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30 de março de 2013

A CAVACAL DISSONÂNCIA DEMOCRÁTICA


Era então primeiro-ministro o sr. Cavaco e um amigo meu que o classificava como um salazarista, vendo as suas jogadas “político-partidárias” e o coro embevecido da direita que tinha ali o seu homem, me dizia que com ele em PR deixaria de se considerar português. Não deixou, porém desde que o sr. Cavaco é PR centenas de milhar de portugueses é como se tivessem deixado de o ser. Graças às políticas promoveu e apoiou, emigraram para não cair na miséria.
 O sr. Cavaco preside à maior recessão, à mais profunda crise económica e social como se nada fosse com ele. Resolve então dizer ao país que “as intrigas e as jogadas político-partidárias não acrescentam 1 cêntimo à produção nacional.” Ele que foi responsável pelas políticas que conduziram à destruição da agricultura nacional, das pescas, da indústria. Ele que escolheu a via que a isto conduziu em lugar de uma negociação com a CEE/UE que defendesse os interesses nacionais. Em tempos falou do “monstro do Estado”, branqueando a sua acção na colocação de seguidores.
Enquanto primeiro-ministro, rodeou-se de corruptos. Leia-se a imprensa do tempo, para ver o nível de corrupção e fraude que se atingiu por ex. com os fundos europeus no seu tempo.
Acha que a TV devia falar dos casos de “sucesso”, mas omitindo o drama das mais de 500 falências por mês em 2012. Chama-se a isto, saudades do salazarismo, em que a censura apenas permitia programas do estilo “caminhando para uma vida melhor”.
Fala da “retórica inflamada e sem conteúdo e intrigas”. Mas refere-se a quem? Aos partidos? Aos políticos? A todos? Diga quais e em quê? Não diz. Vai buscar de forma insidiosa ao arsenal salazarista a alergia à democracia e o populismo da extrema direita.
É o político há mais tempo em lugares institucionais, mas apresenta-se sempre como não político - como os salazaristas. Vê-se que deseja uma nova “União Nacional”, para colocar o “bom povo” a trabalhar com o que lhe quisessem dar, obedientes aos senhores do capital, sem fazerem greves nem participarem em actividade sindical, não serem como dizia um ex-ministro cavaquista: dos “que estão contra a empresa que lhes dá o pão”. Ou seja, o salário ao nível da esmola…
O sr. Cavaco, é o retrato de um salazarista recalcado com o 25 de ABRIL que lhe repugna pelo seu significado. Condecorou pides, promulgou-lhes avultadas pensões; recusou condições e condecoração a Salgueiro Maia.
Apesar da sua falta de cultura básica chegou a PR graças ao apoio da oligarquia que encontrava nele o homem ideal para adormecer o povo com blandiciosas palavras, enquanto a especulação, a fraude e o parasitismo das rendas monopolistas campeava.
Diz que escolhe “meticulosamente as palavras “ – o que faria sorri qualquer linguista – mas diz hoje uma coisa para pouco depois dizer o contrário.
O pensamento livre merece-lhe desprezo, porque é um inculto formatado na escola neoliberal.
Melífluo, blandíloquo, não passa do maior hipócrita político que Portugal conheceu depois do 25 de ABRIL – e eles são muitos.
Tal como o dinossauro de Santa Comba que sabia “o que melhor convinha para o povo português”, este salazarista assumido “nunca tem dúvida e raramente se engana”.
Eis o PR que temos, não admira que o país tenha chegado onde chegou. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Há que pensar na pena de morte para bandidos de alto gabarito.Não podem invocar o pensamento 'democrático' face ao que já vimos:Che Guevara,Neruda,Hugo CHAVEZ,Ceaucescu,Gadaffi,Najibullah,Arafat......CVavaco,meu grande filho da puta,põe as barbas de molho,cabrão.