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3 de maio de 2018


A Frota USA com 1.000 mísseis no Mediterrâneo


O porta-aviões americano, Harry S. Truman, que partiu da maior base naval do mundo em Norfolk, Virgina, entrou no Mediterrâneo, com o seu grupo de ataque. [1] Esse grupo é composto pelo lança mísseis Normandy e pelos contratorpedeiros lança mísseis Arleigh Burke, Bulkeley, Forrest Sherman e Farragut, em breve mais duas, o Jasone e The Sullivans. Está agregada ao grupo de ataque do Truman, a fragata alemã Hessen. A frota, com 8.000 homens a bordo, tem um enorme poder de fogo.
Estão assim consideravelmente reforçadas, as Forças Navais USA para a Europa e África, com quartel general em Nápoles-Capodichino e a base da Sexta Frota, em Gaetta, às ordens do mesmo almirante (presentemente James Foggo), que comanda a Força Conjunta Aliada, em Lago Patria.
Faz parte do robustecimento geral das forças americanas na Europa, às ordens do mesmo general (actualmente Curtis Scaparrotti) que desempenha o cargo de Comandante Supremo Aliado na Europa.Numa audiência no Congresso, Scaparrotti explica o motivo desse fortalecimento. [2] O que apresenta é um verdadeiro cenário de guerra: acusa a Rússia de dirigir “uma campanha de instabilidade para mudar a ordem internacional, fragmentar a NATO e minar a liderança USA em todo o mundo”.

Na Europa, depois da “anexação ilegal da Crimeia pela Rússia e da sua destabilização da Ucrânia Oriental”, os Estados Unidos, que introduzem mais de 60.000 militares nos países europeus da NATO, reforçaram essa introdução com uma brigada blindada e uma brigada aérea de combate e estabeleceram depósitos de armamentos posicionados previamente, para enviar mais brigadas blindadas. Ao mesmo tempo, duplicaram a colocação dos seus navios de guerra no mar Negro.
Para aumentar as suas Forças na Europa, os Estados Unidos gastaram mais de 16 biliões de dólares em cinco anos, ao mesmo tempo incitaram os aliados europeus a aumentar as suas despesas militares em 46 biliões de dólares em três anos, para fortalecer a NATO contra a Rússia.
Isto faz parte da estratégia lançada por Washington em 2014 com o golpe da Praça Maidan e o consequente ataque aos russos da Ucrânia: fazer da Europa a primeira linha de uma nova Guerra Fria para fortalecer a influência dos EUA sobre os aliados e impedir a cooperação euro-asiática. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reafirmaram o seu consentimento em 27 de Abril, preparando uma nova expansão da NATO para leste contra a Rússia, através da admissão da Bósnia-Herzegovina, Macedónia, Geórgia e Ucrânia.
Esta estratégia requer uma preparação adequada da opinião pública. Para este fim, Scaparrotti acusa a Rússia de “usar a provocação política, espalhando desinformação e minando as instituições democráticas", mesmo em Itália. Anuncia, em seguida, que “os USA e a NATO opõem-se à desinformação russa com uma informação verdadeira e transparente”. Seguindo o seu exemplo, a Comissão Europeia anuncia uma série de medidas contra as ‘fake news’, acusando a Russia de usar “desinformação na sua estratégia de guerra”.
É de esperar que a NATO e a União Europeia censurem o que é publicado aqui, decretando que a frota americana no Mediterrâneo é uma ‘fake news’ espalhada pela Rússia na sua “estratégia de guerra”.
Tradução 
Maria Luísa de Vasconcellos R.V:

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