNP Paribas 351
BPCE 311
Crédit Agricole 111
Société Générale 200
Total 973
Source Agefi – Au 31/12/2010
Moins d'un milliard d'euros, pas de quoi fouetter un chat. L'unité de la crise financière c'est plutôt le kerviel, soit 5 milliards d'euros. On en a vu d'autres...
Mais la dette souveraine n'est qu'un aspect. Si on additionne l'ensemble des engagements (obligations d'Etat, obligations d'entreprises, participations en capital) on arrive, à 69 milliards d'euros d'exposition des banques françaises à l'Irlande, soit 13,8 kerviels*. Plus embêtant.
La plus engagée par l'Irlande, c'est l'Allemagne. Ses banques cumulent 193 milliards d'euros*. En Allemagne aussi des élections ont eu lieu. Voilà Angela prise en tenaille entre des électeurs qui commencent à lui tourner le dos et des banques qui ont elles-mêmes des engagements susceptibles de les déstabiliser.
L'inflexible Angela a donc entrouvert la porte à un prolongement de l'aide à la Grèce (43 milliards d'euros en jeu pour les banques allemandes). L'aide à la Grèce s'échelonne sur 3 ans alors que l'Irlande a obtenu 7 ans.
La Grèce et l'Irlande seront donc au menu du sommet européen du 24 et 25 mars prochain à Bruxelles.
La farce des stress tests bancaires
Les stress tests, les voilà qui reviennent aussi sur le devant de la scène. Il faut les refaire pour rassurer et effacer la farce de l'été 2010. Juillet : alléluia tout va bien. Septembre : faillite d'Anglo Irish Bank.
Mais comment noter :
- la dette souveraine des pays dits périphériques
- et – nouveau problème – la dette senior puisque finalement elle peut s'effacer si facilement de l'ardoise.
Si les banques européennes doivent recapitaliser, donc émettre de la dette, elles vont se retrouver en concurrence avec leurs Etats qui doivent aussi caser la leur. Si les banques coulent, elles entraînent dans leur sillage les assureurs chargés en actions bancaires. Or ce ne sont pas les banques qui sont les plus gros dépositaires d'épargne mais les assureurs par le biais des contrats d'assurance-vie.
Les couleuvres deviennent de plus en plus grosses à avaler.
La crise de solvabilité bientôt révélée au grand jour
"Quand un Etat devient-il insolvable", s'interroge notre collègue Eberhardt Unger ?
Même avec 3% de croissance, la dette publique des pays européens endettés pour plus de 80% de leur production annuelle de richesse poursuit sa croissance, inexorablement. Les chiffres sont têtus.
La seule issue est, bien sûr, l'inflation qui signifie l'euthanasie financière des retraités (fort nombreux). Cette inflation que la Banque centrale européenne s'est jurée de contrer.
Jusqu'à quand l'euro va-t-il faire illusion ?
La crise du Moyen-Orient a donné un léger répit à l'euro. Les investisseurs ont lâché le dollar impérialiste pour se tourner vers l'euro et l'or.
Ceci nous donne un petit répit en limitant les coûts de nos importations (notamment du pétrole) et donc la hausse des prix. Mais acheter du temps devient de plus en plus cher.
Le retour de la crise de l'euro est pour le printemps !
M W 28/2/11
Linha de separação
28 de fevereiro de 2011
A entrevista do patrão dos Banqueiros
Ricardo Espirito Santo, o Presidente do Banco Espirito Santo, deu no passado fim-de-semana uma importante entrevista ao caderno de economia do Expresso.
São várias as afirmações de Ricardo Espirito Santo que vale a pena reter e que pela sua importância aqui reproduzo:
1. "..O problema fundamental do endividamento português é do Estado e não dos privados. Temos de reduzir o endividamento e a forma de o acelerar é avançar com privatizações e reduzir prejuízos de empresas públicas....O Estado deve acelerar privatizações que tinham a vantagem de reduzir o endividamento e contribuir para o reequilíbrio do nosso défice externo.
2. " ..Qualquer aceleração de eleições nesta altura seria um problema complicadíssimo em termos financeiros.."
3. "..Os bancos pagam mais impostos do que os que vêm na rubrica dos impostos. Na nossa conta de exploração estão inscritos 43,7 milhões mas a carga fiscal total em 2010 inclui outros impostos que totalizaram 132 milhões. Isto é que é uma verdadeira perversidade contabilística. A Banca não anda a fugir aos impostos."
4. "...Muito antes de a venda da Vivo ser concluída foi comunicado que se ela se efectivasse haveria um dividendo antecipado. Isto criou uma responsabilidade perante os accionistas da PT. Se a PT não tivesse cumprido com o que comunicou poderia haver um problema com os accionistas internacionais, que têm cerca de 70% do capital. Os administradores da PT são pagos não para fazer filantropia, mas para obter, dentro do que é legal, a maximização do resultado".
5. "..Tenho um grande respeito por ele (o ministro das Finanças), mas é preciso perceber que o sistema capitalista é amoral, tem de produzir resultados.."
6. " ...a PT deu uma grande contribuição ao país e ao Estado para a equação do défice de 2010, através do fundo de pensões. Julgo que a PT está completamente salvaguardada,,,"
7. " ..Admito que uma participação minoritária da CGD possa ser colocada em Bolsa preferencialmente junto de pequenos investidores, reforçando as receitas das privatizações. Mas defendo a manutenção do controlo pelo Estado".
Como se vê, Ricardo Espirito Santo faz revelações interessantes:
A PT é hoje uma empresa cujo capital é estrangeiro em 70% (estão a ver para onde vai a esmagadora maioria do produto da venda da sua participação na Vivo e a maior fatia das centenas de milhões de euros de lucros que esta empresa obtem todos os anos).
O BES apenas vai pagar 43,7 milhões de euros de IRC, mas Ricardo Espirito Santo diz que paga muito mais do que isso (é curioso mas as famílias também não pagam apenas o IRS, também pagam IVA quando consomem, ISP quando abastecem as suas viaturas, Imposto sobre o consumo do tabaco quando fumam, Imposto sobre veículos quando compram uma viatura, Imposto Único de Circulação pela utilização anual da sua viatura, IMI quando possuem casa, etc,...).
Como ele sabe tão bem fazer contas e espera que os outros o não saibam!
Ricardo Espirito lembra aos mais esquecidos que o sistema capitalista é amoral e tem de produzir resultados e que os administradores das grandes empresas não são pagos para fazer filantropia.
Todos já sabíamos isso, mas é sempre interessante ouvi-lo da boca do patrão dos banqueiros, pois é aqui que ele mostra a sua face e mostra quão importante é para eles o planeamento fiscal e a maximização da utilização das suas filiais no exterior e em especial dos off-shores.
Este mesmo senhor defende que as privatizações devem avançar e que até uma parte da CGD (por enquanto minoritária) deve ser privatizada.
Curiosamente o processo de privatizações iniciou-se sempre com privatizações de partes minoritárias do capital social das empresas, para de seguida atacarem a parte restante. Veja-se o que aconteceu no final dos anos 80 e no início dos anos 90.
Este mesmo senhor pretende ainda convencer-nos, convencido de que uma mentira tanta vez repetida se transforma em verdade, que o grande problema do país não é a dívida privada, mas sim a divida pública (por acaso a dívida privada é muito superior à pública).
Por fim percebe-se das suas palavras que Sócrates pode dormir descansado, ainda não chegou a sua hora, mas para isso é indispensável que prossiga a política que os detentores do poder económico, aqui tão bem representados por Ricardo Espirito Santo lhe ditam e que ela tão bem tem realizado.
Ao que chegámos!
São várias as afirmações de Ricardo Espirito Santo que vale a pena reter e que pela sua importância aqui reproduzo:
1. "..O problema fundamental do endividamento português é do Estado e não dos privados. Temos de reduzir o endividamento e a forma de o acelerar é avançar com privatizações e reduzir prejuízos de empresas públicas....O Estado deve acelerar privatizações que tinham a vantagem de reduzir o endividamento e contribuir para o reequilíbrio do nosso défice externo.
2. " ..Qualquer aceleração de eleições nesta altura seria um problema complicadíssimo em termos financeiros.."
3. "..Os bancos pagam mais impostos do que os que vêm na rubrica dos impostos. Na nossa conta de exploração estão inscritos 43,7 milhões mas a carga fiscal total em 2010 inclui outros impostos que totalizaram 132 milhões. Isto é que é uma verdadeira perversidade contabilística. A Banca não anda a fugir aos impostos."
4. "...Muito antes de a venda da Vivo ser concluída foi comunicado que se ela se efectivasse haveria um dividendo antecipado. Isto criou uma responsabilidade perante os accionistas da PT. Se a PT não tivesse cumprido com o que comunicou poderia haver um problema com os accionistas internacionais, que têm cerca de 70% do capital. Os administradores da PT são pagos não para fazer filantropia, mas para obter, dentro do que é legal, a maximização do resultado".
5. "..Tenho um grande respeito por ele (o ministro das Finanças), mas é preciso perceber que o sistema capitalista é amoral, tem de produzir resultados.."
6. " ...a PT deu uma grande contribuição ao país e ao Estado para a equação do défice de 2010, através do fundo de pensões. Julgo que a PT está completamente salvaguardada,,,"
7. " ..Admito que uma participação minoritária da CGD possa ser colocada em Bolsa preferencialmente junto de pequenos investidores, reforçando as receitas das privatizações. Mas defendo a manutenção do controlo pelo Estado".
Como se vê, Ricardo Espirito Santo faz revelações interessantes:
A PT é hoje uma empresa cujo capital é estrangeiro em 70% (estão a ver para onde vai a esmagadora maioria do produto da venda da sua participação na Vivo e a maior fatia das centenas de milhões de euros de lucros que esta empresa obtem todos os anos).
O BES apenas vai pagar 43,7 milhões de euros de IRC, mas Ricardo Espirito Santo diz que paga muito mais do que isso (é curioso mas as famílias também não pagam apenas o IRS, também pagam IVA quando consomem, ISP quando abastecem as suas viaturas, Imposto sobre o consumo do tabaco quando fumam, Imposto sobre veículos quando compram uma viatura, Imposto Único de Circulação pela utilização anual da sua viatura, IMI quando possuem casa, etc,...).
Como ele sabe tão bem fazer contas e espera que os outros o não saibam!
Ricardo Espirito lembra aos mais esquecidos que o sistema capitalista é amoral e tem de produzir resultados e que os administradores das grandes empresas não são pagos para fazer filantropia.
Todos já sabíamos isso, mas é sempre interessante ouvi-lo da boca do patrão dos banqueiros, pois é aqui que ele mostra a sua face e mostra quão importante é para eles o planeamento fiscal e a maximização da utilização das suas filiais no exterior e em especial dos off-shores.
Este mesmo senhor defende que as privatizações devem avançar e que até uma parte da CGD (por enquanto minoritária) deve ser privatizada.
Curiosamente o processo de privatizações iniciou-se sempre com privatizações de partes minoritárias do capital social das empresas, para de seguida atacarem a parte restante. Veja-se o que aconteceu no final dos anos 80 e no início dos anos 90.
Este mesmo senhor pretende ainda convencer-nos, convencido de que uma mentira tanta vez repetida se transforma em verdade, que o grande problema do país não é a dívida privada, mas sim a divida pública (por acaso a dívida privada é muito superior à pública).
Por fim percebe-se das suas palavras que Sócrates pode dormir descansado, ainda não chegou a sua hora, mas para isso é indispensável que prossiga a política que os detentores do poder económico, aqui tão bem representados por Ricardo Espirito Santo lhe ditam e que ela tão bem tem realizado.
Ao que chegámos!
25 de fevereiro de 2011
PT multipla lucros por 8,3 e reduz impostos a metade
A PT apresentou ontem os seus resultados de 2010, tal como se esperava os seus lucros líquidos em 2010, atingiram o valor astronómico de 5 672,2 milhões de euros, como resultado em grande parte da venda da sua participação na Vivo.
Este valor de lucros líquidos em 2010 compara com um valor de 684,7 milhões de euros em 2009, isto é, os seus lucros aumentaram de um ano para o outro 8,3 vezes. Se foi assim do lado dos lucros, espantosamente do lado dos impostos a PT apresenta uma provisão para impostos em 2010 de 78 milhões de euros (ver página nº 7 do documento da apresentação dos resultados anuais de 2010), menos de metade daquilo que pagou em 2009, 186 milhões de euros (-58,1%).
Como é isto possível?
Depois dos 4 maiores bancos privados nacionais reduzirem as suas previsões para impostos de -54,8% em relação a 2009 (menos 167,9 milhões de euros de impostos), deparamos agora com o escândalo da PT, a aumentar os seus lucros 8,3 vezes em relação a 2009, mas baixar a provisão para impostos 58,1% em relação ao ano anterior.
Aonde vamos parar, depois dos principais bancos nacionais privados, temos agora a PT, como temos também a Sonae Industria e a Zon, como teremos certamente outros grandes grupos económicos, a pagarem muito menos IRC em 2010 do que em 2009, ao mesmo tempo que dispara a carga fiscal (IRS, IVA) sobre os trabalhadores por conta de outrém e sobre as famílias portuguesas, como bem mostra já a execução orçamental de Janeiro, com mais 136,1 milhões de euros de recita fiscal de IVA e IRS, em relação ao mês de Janeiro de 2010.
24 de fevereiro de 2011
A China o ouro e o dólar
Selon le World Gold Council (WCG), l'intérêt pour l'or ne devrait pas faiblir cette année – non seulement en Chine, mais aussi au niveau mondial.
L'année dernière, la demande mondiale en or s'est élevée à plus de 3 800 t, en hausse de 19% par rapport à 2009 et au plus haut depuis 10 ans. Une tendance qui, selon le WGC, a toutes les chances de se poursuivre en 2011.
Et la demande chinoise ? Le WGC prévoit une augmentation de 40% à 50% des investissements et de 8% à 10% pour les achats de bijoux.
La Chine devrait aussi augmenter sa production d'or. En 2010, elle a atteint 340 t. Malgré une hausse de 8,6% par rapport à 2009, cette production s'est avérée insuffisante pour satisfaire la demande. La Chine est donc devenue l'un des principaux importateurs d'or au monde avec 209 t importées en octobre dernier, soit tout de même une hausse de 500% sur un an !
L'or, l'anti-dollar
La Chine poursuit le mouvement entamé depuis le début de la crise en essayant de réduire ses réserves de dollars au profit d'un actif moins dangereux – et qui n'est pas menacé par l'inquiétante surliquidité de la Fed.
Vous vous rappelez certainement les achats massifs d'or effectués par la Banque centrale chinoise dès 2009.
