Linha de separação


2 de fevereiro de 2011

A mentira

Pedro Passos Coelho afirmou ontem no encerramento das jornadas parlamentares do PSD que " existem hoje mais participações do Estado em empresas do que há 17 anos, quando começaram as privatizações". Ao fazer esta afirmação quis levar-nos a concluir, que o Sector Empresarial do Estado (SEE) é hoje maior do que antes das privatizações. A mentira desmente-se facilmente através da leitura do Relatório do Sector Público Administrativo e Empresarial de 1992, elaborado pelo Gabinete para a Ánalise do Financiamento do Estado e das Empresas Públicas (GAFEEP) e através da leitura do último relatório do SEE, referente ao ano de 2009, elaborado pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças.
  1. Em 1988, há 23 anos e não há 17 anos como o Presidente do PSD diz, quando o processo das privatizações se iniciou formalmente, o SEE sem incluir o sector financeiro (Banca e Seguros) representava 12,4% do PIB, empregava 3,8% da população empregada no País e era responsável por 15% do Investimento Nacional, hoje este mesmo sector, representa apenas 5% do PIB e menos de 2,7% do emprego total.
  2. Em 1988 eram públicos, a quase totalidade do sector segurador e do sector bancário, hoje esse peso está reduzido a cerca de 30%, num caso e noutro.
  3. Desde o seu início decorreram cerca de 250 operações de privatizações tendo sido privatizados na sua quase totalidade sectores estratégicos como, o sector da energia, das telecomunicações, dos transportes, o sector siderúrgico, o sector cimenteiro, o sector do papel, a banca e o sector segurador. 
Para quem ainda tenha dúvidas fica claro o ideário de Pedro Passos Coelho, os interesses que defende e a quem servem.   

2 comentários:

Anónimo disse...

Na verdade, o PPC não acerta uma. Melhor faria se continuasse calado, como optou por fazer durante a campanha eleitoral de Cavaco.

Manuel Clemente disse...

Por isso não convém esquecer a que familia pertence PPC e que a sua matriz é neo-liberal capitalista de gema!!!!