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23 de julho de 2017

As coisas não estão fáceis


O capital financeiro e a Alemanha através da imprensa por si influenciada dava como certo que na ultima reunião do BCE realizada na quinta feira passada Mario Draghi iria anunciar a mudança da política monetária do BCE em nome do "regresso à normalidade "
Era o corolário lógico  segundo eles do que estava a fazer a FED e da recuperação económica e da inflação na zona Euro . Mas a contrariar esta pressão mediática na imprensa financeira está a dura realidade. Assim contrariando o "movimento planetário irresistível" como eles diziam o Banco Central Japonês reafirmou a continuação da sua política ultra acomodatícia pois o Japão ainda não venceu as pressões deflacionárias e nos E.U e na UE os fracos níveis de inflação suscita fortes interrogações sobre se há algo de consolidado, tanto na inflação como no crescimento económico,  a par das "bolhas  que pairam nesta economia de casino.
A dura realidade é tão dura que Nicolas Moreau o novo dirigente Deutsche Asset Management , filial do Deutsche Bank para a gestão de activos"veio agora a afirmar no semanário financeiro L Agefi :" Nós temos que enfrentar os novos desafios estruturais entre os quais a baixa de produtividade ,as condições demográficas desfavoráveis, e as perdas de emprego induzidas pelas novas tecnologias " , concluindo que "um regresso ao quadro teórico de antes da crise seria simplesmente inapropriado "
Moreau que foi durante muitos anos Director Geral da companhia de seguros AXA considera que entrámos numa  "nova era de intervencionismo " e que decénios de crenças ortodoxas devem ser abandonadas.
Moreau defende que é necessário encarar das dívidas públicas , que os Bancos Centrais têm de perspectivar a  anulação da que foi obtida com os programas de liquidez- assouplissement quantitatif-, defende a sua intervenção no longo prazo nos mercados afim de manter baixas as taxas das obrigações e preconiza que se estude seriamente uma política de garantia de emprego , assim como um rendimento garantido de base "
Isto vindo de quem vem não deixa de ser significativo . As coisas não estão fáceis para o tal "regresso à normalidade "!

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