Depuis, et même si Pékin reste le plus discret possible, les observateurs attentifs – dont Simone Wapler – ont noté que dès que l'or consolidait suffisamment, un accroissement des achats inversait la tendance et poussait l'or, de nouveau, à la hausse. C'est ce que Simone appelle le stop de Beijing.M. Week 23/2/2011
L'année dernière, la demande mondiale en or s'est élevée à plus de 3 800 t, en hausse de 19% par rapport à 2009 et au plus haut depuis 10 ans. Une tendance qui, selon le WGC, a toutes les chances de se poursuivre en 2011.
Et la demande chinoise ? Le WGC prévoit une augmentation de 40% à 50% des investissements et de 8% à 10% pour les achats de bijoux.
La Chine devrait aussi augmenter sa production d'or. En 2010, elle a atteint 340 t. Malgré une hausse de 8,6% par rapport à 2009, cette production s'est avérée insuffisante pour satisfaire la demande. La Chine est donc devenue l'un des principaux importateurs d'or au monde avec 209 t importées en octobre dernier, soit tout de même une hausse de 500% sur un an !
L'or, l'anti-dollar
La Chine poursuit le mouvement entamé depuis le début de la crise en essayant de réduire ses réserves de dollars au profit d'un actif moins dangereux – et qui n'est pas menacé par l'inquiétante surliquidité de la Fed.
Vous vous rappelez certainement les achats massifs d'or effectués par la Banque centrale chinoise dès 2009.
Depuis, et même si Pékin reste le plus discret possible, les observateurs attentifs – dont Simone Wapler – ont noté que dès que l'or consolidait suffisamment, un accroissement des achats inversait la tendance et poussait l'or, de nouveau, à la hausse. C'est ce que Simone appelle le stop de Beijing.M. Week 23/2/2011
23 de fevereiro de 2011
Vale a pena lembrar, agora que tanto se questiona o euro!
Num momento em que cada vez mais economistas e outros opinadores, questionam a nossa adesão ao euro, responsabilizando-a pela longo período de estagnação e recessão que vivemos desde o início deste novo século, vale a pena lembrar aqueles que desde o início se bateram contra ela, numa altura em que muitos daqueles que hoje falam de cátedra sobre este assunto, com o seu silêncio aceitaram de bom grado essa decisão, aprovada com os votos do PS e da direita (PSD/CDS).
Esta revista que aqui publicamos, foi editada no 1º semestre de 1997, pelos deputados eleitos pelo PCP no Parlamento Europeu, Joaquim Miranda e Sérgio Ribeiro e fez parte de uma campanha do PCP em defesa de um referendo sobre a adesão à moeda única.
Nessa altura poucos foram os economistas portugueses, que para além do Prof. João Ferreira do Amaral, juntaram a sua voz ao Joaquim Miranda, ao Sérgio Ribeiro, ao Carlos Carvalhas, ao Octávio Teixeira, à Ilda Figueiredo, ao Lino de Carvalho, para chamar à atenção para as repercussões negativas que essa adesão teria sobre a economia portuguesa.
Aconselho vivamente os leitores deste blogue a lerem as 15 perguntas e as consequentes respostas que na altura foram feitas na campanha de esclarecimento contra a adesão ao euro e pela realização de um referendo.
Passados 14 anos, ao olharmos para a nossa situação económica e social, facilmente se percebe quem mentia e quem falava verdade.
Não foi por acaso que o então ministro das Finanças António Sousa Franco, à falta de argumentos afirmou, nessa altura, perante as críticas fundamentadas contra esta adesão que "...a decisão de encaminhar a Europa para a moeda única é uma decisão política... que não pode ser substituída por uma decisão técnica, tecnocrática ou académica".
Este documento ganha hoje, talvez mais do que nunca, uma nova actualidade.
Nota do Director | |
• | Editorial |
• | Seriedade Política e Propaganda |
• | O Caminho para a Moeda Única |
Perguntas com resposta
Nota: Alguns dos textos de Perguntas e Respostas correspondem a traduções e adaptações livres de artigos produzidos pelo jornal «Humanité» e pela revista «Economie et Politique».
• | O PCP Contra a Moeda Única |
• | Os «amigos» do Euro |
A crise vista pelos investidores
Un premier signal inquiétant chez les assureurs ?
Simone Wapler
Les assureurs seraient-ils inquiets ? Dans une lettre ouverte publiée jeudi 17 février, ils ont indiqué au G20 qu'ils ne devaient pas être mis dans la liste des établissements financiers susceptibles de présenter un risque systémique. Comprendre : la faillite de l'un n'aurait pas de répercussion sur les autres et le secteur banque – finance – assurance en général.
On comprend évidemment que la perspective de devoir provisionner des sommes plus élevées pour financer le coût d'un éventuel sauvetage ne les enthousiasme pas. "Allianz, Axa et Generali ont assuré qu'une activité normale d'assurance ne comportait pas de risque systémique", indique L'Agefi du 18 février.
Nous ne pensons pas la même chose. Car en examinant le bilan de ces grands assureurs, on trouve beaucoup d'obligations souveraines, bancaires et même d'actions bancaires. Une "activité normale" exclue probablement le moratoire d'un Etat européen, mais nous estimons que c'est précisément là que réside le risque.
Groupama semble bien vulnérable
La situation de Groupama se détériore. Le 16 février dernier, l'assureur a posté de mauvais résultats 2010, notamment dans l'activité assurance-vie. Le bénéfice net a reculé de 41% à 387 millions d'euros, indique L'Agefi.
Le ratio de solvabilité s'est fortement détérioré passant de 180% à 130%, souligne l'agence de notation CreditSights qui remarque sévèrement : "les résultats 2010 montrent que la solvabilité repose essentiellement sur des capitaux vulnérables". Il s'agit de plus-values latentes et de dette subordonnée (c'est-à-dire de créances dont le remboursement n'est pas prioritaire en cas de difficulté).
Le revenu de l'activité assurance-vie a fortement décliné passant de 396 millions d'euros à 174 millions d'euros. Là encore, CreditSights note "nous croyons toujours que dans l'état actuel du marché, il pourrait être difficile d'atteindre 4% de rendement sans gains en capital qui deviennent de plus en plus difficile à réaliser".
L'exposition de Groupama à la dette souveraine des pays périphériques est la suivante :
Par ailleurs, CreditSights juge que l'exposition actions (14,8% du portefeuille) posera problème dans le cadre des nouvelles règles de Solvabilité II.
Par rapport à ce que nous décrivons dans notre rapport spécial stress tests des assureurs-vie, la situation financière de Groupama s'est dégradée ce qui rend l'assureur encore plus vulnérable aux scénarios de stress que nous avons développés.
Chez AXA, la situation est meilleure et la marge de solvabilité atteint 182%. Mais les revenus de l'assurance-vie ont baissé de 3% (57 milliards d'euros du fait du recul de cette activité en France, aux Etats-Unis et au Japon) et le bénéfice net a reculé de 24% (2,7 milliards d'euros). Dans la gestion d'actifs, les décollectes nettes ont atteint 73 milliards d'euros.
Des assurances plutôt inquiétantes
La vérité est que les mondes de l'assurance et de la banque sont beaucoup plus interdépendants qu'ils ne veulent bien l'admettre officiellement. Ainsi BNP Paribas donnait aussi ses résultats le 17 février et mentionnait une dépréciation de 534 millions d'euros liée à sa participation de 5,2% dans l'assureur Axa.
Le "risque systémique", ou autrement dit le risque de défaillances en cascade, est bien réel. Les assureurs ont des portefeuilles chargés d'obligations souveraines et bancaires et d'actions bancaires.
Simone Wapler
Les assureurs seraient-ils inquiets ? Dans une lettre ouverte publiée jeudi 17 février, ils ont indiqué au G20 qu'ils ne devaient pas être mis dans la liste des établissements financiers susceptibles de présenter un risque systémique. Comprendre : la faillite de l'un n'aurait pas de répercussion sur les autres et le secteur banque – finance – assurance en général.
On comprend évidemment que la perspective de devoir provisionner des sommes plus élevées pour financer le coût d'un éventuel sauvetage ne les enthousiasme pas. "Allianz, Axa et Generali ont assuré qu'une activité normale d'assurance ne comportait pas de risque systémique", indique L'Agefi du 18 février.
Nous ne pensons pas la même chose. Car en examinant le bilan de ces grands assureurs, on trouve beaucoup d'obligations souveraines, bancaires et même d'actions bancaires. Une "activité normale" exclue probablement le moratoire d'un Etat européen, mais nous estimons que c'est précisément là que réside le risque.
Groupama semble bien vulnérable
La situation de Groupama se détériore. Le 16 février dernier, l'assureur a posté de mauvais résultats 2010, notamment dans l'activité assurance-vie. Le bénéfice net a reculé de 41% à 387 millions d'euros, indique L'Agefi.
Le ratio de solvabilité s'est fortement détérioré passant de 180% à 130%, souligne l'agence de notation CreditSights qui remarque sévèrement : "les résultats 2010 montrent que la solvabilité repose essentiellement sur des capitaux vulnérables". Il s'agit de plus-values latentes et de dette subordonnée (c'est-à-dire de créances dont le remboursement n'est pas prioritaire en cas de difficulté).
Le revenu de l'activité assurance-vie a fortement décliné passant de 396 millions d'euros à 174 millions d'euros. Là encore, CreditSights note "nous croyons toujours que dans l'état actuel du marché, il pourrait être difficile d'atteindre 4% de rendement sans gains en capital qui deviennent de plus en plus difficile à réaliser".
L'exposition de Groupama à la dette souveraine des pays périphériques est la suivante :
Par ailleurs, CreditSights juge que l'exposition actions (14,8% du portefeuille) posera problème dans le cadre des nouvelles règles de Solvabilité II.
Par rapport à ce que nous décrivons dans notre rapport spécial stress tests des assureurs-vie, la situation financière de Groupama s'est dégradée ce qui rend l'assureur encore plus vulnérable aux scénarios de stress que nous avons développés.
Chez AXA, la situation est meilleure et la marge de solvabilité atteint 182%. Mais les revenus de l'assurance-vie ont baissé de 3% (57 milliards d'euros du fait du recul de cette activité en France, aux Etats-Unis et au Japon) et le bénéfice net a reculé de 24% (2,7 milliards d'euros). Dans la gestion d'actifs, les décollectes nettes ont atteint 73 milliards d'euros.
Des assurances plutôt inquiétantes
La vérité est que les mondes de l'assurance et de la banque sont beaucoup plus interdépendants qu'ils ne veulent bien l'admettre officiellement. Ainsi BNP Paribas donnait aussi ses résultats le 17 février et mentionnait une dépréciation de 534 millions d'euros liée à sa participation de 5,2% dans l'assureur Axa.
Le "risque systémique", ou autrement dit le risque de défaillances en cascade, est bien réel. Les assureurs ont des portefeuilles chargés d'obligations souveraines et bancaires et d'actions bancaires.
22 de fevereiro de 2011
Mais de 28 mil famílias deixaram de pagar à Banca. Diário Económico 22 de Fevereiro
Eis o resultado do "fazer o trabalho de casa" que todos os papagaios recitam como "solução para a crise", isto é, solução para o empobrecimento e para a falência do país.
Mãe Emigrante - migrant mother
Uma fotografia clássica tirada na crise de 1929/30 e mil vezes reproduzida. A mãe era Florence Thompson, mãe de sete filhos e tinha na altura 32 anos. A fotografia foi tirada em 1936, na Califórnia, por Dorothea Lange que trabalhava para o governo federal. Esta fotografia faz parte de um conjunto que procurava documentar o impacto da crise na vida dos camponeses.
21 de fevereiro de 2011
Blogs e leituras
Dormir em pé
Ils ne sont pas loin du storytelling – cette technique narrative de communication qui a si bien servi pour les armes de destructions massives irakiennes, ou à laquelle le danger islamique s’apparente également – mais ils s’y essayent. Qu’ils appartiennent au parti républicain américain, au gouvernement britannique ou à la coalition CDU/CSU-FPD allemande, les leaders politiques qui tiennent actuellement le haut du pavé et monopolisent le verbe n’arrêtent pas de fabriquer de belles et édifiantes histoires destinées à formater les esprits.
Les premiers font de l’amoindrissement du rôle de l’Etat, auquel tous les maux ou presque sont attribués, leur nouvelle religion. N’envisageant pour tout programme que des coupes budgétaires et des baisses d’impôt. Les yeux rivés sur l’échéance présidentielle, avec pour seul objectif de faire chuter Barack Obama, ils ne veulent en aucun cas être associés à de nouvelles dépenses budgétaires ou, pis, à des augmentations d’impôts. Ils sont d’autant plus prêts à exiger des mesures drastiques qu’ils savent la majorité démocrate du Sénat et l’exercice du droit de veto présidentiel se préparer à si nécessaire les bloquer.
A terme, les uns comme les autres n’ont d’autre foi que dans la croissance économique, à propos de laquelle ils fondent des prévisions irréalistes et placent tous leurs espoirs. Telle la poursuite infernale d’une fuite en avant américaine qui en masque une autre, celle de la dette et de son financement.
Les gouverneurs des Etats et les maires, eux, n’ont même pas les moyens de tergiverser. Ils sont confrontés sans attendre à des déficits leur imposant de réaliser des coupes claires dans leurs budgets. Commençant à susciter de vives réactions, comme les manifestations de Madison dans le Wisconsin viennent de le montrer. Ils ont toutefois l’espoir, car il n’y a pas à ce niveau d’échappatoire, de réaliser une union sacrée locale entre démocrates et républicains – les modalités discrètes n’en manquent pas – impensable au plan national.
Repoussée à plus tard au niveau central, la crise budgétaire est en train d’exploser localement, là où les situations financières sont les plus détériorées. Ce qui n’est pas sans rappeler, par analogie, la crise européenne actuelle et sa zone des tempêtes où pénètrent peu à peu les pays les plus faibles. Comme on l’a déjà vu à propos de la crise des muni-bonds, ce sont les plans de pension et les systèmes d’aide social et de santé qui sont les premiers visés dans les budgets américains, ainsi que les emplois municipaux, dans tous les secteurs. Et quand le secrétaire d’Etat, Tim Geithner, en vient à reconnaître que des hausses d’impôts sont inévitables si l’on veut réduire le déficit, il s’en tient à prudemment évoquer la nécessité de « se pencher sur les recettes ».
Les Britanniques sont un peu en avance dans le processus. David Cameron, le premier ministre, a rédigé pour eux un projet sous forme de conte pour enfants qu’il a tout simplement intitulé Big Society. N’y allant pas par quatre chemins, il a expliqué que « la poigne du contrôle de l’Etat doit être relâchée et le pouvoir confié aux gens (…) Nous connaissons les dégâts provoqués par des services qui sont contrôlés de façon centralisée (…) Que ce soit les taux de survie au cancer, les résultats scolaires ou la criminalité, nous dérapons depuis trop longtemps face à des pays comparables ». Il envisage en conséquence de confier à des entreprises privées ou des organisations caritatives la gestion de la quasi-totalité des services publics, à l’exception concède-t-il de la sécurité nationale et de la justice. D’ici à une quinzaine de jour, le gouvernement britannique va rendre public un « Livre Blanc » à ce propos, mettant le NHS – le service de santé britannique – particulièrement sur la sellette.
