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25 de fevereiro de 2011

PT multipla lucros por 8,3 e reduz impostos a metade

A PT apresentou ontem os seus resultados de 2010, tal como se esperava os seus lucros líquidos em 2010, atingiram o valor astronómico de 5 672,2 milhões de euros, como resultado em grande parte da venda da sua participação na Vivo.
Este valor de lucros líquidos em 2010 compara com um valor de 684,7 milhões de euros em 2009, isto é, os seus lucros aumentaram de um ano para o outro 8,3 vezes. Se foi assim do lado dos lucros, espantosamente do lado dos impostos a PT apresenta uma provisão para impostos em 2010 de 78 milhões de euros (ver página nº 7 do documento da apresentação dos resultados anuais de 2010), menos de metade daquilo que pagou em 2009, 186 milhões de euros (-58,1%).
Como é isto possível?
Depois dos 4 maiores bancos privados nacionais reduzirem as suas previsões para impostos de -54,8% em relação a 2009 (menos 167,9 milhões de euros de impostos), deparamos agora com o escândalo da PT, a aumentar os seus lucros 8,3 vezes em relação a 2009, mas baixar a provisão para impostos 58,1% em relação ao ano anterior.
Aonde vamos parar, depois dos principais bancos nacionais privados, temos agora a PT, como temos também a Sonae Industria e a Zon, como teremos certamente outros grandes grupos económicos, a pagarem muito menos IRC em 2010 do que em 2009, ao mesmo tempo que dispara a carga fiscal (IRS, IVA) sobre os trabalhadores por conta de outrém e sobre as famílias portuguesas, como bem mostra já a execução orçamental de Janeiro, com mais 136,1 milhões de euros de recita fiscal de IVA e IRS, em relação ao mês de Janeiro de 2010.


   

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