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18 de julho de 2022

Ucrânia: agosto de 1943 - julho 2022

Em meados de agosto de 1943 iniciou-se a primeira fase da ofensiva soviética para libertar a Ucrânia dos nazis, visando os territórios da margem esquerda do Dnieper. Alemanha e aliados dispunham de 1,2 milhões de soldados, a União Soviética uns 10% mais. Terminou em meados de novembro, sendo Kiev libertada em 6 de novembro. A segunda fase, para a libertação dos territórios da margem direita do Dnieper e a Crimeia, foi iniciada em meados de dezembro, com reforço de efetivos de ambos os lados. A Alemanha e aliados alinharam 1,8 milhões de homens, os soviéticos 2,4 milhões. A ofensiva vitoriosa foi dada como concluída em 12 de maio de 1944.

Situação atual

A ofensiva russa prossegue, com ocupação de novas povoações e ataques a concentrações de material e tropas ucranianas. A Rússia não mostra grande pressa no avanço, vendo que o tempo joga a seu favor, com o esgotamento dos meios da Ucrânia e seus aliados da NATO.

A determinação da Rússia anexar os territórios que considera libertados, está expressa na reconstrução e medidas de integração. A parte libertada da região de Kharkiv assinou um acordo de amizade e cooperação com a RP de Lugansk em várias áreas como assistência humanitária, cooperação económica, cultura, políticas de juventude, proteção contra agressão externa, etc.

Monumentos e memoriais soviéticos, como o de Saur-Mogila na RP de Donetsk, demolidos pelo regime de Kiev, são reconstruidos. É frequente em zonas libertadas do poder de Kiev serem instaladas ao lado de bandeiras russas as "bandeiras da vitória" - bandeiras do exército vermelho com foice e martelo. Isto mesmo pode ser visto à entrada da região de Kharkiv.

Depois do assassinato de um administrador da região de Kharkiv e uma tentativa idêntica em Saldo, foram tomadas medidas para combater o "terrorismo Bandera" nos territórios libertados. Entre as medidas destaca-se: estabelecer uma vida socioeconómica normal para minar a base social do terrorismo; fortalecer as forças de segurança e usar a experiência obtida no Cáucaso e na Síria, e a prática soviética de eliminação dos Bandera, incluindo o envolvimento de moradores locais. Em consequência, foi decidido considerar os Serviços de Segurança da Ucrânia, suas instalações e elementos como fazendo parte de organização terrorista.

Um decreto presidencial estabeleceu um procedimento simplificado para obter a cidadania russa aplicável a todos os cidadãos da Ucrânia, e não apenas às regiões DPR, LPR, Zaporozhye e Odessa. A Rússia espera que "novos concidadãos e novos territórios sejam devolvidos à sua origem nativa."

A construção em larga escala prossuegue em Mariupol para substituir o que foi destruído. Nas regiões de Kherson, Zaporozhye e Kharkiv o processo de reforço das administrações civis começou a ser acelerado com utilização de funcionários russos.

Para o regime de Kiev e aliados as coisas não correm bem. Vê-se que a propaganda adota o tom de lástima, em vez do anterior triunfalismo. Os mercenários também se queixam, vêm a armadilha em que a propaganda os meteu. O líder da "Legião Georgiana" anunciou pesadas baixas entre os voluntários da Geórgia.

Residentes de Seversk e Nikolaev foram mobilizados para preencher as perdas da 115 brigada. O comando da 24ª brigada ucraniana desarmou uma companhia que se recusou a participar nos combates. Os soldados decidiram que era melhor a prisão do que uma morte sem sentido pelo regime de Kiev.

"Em 13 de julho, mísseis Kalibr de alta precisão atingiram em Vinnitsa um instalação onde, naquele momento, decorria uma reunião do comando da Força Aérea Ucraniana com representantes de fornecedores estrangeiros de armas, para entrega de aeronaves, armas e reparação da aviação ucraniana. Em resultado do ataque, "os participantes da reunião foram destruídos."

Na floresta próximo da vila de Shchurovo e dos Lagos (Blue Lakes) (Donetsk) "uma extensa linha de fortificações foi literalmente esmagada no avanço das forças russas e aliadas."

Praticamente desde o início das hostilidades em Nikolaev, Odessa e outras cidades têm sido recebidas regularmente mensagens dos habitantes que transmitem a localização das forças ucranianas, para apressar a libertação das suas cidades da ocupação nazi.

Kiev sofre diariamente milhares de baixas, a Rússia tem procurado eliminar sistematicamente os mercenários estrangeiros com ataques de alta precisão.

Segundo o porta-voz do Kremlin, Peskov, a "operação especial da Rússia" será concluída quando todos os seus objetivos forem atingidos. Não há limites de tempo definidos, o principal é a eficiência das realizações. Quanto ás sanções. a Rússia está habituada, é o preço da sua soberania e começaram muito antes da "operação especial". "Os militares russos têm ordens de Putin para evitar causar danos aos civis e operarem cuidadosamente. Mas os batalhões de nacionalistas ucranianos não serão poupados."

Desde junho que importantes fazedores de opinião (think tanks) dos EUA se mostram extremamente pessimistas quanto às perspetivas de desenvolvimento da crise ucraniana. Praticamente todos se inclinam para a inevitável derrota do regime de Kiev.

Avril Haynes, diretor da National Intelligence dos EUA:Vemos que a China está a ajudar a Rússia de várias maneiras, uma mais óbvias outras menos óbvias. O que podemos concluir é que a China considera a Rússia o seu principal aliado. Isto é um mau sinal para nós." Nós quem?!

(informações obtidas em: Intel Slava Z – Telegram referentes ao mês de julho)

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