Ce projet a tout d’un habillage des coupes budgétaires prévues par le plan d’austérité de la coalition au pouvoir. Mais des villes-pilotes ou des associations choisies pour amorcer la pompe se sont déjà désengagées, faute de moyens. On comprend que, à l’image de ce qui se fait un peu partout en Europe, l’Etat tend à se décharger de ses responsabilités sur des structures locales, qui seront ensuite financièrement étranglées, puis dans l’obligation de procéder aux coupes que les gouvernements n’auront ainsi pas à assumer. Ainsi qu’a continuer de privatiser plus ou moins insidieusement des activités encore publiques. C’est effectivement un projet de société, dont seul pour l’instant David Cameron assume crânement la paternité, mais que tous partagent.
La contribution de la chancelière Angela Merkel est d’un autre genre, mais elle aboutit aux mêmes conséquences. Elle prétend s’attaquer aux causes de la crise en cherchant à faire adopter, pour le généraliser, un modèle économique calqué sur celui de l’Allemagne ; attribuant celle-ci aux différences de compétitivité et à l’irresponsabilité fiscale au sein de la zone euro. Le message a le mérite de la simplicité : la crise actuelle ne peut être que fiscale et la seule réponse à y apporter ne peut être par conséquent que l’austérité.
Cette histoire là calme les courants europhobes et conservateurs allemands, relayés par des campagnes de presse des journaux à sensation, mais aussi de la Frankfurter Allgemeine Zeitung, ainsi que des libéraux du FPD, qui essayent ainsi de se refaire une santé électorale. « L’Allemagne ne payera pas ! » est un slogan porteur dans un pays resté profondément marqué par son histoire, qui garde dans sa mémoire collective non seulement l’hyper-inflation mais aussi la trace de celui des Français, qui affirmaient le contraire dans un élan patriotard : « L’Allemagne payera ! ».
Angela Merkel construit une solution purement fictionnelle et irréaliste à la crise, qui sert ses intérêts à court terme, afin de passer avec le minimum d’encombre le cap de ses élections régionales en série de l’année 2011. Elle camoufle soigneusement la situation du système bancaire allemand et bataille ferme dans les coulisses pour que les résultats des futurs stress tests – dont Michel Barnier vient d’annoncer que leur méthodologie sera rendue publique le 2 mars prochain – ne soient que partiellement rendus publics. Car il y a l’envers du décor, qui n’est pas beau à montrer.
Mais son scénario vient de capoter par deux fois. Lorsque son pacte de compétitivité a été retoqué par ses pairs, et quand son poulain à la candidature de la présidence de la BCE s’est désisté. En liant son accord au renforcement du pacte de stabilité – et à l’assouplissement des conditions du sauvetage des grecs et des irlandais – à l’adoption de son pacte, elle a proposé un pacte que Wolfgang Münchau, dans sa dernière chronique du Financial Times, qualifiait de « faustien ». Il n’a pas été retenu. Quelle nouvelle histoire va-t-elle pouvoir inventer, rendant encore plus improbable la sortie de crise ?
Toutes ces histoires ont en commun d’être à dormir debout. Des expressions de la forme moderne de la dictature, celle des esprits. Elles partagent également un même destin, celui de ne mener nulle part.
L.C. blog de P.J.
Ils ne sont pas loin du storytelling – cette technique narrative de communication qui a si bien servi pour les armes de destructions massives irakiennes, ou à laquelle le danger islamique s’apparente également – mais ils s’y essayent. Qu’ils appartiennent au parti républicain américain, au gouvernement britannique ou à la coalition CDU/CSU-FPD allemande, les leaders politiques qui tiennent actuellement le haut du pavé et monopolisent le verbe n’arrêtent pas de fabriquer de belles et édifiantes histoires destinées à formater les esprits.
Les premiers font de l’amoindrissement du rôle de l’Etat, auquel tous les maux ou presque sont attribués, leur nouvelle religion. N’envisageant pour tout programme que des coupes budgétaires et des baisses d’impôt. Les yeux rivés sur l’échéance présidentielle, avec pour seul objectif de faire chuter Barack Obama, ils ne veulent en aucun cas être associés à de nouvelles dépenses budgétaires ou, pis, à des augmentations d’impôts. Ils sont d’autant plus prêts à exiger des mesures drastiques qu’ils savent la majorité démocrate du Sénat et l’exercice du droit de veto présidentiel se préparer à si nécessaire les bloquer.
A terme, les uns comme les autres n’ont d’autre foi que dans la croissance économique, à propos de laquelle ils fondent des prévisions irréalistes et placent tous leurs espoirs. Telle la poursuite infernale d’une fuite en avant américaine qui en masque une autre, celle de la dette et de son financement.
Les gouverneurs des Etats et les maires, eux, n’ont même pas les moyens de tergiverser. Ils sont confrontés sans attendre à des déficits leur imposant de réaliser des coupes claires dans leurs budgets. Commençant à susciter de vives réactions, comme les manifestations de Madison dans le Wisconsin viennent de le montrer. Ils ont toutefois l’espoir, car il n’y a pas à ce niveau d’échappatoire, de réaliser une union sacrée locale entre démocrates et républicains – les modalités discrètes n’en manquent pas – impensable au plan national.
Repoussée à plus tard au niveau central, la crise budgétaire est en train d’exploser localement, là où les situations financières sont les plus détériorées. Ce qui n’est pas sans rappeler, par analogie, la crise européenne actuelle et sa zone des tempêtes où pénètrent peu à peu les pays les plus faibles. Comme on l’a déjà vu à propos de la crise des muni-bonds, ce sont les plans de pension et les systèmes d’aide social et de santé qui sont les premiers visés dans les budgets américains, ainsi que les emplois municipaux, dans tous les secteurs. Et quand le secrétaire d’Etat, Tim Geithner, en vient à reconnaître que des hausses d’impôts sont inévitables si l’on veut réduire le déficit, il s’en tient à prudemment évoquer la nécessité de « se pencher sur les recettes ».
Les Britanniques sont un peu en avance dans le processus. David Cameron, le premier ministre, a rédigé pour eux un projet sous forme de conte pour enfants qu’il a tout simplement intitulé Big Society. N’y allant pas par quatre chemins, il a expliqué que « la poigne du contrôle de l’Etat doit être relâchée et le pouvoir confié aux gens (…) Nous connaissons les dégâts provoqués par des services qui sont contrôlés de façon centralisée (…) Que ce soit les taux de survie au cancer, les résultats scolaires ou la criminalité, nous dérapons depuis trop longtemps face à des pays comparables ». Il envisage en conséquence de confier à des entreprises privées ou des organisations caritatives la gestion de la quasi-totalité des services publics, à l’exception concède-t-il de la sécurité nationale et de la justice. D’ici à une quinzaine de jour, le gouvernement britannique va rendre public un « Livre Blanc » à ce propos, mettant le NHS – le service de santé britannique – particulièrement sur la sellette.
Ce projet a tout d’un habillage des coupes budgétaires prévues par le plan d’austérité de la coalition au pouvoir. Mais des villes-pilotes ou des associations choisies pour amorcer la pompe se sont déjà désengagées, faute de moyens. On comprend que, à l’image de ce qui se fait un peu partout en Europe, l’Etat tend à se décharger de ses responsabilités sur des structures locales, qui seront ensuite financièrement étranglées, puis dans l’obligation de procéder aux coupes que les gouvernements n’auront ainsi pas à assumer. Ainsi qu’a continuer de privatiser plus ou moins insidieusement des activités encore publiques. C’est effectivement un projet de société, dont seul pour l’instant David Cameron assume crânement la paternité, mais que tous partagent.
La contribution de la chancelière Angela Merkel est d’un autre genre, mais elle aboutit aux mêmes conséquences. Elle prétend s’attaquer aux causes de la crise en cherchant à faire adopter, pour le généraliser, un modèle économique calqué sur celui de l’Allemagne ; attribuant celle-ci aux différences de compétitivité et à l’irresponsabilité fiscale au sein de la zone euro. Le message a le mérite de la simplicité : la crise actuelle ne peut être que fiscale et la seule réponse à y apporter ne peut être par conséquent que l’austérité.
Cette histoire là calme les courants europhobes et conservateurs allemands, relayés par des campagnes de presse des journaux à sensation, mais aussi de la Frankfurter Allgemeine Zeitung, ainsi que des libéraux du FPD, qui essayent ainsi de se refaire une santé électorale. « L’Allemagne ne payera pas ! » est un slogan porteur dans un pays resté profondément marqué par son histoire, qui garde dans sa mémoire collective non seulement l’hyper-inflation mais aussi la trace de celui des Français, qui affirmaient le contraire dans un élan patriotard : « L’Allemagne payera ! ».
Angela Merkel construit une solution purement fictionnelle et irréaliste à la crise, qui sert ses intérêts à court terme, afin de passer avec le minimum d’encombre le cap de ses élections régionales en série de l’année 2011. Elle camoufle soigneusement la situation du système bancaire allemand et bataille ferme dans les coulisses pour que les résultats des futurs stress tests – dont Michel Barnier vient d’annoncer que leur méthodologie sera rendue publique le 2 mars prochain – ne soient que partiellement rendus publics. Car il y a l’envers du décor, qui n’est pas beau à montrer.
Mais son scénario vient de capoter par deux fois. Lorsque son pacte de compétitivité a été retoqué par ses pairs, et quand son poulain à la candidature de la présidence de la BCE s’est désisté. En liant son accord au renforcement du pacte de stabilité – et à l’assouplissement des conditions du sauvetage des grecs et des irlandais – à l’adoption de son pacte, elle a proposé un pacte que Wolfgang Münchau, dans sa dernière chronique du Financial Times, qualifiait de « faustien ». Il n’a pas été retenu. Quelle nouvelle histoire va-t-elle pouvoir inventer, rendant encore plus improbable la sortie de crise ?
Toutes ces histoires ont en commun d’être à dormir debout. Des expressions de la forme moderne de la dictature, celle des esprits. Elles partagent également un même destin, celui de ne mener nulle part.
L.C. blog de P.J.
20 de fevereiro de 2011
Mais de metade dos desempregados são de longa duração
Para além do elevadíssimo nível atingido pelo desemprego em 2010, 10,8% em sentido restrito e 13,2% em sentido lato, em termos de média anual. O desemprego actual caracteriza-se ainda pelo facto de mais de metade dos desempregados hoje, serem desempregados de longa duração, isto é, desempregados que perderam o seu emprego ou que procuram o seu 1º emprego há mais de um ano.
Fonte : Inquérito ao Emprego (INE)
Como o gráfico mostra, desde 1995 nunca o desemprego de longa duração atingiu níveis tão elevados, 54,3% dos desempregados encontravam-se nesta situação em 2010. Este facto é tanto mais preocupante, quanto muitos destes desempregados, cerca de 175 300 estão desempregados hà mais de 2 anos e por essa mesma razão, caso ainda beneficiem de subsídio de desemprego vão deixar de beneficiar dele.
Este é outro traço preocupante do desemprego em Portugal, a elevada percentagem de trabalhadores desempregados há um ano ou mais.
Fonte : Inquérito ao Emprego (INE)
Como o gráfico mostra, desde 1995 nunca o desemprego de longa duração atingiu níveis tão elevados, 54,3% dos desempregados encontravam-se nesta situação em 2010. Este facto é tanto mais preocupante, quanto muitos destes desempregados, cerca de 175 300 estão desempregados hà mais de 2 anos e por essa mesma razão, caso ainda beneficiem de subsídio de desemprego vão deixar de beneficiar dele.
Este é outro traço preocupante do desemprego em Portugal, a elevada percentagem de trabalhadores desempregados há um ano ou mais.
A conversa e a hipocrisia do Sr Trichet !
Na reunião do G20 em París o presidente do BCE declarou a proposito das dívidas públicas que Portugal,tal como os outros países o que têm a fazer é cumprir rigorosamente os planos de austeridade e mostrarem aos mercados que são credíveis...
Mas não está à vista de todos que por mais medidas de austeridade que sejam tomadas e, por mais rigor que sejam aplicadas essas medidas e planos, os ditos mercados- mega bancos da Alemanha ,França...-vão continuar a especular e a exigir juros agiotas por cada colocação de dívida pública.
O sr Trichet anda abrincar com quem?
Com as medidas de austeridade e as reduções dos défices ,a mata cavalos, as economias entram em estagnação e recessão e, com os juros agiotas caminham para uma situação insustentável, para a falência, comprometendo o presente e o futuro das novas gerações.
É preciso dizer basta!
O sr .Trichet que não passa de um pau mandado da Alemanha e do" Directório" das grandes potências sabe muito bem que é assim. E sabe também como se põe fim á especulação ,isto é ,ao roubo, ao saque que está a ser feito a Portugal , Grécia ,Irlanda e Espanha .
E sobre este roubo,o que é que dizem os "patriotas" Durão Barroso e Vítor Constancio? .
Tratam das suas "vidinhas" e fazem coro com o sr Trichet. Com a estratégia de submissão , de fuga para a frente, de fazer "o trabalho de casa" como dizem o que está em Belém, em S. Bento e na rua de Buenos Aires , bem como a corte dos comentadores a eles ligados, caminhamos para o desastre.
A políca de "avestruz " ao serviço dos grandes interesses não só não resolve, como vai agravar todos os problemas.
Mas não está à vista de todos que por mais medidas de austeridade que sejam tomadas e, por mais rigor que sejam aplicadas essas medidas e planos, os ditos mercados- mega bancos da Alemanha ,França...-vão continuar a especular e a exigir juros agiotas por cada colocação de dívida pública.
O sr Trichet anda abrincar com quem?
Com as medidas de austeridade e as reduções dos défices ,a mata cavalos, as economias entram em estagnação e recessão e, com os juros agiotas caminham para uma situação insustentável, para a falência, comprometendo o presente e o futuro das novas gerações.
É preciso dizer basta!
O sr .Trichet que não passa de um pau mandado da Alemanha e do" Directório" das grandes potências sabe muito bem que é assim. E sabe também como se põe fim á especulação ,isto é ,ao roubo, ao saque que está a ser feito a Portugal , Grécia ,Irlanda e Espanha .
E sobre este roubo,o que é que dizem os "patriotas" Durão Barroso e Vítor Constancio? .
Tratam das suas "vidinhas" e fazem coro com o sr Trichet. Com a estratégia de submissão , de fuga para a frente, de fazer "o trabalho de casa" como dizem o que está em Belém, em S. Bento e na rua de Buenos Aires , bem como a corte dos comentadores a eles ligados, caminhamos para o desastre.
A políca de "avestruz " ao serviço dos grandes interesses não só não resolve, como vai agravar todos os problemas.
