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21 de julho de 2022

Leituras das redes sociais - dois textos importantes

1_ Gazeta de Viene.

20 de julho. 22
"!¡AVALIAÇÃO PELOS SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA POLACOS DA SITUAÇÃO NA 
UCRÂNIA
Intel Slava Z, [19/07/2022 19:32]

Avaliação de inteligência polonesa da situação na Ucrânia

A Agência de Inteligência (AW) da República da Polônia preparou um relatório analisando a situação atual na Ucrânia. 

Segundo o documento, desenvolveu-se uma situação catastrófica nas formações das forças
Forças armadas ucranianas.

O número de vítimas irrecuperáveis ​​é superior a 300 pessoas por dia, e esse número é subestimado pelo gabinete do presidente para reduzir a probabilidade de disseminação pública e evitar criar pânico entre civis e militares. 

Os Psheks apontam que os ataques sistemáticos das Forças Armadas russas contra os postos de comando e centros de treinamento das Forças Armadas Ucranianas resultaram na morte de cerca de 4.600 dos militares mais treinados nos últimos três meses, incluindo oficiais superiores, instrutores e mercenários.

O relatório observa que as formações despreparadas são enviadas para o Donbass, o nível profissional dos oficiais do comandante do batalhão e abaixo é baixo, as funções dos comandantes nas tropas são frequentemente desempenhadas por combatentes de batalhões domésticos. 

Desde maio deste ano, quase todas as funções de supervisão no planejamento e condução das hostilidades foram assumidas por conselheiros estrangeiros dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá. 

Ao mesmo tempo, o fato de sua presença em postos de comando é mantido em segredo para evitar a captura de militares da OTAN pelas forças armadas russas.

Ressalta-se que o escritório de Zelensky estabeleceu a tarefa de manter a linha Sloviansk-Kramatorsk-Toretsk a todo custo até o final de agosto deste ano..."

2_ Intervenção do General Agostinho Costa
ATAQUE RUSSO A REUNIÃO “DE ALTO NÍVEL” ESTARÁ NA ORIGEM  DA “PURGA” NOS SERVIÇOS DE SEGURANÇA UCRANIANOS (SBU)
- admite o general Agostinho Costa, citando fontes que considera credíveis e com argumentos «muito plausíveis»

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou, no domingo passado, 17 de Julho de 2022, o afastamento de Ivan Bakanov, seu amigo de infância, do cargo de chefe dos Serviços de Segurança Ucranianos (SBU), e ainda da procuradora-geral da Ucrânia, Irina Venediktova, devido a alegadas ligações da Procuradoria com Moscovo.
Na opinião do general Agostinho Costa, o afastamento do chefe e de outros funcionários do SBU pode ter tido origem  numa alegada falha de segurança relacionada com um ataque russo, durante uma reunião de “alto nível” que teve lugar em Vinnytsia, no centro da Ucrânia, no passado dia 14 de Julho.
«Estas demissões e afastamentos no SBU são o epílogo do que parece ter resultado de uma falha de segurança relacionada com um ataque que destruiu uma messe - ou clube de oficiais - em Vinnytsia, na passada quinta-feira [dia 14 de Julho]», declarou o general Agostinho Costa, que é vice-presidente do Centro de Estudos Eurodefense-Portugal, após ter recorrido a fontes que considerou «relativamente credíveis e em termos de argumentação muito plausíveis».
Na ocasião, os responsáveis ucranianos só se referiram à morte de civis, mas o general Agostinho Costa, baseado nas informações recolhidas, refere-se a uma «reunião de alto nível». Um ataque que também provocou «efeitos colaterais», com a morte de civis. «Houve efeitos colaterais, é assente que dois mísseis atingiram o clube de oficiais, mas um outro míssil terá sido interceptado pela antiaérea ucraniana e provocou danos num prédio, com baixas civis». 
«Zelensky terá ficado muito irritado, e compreende-se. Houve uma circunstância muito semelhante durante um ataque à base de Yavoriv [a 13 de Março], perto de Lviv, que estava repleta de estrangeiros. Os ucranianos falaram em 30 mortos, e os russos em cerca de 200», assinalou. «Na sequência deste ataque, o então chefe local do SBU também foi afastado», precisou.
O Presidente Zelensky revelou ainda que mais de 60 oficiais do SBU estão a trabalhar «contra a Ucrânia» nos territórios controlados pelos separatistas russófonos e pelas tropas russas, e anunciou «651 processos por traição e colaboracionismo».
Na perspectiva do general Agostinho Costa, o ataque da passada quinta-feira, dia 14 de Julho, em Vinnytsia foi determinante para esta nova «purga» nas mais altas esferas da liderança de Kiev.
Na reunião de Vinnytsia, cidade situada a oeste de Kiev, próxima das fronteiras com a Moldova e Roménia, estaria em análise «um acordo de fornecimento de aeronaves de combate à Ucrânia», disse o general.
A insatisfação de Zelensky com o desempenho dos quadros que compõem o seu círculo mais restrito parece acentuar-se, e diversos analistas indicam que estas decisões se destinam a reforçar o seu poder interno.
«Zelensky não está satisfeito com o desempenho dos quadros do seu círculo próximo. Ainda há pouco tempo demitiu o governador político de Kherson, por não ter havido nenhuma contra-ofensiva relevante na região», assinalou o analista militar, apontando também o caso do governador de Kharkiv, demitido há cerca de dois meses.
O vice-presidente do Eurodefense-Portugal recordou ainda o sucedido na primeira ronda de negociações de paz entre as delegações russa e ucraniana, a 28 de Fevereiro, na Bielorrússia, quando Denis Kireev, um ex-banqueiro que integrava a equipa enviada por Kiev, «foi alegadamente ‘eliminado’ sob a acusação de ser pró-russo».
«Sempre que têm existido situações de quebra de segurança, em que há mortos ocidentais, Zelensky reage desta forma, pune demitindo os quadros. Ainda há pouco tempo, a 31 de Maio, também com a anuência de Zelensky, foi demitida Lyudmyla Denisova, provedora para os direitos humanos e quando faltava um ano para cumprir o mandato». Uma decisão do Parlamento, mas com o aval do palácio Mariinsky, a residência oficial do chefe de Estado.
«Foi Lyudmyla Denisova quem divulgou as notícias - que acabou por reconhecer serem falsas - sobre violações de bebés por soldados russos. Passou essas informações no Parlamento italiano com a intenção de chocar a opinião pública… e foi demitida sem apelo nem agravo sob a acusação de uma fraca organização dos corredores humanitários».
Agostinho Costa também não exclui a existência de tensões políticas no círculo governamental em Kiev, em particular entre Zelensky e os altos comandos militares.
«A relação de Zelensky com o chefe de estado-maior general das Forças Armadas, Valerii Zaluzhnyi, não é muito brilhante», afirmou.
«Zaluzhnyi é mais pragmático, raciocina em termos militares, e [parece contestar] a insistência [do Presidente] em manter até hoje [20 de Julho] a localidade de Siverskyi [Leste] cercada praticamente por três lados, porque decorre na base de Ramstein [Alemanha] a reunião de ‘doadores’, as reuniões mensais em que as potências ocidentais se reúnem para definir que material enviam para a Ucrânia». - LUSA

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