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14 de março de 2020

O deus mercado e o máximo lucro não casam com a resposta à pandemia

Muito preocupado mostra se hoje em editorial o Director do Público/Sonae , com a falência do neoliberalismo:

"Lemos bíblias do neoliberalismo a exigirem o
aumento da despesa e do investimento
público."...Vemos governantes de
direita a ser criticados por porem o
Estado numa posição defensiva, presidentes da ultra direita a
despejarem biliões de dólares sobre a
crise, como Donald Trump, ou
entidades devotas do mercado a
restaurarem as ajudas públicas a
empresas em crise, como a União
Europeia...Pobres ou ricos, homens
ou mulheres, todos ficam sujeitos à
mesma condição de fragilidade. A
iniciativa privada fica completamente
dependente da nossa protecção
pública. Por isso é fácil aceitar planos
de choque. Por isso se pede ao Estado que ignore a ortodoxia
financeira, esqueça o défice e salve a
economia " Termina escrevendo : "Mas
vamos ter de reflectir sobre o dia
seguinte à derrota do vírus.
Esperando que a excepção não se
torne um hábito e que a liberdade
individual que cerceia o poder do
Estado e alimenta as sociedades
abertas regresse com a normalidade." leia-se o regresso aos negócios como o habitual, o " business as usual"
Mas a intervenção do Estado impede uma sociedade aberta ? Cerceia a liberdade individual que não causa sérios prejuízo à colectividade ? Ou  não será o Deus mercado e aqueles que o dominam os quem cerceiam a liberdade individual ?

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