Cidades e Regiões nos EUA à beira da falência
http://www.zcommunications.org/us-cities-face-financial-collapse-on-russia-tv-by-richard-d-wolff
"US cities face financial collapse" on Russia TV
Tuesday, February 15, 2011
Um Vídeo que merecce ser visto
Change Text Size a- | A+ By Richard D. Wolff
Richard D. Wolff's ZSpace Page
Join ZSpace
US Cities
Overdrawn US cities could face financial collapse in 2011, defaulting on hundreds of billions of dollars of borrowings and derailing the US economic recovery.
But as cities are choosing between devastation and default, analysts say really it’s about the fall of American cities and the coming collapse of the Union.
It’s the reality America cannot escape, news of debt cash-strapped cities and states all over the country. All together it could amount to two trillion dollars and a bill many of them may not be able to pay.
“The problem of the state and local debt is more serious than the real estate bubble,” said Michael Hudson, Wall Street analyst and professor of economics at the University of Missouri.
Serious because with millions of Americans still unemployed and losing their homes, there isn't enough taxpayer money to pay creditors. Local governments which aren't allowed to operate in the red must come up with the cash. This means some may be choosing between default and devastation.
“I think most cities will be able to avoid default by cutting services,” said Joe Weisenthal, deputy editor at The Business Insider.
Cities and states coast-to-coast seem to be trying the latter route and the toll it's taking on the streets of America is undeniable.
Camden, New Jersey is the second most dangerous city in the country. You didn't see many cops on the streets to begin with and now you may rarely see any. The city's had to lay off nearly half of their police force.
In Detroit a city where people have been too broke to bury their dead, the city is too broke to repair dying infrastructure, to fix roads or lights.
In the desert state of Arizona, cuts have been a matter of life and death. Organ transplant patients have died since the state cut funding for the victims.
In New York City huge piles of uncollected garbage are the alleged result of budget cuts.
“There isn’t enough wasteful spending to cut you do have to cut services people depend on,” Weisenthal pointed out.
Analysts say the slashing will amount to an increase in unemployment and a lowering of wages dragging more Americans down and the economy with it. Meanwhile, they say the prospect of bankruptcies threaten the pensions of public workers and may cause a run on municipal bonds.(...)
Graças ao trabalho do nosso leitor "joão", apresentamos de seguida a tradução deste texto:
"Cidades dos EUA enfrentam colapso financeiro" em Russia TV
Terça-feira, Fevereiro 15, 2011
Um Vídeo que merecce ser visto
Por Richard D. Wolff
Richard D. Wolff's ZSpace Page
Cidades dos USA
Cidades endividadas nos EUA podem enfrentar o colapso financeiro em 2011, falhando no pagamento de empréstimos de centenas de biliões de dólares e descarrilando a recuperação económica dos EUA.
Mas enquanto as cidades estão a escolher entre a devastação e falhar os pagamentos, analistas dizem que do que se trata é da queda das cidades Americanas e do colapso próximo da União.
É a realidade a que a América não pode escapar, notícias de cidades e estados por todo o país apanhados na ratoeira da dívida. No conjunto pode chegar a dois triliões de dólares e a uma factura que muitos deles não possam pagar.
“O problema da dívida de cidades e estados é mais sério do que a bolha do imobiliário,” disse Michael Hudson, analista de Wall Street e professor de economia na Universidade de Missouri.
Sério porque com milhões de Americanos ainda desempregados e a perder as suas casas, não há dinheiro dos contribuintes suficientes para pagar aos credores. Os governos locais que não têm licença para operar no vermelho têm que arranjar o dinheiro. Isso significa que alguns podem escolher entre não pagar e devastação.
“Penso que a maioria das cidades poderá evitar não pagar cortando serviços,” disse Joe Weisenthal, vice-editor no The Business Insider.
Cidades e estados de costa-a-costa parece estarem a tentar a última via e o custo para as estradas da América é indesmentível.
Camden, New Jersey é a segunda cidade mais perigosa no país. Para começar não se viam muitos polícias nas ruas e agora raramente se vê algum. A cidade teve de despedir quase metade da sua força policial.
Em Detroit uma cidade onde tem havido pessoas arruinadas demais para enterrar os seus mortos, a cidade está demasiado arruinada para reparar infraestruturas decadentes, para reparar estradas ou luzes.
No estado deserto de Arizona, os cortes têm sido uma questão de vida e de morte. Doentes que precisam de transplantes de órgãos têm morrido desde que o estado cortou o financiamento às vítimas.
Na Cidade de New York montes enormes de lixo não recolhido são o alegado resultado de cortes orçamentais.
“Não há gastos supérfluos para cortar por isso tem que se cortar nos serviços de que as pessoas dependem,” sublinhou Weisenthal.
Analistas dizem que os cortes levarão ao aumento do desemprego e à redução dos salários levando mais Americanos para baixo e com isso a economia. Entretanto, dizem que a possibilidade de falências ameaça as pensões dos funcionários públicos e pode levar à corrida às obrigações municipais.(...)
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Overdrawn US cities could face financial collapse in 2011, defaulting on hundreds of billions of dollars of borrowings and derailing the US economic recovery.
But as cities are choosing between devastation and default, analysts say really it’s about the fall of American cities and the coming collapse of the Union.
It’s the reality America cannot escape, news of debt cash-strapped cities and states all over the country. All together it could amount to two trillion dollars and a bill many of them may not be able to pay.
“The problem of the state and local debt is more serious than the real estate bubble,” said Michael Hudson, Wall Street analyst and professor of economics at the University of Missouri.
Serious because with millions of Americans still unemployed and losing their homes, there isn't enough taxpayer money to pay creditors. Local governments which aren't allowed to operate in the red must come up with the cash. This means some may be choosing between default and devastation.
“I think most cities will be able to avoid default by cutting services,” said Joe Weisenthal, deputy editor at The Business Insider.
Cities and states coast-to-coast seem to be trying the latter route and the toll it's taking on the streets of America is undeniable.
Camden, New Jersey is the second most dangerous city in the country. You didn't see many cops on the streets to begin with and now you may rarely see any. The city's had to lay off nearly half of their police force.
In Detroit a city where people have been too broke to bury their dead, the city is too broke to repair dying infrastructure, to fix roads or lights.
In the desert state of Arizona, cuts have been a matter of life and death. Organ transplant patients have died since the state cut funding for the victims.
In New York City huge piles of uncollected garbage are the alleged result of budget cuts.
“There isn’t enough wasteful spending to cut you do have to cut services people depend on,” Weisenthal pointed out.
Analysts say the slashing will amount to an increase in unemployment and a lowering of wages dragging more Americans down and the economy with it. Meanwhile, they say the prospect of bankruptcies threaten the pensions of public workers and may cause a run on municipal bonds.(...)
Graças ao trabalho do nosso leitor "joão", apresentamos de seguida a tradução deste texto:
"Cidades dos EUA enfrentam colapso financeiro" em Russia TV
Terça-feira, Fevereiro 15, 2011
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Por Richard D. Wolff
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Cidades dos USA
Cidades endividadas nos EUA podem enfrentar o colapso financeiro em 2011, falhando no pagamento de empréstimos de centenas de biliões de dólares e descarrilando a recuperação económica dos EUA.
Mas enquanto as cidades estão a escolher entre a devastação e falhar os pagamentos, analistas dizem que do que se trata é da queda das cidades Americanas e do colapso próximo da União.
É a realidade a que a América não pode escapar, notícias de cidades e estados por todo o país apanhados na ratoeira da dívida. No conjunto pode chegar a dois triliões de dólares e a uma factura que muitos deles não possam pagar.
“O problema da dívida de cidades e estados é mais sério do que a bolha do imobiliário,” disse Michael Hudson, analista de Wall Street e professor de economia na Universidade de Missouri.
Sério porque com milhões de Americanos ainda desempregados e a perder as suas casas, não há dinheiro dos contribuintes suficientes para pagar aos credores. Os governos locais que não têm licença para operar no vermelho têm que arranjar o dinheiro. Isso significa que alguns podem escolher entre não pagar e devastação.
“Penso que a maioria das cidades poderá evitar não pagar cortando serviços,” disse Joe Weisenthal, vice-editor no The Business Insider.
Cidades e estados de costa-a-costa parece estarem a tentar a última via e o custo para as estradas da América é indesmentível.
Camden, New Jersey é a segunda cidade mais perigosa no país. Para começar não se viam muitos polícias nas ruas e agora raramente se vê algum. A cidade teve de despedir quase metade da sua força policial.
Em Detroit uma cidade onde tem havido pessoas arruinadas demais para enterrar os seus mortos, a cidade está demasiado arruinada para reparar infraestruturas decadentes, para reparar estradas ou luzes.
No estado deserto de Arizona, os cortes têm sido uma questão de vida e de morte. Doentes que precisam de transplantes de órgãos têm morrido desde que o estado cortou o financiamento às vítimas.
Na Cidade de New York montes enormes de lixo não recolhido são o alegado resultado de cortes orçamentais.
“Não há gastos supérfluos para cortar por isso tem que se cortar nos serviços de que as pessoas dependem,” sublinhou Weisenthal.
Analistas dizem que os cortes levarão ao aumento do desemprego e à redução dos salários levando mais Americanos para baixo e com isso a economia. Entretanto, dizem que a possibilidade de falências ameaça as pensões dos funcionários públicos e pode levar à corrida às obrigações municipais.(...)
19 de fevereiro de 2011
Leituras
No caso do Santander Totta o "Regulador diz que em causa estarão questões fiscais"Público, !8/2/11.
Repare-se que o Regulador não diz que estará em causa a evasão fiscal.Preferiu escolher a adocicada expressão " QUESTÕES FISCAIS". Como o governador do Banco de Portugal já uma vez disse que os Bancos eram "os donos da bola"ficamos a aguardar com curiosidade como vão evoluir as ditas "questões fiscais"...
Merkel tem eleicões à porta e por isso mantem-se a indecisão quanto ao Fundo de Estabilização desigadamente quanto à compra de dívida pública aos estados e Portugal paga a factura
" Indecisão europeia eleva juros da ´divida a cinco anos acima da barreira de sete por cento." Público 18/2/11
A pretexto de uma notícia de que alguns políticos portugueses foram convidados a ir à Tunísia "ensinar aos tunisinos como é bom que se faça a transição para a democracia" Vasco Pulido Valente resolveu, mais uma vez, expressar o seu visceral anticomunismo afirmando que estes deviam exlicar também que Vasco Gonçalves -militante comunista- o que é falso," nacionalizou uma enorme fatia da industria, a banca e os seguros, paralisou o investimento doméstico e estrangeiro e , desta maneira simples, contribuiu para a estagnação da economia portuguesa duranta quase 15 anos". Público18/2/11.
Falso. O anticomunismo é de tal ordem que o comentador manda às ortigas o mínimo de rigor e a verdade dos factos. Em curto ,lembra-se aqui ao "historiador", que uma boa parte da industria- grupo CuF... - estava falida e que foi a nacionalização que a salvou. Que a banca como foi abundantemente demonstrado estava a sabotar a revolução e a economia.Que Portugal apesar da crise internacional resistiu melhor que outros países como se pode ler no relatório do Banco Mundial...As nacionalizações colocaram a banca ao serviço da economia, das pequenas e médias empresas, ao serviço do povo. Depois veio a "recuperação capitalista " e as privatizações e com elas o roubo do erário público a e a concentração da riqueza. Hoje como se pode ver a banca está ao serviço de meia dúzia e de famílias e não ao serviço do país. As vigarices do BPN /PSD, do BPP e os processos a correr contra os antigos administradores do BCP -hoje nas "mãos" do PS -, a "operação Furacão" e o recente caso do Santander, entre outros, aí estão para o exemplificar...
Repare-se que o Regulador não diz que estará em causa a evasão fiscal.Preferiu escolher a adocicada expressão " QUESTÕES FISCAIS". Como o governador do Banco de Portugal já uma vez disse que os Bancos eram "os donos da bola"ficamos a aguardar com curiosidade como vão evoluir as ditas "questões fiscais"...
Merkel tem eleicões à porta e por isso mantem-se a indecisão quanto ao Fundo de Estabilização desigadamente quanto à compra de dívida pública aos estados e Portugal paga a factura
" Indecisão europeia eleva juros da ´divida a cinco anos acima da barreira de sete por cento." Público 18/2/11
A pretexto de uma notícia de que alguns políticos portugueses foram convidados a ir à Tunísia "ensinar aos tunisinos como é bom que se faça a transição para a democracia" Vasco Pulido Valente resolveu, mais uma vez, expressar o seu visceral anticomunismo afirmando que estes deviam exlicar também que Vasco Gonçalves -militante comunista- o que é falso," nacionalizou uma enorme fatia da industria, a banca e os seguros, paralisou o investimento doméstico e estrangeiro e , desta maneira simples, contribuiu para a estagnação da economia portuguesa duranta quase 15 anos". Público18/2/11.
Falso. O anticomunismo é de tal ordem que o comentador manda às ortigas o mínimo de rigor e a verdade dos factos. Em curto ,lembra-se aqui ao "historiador", que uma boa parte da industria- grupo CuF... - estava falida e que foi a nacionalização que a salvou. Que a banca como foi abundantemente demonstrado estava a sabotar a revolução e a economia.Que Portugal apesar da crise internacional resistiu melhor que outros países como se pode ler no relatório do Banco Mundial...As nacionalizações colocaram a banca ao serviço da economia, das pequenas e médias empresas, ao serviço do povo. Depois veio a "recuperação capitalista " e as privatizações e com elas o roubo do erário público a e a concentração da riqueza. Hoje como se pode ver a banca está ao serviço de meia dúzia e de famílias e não ao serviço do país. As vigarices do BPN /PSD, do BPP e os processos a correr contra os antigos administradores do BCP -hoje nas "mãos" do PS -, a "operação Furacão" e o recente caso do Santander, entre outros, aí estão para o exemplificar...
17 de fevereiro de 2011
Leituras e blogs- o mercado livre
23 Things They Don’t Tell You About Capitalism, mesmo por quem não põe em causa o capitalismo
By Ha-Joon Chang
Wednesday, February 09, 2011
The following is an excerpt from 23 Things They Don’t Tell You About Capitalism by Ha-Joon Chang.
Thing 1: There is no such thing as a free market
What they tell you
Markets need to be free. When the government interferes to dictate what market participants can or cannot do, resources cannot flow to their most efficient use. If people cannot do the things that they find most profitable, they lose the incentive to invest and innovate. Thus, if the government puts a cap on house rents, landlords lose the incentive to maintain their properties or build new ones. Or, if the government restricts the kinds of financial products that can be sold, two contracting parties that may both have benefited from innovative transactions that fulfill their idiosyncratic needs cannot reap the potential gains of free contract. People must be left "free to choose," as the title of free-market visionary Milton Friedman’s famous book goes.
