Contas bancárias: MP investiga as de Manuel Pinho, Suíça arresta as de Ricardo Salgado
Depois das contas bancárias e de propriedades em Portugal, Ricardo Salgado viu as suas contas na Suíça serem arrestadas pelas autoridades locais. Entretanto, o Ministério Público português está a passar a pente fino as contas de Manuel Pinho e de António Mexia.
um dos elementos centrais da investigação é o facto de, após ter saído do Governo, Pinho ter ido leccionar para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, após um alegado pagamento de mais de um milhão de euros por parte da EDP àquela instituição norte-americana.
O processo da EDP atribui a Pinho quatro "offshores" ligadas a fluxos financeiros do GES.
Relativamente a Ricardo Salgado, o Expresso avança que, depois de o antigo presidente do BES ter sido alvo de arresto de contas e de propriedades em Portugal, chegou agora a vez de o Ministério Público arrestar várias contas que o banqueiro possui no Banco UBS em Genebra, tendo ainda enviado para Portugal os extractos bancários dessas contas desde 2006.Segundo o semanário, a decisão helvética surge na sequência de uma carta rogatória datada de Janeiro de 2017, e enviada pela Procuradoria-Geral da República, que identificava Salgado como fazendo parte de uma lista de quatro suspeitos num inquérito-crime relacionado com eventuais crimes de corrupção, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal e branqueamento de capitais e que já levou à constituição como arguido de António Tomás Correia, ex-CEO do Montepio e actual presidente da associação mutualista dona deste banco.
Ricardo Salgado é arguido nos processos Monte Branco, GES, Operação Marquês e, desde esta sexta-feira, no chamado "caso EDP", mas não é arguido no processo-crime contra Tomás Correia.
No âmbito deste último processo, suspeita-se que Tomás Correia terá recebido 1,5 milhões de euros do construtor José Guilherme, o mesmo que também terá pago 14 milhões de euros a Salgado.
Agora, revela o Expresso, a suspeita é a de o banqueiro terá recebido mais dois milhões de euros de José Guilherme, por causa de crédito a um empreendimento ligado ao construtor.
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