O governo Macron em França decidiu nacionalizar os estaleiros de Sain Nazaire. Acrescentou desde logo que a nacionalização era temporária ! E porquê ? Porque o Estado "não tinha vocação para gerir estaleiros "
E qual é então a vocação do Estado ?
Nacionalizar os prejuízos e privatizar os lucros.
Foi assim nos ùltimos anos por exemplo com DEXIA - o Banco franco Belga em que estes dois países em novembro de 2012 decidiram uma capitalização de 5.5 milhares de milhão de euros depois de terem injectado 6 milhares de milhão em setembro de 2008...Foi assim com a Alstom grupo de energia e transportes que emprega cerca de 75000 pessoas na Europa , foi assim com o banco Crédit Lyonnais nacionalizado nacionalizado em 1982 em que o Estado francês realizou duas operações de sabotagem que se estimam terem custado mais de 8 mil milhares de euros para ser depois privatizado em 1999 e vendido ao Credit Agricole em 2003!
Tem sido assim por toda a U.E e não só .
Como a indignação na opinião pública era crescente, Bruxelas inventou os Fundos de resolução dizendo que a partir dai os contribuintes através dos fundos públicos não mais entrariam no salvamento de bancos falidos...Quem pagaria a factura no futuro seriam os accionistas e os obrigacionistas com obrigações subordinadas... Simplesmente os Fundos de resolução teoricamente financiados anualmente pelas bancas respectivas dos diversos países tem sido alimentada com empréstimos dos Estados que , com o alongamento dos prazos e taxas de juro baixas acabam por endossar encapotadamente a factura aos contribuintes
Em Portugal temos os casos do Espírito Santo ... e os empréstimos do Estado ao Fundo de resolução com o argumento que a banca não teve tempo para o capitalizar e que a consolidação da banca é importante . A consolidação da Banca é importante , mas não a consolidação das fortunas dos banqueiros e dos grandes accionistas . Na Itália como a dívida publica é em grande parte interna e a Comissão para aguentar Renzi deu o dito por não dito e tem permitido as operações de salvamento com dinheiros públicos com a invenção de que se trata de operações de "prevenção"
Descaramento não lhes falta.
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