What they don’t tell you
The free market doesn’t exist. Every market has some rules and boundaries that restrict freedom of choice. A market looks free only because we so unconditionally accept its underlying restrictions that we fail to see them. How "free" a market is cannot be objectively defined. It is a political definition. The usual claim by free-market economists that they are trying to defend the market from politically motivated interference by the government is false. Government is always involved and those free-marketeers are as politically motivated as anyone. Overcoming the myth that there is such a thing as an objectively defined "free market" is the first step towards understanding capitalism.(...)
By Ha-Joon Chang
Wednesday, February 09, 2011
The following is an excerpt from 23 Things They Don’t Tell You About Capitalism by Ha-Joon Chang.
Thing 1: There is no such thing as a free market
What they tell you
Markets need to be free. When the government interferes to dictate what market participants can or cannot do, resources cannot flow to their most efficient use. If people cannot do the things that they find most profitable, they lose the incentive to invest and innovate. Thus, if the government puts a cap on house rents, landlords lose the incentive to maintain their properties or build new ones. Or, if the government restricts the kinds of financial products that can be sold, two contracting parties that may both have benefited from innovative transactions that fulfill their idiosyncratic needs cannot reap the potential gains of free contract. People must be left "free to choose," as the title of free-market visionary Milton Friedman’s famous book goes.
What they don’t tell you
The free market doesn’t exist. Every market has some rules and boundaries that restrict freedom of choice. A market looks free only because we so unconditionally accept its underlying restrictions that we fail to see them. How "free" a market is cannot be objectively defined. It is a political definition. The usual claim by free-market economists that they are trying to defend the market from politically motivated interference by the government is false. Government is always involved and those free-marketeers are as politically motivated as anyone. Overcoming the myth that there is such a thing as an objectively defined "free market" is the first step towards understanding capitalism.(...)
Leituras de blogs
Au terme de deux jours de réunion lundi et mardi dernier, pour vainement camoufler leurs désaccords, les ministres des finances européens déclaraient faute de mieux s’être mis d’accord sur le montant des aides que le futur fonds pourra mobiliser en 2013 – si tant est qu’ils parviennent à en définir les missions ! La mise au point des têtes de chapitre de leur pacte de compétitivité, condition préalable à des mesures financières plus immédiates, nécessite en effet une tournée européenne des popotes par Herman Van Rompuy, le président de l’Union européenne pour arriver à un compromis. Rendez-vous est donc pris pour le 11 mars prochain, date à laquelle il rapportera devant les chefs d’Etats et de gouvernement de la zone euro. En attendant, comme l’a déclaré Jean-Claude Juncker, chef de file de l’Eurogroup, « il n’y a accord sur rien tant qu’il n’y a pas d’accord sur tout ».
Cette nouvelle attente fait trépigner d’impatience certains pays qui s’en trouvent d’autant plus fragilisés, comme le Portugal, toujours au seuil de la zone des tempêtes. Tandis que tous les regards sont tournés vers Berlin, où la politique européenne se fait désormais, ou plutôt ne se fait pas. La renonciation à la candidature à la présidence de la BCE d’Axel Weber a porté un coup à une politique qui procède plus de la cuisine électorale intérieure que d’une vision de l’avenir de l’Allemagne et de l’Europe, renforçant le camp des partisans du refus de participer plus avant à un mécanisme européen de stabilisation financière : Axel Weber à la tête de la BCE était une garantie...
Les résultats économiques atteints au 4ème trimestre 2010 sont – comme on dit dans le langage châtié – préoccupants, la croissance étant famélique : +0,3 % pour la zone euro dans son ensemble, soit +0,4 % pour l’Allemagne et +0,3 % pour la France, +0,2 % pour l’Espagne et +0,1 % pour l’Italie, alors que la Grèce plonge dans la récession à -1,4 % et le Portugal s’y installe, à -0,3 %. Que l’on considère la zone euro ou l’Union européenne, la région est globalement dans une phase récessive, que les gouvernements préfèrent qualifier de croissance molle ou modérée.
Si l’on considère le chômage ou le pouvoir d’achat, des situations extrêmes sont relevées et s’étendent : l’Espagne a fini l’année 2010 avec un taux de chômage de 20,33 %. Celui des Britanniques, pour les 16-24 ans, est de 20,5 % : un jeune sur cinq est sans emploi. En Grèce, les revenus ont chuté de 9 % en 2010 sous l’effet des mesures d’austérité, alors que l’inflation s’est envolée de 4,7 %. Le panorama de la crise sociale s’élargit au fur et à mesure que sont mis en œuvre les plans d’austérité destinés à réduire les déficits publics. Sans autre issue que l’invocation d’un hypothétique et futur rebond, une fois que la compétitivité et la confiance des marchés seront revenues.
La situation de l’industrie bancaire est de son côté contrastée. Aux impressionnants résultats des uns – les banques françaises aujourd’hui jeudi – correspond le sauvetage laborieux des autres. De quoi se demander, s’il en était besoin, de quoi ils sont faits dans les deux cas et de continuer à attendre avec impatience des stress tests, dont il n’est plus actuellement question.
Après le cas des Cajas espagnoles, c’est au tour des Landesbanken allemandes d’être sur la sellette, à l’occasion de l’annonce du plan de restructuration de WestLB, qui préfigure à long terme la restructuration et la privatisation de l’ensemble de ces banques pour l’instant sous tutelle des régions.
On comprend qu’en dépit des finesses des montages juridiques et financiers, les impasses financières restent entières sans pour autant être reconnues, loin s’en faut. Ainsi, on ne voit pas comment le gouvernement espagnol pourra éviter de recapitaliser son réseau de caisses d’épargne, au-delà de l’appel aux capitaux privés en cours, ni comment le gouvernement allemand pourra esquiver le renflouement du réseau des Landesbanken, une fois leurs actifs toxiques transférés dans des bad banks pour les rendre privatisables. Les établissements espagnols ont financé leur bulle immobilière nationale, les allemands ont joué au casino à Wall Street : cela va se payer sur fonds publics.
Une autre comédie va être rejouée ce week-end, celle du G20 finances, avec aux manettes le gouvernement français si fécond en stratégies de communication. Les silhouettes ne correspondent pas à celles des modèles, mais Nicolas Sarkozy et Christine Lagarde vont à cette occasion faire un emprunt à Cervantes et charger les moulins à vent.
A l’occasion d’une conférence devant l’Institute of International Finance (le lobby international des mégabanques), la ministre de l’économie française a eu des phrases qui en disent long sur sa détermination : « Nous ne disons pas que la spéculation nourrit la hausse des prix. Peut-être que ça l’anticipe un peu, peut-être que ça l’accélère un peu, il y aura un débat à ce sujet, peut-être que ça n’a aucun effet, c’est aussi une éventualité ». Les spéculateurs en tremblent d’avance.
Emmenés par Michel Camdessus, ancien directeur général du FMI, dix-huit hauts fonctionnaires des banques centrales, du FMI et de la Banque des règlements internationaux – aucun n’étant encore en activité, à l’exception de la vice-présidente de la banque centrale chinoise – viennent de formuler un ensemble de propositions destinées à stabiliser et réformer le système monétaire international, deuxième grand axe de la présidence française du G20. Dans l’immédiat, la mesure phare propose d’adopter des « indicateurs d’alerte » – non identifiés – des déséquilibres économiques mondiaux. Résultant des discussions préparatoires en cours, une liste de ceux-ci pourrait être adoptée lors du G20 finances de ce week-end : solde des comptes courants, taux de change réels, réserves de change, déficit et endettement publics, épargne privée.
Il y a dans ce document intitulé « L’initiative de Port-Royal » – du nom des jardins surplombés par les locaux de la Banque de France où le groupe s’est réuni – d’intéressants constats sur la situation, qui font contraste avec la modestie revendiquée des propositions qu’il énonce. Il y est notamment fait référence à « l’essor incontrôlé de la liquidité mondiale » et à l’absence de « définitions et d’instruments de mesure communément admis de la liquidité mondiale », ce qui revient à reconnaître qu’on ne la connaît pas ! Corrélativement, sont aussi évoquées les vulnérabilités toujours présentes du secteur financier « liées entre autres au rôle du ‘système bancaire de l’ombre’ (shadow banking) ».
Mais à quoi donc cette réflexion et la réunion de ce week-end vont-elles pouvoir aboutir ? Les indicateurs adoptés ne seront pas dotés de seuils, car toute proposition de cette nature ouvrirait la porte à l’adoption de contraintes et ne pourrait donc être retenue. L’immobilisme va donc prévaloir.
Au bord de l’abîme, la gouvernance mondiale va faire un pas de plus en avant. Et la réforme du système international, l’une des clés de voûte de tout aggiornamento, va continuer à être repoussée aux calendes grecques, au nom d’une stratégie des tout petits pas qui serait la seule possible. En raison du veto absolu des Américains de ne serait-ce qu’envisager la perte par le dollar de son statut privilégié.
Tout comme l’Union européenne, le G20 est, quelle que soit sa configuration, paralysé. Mais le spectacle doit continuer et les acteurs rester en scène ! Ceux-ci sont en fait réduits au rang de spectateurs d’une situation sur laquelle ils ont peu de prise, tentant selon la phrase célèbre de feindre d’en être les organisateurs, ce mystère les dépassant.
Lc BLOG PJ
Cette nouvelle attente fait trépigner d’impatience certains pays qui s’en trouvent d’autant plus fragilisés, comme le Portugal, toujours au seuil de la zone des tempêtes. Tandis que tous les regards sont tournés vers Berlin, où la politique européenne se fait désormais, ou plutôt ne se fait pas. La renonciation à la candidature à la présidence de la BCE d’Axel Weber a porté un coup à une politique qui procède plus de la cuisine électorale intérieure que d’une vision de l’avenir de l’Allemagne et de l’Europe, renforçant le camp des partisans du refus de participer plus avant à un mécanisme européen de stabilisation financière : Axel Weber à la tête de la BCE était une garantie...
Les résultats économiques atteints au 4ème trimestre 2010 sont – comme on dit dans le langage châtié – préoccupants, la croissance étant famélique : +0,3 % pour la zone euro dans son ensemble, soit +0,4 % pour l’Allemagne et +0,3 % pour la France, +0,2 % pour l’Espagne et +0,1 % pour l’Italie, alors que la Grèce plonge dans la récession à -1,4 % et le Portugal s’y installe, à -0,3 %. Que l’on considère la zone euro ou l’Union européenne, la région est globalement dans une phase récessive, que les gouvernements préfèrent qualifier de croissance molle ou modérée.
Si l’on considère le chômage ou le pouvoir d’achat, des situations extrêmes sont relevées et s’étendent : l’Espagne a fini l’année 2010 avec un taux de chômage de 20,33 %. Celui des Britanniques, pour les 16-24 ans, est de 20,5 % : un jeune sur cinq est sans emploi. En Grèce, les revenus ont chuté de 9 % en 2010 sous l’effet des mesures d’austérité, alors que l’inflation s’est envolée de 4,7 %. Le panorama de la crise sociale s’élargit au fur et à mesure que sont mis en œuvre les plans d’austérité destinés à réduire les déficits publics. Sans autre issue que l’invocation d’un hypothétique et futur rebond, une fois que la compétitivité et la confiance des marchés seront revenues.
La situation de l’industrie bancaire est de son côté contrastée. Aux impressionnants résultats des uns – les banques françaises aujourd’hui jeudi – correspond le sauvetage laborieux des autres. De quoi se demander, s’il en était besoin, de quoi ils sont faits dans les deux cas et de continuer à attendre avec impatience des stress tests, dont il n’est plus actuellement question.
Après le cas des Cajas espagnoles, c’est au tour des Landesbanken allemandes d’être sur la sellette, à l’occasion de l’annonce du plan de restructuration de WestLB, qui préfigure à long terme la restructuration et la privatisation de l’ensemble de ces banques pour l’instant sous tutelle des régions.
On comprend qu’en dépit des finesses des montages juridiques et financiers, les impasses financières restent entières sans pour autant être reconnues, loin s’en faut. Ainsi, on ne voit pas comment le gouvernement espagnol pourra éviter de recapitaliser son réseau de caisses d’épargne, au-delà de l’appel aux capitaux privés en cours, ni comment le gouvernement allemand pourra esquiver le renflouement du réseau des Landesbanken, une fois leurs actifs toxiques transférés dans des bad banks pour les rendre privatisables. Les établissements espagnols ont financé leur bulle immobilière nationale, les allemands ont joué au casino à Wall Street : cela va se payer sur fonds publics.
Une autre comédie va être rejouée ce week-end, celle du G20 finances, avec aux manettes le gouvernement français si fécond en stratégies de communication. Les silhouettes ne correspondent pas à celles des modèles, mais Nicolas Sarkozy et Christine Lagarde vont à cette occasion faire un emprunt à Cervantes et charger les moulins à vent.
A l’occasion d’une conférence devant l’Institute of International Finance (le lobby international des mégabanques), la ministre de l’économie française a eu des phrases qui en disent long sur sa détermination : « Nous ne disons pas que la spéculation nourrit la hausse des prix. Peut-être que ça l’anticipe un peu, peut-être que ça l’accélère un peu, il y aura un débat à ce sujet, peut-être que ça n’a aucun effet, c’est aussi une éventualité ». Les spéculateurs en tremblent d’avance.
Emmenés par Michel Camdessus, ancien directeur général du FMI, dix-huit hauts fonctionnaires des banques centrales, du FMI et de la Banque des règlements internationaux – aucun n’étant encore en activité, à l’exception de la vice-présidente de la banque centrale chinoise – viennent de formuler un ensemble de propositions destinées à stabiliser et réformer le système monétaire international, deuxième grand axe de la présidence française du G20. Dans l’immédiat, la mesure phare propose d’adopter des « indicateurs d’alerte » – non identifiés – des déséquilibres économiques mondiaux. Résultant des discussions préparatoires en cours, une liste de ceux-ci pourrait être adoptée lors du G20 finances de ce week-end : solde des comptes courants, taux de change réels, réserves de change, déficit et endettement publics, épargne privée.
Il y a dans ce document intitulé « L’initiative de Port-Royal » – du nom des jardins surplombés par les locaux de la Banque de France où le groupe s’est réuni – d’intéressants constats sur la situation, qui font contraste avec la modestie revendiquée des propositions qu’il énonce. Il y est notamment fait référence à « l’essor incontrôlé de la liquidité mondiale » et à l’absence de « définitions et d’instruments de mesure communément admis de la liquidité mondiale », ce qui revient à reconnaître qu’on ne la connaît pas ! Corrélativement, sont aussi évoquées les vulnérabilités toujours présentes du secteur financier « liées entre autres au rôle du ‘système bancaire de l’ombre’ (shadow banking) ».
Mais à quoi donc cette réflexion et la réunion de ce week-end vont-elles pouvoir aboutir ? Les indicateurs adoptés ne seront pas dotés de seuils, car toute proposition de cette nature ouvrirait la porte à l’adoption de contraintes et ne pourrait donc être retenue. L’immobilisme va donc prévaloir.
Au bord de l’abîme, la gouvernance mondiale va faire un pas de plus en avant. Et la réforme du système international, l’une des clés de voûte de tout aggiornamento, va continuer à être repoussée aux calendes grecques, au nom d’une stratégie des tout petits pas qui serait la seule possible. En raison du veto absolu des Américains de ne serait-ce qu’envisager la perte par le dollar de son statut privilégié.
Tout comme l’Union européenne, le G20 est, quelle que soit sa configuration, paralysé. Mais le spectacle doit continuer et les acteurs rester en scène ! Ceux-ci sont en fait réduits au rang de spectateurs d’une situation sur laquelle ils ont peu de prise, tentant selon la phrase célèbre de feindre d’en être les organisateurs, ce mystère les dépassant.
Lc BLOG PJ
Da Banca ao serviço do povo à banca ao serviço de alguns
As grandes vantagens da privatização da Banca
1 – Com a privatização da banca surgiram novos bancos ligados a interesses político partidários, como o BPN com figuras gradas do PSD, tendo beneficiado um conjunto de empresários e personalidades conotadas com aquele partido.
2 – Com as privatizações o Totta caiu nas mãos dos espanhóis, do Santander. Agora segundo ex-quadros de topo deste banco fica-se a saber que nos últimos anos foram movimentados 350 milhões de dólares pelas praças financeiras do Luxemburgo, de Londres e das ilhas Caimão. Este movimento aumentava os custos em Portugal, reduzindo a matéria colectável e ampliava os lucros na conta do paraíso fiscal.
Isto é, sai prejudicado o país e os cofres do Estado.
3 – No BPP foi divulgada a lista de cinco mil credores, com figuras do futebol, empresários e figuras partidárias ligadas ao PS e ao PSD.E, todos estes ,não evitaram o afundamento do banco
E como é evidente isto é apenas a ponta visível do iceberg.
Mas então as privatizações não foram benéficas? Claro que foram para todos aqueles que têm ganho milhões e milhões à custa do erário público....e não só.
1 – Com a privatização da banca surgiram novos bancos ligados a interesses político partidários, como o BPN com figuras gradas do PSD, tendo beneficiado um conjunto de empresários e personalidades conotadas com aquele partido.
2 – Com as privatizações o Totta caiu nas mãos dos espanhóis, do Santander. Agora segundo ex-quadros de topo deste banco fica-se a saber que nos últimos anos foram movimentados 350 milhões de dólares pelas praças financeiras do Luxemburgo, de Londres e das ilhas Caimão. Este movimento aumentava os custos em Portugal, reduzindo a matéria colectável e ampliava os lucros na conta do paraíso fiscal.
Isto é, sai prejudicado o país e os cofres do Estado.
3 – No BPP foi divulgada a lista de cinco mil credores, com figuras do futebol, empresários e figuras partidárias ligadas ao PS e ao PSD.E, todos estes ,não evitaram o afundamento do banco
E como é evidente isto é apenas a ponta visível do iceberg.
Mas então as privatizações não foram benéficas? Claro que foram para todos aqueles que têm ganho milhões e milhões à custa do erário público....e não só.
Taxa de desemprego das mulheres atinge 11,9%
Se é verdade que o desemprego em Portugal atinge hoje níveis nunca vistos, também é verdade que o flagelo de desemprego é sempre maior nas mulheres.
Fonte: Inquérito ao Emprego INE
Como o gráfico acima ilustra o desemprego nas mulheres foi sempre superior ao dos homens no período em análise, entre 1998 e 2010, com essa diferença de taxas de desemprego a variar entre um mínimo de 1,3 pontos percentuais em 2009 e um máximo de 2,5 pontos percentuais em 2006. Em 2010 essa diferença foi de 2,1 pontos percentuais.
Em 2010 o nº de mulheres no desemprego em sentido restrito foi de 315 300, mais 47 900 do que em 2009 e mais 28 000 do que o nº de homens no desemprego em 2010.
Mas a taxa de desemprego mais elevada das mulheres é apenas um indicador das dificuldades que as mulheres têm em aceder ao mercado do trabalho, porque há outros menos conhecidos. A taxa de actividade das mulheres é bem inferior à dos homens, por exemplo em 2010 era de 48,3% enquanto a dos homens era de 57% e consequentemente a percentagem de mulheres inactivas é bem superior à dos homens. Basta dizer que em 2010 havia 493 300 mulheres consideradas domésticas e como tal fora da vida activa e homens eram apenas 2 700.
É verdade que ao longo dos anos se tem verificado uma crescente inserção das mulheres no mercado do trabalho, mas também aqui estamos ainda muito longe de uma situação de igualdade entre homens e mulheres.
Ela são em maior percentagem no desemprego e dentro deste estão à mais tempo no desemprego e quando empregadas são em maior percentagem no trabalho parcial e no trabalho precário.
Muito caminho tem ainda de ser percorrido para que homens e mulheres se encontrem em igualdade no mercado de trabalho, como na vida.
Fonte: Inquérito ao Emprego INE
Como o gráfico acima ilustra o desemprego nas mulheres foi sempre superior ao dos homens no período em análise, entre 1998 e 2010, com essa diferença de taxas de desemprego a variar entre um mínimo de 1,3 pontos percentuais em 2009 e um máximo de 2,5 pontos percentuais em 2006. Em 2010 essa diferença foi de 2,1 pontos percentuais.
Em 2010 o nº de mulheres no desemprego em sentido restrito foi de 315 300, mais 47 900 do que em 2009 e mais 28 000 do que o nº de homens no desemprego em 2010.
Mas a taxa de desemprego mais elevada das mulheres é apenas um indicador das dificuldades que as mulheres têm em aceder ao mercado do trabalho, porque há outros menos conhecidos. A taxa de actividade das mulheres é bem inferior à dos homens, por exemplo em 2010 era de 48,3% enquanto a dos homens era de 57% e consequentemente a percentagem de mulheres inactivas é bem superior à dos homens. Basta dizer que em 2010 havia 493 300 mulheres consideradas domésticas e como tal fora da vida activa e homens eram apenas 2 700.
É verdade que ao longo dos anos se tem verificado uma crescente inserção das mulheres no mercado do trabalho, mas também aqui estamos ainda muito longe de uma situação de igualdade entre homens e mulheres.
Ela são em maior percentagem no desemprego e dentro deste estão à mais tempo no desemprego e quando empregadas são em maior percentagem no trabalho parcial e no trabalho precário.
Muito caminho tem ainda de ser percorrido para que homens e mulheres se encontrem em igualdade no mercado de trabalho, como na vida.
Desemprego dos jovens atinge os 22,4% em 2010
Uma das coisas que mais nos impressiona na análise dos inquéritos trimestrais ao emprego, realizados pelo INE, é sem duvida a evolução do desemprego dos jovens.
Fonte: Inquérito ao Emprego INE;
Repare-se que em termos de média anual, o desemprego dos jovens após ter atingido o seu mínimo em 2000 com uma taxa de desemprego de 8,6%, atingiu em 2010 o seu valor mais elevado de 22,4% de taxa de desemprego média anual.
Mas a situação real dos jovens é ainda pior do que estes nºs retratam, porque esta taxa de desemprego ignora os milhares e milhares de jovens, que perante a enorme dificuldade em conseguirem emprego atrasam a sua entrada no mercado de trabalho, sendo por essa mesma razão para todos os efeitos considerados inactivos e como tal não contam para o desemprego. Dois números elucidativos disto mesmo, em 2003 a população activa com idades entre os 15 e os 24 anos era de 618 200, em 2010 essa mesma população era de apenas 426 800. A população activa com idades entre os 15 e os 24 anos reduziu-se em quase 200 mil e por essa mesma razão o desemprego jovem, sendo uma situação gravíssima passou de 89 400 desempregados jovens em 2003 para 95 400 em 2010, quando na realidade os jovens desempregados são muito mais.
Razão têm os Diolinda ao pegarem na situação que hoje vivem centenas de milhares de jovens e a retratarem cantando esse êxito dos nossos dias "Parva que sou", cuja letra constitui um forte libelo acusatório a quem nos tem governado nas últimas décadas PS, PSD e CDS. Reproduzo a seguir a letra dessa belíssima canção, cujo autor merece os meus parabéns, pela forma lucida como analisa o problema dos jovens hoje:
Parva que sou (por Deolinda)
Sou da geração sem
remuneração
E não me incomoda esta
condição.
Que parva que eu sou.
Porque isto está mal e vai
continuar,
já é uma sorte eu poder
estagiar.
Que parva que eu sou.
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
onde para ser escravo
É preciso estudar.
Sou da geração "casinha dos
pais",
Se já tenho tudo p´ra quê
querer mais?
Que parva que eu sou.
Filhos, maridos, estou
sempre a adiar,
E ainda me falta o carro
pagar.
Que parva que eu sou.
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.
Sou da geração "vou queixar-
me p´ra quê?"
Há alguém bem pior do que
eu na TV.
Que parva que eu sou.
Sou da geração "eu já não
posso mais!"
E esta situação dura há
tempo demais,
E parva eu não sou!
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
onde para ser escravo
É preciso estudar.
Fonte: Inquérito ao Emprego INE;
Repare-se que em termos de média anual, o desemprego dos jovens após ter atingido o seu mínimo em 2000 com uma taxa de desemprego de 8,6%, atingiu em 2010 o seu valor mais elevado de 22,4% de taxa de desemprego média anual.
Mas a situação real dos jovens é ainda pior do que estes nºs retratam, porque esta taxa de desemprego ignora os milhares e milhares de jovens, que perante a enorme dificuldade em conseguirem emprego atrasam a sua entrada no mercado de trabalho, sendo por essa mesma razão para todos os efeitos considerados inactivos e como tal não contam para o desemprego. Dois números elucidativos disto mesmo, em 2003 a população activa com idades entre os 15 e os 24 anos era de 618 200, em 2010 essa mesma população era de apenas 426 800. A população activa com idades entre os 15 e os 24 anos reduziu-se em quase 200 mil e por essa mesma razão o desemprego jovem, sendo uma situação gravíssima passou de 89 400 desempregados jovens em 2003 para 95 400 em 2010, quando na realidade os jovens desempregados são muito mais.
Razão têm os Diolinda ao pegarem na situação que hoje vivem centenas de milhares de jovens e a retratarem cantando esse êxito dos nossos dias "Parva que sou", cuja letra constitui um forte libelo acusatório a quem nos tem governado nas últimas décadas PS, PSD e CDS. Reproduzo a seguir a letra dessa belíssima canção, cujo autor merece os meus parabéns, pela forma lucida como analisa o problema dos jovens hoje:
Parva que sou (por Deolinda)
Sou da geração sem
remuneração
E não me incomoda esta
condição.
Que parva que eu sou.
Porque isto está mal e vai
continuar,
já é uma sorte eu poder
estagiar.
Que parva que eu sou.
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
onde para ser escravo
É preciso estudar.
Sou da geração "casinha dos
pais",
Se já tenho tudo p´ra quê
querer mais?
Que parva que eu sou.
Filhos, maridos, estou
sempre a adiar,
E ainda me falta o carro
pagar.
Que parva que eu sou.
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
Onde para ser escravo
É preciso estudar.
Sou da geração "vou queixar-
me p´ra quê?"
Há alguém bem pior do que
eu na TV.
Que parva que eu sou.
Sou da geração "eu já não
posso mais!"
E esta situação dura há
tempo demais,
E parva eu não sou!
E fico a pensar:
Que mundo tão parvo,
onde para ser escravo
É preciso estudar.
16 de fevereiro de 2011
Desemprego aproxima-se dos 800 mil
O Inquérito ao Emprego do INE, referente ao 4º trimestre de 2010, foi hoje divulgado.
Fonte: INE;
Este gráfico sintetiza a situação do desemprego em Portugal, de acordo com o Inquérito ao Emprego do INE. Em sentido restrito existiam no 4º trimestre de 2010, 619 000 desempregados em Portugal. Em sentido lato, isto é, incluindo o inactivos disponíveis para trabalhar e o subemprego visível, medida de calculo do desemprego mais próxima da realidade, existiam no 4º trimestre de 2010, 768 900 desempregados.
Em sentido restrito o desemprego quase triplicou nos últimos 11 anos.
Voltaremos a este Inquérito nos próximos posts, para abordar o desemprego dos jovens e das mulheres, o desemprego de longa duração, o desemprego por regiões e o problema da evolução do emprego.
Fonte: INE;
Este gráfico sintetiza a situação do desemprego em Portugal, de acordo com o Inquérito ao Emprego do INE. Em sentido restrito existiam no 4º trimestre de 2010, 619 000 desempregados em Portugal. Em sentido lato, isto é, incluindo o inactivos disponíveis para trabalhar e o subemprego visível, medida de calculo do desemprego mais próxima da realidade, existiam no 4º trimestre de 2010, 768 900 desempregados.
Em sentido restrito o desemprego quase triplicou nos últimos 11 anos.
Voltaremos a este Inquérito nos próximos posts, para abordar o desemprego dos jovens e das mulheres, o desemprego de longa duração, o desemprego por regiões e o problema da evolução do emprego.
A coisa está preta!
Como afirmámos há muito, contrariando o pensamento dominante, por mais medidas de austeridade que o governo tomasse, os mercados, leia-se os grandes bancos designadamente alemães e franceses, não deixariam de especular com os empréstimos do Estado Português, isto é sobre a dívida publica, a que os colonizados pelo pensamento anglo-saxónico chamam dívida soberana, embora que eu saiba ainda não tenhamos cá nenhum soberano. Creio até que comemorámos há pouco o centenário da república....
É o que se está a passar.
PEC1, PEC2, corte nos salários, medidas de austeridade para os do costume e os especuladores não largam a presa . Estão a ganhar milhões à custa do povo, emprestando a juros agiotas sabendo que o têm garantido nomeadamente pela União Europeia´.
Um maná para a banca alemã e francesa, um duplo roubo, ao país e ao povo.
E enquanto os papalvos vão dizendo que o que é preciso é fazer o "trabalho de casa "o país endivida-se e corre para a falência. Em vez de exigirem da União Europeia medidas imediatas, pôem-se com falinhas mansas e no papel de vitimas injustiçadas, como se os especuladores e o Directório das Grandes Potências tivessem compaixão...
O que é que se deveria fazer ? Pôr a senhora Merkel e o senhor Sarkozi a dançar o fandango, ameaçando-os com a desestabilização do Euro, isto é ameaçando-os com o não pagamento da dívida, isto é ameaçando-os com o pedido da reestruturação da dívida de que eles fogem a sete pés.
Ou tomam medidas imediatas- compra de dívida directa pelo Fundo de Estabilização- ou Portugal declara que não vai pagar a dívida, nem os juros aos agiotas.Teriamos custos, cairia o Carmo e a Trindade, seriamos banidos dos mercados...O que caíria era o "Euro "e iriam à falência alguns bancos alemães e franceses, pois de imediato a desconfiança de que a Grécia , a Irlanda e a Espanha também não " honrariam" as suas divídas alastraria como o azeite.
A Alemanha não quer este cenário, mas conta com a subserviência de Sócrates, Passos Coelho, Cavaco e os bem pensantes da classe dominante e por isso continua a esticar a corda.
Não se paga !. Não se paga !, deve ser a palavra de ordem dos povos - português, grego, espanhol e irlandês.
Aliás tudo se pode embrulhar. Na semana passada Alan Dukes antigo ministro das finanças e presidente do Anglo Irish bank, afirmou que seriam necessários mais 50 milhares de milhões a acrescer aos 35 que receberam no quadro do plano de salvamento, para assegurar um nível adequado de fundos próprios aos bancos irlandeses.
Adiantou ainda que estes bancos dependiam da ordem dos 132 milhares de milhões de euros dos empréstimos do BCE, sem ter em conta os 51 milhares de milhões de empréstimos do Banco Cental Irlandês concedidos com o acordo do BCE...E como o reconhecem os especialistas financeiros, a falência de um ou de outro banco irlandês teria sérias repercussões em bancos ingleses, alemães e franceses, os mais expostos e mesmo sobre o BCE e o Banco Central Irlandês que detêm os colaterais da dívida pública.
Isto na Irlanda, enquanto a Grécia se afunda e a Espanha procura ganhar tempo com as suas caixas de poupança falidas e a " bolha " do imobiliário ainda muito longe do total rebentamento. Esta é a situação na Europa, pois nos E.U. a "bolha" do mercado obrigacionista pode rebentar a qualquer altura...
É o que se está a passar.
PEC1, PEC2, corte nos salários, medidas de austeridade para os do costume e os especuladores não largam a presa . Estão a ganhar milhões à custa do povo, emprestando a juros agiotas sabendo que o têm garantido nomeadamente pela União Europeia´.
Um maná para a banca alemã e francesa, um duplo roubo, ao país e ao povo.
E enquanto os papalvos vão dizendo que o que é preciso é fazer o "trabalho de casa "o país endivida-se e corre para a falência. Em vez de exigirem da União Europeia medidas imediatas, pôem-se com falinhas mansas e no papel de vitimas injustiçadas, como se os especuladores e o Directório das Grandes Potências tivessem compaixão...
O que é que se deveria fazer ? Pôr a senhora Merkel e o senhor Sarkozi a dançar o fandango, ameaçando-os com a desestabilização do Euro, isto é ameaçando-os com o não pagamento da dívida, isto é ameaçando-os com o pedido da reestruturação da dívida de que eles fogem a sete pés.
Ou tomam medidas imediatas- compra de dívida directa pelo Fundo de Estabilização- ou Portugal declara que não vai pagar a dívida, nem os juros aos agiotas.Teriamos custos, cairia o Carmo e a Trindade, seriamos banidos dos mercados...O que caíria era o "Euro "e iriam à falência alguns bancos alemães e franceses, pois de imediato a desconfiança de que a Grécia , a Irlanda e a Espanha também não " honrariam" as suas divídas alastraria como o azeite.
A Alemanha não quer este cenário, mas conta com a subserviência de Sócrates, Passos Coelho, Cavaco e os bem pensantes da classe dominante e por isso continua a esticar a corda.
Não se paga !. Não se paga !, deve ser a palavra de ordem dos povos - português, grego, espanhol e irlandês.
Aliás tudo se pode embrulhar. Na semana passada Alan Dukes antigo ministro das finanças e presidente do Anglo Irish bank, afirmou que seriam necessários mais 50 milhares de milhões a acrescer aos 35 que receberam no quadro do plano de salvamento, para assegurar um nível adequado de fundos próprios aos bancos irlandeses.
Adiantou ainda que estes bancos dependiam da ordem dos 132 milhares de milhões de euros dos empréstimos do BCE, sem ter em conta os 51 milhares de milhões de empréstimos do Banco Cental Irlandês concedidos com o acordo do BCE...E como o reconhecem os especialistas financeiros, a falência de um ou de outro banco irlandês teria sérias repercussões em bancos ingleses, alemães e franceses, os mais expostos e mesmo sobre o BCE e o Banco Central Irlandês que detêm os colaterais da dívida pública.
Isto na Irlanda, enquanto a Grécia se afunda e a Espanha procura ganhar tempo com as suas caixas de poupança falidas e a " bolha " do imobiliário ainda muito longe do total rebentamento. Esta é a situação na Europa, pois nos E.U. a "bolha" do mercado obrigacionista pode rebentar a qualquer altura...
15 de fevereiro de 2011
Apontamentos de leituras breves
Esta do Correio da Manhã de Domingo 13/02 assinada pelo Sub-director Manuel Catarino!
“O Norte de África, a praça-forte do mundo árabe está a ruir” (…).
A Europa (...) assistiu à ‘revolução’ na Tunísia e no Egipto com a perplexidade dos ignorantes e o temor dos fracos: ninguém, da Comissão Europeia aos ministros dos Negócios Estrangeiros, conseguiu ir além das banalidades de circunstância. Ficaram todos à espera, atónitos e aflitos, do que seria soprado da América. A Europa, percebe-se agora melhor, estava docilmente acomodada aos regimes de pro cônsules que, pelo que se vê, podem estar irremediavelmente a chegar ao fim. A desgraça da União Europeia é precisamente essa: está também ela, salvo obviamente as devidas distâncias, dividida em ‘sistemas’ de pro cônsules – e, se não muda, ainda se arrisca as perder as ‘províncias’.
De Lisboa a Bona, existem muitas praças que, quando menos se esperar, vão encher-se com a revolta de quem tenta olhar em frente e não vê grande futuro.”
BPN (Público 11/02)
Segundo o inspector tributário Paulo Silva, José Oliveira Costa tinha uma estratégia para controlar a SLN: estreitar ligações com alguns accionistas, concedendo-lhes favores e financiamentos a “descoberto para que subscrevessem acções da holding” e acrescentou “que em Abril de 2001, do seu lote de acções próprias” Oliveira e Costa vendeu a um particular cujo nome disse desconhecer 250 mil acções a um euro cada, daí resultando um prejuízo para ele próprio de 275 mil euros”. Quem seria o desconhecido!?!
Jornal I (02/2011)
Precariedade
São cerca de 42 000 os doentes contratados – os dados foram fornecidos pelo Ministério da Educação ao grupo parlamentar do PCP - “finalmente estes números são públicos, permitindo constatar a dimensão da precariedade na classe”. (Mário Nogueira – FENPROF)
Jornal I (02/2011)
Famílias
“Um terço das 4,6 milhões de famílias ganha menos de 540 euros brutos/mês”, segundo os dados da Direcção-geral de Impostos.
Jornal I (02/2011)
Submarinos
“Entre Abril e Setembro de 2004, o preço dos submarinos aumentou 64 milhões de euros”.
“Como é possível que o Ministro responsável, Paulo Portas, nunca tenha sido chamado a prestar declarações sobre este caso – como aliás ele próprio já confirmou?”. A.G.
O que eles querem: privatizar, privatizar, privatizar (Público14/2)
A União Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu, que monitorizam o empréstimo à Grécia, lamentaram ontem a polémica despertada após a missão técnica das instituições ter dito ao Governo grego para aumentar as privatizações.
O executivo grego não gostou das declarações da troika da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Internacional Monetário no que diz respeito às privatizações, e o gabinete do primeiro-ministro acusou a equipa de ter uma atitude “inaceitável” e de se estar a intrometer nos “assuntos internos” do país.
Portugal um país desigual
Vejam este gráfico tão elucidativo da forma como se distribui o rendimento em Portugal:
Fonte: Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
A partir das declarações de IRS de 2009 e em resposta a um requerimento do deputado do PCP, Jorge Machado, o Ministério das Finanças disponibilizou um quadro com a distribuição do rendimento bruto por agregados familiares em 2009, no Continente. O gráfico acima diz muito sobre a distribuição do rendimento em Portugal, quase 37 anos depois de Abril:
1. Ao mesmo tempo que 277 880 famílias em 2009 mal sobreviviam com um rendimento médio mensal bruto de 118 euros, 150 famílias portuguesas tinham um rendimento médio mensal bruto de 138 961 euros.
2. Cerca de 1 milhão e 278 mil famílias, 28,7% do total dos agregados familiares que procederam à entrega da declaração de IRS tinham em 2009 um rendimento médio bruto mensal inferior a 560 euros.
Percebe-se assim melhor, porque razão talvez hoje mais de 2 milhões de portugueses vivem abaixo do limiar de pobreza no nosso país e, Portugal permanece como um dos países da União Europeia e da OCDE com maior desequilíbrio na distribuição do rendimento.
Iguais, como convém!
As últimas eleições tornaram mais evidente um problema que não é novo, mas que se amplia e vulgariza de forma preocupante sustentada por um certo populismo serôdio anti-partidos e anti-políticos. Trata-se da difundida ideia de que os políticos e os partidos são todos iguais e que, por arrasto e acção ideologicamente orientada de alguns, conduz à diabolização das instituições democráticas, do Estado e dos serviços públicos que são indispensáveis para dar resposta a problemas essenciais das populações.
Muita da abstenção verificada alimenta-se desta concepção e vimos como certas candidaturas nela cavalgaram e a alimentaram na base das generalizações abusivas que metem tudo no mesmo saco da corrupção e do sistema clientelar para captar o voto de protesto sincero de muitos portugueses decepcionados com a evolução das suas vidas.
Os fenómenos de desilusão, descrença e até desorientação que se reflectem nesta ideia que toma a parte como todo, não podem ser desligados de uma persistente ofensiva contra os interesses populares que cresceu em função da incapacidade revelada na solução dos problemas do país pelos executores de uma política muito concreta que, no essencial, pouco ou nada se diferencia de governo para governo. Mas também não pode ser desligada da capacidade revelada por aqueles que executam e a quem servem tais políticas para, através de uma comprovada capacidade de produção ideológica e de domínio do espaço mediático, promover a mistificação das causas e dos responsáveis pela grave situação a que o país chegou.
As técnicas da excessiva personalização da política, deixando na penumbra a natureza das próprias políticas que se executam, a centralização da responsabilização da situação nos actores políticos para ocultar a responsabilidade do poder económico e os grandes interesses de que aqueles são expressão, são, entre outras, como a filtragem e exposição privilegiada das soluções que promover a confusão e até a provocação gratuita com o objectivo de fazer engordar a torrente do efémero, para fazer desaguar toda e qualquer vontade de mudança no mar das inutilidades.
É uma evidência que nem todos os partidos estiveram no governo do país nos últimos anos e muito menos deram aval às orientações que conduziram o país à grave situação em que se encontra. Mas esse facto é completamente triturado e de forma pouco inocente num sugerido processo de intenção que dá como certo que seja quem for fará o mesmo.
Esta fórmula de que todos os partidos e políticos são iguais e se comportarão de igual modo é hoje, sem dúvida, um factor poderoso da ideologia da resignação que não só encerra enormes perigos para o regime democrático, como se está a transformar num poderoso obstáculo a uma mudança capaz de romper o circulo vicioso do domínio dos que estão na origem de um país cada vez mais injusto e mais dependente.
14 de fevereiro de 2011
Ainda os Lucros da Banca Privada
Perante o escândalo, de apesar do elevado volume de lucros dos principais bancos privados, os impostos pagos terem sido menos de metade de 2009, logo surgiram as justificações para enganar o povo.
Justificações avançadas: 1. A redução dos encargos fiscais resultou do facto destes bancos privados nacionais terem aumentado a sua actividade fora do país;
2. Estas reduções devem-se a créditos fiscais acrescidos resultantes de alterações aprovadas com o OE para 2010.
Este tipo de justificação levou-me a olhar com mais cuidado para os resultados divulgados por estes mesmos bancos e a partir daí concluir.
Se é verdade que BCP, BES e BPI aumentaram em 2010 a sua actividade no exterior, não foi por isso que a sua carga fiscal diminuiu, antes pelo contrário, o peso dos impostos pagos no exterior em 2010 por estes bancos subiu de 51,4 milhões de euros em 2009 para 87,2 milhões em 2010 e só assim foi possível evitar que a queda nos impostos pagos por estes bancos fosse ainda maior, até porque espantosamente estes 3 Bancos apesar de terem tido em 2010, 599,1 milhões de euros de resultados antes de impostos pela sua actividade desenvolvida em Portugal, apresentam um crédito fiscal de 52,3 milhões de euros. Não fosse o imposto pago pelo Santander/Totta pela actividade desenvolvida em Portugal e teríamos em 2010 este facto surreal de o Estado não arrecadar um euro de imposto com a actividade desenvolvida por estes principais bancos privados nacionais no nosso país.
Conclui-se daqui que as alterações fiscais aprovadas com o OE para 2010, no passado mês de Abril, se representaram mais impostos sobre as famílias e muitas pequenas e médias empresas, não impediram que o sector financeiro continuasse a ter milhões e milhões de créditos fiscais, que agora fez repercutir nos resultados de 2010.
É dificil aceitar, parece mentira, mas é verdade, em 2010 quando a carga fiscal subiu para milhões de portugueses, o conjunto dos 4 principais Bancos Privados pagou muito menos IRC, apenas 7,5% e só não pagou ainda menos porque a actividade no exterior foi taxada a 12,2%.
Justificações avançadas: 1. A redução dos encargos fiscais resultou do facto destes bancos privados nacionais terem aumentado a sua actividade fora do país;
2. Estas reduções devem-se a créditos fiscais acrescidos resultantes de alterações aprovadas com o OE para 2010.
Este tipo de justificação levou-me a olhar com mais cuidado para os resultados divulgados por estes mesmos bancos e a partir daí concluir.
Se é verdade que BCP, BES e BPI aumentaram em 2010 a sua actividade no exterior, não foi por isso que a sua carga fiscal diminuiu, antes pelo contrário, o peso dos impostos pagos no exterior em 2010 por estes bancos subiu de 51,4 milhões de euros em 2009 para 87,2 milhões em 2010 e só assim foi possível evitar que a queda nos impostos pagos por estes bancos fosse ainda maior, até porque espantosamente estes 3 Bancos apesar de terem tido em 2010, 599,1 milhões de euros de resultados antes de impostos pela sua actividade desenvolvida em Portugal, apresentam um crédito fiscal de 52,3 milhões de euros. Não fosse o imposto pago pelo Santander/Totta pela actividade desenvolvida em Portugal e teríamos em 2010 este facto surreal de o Estado não arrecadar um euro de imposto com a actividade desenvolvida por estes principais bancos privados nacionais no nosso país.
Conclui-se daqui que as alterações fiscais aprovadas com o OE para 2010, no passado mês de Abril, se representaram mais impostos sobre as famílias e muitas pequenas e médias empresas, não impediram que o sector financeiro continuasse a ter milhões e milhões de créditos fiscais, que agora fez repercutir nos resultados de 2010.
É dificil aceitar, parece mentira, mas é verdade, em 2010 quando a carga fiscal subiu para milhões de portugueses, o conjunto dos 4 principais Bancos Privados pagou muito menos IRC, apenas 7,5% e só não pagou ainda menos porque a actividade no exterior foi taxada a 12,2%.
12 de fevereiro de 2011
A idade da Reforma e a produtividade
Na União Europeia e no Parlamento Europeu debate-se o aumento da idade da reforma por proposta da Sr.ª Merkel
Esta proposta vem no seguimento de uma longa e persistente vaga propagandística e ideológica que visa inculcar a ideia de que o aumento da idade da reforma é inevitável devido ao aumento da esperança de vida!
É certo que a esperança de vida tem aumentado, e ainda bem. É certo também que tem diminuído o número de activos em relação ao aumento de reformados em consequência do envelhecimento da população o que é natural.
E é na base destas duas realidades que os ideólogos das classes dominantes procuram inculcar a aceitação e a resignação em relação às propostas para o aumento da idade da reforma com a ideia de que a sua manutenção é insustentável.
O que escondem sempre das massas é que ao longo destas décadas, se aumentou a esperança de vida, aumentou também a produtividade. O desenvolvimento científico e técnico permitiria numa sociedade mais igualitária,não só manter como até reduzir a idade da reforma, como também diminuir as horas semanais de trabalho.O que não haveria era tanta concentração da riqueza...
Quando em França, com os comunistas e socialistas no poder (Miterrand/Marchais) se reduziu a idade da reforma e se instituiu as 32 horas semanais também se dizia que a França iria à falência...
Foi o que se viu.
Hoje , por exemplo , com o avanço científico e tecnológico são precisos muito menos activos na agricultura para alimentar o mesmo número de cidadãos . O esconder o aumento da produtividade dá muito jeito aos “artistas” do capital.
11 de fevereiro de 2011
Qual a coisa qual é ela que antes de o ser já o era: a moção de censura do BE!
Na resposta a uma pergunta o Secretário Geral do PCP afirmou que a moção de censura era uma eventualidade que o PCP encarava naturalmente.
Esta resposta levou alguma imprensa a considerar que o PCP iria de imediato apresentar uma moção de censura e que esta atitude marcava a agenda política levando a reboque os bloquistas!
Estes como vivem de e são comandados pela comunicação social ficaram muito baralhados. Na comunicação social afirmaram que só encaravam a moção de censura se fosse para a mudança e não para trazer de novo a direita ao poder! No fundo querendo dizer que a “precipitação” do PCP inventada por alguma comunicação social levava a direita ao poder por não estarem as condições ainda maduras!
Mas como a imprensa afirmou que o PCP tinha marcado a agenda com tal declaração, o Bloco resolveu tirar um coelho da cartola do Louçã e dando o dito pelo não dito avançaram no concreto com uma moção de censura! Agora já não se trata de abrir as portas à direita!!!
Claro que o BE está a contar com a recusa do PSD em votar a moção de censura e do que se tratou, no essencial, foi a procura de protagonismo, numa resposta à comunicação social.
Para quem fala de ética na política não está nada mal!
Não ficam bem na fotografia! A comunicação social toca e o BE dança!
Esta resposta levou alguma imprensa a considerar que o PCP iria de imediato apresentar uma moção de censura e que esta atitude marcava a agenda política levando a reboque os bloquistas!
Estes como vivem de e são comandados pela comunicação social ficaram muito baralhados. Na comunicação social afirmaram que só encaravam a moção de censura se fosse para a mudança e não para trazer de novo a direita ao poder! No fundo querendo dizer que a “precipitação” do PCP inventada por alguma comunicação social levava a direita ao poder por não estarem as condições ainda maduras!
Mas como a imprensa afirmou que o PCP tinha marcado a agenda com tal declaração, o Bloco resolveu tirar um coelho da cartola do Louçã e dando o dito pelo não dito avançaram no concreto com uma moção de censura! Agora já não se trata de abrir as portas à direita!!!
Claro que o BE está a contar com a recusa do PSD em votar a moção de censura e do que se tratou, no essencial, foi a procura de protagonismo, numa resposta à comunicação social.
Para quem fala de ética na política não está nada mal!
Não ficam bem na fotografia! A comunicação social toca e o BE dança!
10 de fevereiro de 2011
Interrupção voluntária da gravidez e a desonestidade intelectual
A presidente da dita "Federação Pela Vida" apresentou hoje um "estudo"que teve honras de primeira página no Correio da Manhã em que afirmava :"os custos directos e indirectos com os abortos podem ascender a 100milhões de euros, com o pagamento de subsídios sociais e despesas com a deslocação às unidades do continente das mulheres dos açores e da Madeira"
Em curto ,pois por agora ,não estou interessado em dar corda á irracionalidade e ao fanatismo,aqui ficam as seguintes questões:1) A "Federação Para a Vida" entende perante tal "despesa " essas mulheres não deveriam ter acesso ao Serviço Nacional de saúde (SNS ) e que deveriam continuar a abortar nas casas clandestinas e vãos de escada com todos os riscos eproblemas de saúde ? Será que não têm memória dos casos graves de mulheres que entraram nas urgências hospitalares.Será que não se lembram que houve vítimas mortais?E será que essas mortes e problemas de saúde podem ser mensurados em euros? Têm saudades da pena de prisão a que estavam sugeitas essas mulheres bem como à devassa da sua vida privada ? Têm saudades da hipocrisia e moralidade beata em que se viveu em relação ao aborto clandestino?
Se nos servíssemos da mesma desonestidade intelectual e do mesmo cínismo então também poderíamos perguntar quanto custaria ao Estado ,em subsídios de maternidade, em licenças de parto, em subsidios de... em abonos de família ,em consulas pediatricas, em vacinas...
Sejam sérios e deixem de ser hipocritas.
Em curto ,pois por agora ,não estou interessado em dar corda á irracionalidade e ao fanatismo,aqui ficam as seguintes questões:1) A "Federação Para a Vida" entende perante tal "despesa " essas mulheres não deveriam ter acesso ao Serviço Nacional de saúde (SNS ) e que deveriam continuar a abortar nas casas clandestinas e vãos de escada com todos os riscos eproblemas de saúde ? Será que não têm memória dos casos graves de mulheres que entraram nas urgências hospitalares.Será que não se lembram que houve vítimas mortais?E será que essas mortes e problemas de saúde podem ser mensurados em euros? Têm saudades da pena de prisão a que estavam sugeitas essas mulheres bem como à devassa da sua vida privada ? Têm saudades da hipocrisia e moralidade beata em que se viveu em relação ao aborto clandestino?
Se nos servíssemos da mesma desonestidade intelectual e do mesmo cínismo então também poderíamos perguntar quanto custaria ao Estado ,em subsídios de maternidade, em licenças de parto, em subsidios de... em abonos de família ,em consulas pediatricas, em vacinas...
Sejam sérios e deixem de ser hipocritas.
Escândalo na Banca
Acabaram de ser divulgados os resultados obtidos em 2010 pelos 4 principais bancos nacionais privados: BCP, BES, Santander/Totta e BPI.
O conjunto dos lucros líquidos (depois de impostos) obtidos por estes bancos acendem a 1 431 milhões de euros, valor praticamente idêntico ao obtido em 2009.
Como se vê as coisas não correram nada mal aos principais bancos, antes pelo contrário.
Mas o mais surpreendente nesta divulgação de resultados diz respeito aos impostos pagos por estes mesmos bancos.
Se é verdade que os lucros vão de vento em popa - 3,9 milhões de euros por dia em 2010 - surpreendentemente os impostos pagos passaram de 306,8 milhões de euros em 2009 para 138,4 milhões em 2010. Ou seja, apesar de terem mantido o mesmo nível de lucros de 2009, estes 4 principais bancos nacionais privados tiveram em 2010 o engenho e a arte para pagar menos 168,4 milhões de euros, menos 54,9% do que em 2009.
Vale ainda a pena lembrar, que a taxa de IRC que corresponde a este imposto pago por estes bancos é de 7,5% e se eles tivessem pago a taxa efectiva de 25% teriam pago 464 milhões de euros.
O planeamento fiscal rendeu a estes bancos simplesmente 295,9 milhões de euros de poupança.
Como é possível, que ao mesmo tempo que o IRS subiu para os trabalhadores, o IRC tenha descido en flecha para a banca?
Num momento em que os trabalhadores tomam conhecimento das novas tabelas de retenção de IRS para 2001, as quais vão conduzir a uma quebra ainda maior nos seus salários líquidos, esta notícia da banca constitui um verdadeiro escandalo, a que há que pôr cobro.
O conjunto dos lucros líquidos (depois de impostos) obtidos por estes bancos acendem a 1 431 milhões de euros, valor praticamente idêntico ao obtido em 2009.
Como se vê as coisas não correram nada mal aos principais bancos, antes pelo contrário.
Mas o mais surpreendente nesta divulgação de resultados diz respeito aos impostos pagos por estes mesmos bancos.
Se é verdade que os lucros vão de vento em popa - 3,9 milhões de euros por dia em 2010 - surpreendentemente os impostos pagos passaram de 306,8 milhões de euros em 2009 para 138,4 milhões em 2010. Ou seja, apesar de terem mantido o mesmo nível de lucros de 2009, estes 4 principais bancos nacionais privados tiveram em 2010 o engenho e a arte para pagar menos 168,4 milhões de euros, menos 54,9% do que em 2009.
Vale ainda a pena lembrar, que a taxa de IRC que corresponde a este imposto pago por estes bancos é de 7,5% e se eles tivessem pago a taxa efectiva de 25% teriam pago 464 milhões de euros.
O planeamento fiscal rendeu a estes bancos simplesmente 295,9 milhões de euros de poupança.
Como é possível, que ao mesmo tempo que o IRS subiu para os trabalhadores, o IRC tenha descido en flecha para a banca?
Num momento em que os trabalhadores tomam conhecimento das novas tabelas de retenção de IRS para 2001, as quais vão conduzir a uma quebra ainda maior nos seus salários líquidos, esta notícia da banca constitui um verdadeiro escandalo, a que há que pôr cobro.
"Fazer o trabalho de casa" = Mantenham-se submissos
A não se conter a especulação sobre as dívidas públicas - e estas podem ser travadas pelo Banco Central Europeu ou pelo Fundo de Estabilização, comprando directamente a dívida aos Estados, ou através de outras medidas - o mercado das obrigações dos títulos do tesouro serão os detonadores de uma próxima crise. É uma questão de tempo.
O Estado Português endividou-se ontem, outra vez a juros insustentáveis. E, mais uma vez, como a procura excedeu a oferta, o governo considerou tal operação um sucesso. Com tais juros e a cobertura da União Europeia, estes empréstimos são um maná para os fundos de pensões, seguradoras, especuladores e para bancos alemães, franceses e quejandos! É aquilo que já foi designado por um "sucesso ruínoso" do governo.
Mas a dívida pública é apenas uma parte do problema. a dívida privada ao exterior, que é muito superior à dívida pública, é outra grande questão. Aliás, tem-se andado a procurar resolver o problema da dívida privada (banca, grandes empresas, etc..) à custa da dívida pública, através da política do Banco Central Europeu, que empresta à banca a 1% e aceita como garantia (os ditos colaterais) dívida pública, em contrapartida dada aos bancos que, por sua vez, emprestam ao Estado a 6% e mais!
Na verdade, a grande questão que o País tem pela frente no plano do financiamento não é a da dívida pública, mas a da sua dívida externa, incomportável como há muito afirmámos perante o silêncio dos analistas, comentadores e economistas do sistema que só à pouco o descobriram. Esta dívida externa é consequência entre outros factores, da liquidação do aparelho produtivo e da venda ao estrangeiro de activos de grandes empresas e empresas estratégicas, que pertenciam ao sector empresarial do Estado e que foram privatizadas. Os resultados estão hoje à vista de todos.
Nos últimos tempos saem todos os anos do País, em lucros e dividendos resultantes das aplicações do capital estrangeiro na economia portuguesa, uns largos milhares de milhões de euros. Razão, também, porque é cada vez mais divergente o Produto Nacional Bruto(PNB) e o Produto Interno Bruto (PIB).
Esta questão da saída dos lucros e dos dividendos, bem como da dívida externa, não se resolve só com poupança interna, como julgam todos aqueles que receitam para o País, "fazer o trabalho de casa", isto é, continuara a pagar aos outros juros agiotas e escandalosos lucros e dividendos da dominação, continuar, como meninos bem comportados, a aceitar a política do Banco Central Europeu, da Comissão e da Sra. Merkel.
O Estado Português endividou-se ontem, outra vez a juros insustentáveis. E, mais uma vez, como a procura excedeu a oferta, o governo considerou tal operação um sucesso. Com tais juros e a cobertura da União Europeia, estes empréstimos são um maná para os fundos de pensões, seguradoras, especuladores e para bancos alemães, franceses e quejandos! É aquilo que já foi designado por um "sucesso ruínoso" do governo.
Mas a dívida pública é apenas uma parte do problema. a dívida privada ao exterior, que é muito superior à dívida pública, é outra grande questão. Aliás, tem-se andado a procurar resolver o problema da dívida privada (banca, grandes empresas, etc..) à custa da dívida pública, através da política do Banco Central Europeu, que empresta à banca a 1% e aceita como garantia (os ditos colaterais) dívida pública, em contrapartida dada aos bancos que, por sua vez, emprestam ao Estado a 6% e mais!
Na verdade, a grande questão que o País tem pela frente no plano do financiamento não é a da dívida pública, mas a da sua dívida externa, incomportável como há muito afirmámos perante o silêncio dos analistas, comentadores e economistas do sistema que só à pouco o descobriram. Esta dívida externa é consequência entre outros factores, da liquidação do aparelho produtivo e da venda ao estrangeiro de activos de grandes empresas e empresas estratégicas, que pertenciam ao sector empresarial do Estado e que foram privatizadas. Os resultados estão hoje à vista de todos.
Nos últimos tempos saem todos os anos do País, em lucros e dividendos resultantes das aplicações do capital estrangeiro na economia portuguesa, uns largos milhares de milhões de euros. Razão, também, porque é cada vez mais divergente o Produto Nacional Bruto(PNB) e o Produto Interno Bruto (PIB).
Esta questão da saída dos lucros e dos dividendos, bem como da dívida externa, não se resolve só com poupança interna, como julgam todos aqueles que receitam para o País, "fazer o trabalho de casa", isto é, continuara a pagar aos outros juros agiotas e escandalosos lucros e dividendos da dominação, continuar, como meninos bem comportados, a aceitar a política do Banco Central Europeu, da Comissão e da Sra. Merkel.
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